O documento relata que o Estado Islâmico destruiu o templo de Baal Shamin em Palmira, na Síria, datado do século I d.C., que é considerado crime de guerra pela UNESCO. Além disso, o EI decapitou Khaled al-Assad, de 82 anos, um especialista em arqueologia que ajudou a preservar os tesouros de Palmira por 50 anos. A comunidade internacional é chamada a continuar unida contra a "purificação cultural" promovida pelo EI.
1. Estado Islâmico: crime contra a humanidade
Paris – A destruição de um dos templos da cidade antiga de Palmira, na Síria, pelo grupo
terrorista Estado Islâmico (EI) é um “crime de guerra”, declarou ontem a Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). “Os autores deverão
responder pela suas ações”, afirmou em comunicado a diretora-geral da Unesco, Irina
Bokova, apelando à comunidade internacional “para que continue unida contra esta
purificação cultural”.
Foi confirmado no domingo que os extremistas do Estado Islâmico, que controlam
Palmira (conhecida localmente como Tadmur) desde maio, detonaram explosivos
colocados no templo de Baal Shamin, construído no ano 17 d.C. E classificado de
patrimônio mundial da humanidade. Segundo a Unesco, a sua cella (parte central do
templo) foi danificada e as colunas que a rodeavam desabaram.
Na semana passada, foi igualmente divulgado que o EI decapitou um dos maiores
especialistas dos tesouros arqueológicos dessa cidade histórica. Khaled al-Assad, de 82
anos, era antigo responsável pelas antiguidades e pelos museus de Palmira e ajudou a
preservar os tesouros arqueológicos da cidade, também chamada de “pérola do deserto”,
durante meio século.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 25 de agosto de 2015.