1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Tratamento do Diabetes Mellitus:
metas gerais e gestão prática
clínica
Aline Souza de Oliveira
Mariana Costa Mendes
Mariana de Fátima Albuquerque Pereira
Rafael Simó and Cristina Hernández
2. • Proposta principal: expor as metas gerais do
tratamento da doença nos dois tipos e rever a
conduta terapêutica do diabetes tipo 2.
3. Diabetes Mellitus
• Aspectos gerais
• Definição e tipos
• Sintomas e fatores de risco
• Metas de tratamento (evitar complicações)
• Princípios gerais do tratamento
4. Aspectos gerais
• Doença crônica com maior importância social e na saúde,
porque está relacionada de 3 a 4 vezes ao aumento da
morbidade e mortalidade cardiovascular, além de causar
retinopatias, nefropatias e neuropatias.
• O tratamento deve ser baseado na compreensão da
fisiopatologia, portanto vai depender do estágio da doença e
das características do paciente.
• Doença com prevalência e incidência cada vez mais altas.
5. Definição
• Diabetes: é uma doença do metabolismo da glicose causada
pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido
pelo pâncreas,cuja função é quebrar as moléculas de glicose
para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada
por todas as células.
• Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um
conjunto de doenças com uma característica em comum:
aumento da concentração de glicose no sangue
(hiperglicemia).
6. Diabetes
• O diabetes tipo 1, anteriormente
conhecido como diabetes juvenil compreende
cerca de 10% do total de casos.
• O diabetes tipo 2, anteriormente conhecido
como diabetes do adulto compreende cerca
de 90% do total de casos.
Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou
nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre
mais na infância e adolescência e é
insulinodependente, isto é, exige a aplicação de
injeções diárias de insulina necessária para prevenir
cetoacidose, coma e morte.
• Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação
da insulina. A incidência da doença que pode não ser
insulinodependente, pode ser controlada por
medicamentos ministrados por via oral. Em
geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de
idade.
8. Metas do tratamento
• São feitas para evitar o aparecimento de complicações
futuras da doença, diminuir a mortalidade e manter uma
boa qualidade de vida.
• Principal meta: redução do controle glicêmico.
– Através da aproximação dos fatores de risco e
tratando-os.
• Avaliação inicial pós-diagnóstico:
– Hemoglobina Glicosilada (exame)
– Perfil lipídico e pressão arterial
9. Princípios gerais do tratamento
• Redução de peso
• Diminuição da glicemia
• Melhora o perfil lipídico
• Reduz a pressão arterial
• Melhora estado cardíaco
• Sensação de bem estar e
melhor qualidade de vida
Vantagens
10. Princípios gerais do tratamento
As recomendações dietéticas, redução de peso e as
calorias do conteúdo da dieta devem ser ajustadas
diferentemente para que cada indivíduo alcance os
objetivos do tratamento.
Desvantagens
•Hipoglicemia por várias horas
•Descompensação hiperglicêmica
•Cetose
Informação é fundamental para a prevenção de
complicações futuras , melhor administração e compreensão
do paciente pelo tratamento necessário, evitando
hospitalizações melhorando a qualidade de vida
11. Tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2
Princípios gerais e tratamento apropriado
• A dieta de baixo teor calórico e um programa de exercícios
físicos são a base do tratamento do diabetes tipo 2.
• Quando o controle metabólico não é alcançado dessa
maneira, inicia-se o tratamento farmacológico.
13. Sulfoniluréias (SUs)
• Primeiras em 1950: carbutamida e tolbutamida.
• Início de 1960: tolbutamida, aceto-hexamida, tolazamida e
clorpropamida (SUs de primeira geração).
• Final de 1960: glibenclamida, glipizida, gliquidona, e
gliclazida (SUs de segunda geração).
• SUs de ação prolongada: glimepirida
14. Mecanismo de ação das Sulfoniluréias
• Estimulam a secreção na segunda fase de
secreção da insulina pelas células beta do
pâncreas, ou seja, a liberação da insulina pré-
formada.
Carbutamida Gliquidona
15. • Farmacologia clínica:
– Absorção no aparelho digestivo;
– Pico plasmático 2- 4 hrs após a ingestão;
– Metabolismo hepático;
– Eliminação na urina e em menor quantidade na bile.
• Efeitos indesejáveis:
– Hipoglicemia;
– Insuficiência renal e hepática;
16. Indicações, seleção da droga
e contra indicações
• As SUs são consideradas drogas de primeira escolha para
o tratamento de diabetes mellitus tipo 2;
• Tolbutamida e glimepirida são recomendadas para
pessoas mais velhas;
• Início do tratamento: pequenas doses;
• SUs são contra-indicadas em pacientes alérgicos a
sulfonamidas e diabéticos do tipo 1.
17. Drogas Secretoras: repaglinida e
nateglinida
• Repaglinida: O efeito inicia
30 minutos após a ingestão e
começa a desaparecer após 4
horas. É metabolizado pelo
fígado e 90% é excretado na
bile
• Nateglinida: Semelhante a
Repaglinida, porém, tanto o
aparecimento quanto o
desaparecimento da
resposta, é mais rápida do que
o da Repaglinida.
18. Biguanidas
• Fenformina, buformina e metformina
Foi proibida nos EUA
devido a sua relação
com a acidose láctica
Mais utilizada para fins
terapêuticos da tipo II.
• Reduzem a produção hepática de
glicose, diminuindo a gliconeogênese
e glicogenólise. Elas também
aumentam a captação de glicose pelo
músculo esquelético.
19. 1. Outros efeitos das biguanidas:
– Reduz a concentração de triglicerídeos e colesterol LDL;
– Aumenta discretamente o HDL;
– Diminui a agregação plaquetária e diminui a viscosidade
do sangue;
– Ajuda na perda de peso.
2. Farmacologia:
– absorção no intestino delgado;
– a fenformina sofre metabolização hepática parcial;
– Buformina e metformina são eliminadas
inalteradas pelo rim.
20. Tiazolidinedionas
Aumenta a sensibilidade à insulina.
• A eficácia de TZDs é superior quando utilizadas em
combinação com SUs ou metformina do que quando são
utilizadas em monoterapia.
• Produz efeitos de redução na evolução de aterosclerose.
• Contra indicado em pessoas anêmicas ou com doenças
cardíacas.
22. • Ocorre ausência total da produção de insulina pelo
pâncreas. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais
comum em indivíduos com menos de 35 anos.
• Tratamento: é a administração diária de injeções de
insulina, para que o metabolismo de açúcar seja
regularizado.
• Sintomas: vontade de urinar várias
vezes, fome, sede, fraqueza, fadiga, perda de
peso, náuseas, vômitos, nervosismo.
23. • A administração de insulina é o tratamento
básico de diabetes mellitus tipo 1.
• A ação contínua do tratamento com insulina é
aplicável a pacientes com o tipo 1 e tipo 2.
24. • O aparelho medidor de glicemia, que inclui
auto-modificação de dose de insulina com o
acompanhamento de um endocrinologista,
permite uma maior flexibilidade nos hábitos
dos pacientes e, certamente, melhora a sua
qualidade de vida.
25. Tipos de insulina e vias de
administração
• Atualmente são usadas insulina humana
biossintética, obtida por meio de técnicas de
recombinação genética de culturas de bactérias
(Escherichia coli) ou leveduras.
• É administrada por via subcutânea usando seringas, em
situações de descompensação metabólica grave, podem
ser administrada por via intramuscular ou por via
intravenosa.
26. • Recentemente começaram a utilizar os análogos de
insulina de ação rápida, obtidas por alteração de um
aminoácido na sequência de insulina.
• Estes análogos têm de hipoglicemia potência idêntica à
insulina regular, mas mais rapidamente absorvida,
apresenta um pico insulinêmico anterior a 1 hora, sendo
mais alta e mais curta do que o observado com a
insulina regular e, portanto, podem ser administrados
imediatamente antes da ingestão.
27. • Também disponível no mercado as insulinas pré-
misturadas;
• Percentagens fixas de insulina de ação rápida e
intermediária, que são especialmente úteis e
confortáveis para os pacientes com diabetes tipo 2,
em geral, não se adaptam às necessidades de
mudança de insulina de pacientes com diabetes tipo 1.
28. Insulinoterapia
• Terapia de insulina convencional e intensiva.
• A terapia com insulina convencional envolve a
utilização de uma ou duas injeções de insulina
(por vezes mais) autoaplicada em quadro
glicêmico baixo, esporádico e modificação da
dose de insulina para o paciente, com base na
glicemia, ou por alterações na dieta ou atividade
fisica .
29. • A insulinoterapia intensiva inclui um programa de dieta e
exercício físico individualizado, múltiplas injeções diárias
(3-4 injeções / dia).
– Ocorre grande motivação por parte do paciente, um bom nível
de educação em diabetes e da possibilidade de contato
frequente com a equipe de saúde;
– Este tipo de tratamento seria indicado especialmente em
pacientes com diabetes tipo 1, sem complicações de diabetes
muito avançada e durante a gravidez ;
• O estrito controle glicêmico está associado a uma maior
frequência de hipoglicemia, mas, apesar disso, o esforço
dedicado ao controle metabólico,a qualidade de vida
parece ser igual ou superior em pacientes tratados
intensivamente do que em indivíduos submetido a
tratamento convencional.
30. • A dose média de insulina a ser utilizada é muito variável
(0,2-1 U / kg / dia) e que irá depender da secreção da
insulina endógena (insignificante em pacientes com
diabetes tipo 1 e tipo variável em pacientes 2) e a
presença de resistência à insulina.
• Em pacientes com diabetes tipo 1 são recomendados
desde o início um padrão de injeções 3-4 / dia
combinando insulina de ação rápida e intermediária.
31. Tratamento em situações especiais
• Como consequência da resposta metabólica ao
estresse, com aumento de hormônios catabólicos como
por exemplo, o cortisol, catecolaminas, que ocorre
imediatamente após um IAM, ocorrem frequentemente
uma descompensação hiperglicêmica.
•Tratamento em infarto agudo do miocárdio
32. • Em um estudo em animais (DIGAMI Study Group)
mostrou que o controle energético da infusão de glicose
e insulina no período imediatamente após o IAM,
fornece melhora significativa e sobrevivência a longo
prazo.
33. • Os ácidos graxos livres, que são o substrato de escolha
para o miocárdio normal, são tóxicos para o miocárdio
isquêmico, porque podem danificar a membrana das
células do coração.
• A insulina iria reduzir os níveis circulantes de ácidos
graxos livres e facilitam a captação de glicose do
miocárdio, diminuindo a degradação das proteínas do
miocárdio e coagulação através da redução da produção
quimiotoxinas. Evidentemente, tudo isto seria benéfico
para o miocárdio e pode explicar a melhoria do
desempenho de pacientes tratados com a infusão
intravenosa de insulina.
34. O tratamento durante a cirurgia
• O regime de tratamento a ser aplicado durante o período
pré – operatório:
– Pacientes com tratamento prévio de insulina deve
sempre receber glicose e insulina de ação rápida.
– Em grande cirurgia, quando a terapia com insulina é
necessária, o regime mais recomendado é a
administração de insulina via intravenosa contínua, o
que permite um ajuste mais preciso e rápido de
glicose no sangue.
36.
• A prática de exercícios
físicos traz benefícios
como:
• A melhor utilização do
oxigênio pelo organismo;
• Aumento da captação da
glicose pelo músculo;
• Aumento da sensibilidade
celular à insulina a partir
das primeiras semanas e
que duram enquanto eles
estiverem sendo
regularmente utilizados.
• Com a insulina sendo
usada de forma mais
eficaz o portador de
diabetes passa a precisar
de doses menores para
queimar a glicose extra.
Evitar:
• Gordura saturada: (pele de
aves, carnes gorda bovina e
suína, creme de
leite, bacon, manteiga, toucinho
, leite integral).
• Açúcares:
(sacarose, mel, melado, rapadu
ra, sorvetes, gelatinas).
• Adoçante: à base de frutose,
• Refinados:
(arroz, pão, biscoito, bolo e
preparações feitas com farinha
de trigo refinada).
• Refrigerantes
• Frituras
• Bebidas alcoólicas
• Jejum prolongado ou
excesso de alimentação