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Sistemas de
classificação
Sistemática, taxonomia e
                          nomenclatura
• Sistemática é a ciência que procura classificar os diversos seres vivos e
  relacioná-los evolutivamente, expressando-se em sistemas taxonómicos.

• A taxonomia, por sua vez, trata da ordenação e denominação dos seres
  vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança. A
  taxonomia pretende separar os organismos por espécies, descrevendo as
  características que distinguem uma espécie da outra e ordenando as
  espécies por categorias taxonómicas.

• Por fim, a nomenclatura tem a função de designar cientificamente os
  grupos taxonómicos, de acordo com certas regras universalmente
  estabelecidas
Porquê classificar ?
• O mundo dos seres vivos é constituído por uma enorme variedade de
  organismos. Para estudar e compreender tamanha variedade, foi
  necessário agrupar os organismos de acordo com as suas características
  comuns, mais precisamente, classificá-los
• No tempo de Aristóteles (século IV a.C.), este que foi um dos primeiros
  naturalistas a considerar a classificação dos animais, eram conhecidas
  cerca de 1000 espécies, das quais 450 eram animais.
• Com os Descobrimentos houve aumentou em grande número as espécies
  conhecidas, passando a ser referidas cerca de 10000. Desde esta
  altura, com a facilidade de contacto, livros, museus, jardins botânicos, no
  século XIX já eram conhecidas 1293000 espécies e actualmente estima-se
  em cerca de 10000000, das quais apenas 15% se encontram devidamente
  descritas.
•
Evolução dos sistemas de
                classificação
• A história da vida na Terra é uma história de grandes
  tragédias, considerando-se que cerca de 99% das espécies que já existiram
  se extinguiram.
• Igualmente importante é o facto de nem sempre existir um ritmo
  constante de evolução, ou uma evolução progressiva dos organismos.
• O objectivo do estudo da classificação é, precisamente, compreender a
  diversidade da vida, numa perspectiva evolutiva.
• Qualquer sistema de classificação, biológico ou não, envolve dois tipos de
  procedimentos:
    – Observação, definição e descrição dos elementos a ser classificados, para descoberta
      das suas diferenças e semelhanças;
    – Agrupamento dos elementos num esquema de classificação.
Moderna classificação
          biológica
• Deste modo, a classificação é um meio de tornar inteligível a
  complexidade do mundo vivo, agrupando os organismos em
  categorias, segundo critérios preestabelecidos.

• Para que se possa continuar, é necessário ter em mente alguns
  termos, bem como o seu significado exacto:

• Sistemática – estudo da diversidade, descrição dos organismos, incluindo
  a sua filogenia;
• Taxonomia – estudo da classificação, incluindo nomes, normas e
  princípios;
• Classificação – ordenação dos seres vivos em grupos, com base em
  parentesco, semelhança morfológica, entre outros, e sua hierarquização.
Diversidade de critérios de
             classificação
• Já a largos anos que a classificação dos organismos vivos teve como base a
  tentativa de organização e simplificação dos sistemas vivos, logo os
  primeiros sistemas de classificação eram práticos e arbitrários, ou
  seja, classificava-se de acordo com a utilidade, interesse económico, etc.
• Aristóteles foi o primeiro naturalista a classificar os organismos vivos de
  acordo com as suas características morfológicas, anatómicas e
  fisiológicas, obtendo, nos animais, dois grupos:
    Enaima – animais de sangue vermelho, ovíparos e vivíparos;
    Anaima – animais sem sangue vermelho.
• A classificação de Aristóteles é racional pois baseia-se em características
  inerentes aos animais. No entanto, todas estas classificações, quer as
  práticas, quer as racionais ou científicas, são artificiais pois baseiam-se
  num reduzido número de caracteres, por vezes apenas um, originando
  grupos extremamente heterogéneos.
• Lineu classificou todos os organismos conhecidos na época em categorias
  que designou por espécies. Agrupou as espécies em géneros, estes em
  famílias, ordens e classes. Posteriormente foram criadas mais duas
  categorias, divisão (plantas) ou filo (animais), que englobam as classes.
• Apenas em 1859, com a Teoria da Evolução de Darwin, os sistemas de
  classificação passaram a ter em conta e história evolutiva dos organismos.
• Estas classificações evolutivas pretendem traduzir a posição de cada
  organismo em relação aos seus antepassados, bem como as relações
  genéticas entre os diferentes organismos actuais. Até esta altura apenas
  eram considerados dois reinos, Animalia e Plantae.
Moderna classificação
               biológica
• A partir de 1920, com a descoberta da teoria da hereditariedade, surge a
  sistemática, que faz a classificação usando todos os novos dados, não se
  limitando à morfologia.
• Nos anos 60 passou a recorrer-se, também, à bioquímica para determinar
  as relações filogenéticas, sendo, actualmente, a genética molecular uma
  das principais bases da classificação de organismos.

• O objectivo principal da moderna taxonomia é produzir um sistema de
  classificações que relacione as espécies semelhantes e originárias de um
  ancestral comum.
• Classificação fenética – este tipo de classificação tem um objectivo prático, o
  de permitir a identificação rápida de um organismo, sem se preocupar com as
  relações de parentesco entre ele e outros.




• Este tipo de classificação não considera o tempo pois as características
  morfológicas variam ao longo da evolução das espécies – classificação
  estática ou horizontal.
• Classificação filética– esta escala de classificação atribui maior valor ás relações
  evolutivas, sobressaindo a importância da filogenia e deixando para segundo
  plano o aspecto morfológico. As características utilizadas neste tipo de
  classificação são separadas em dois grupos: primitivas ou ancestrais
  e derivadas.




                      Cladograma de 4 espécies hipotéticas
                      (números a preto são características
                       ancestrais, números coloridos são
                           características derivadas)
Diversidade de critérios de
                    classificação
Sistemas de classificações práticos

•   As primeiras classificações feitas pelo Homem tinham um carácter prático, que se ajustavam
    às necessidades específicas de quem as utilizava.
•   Ainda hoje em dia distinguimos os animais domésticos dos animais selvagens, por exemplo.
•   Estes sistemas são designados de sistemas de classificação práticos e, por vezes, pecam pela
    falta de base cientifica , sendo meros instrumentos de sistematização utilitária.

Sistemas de classificação racionais: Horizontais

•   Estes podem dividir-se em sistemas de classificação artificiais, que se baseavam num
    reduzido número de características e que existiram desde a Grécia Antiga até ao séc. XVIII.
•   Eram sistemas que formava grupos muito heterogéneos, pois englobavam organismos que
    diferem em muitas outras características para além das consideradas.
•   Estes sistemas de classificação artificiais caracterizaram o período pré-lineano das
    classificações.
Sistemas de classificação racionais: verticais

•   Surgiram no período pós-darwiniano as classificações verticais ou
    filogenéticas, que consideram o factor tempo.
•   Os seres vivos passaram a ser classificados não apenas de acordo com a sua
    afinidade estrutural e morfológica, mas também de acordo com a sua história
    evolutiva.
•   Estudos como a paleontologia, comparação anatómica, Citologia, Bioquímica e
    Genética dos seres vivos têm contribuído para a identificação de ancestrais
    comuns, ajudando a esclarecer o percurso evolutivo dos grupos de seres vivos e as
    suas relações filogenéticas, ou de parentesco.
•   As classificações passaram e reflectir a dinâmica dos grupos ao longo do tempo, e
    não um carácter estático. Estas são, no entanto, consideradas classificações muito
    subjectivas, um vez que se baseiam nas interpretações de factos utilizando
    hipóteses sobre relações de parentesco para estabelecer filogenias, e assim
    poderá ser impossível chegar a novos consensos.

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Sistemas De ClassificaçãO

  • 2. Sistemática, taxonomia e nomenclatura • Sistemática é a ciência que procura classificar os diversos seres vivos e relacioná-los evolutivamente, expressando-se em sistemas taxonómicos. • A taxonomia, por sua vez, trata da ordenação e denominação dos seres vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança. A taxonomia pretende separar os organismos por espécies, descrevendo as características que distinguem uma espécie da outra e ordenando as espécies por categorias taxonómicas. • Por fim, a nomenclatura tem a função de designar cientificamente os grupos taxonómicos, de acordo com certas regras universalmente estabelecidas
  • 3. Porquê classificar ? • O mundo dos seres vivos é constituído por uma enorme variedade de organismos. Para estudar e compreender tamanha variedade, foi necessário agrupar os organismos de acordo com as suas características comuns, mais precisamente, classificá-los • No tempo de Aristóteles (século IV a.C.), este que foi um dos primeiros naturalistas a considerar a classificação dos animais, eram conhecidas cerca de 1000 espécies, das quais 450 eram animais. • Com os Descobrimentos houve aumentou em grande número as espécies conhecidas, passando a ser referidas cerca de 10000. Desde esta altura, com a facilidade de contacto, livros, museus, jardins botânicos, no século XIX já eram conhecidas 1293000 espécies e actualmente estima-se em cerca de 10000000, das quais apenas 15% se encontram devidamente descritas. •
  • 4. Evolução dos sistemas de classificação • A história da vida na Terra é uma história de grandes tragédias, considerando-se que cerca de 99% das espécies que já existiram se extinguiram. • Igualmente importante é o facto de nem sempre existir um ritmo constante de evolução, ou uma evolução progressiva dos organismos. • O objectivo do estudo da classificação é, precisamente, compreender a diversidade da vida, numa perspectiva evolutiva. • Qualquer sistema de classificação, biológico ou não, envolve dois tipos de procedimentos: – Observação, definição e descrição dos elementos a ser classificados, para descoberta das suas diferenças e semelhanças; – Agrupamento dos elementos num esquema de classificação.
  • 5. Moderna classificação biológica • Deste modo, a classificação é um meio de tornar inteligível a complexidade do mundo vivo, agrupando os organismos em categorias, segundo critérios preestabelecidos. • Para que se possa continuar, é necessário ter em mente alguns termos, bem como o seu significado exacto: • Sistemática – estudo da diversidade, descrição dos organismos, incluindo a sua filogenia; • Taxonomia – estudo da classificação, incluindo nomes, normas e princípios; • Classificação – ordenação dos seres vivos em grupos, com base em parentesco, semelhança morfológica, entre outros, e sua hierarquização.
  • 6. Diversidade de critérios de classificação • Já a largos anos que a classificação dos organismos vivos teve como base a tentativa de organização e simplificação dos sistemas vivos, logo os primeiros sistemas de classificação eram práticos e arbitrários, ou seja, classificava-se de acordo com a utilidade, interesse económico, etc. • Aristóteles foi o primeiro naturalista a classificar os organismos vivos de acordo com as suas características morfológicas, anatómicas e fisiológicas, obtendo, nos animais, dois grupos: Enaima – animais de sangue vermelho, ovíparos e vivíparos; Anaima – animais sem sangue vermelho. • A classificação de Aristóteles é racional pois baseia-se em características inerentes aos animais. No entanto, todas estas classificações, quer as práticas, quer as racionais ou científicas, são artificiais pois baseiam-se num reduzido número de caracteres, por vezes apenas um, originando grupos extremamente heterogéneos.
  • 7. • Lineu classificou todos os organismos conhecidos na época em categorias que designou por espécies. Agrupou as espécies em géneros, estes em famílias, ordens e classes. Posteriormente foram criadas mais duas categorias, divisão (plantas) ou filo (animais), que englobam as classes. • Apenas em 1859, com a Teoria da Evolução de Darwin, os sistemas de classificação passaram a ter em conta e história evolutiva dos organismos. • Estas classificações evolutivas pretendem traduzir a posição de cada organismo em relação aos seus antepassados, bem como as relações genéticas entre os diferentes organismos actuais. Até esta altura apenas eram considerados dois reinos, Animalia e Plantae.
  • 8. Moderna classificação biológica • A partir de 1920, com a descoberta da teoria da hereditariedade, surge a sistemática, que faz a classificação usando todos os novos dados, não se limitando à morfologia. • Nos anos 60 passou a recorrer-se, também, à bioquímica para determinar as relações filogenéticas, sendo, actualmente, a genética molecular uma das principais bases da classificação de organismos. • O objectivo principal da moderna taxonomia é produzir um sistema de classificações que relacione as espécies semelhantes e originárias de um ancestral comum.
  • 9. • Classificação fenética – este tipo de classificação tem um objectivo prático, o de permitir a identificação rápida de um organismo, sem se preocupar com as relações de parentesco entre ele e outros. • Este tipo de classificação não considera o tempo pois as características morfológicas variam ao longo da evolução das espécies – classificação estática ou horizontal.
  • 10. • Classificação filética– esta escala de classificação atribui maior valor ás relações evolutivas, sobressaindo a importância da filogenia e deixando para segundo plano o aspecto morfológico. As características utilizadas neste tipo de classificação são separadas em dois grupos: primitivas ou ancestrais e derivadas. Cladograma de 4 espécies hipotéticas (números a preto são características ancestrais, números coloridos são características derivadas)
  • 11. Diversidade de critérios de classificação Sistemas de classificações práticos • As primeiras classificações feitas pelo Homem tinham um carácter prático, que se ajustavam às necessidades específicas de quem as utilizava. • Ainda hoje em dia distinguimos os animais domésticos dos animais selvagens, por exemplo. • Estes sistemas são designados de sistemas de classificação práticos e, por vezes, pecam pela falta de base cientifica , sendo meros instrumentos de sistematização utilitária. Sistemas de classificação racionais: Horizontais • Estes podem dividir-se em sistemas de classificação artificiais, que se baseavam num reduzido número de características e que existiram desde a Grécia Antiga até ao séc. XVIII. • Eram sistemas que formava grupos muito heterogéneos, pois englobavam organismos que diferem em muitas outras características para além das consideradas. • Estes sistemas de classificação artificiais caracterizaram o período pré-lineano das classificações.
  • 12. Sistemas de classificação racionais: verticais • Surgiram no período pós-darwiniano as classificações verticais ou filogenéticas, que consideram o factor tempo. • Os seres vivos passaram a ser classificados não apenas de acordo com a sua afinidade estrutural e morfológica, mas também de acordo com a sua história evolutiva. • Estudos como a paleontologia, comparação anatómica, Citologia, Bioquímica e Genética dos seres vivos têm contribuído para a identificação de ancestrais comuns, ajudando a esclarecer o percurso evolutivo dos grupos de seres vivos e as suas relações filogenéticas, ou de parentesco. • As classificações passaram e reflectir a dinâmica dos grupos ao longo do tempo, e não um carácter estático. Estas são, no entanto, consideradas classificações muito subjectivas, um vez que se baseiam nas interpretações de factos utilizando hipóteses sobre relações de parentesco para estabelecer filogenias, e assim poderá ser impossível chegar a novos consensos.