3. O novo jeito de
escrever
O acordo vem para unificar a
ortografia oficial dos países
de língua portuguesa e
aproximar nações.
A pronúncia, o vocabulário e
a sintaxe permanecem
exatamente como estão.
5. Portugal
O novo acordo foi assinado em Lisboa, em 16
de dezembro de 1.990, e integraram Portugal
6. Brasil
No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto
Legislativo 54, de 18 de abril de 1995 e passou a
vigorar a partir de setembro de 2008 através do
Decreto 6.585, de 29 de setembro de 2008.
A vigência obrigatória do novo Acordo Ortográfico
da Língua Portuguesa foi adiada pelo governo
brasileiro por mais três anos. A implementação
integral da nova ortografia estava prevista para 1º
de janeiro de 2013, contudo, o Governo Federal
adiou para 1º de janeiro de 2016, prazo
estabelecido também por Portugal.
7. Portugal,
Brasil,
Angola,
São Tome e Príncipe,
Cabo Verde,
Guiné-Bissau,
Moçambique e
Timor Leste
8. As Mudanças...
1) Alfabeto
2) Trema
3) Mudanças nas regras de acentuação
Acento Agudo
Acento circunflexo
Acento diferencial
4) Hífen
10. Novo alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras com a reintrodução de
k, w e y
Já era utilizado para símbolos e medidas (km
(quilômetro), kg (quilograma), W (watt));
E para e nomes estrangeiros (e seus derivados): show,
playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang,
William, kaiser, Kafka, kafkiano.
12. O trema permanece apenas nas palavras
estrangeiras e em suas derivadas.
Müller, mülleriano.
Trema (¨)
13. Trema (¨)
Não se usa mais trema em cima do u
gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
Agüentar aguentar
Cinqüenta cinquenta
Bilíngüe bilíngue
Lingüiça linguiça
Tranqüilo tranquilo
16. Acento Agudo
Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras
paroxítonas.
Como era Como fica
Alcalóide alcaloide
Alcatéia alcateia
Andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
Bóia boia
Celulóide celuloide
Colméia colmeia
Heróico heroico
Idéia ideia
17. Essa regra é válida somente para palavras
paroxítonas. Assim, continuam a ser
acentuadas as palavras oxítonas terminadas
em éis, éu, éus, ói, óis.
papéis, herói, heróis,
troféu, ‘troféus.
Acento Agudo
18. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o
acento no i e no u tônicos quando vierem
depois de um ditongo.
Como era Como fica
feiúra feiura
bocaiúva bocaiuva*
* bocaiuva: certo tipo de palmeira.
Acento Agudo
19. Se o i ou o u forem precedidos de ditongo
crescente, o acento permanece. Exemplos:
guaíba, Guaíra.
Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem
em posição final (ou seguidos de s), o acento
permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
Acento Agudo
21. Acento circunflexo
abençôo abençoo
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vôos voos
zôo zoo
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em ôo(s).
22. Acento circunflexo
Crêem creem
Dêem deem
Lêem leem
Vêem veem
Não se usa mais o acento na conjugação da terceira pessoa do
plural do presente do indicativo ou subjuntivo dos verbos crer,
dar, ler e ver.
24. Acento Diferencial
Como era Como fica
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato
tem pêlos brancos.
Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.
Não se usa mais o acento que diferenciava os pares
pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e
pêra/pera.
25. Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje
ele pode.
Permanece o acento diferencial em pôr/por.
Vou pôr o livro na estante que foi feita por
mim.
Acento Diferencial
26. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus
derivados.
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Acento Diferencial
28. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras
iguais ou quase iguais, sem elementos de
ligação.
Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum,
tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom,
pingue-pongue, zigue-zague, esconde-
esconde, pega-pega, corre-corre.
Usa-se o hífen
29. Usa-se o hífen nos compostos que designam
espécies animais e botânicas (nomes de
plantas, flores, frutos, raízes, sementes),
tenham ou não elementos de ligação.
Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-
paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-
serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-
de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-
campo, cravo-da-índia.
Usa-se o hífen
30. Usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
anti-higiênico
anti-histórico
macro-história
mini-hotel
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Usa-se o hífen
31. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se
o segundo elemento começar pela mesma vogal.
anti-imperialista, anti-inflamatório,
auto-observação,
contra-almirante, contra-atacar, contra-ataque,
micro-ondas, micro-ônibus,
semi-internato, semi-interno.
Usa-se o hífen
32. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
vice-rei, vice-almirante
Usa-se o hífen
33. Quando o prefixo termina por consoante e o
segundo elemento começar pela mesma
consoante.
hiper-requintado, inter-racial, inter-regional,
sub-bibliotecário, super-racista,
super-reacionário, super-resistente,
super-romântico.
Usa-se o hífen
34. Com o prefixo sub, usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por r, b e h:
sub-raça, sub-região, sub-base, sub-humano,
Usa-se o hífen
35. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de
palavra iniciada por m,n e vogal.
Exemplos:
circum-murado
circum-navegação
pan-americano
Usa-se o
hífen
36. Com os prefixos ex, bem, sem, além, aquém, recém,
pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
além-mar, além-túmulo
ex-aluno, ex-diretor, ex-presidente
pós-graduação
pré-história, pré-vestibular,
pró-reitor
recém-casado,recém-nascido
sem-terra
bem-estar; bem-vindo
Usa-se o hífen
37. NÃO se usa o hífen
Não se usa o hífen, quando os compostos que
designam espécies botânicas e zoológicas são
empregados fora de seu sentido original. Observe a
diferença de sentido entre os pares:
a) bico-de-papagaio (espécie de planta
ornamental) - bico de papagaio(deformação nas
vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de
boi (espécie de selo postal).
38. NÃO se usa o hífen
Não se usa o hífen em compostos que apresentam
elementos de ligação.
Exemplos:
pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia,
fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa
de força, cara de pau, olho de sogra.
* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-
rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará,
à queima-roupa.
39. NÃO se usa o hífen
O hífen deixa de ser empregado quando o prefixo termina em
vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial, agroindustrial, anteontem,
antiaéreo, antieducativo, autoaprendizagem,
autoescola, autoestrada, autoinstrução,
coautor, coedição, extraescolar,
infraestrutura, plurianual, semiaberto,
semianalfabeto, semiesférico, semiopaco.
40. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal
e o segundo elemento começa por consoante
diferente de r ou s.
anteprojeto, antipedagógico, autopeça,
autoproteção, coprodução, geopolítica,
microcomputador, pseudoprofessor,
semicírculo, semideus, seminovo, ultramoderno.
NÃO se usa o hífen
41. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e
o segundo elemento começa por r ou s.
Nesse caso, duplicam-se essas letras.
antirrábico, antirracismo, antirreligioso,
antirrugas, antissocial, biorritmo,
contrarregra, contrassenso, microssistema,
minissaia, neorrealismo, semirreta,
neossimbolista, ultrarresistente, ultrassom
NÃO se usa o hífen
42. Nos demais casos não se usa o hífen.
hipermercado, intermunicipal,
superinteressante, superproteção.
NÃO se usa o hífen
43. Quando o prefixo termina por consoante, não se
usa o hífen se o segundo elemento começar
por vogal.
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
NÃO se usa o hífen
44. Não se deve usar o hífen em certas palavras que
perderam a noção de composição.
Girassol madressilva
Mandachuva paraquedas
Paraquedista pontapé
NÃO se usa o hífen
45. Lutar com palavras
É a luta mais vã.
Entanto lutamos
Mal surge a manhã
[...]
Palavra, palavra
(digo exasperado)
Se me desafias,
Aceito o combate.
47. Carta Comercial
Não se dirige requerimento a empresas
comerciais, industriais, ou a entidades
particulares. Nesses casos, usa-se a carta
comercial.
48.
49.
50. Requerimento
Requerimento é o instrumento pelo qual nos
dirigimos a uma autoridade pública, com o
objetivo específico de fazer um pedido, que
deve ter amparo de uma lei.
O requerimento e a carta não se confundem.
Muitas são as diferenças existentes entre eles.
51.
52.
53. Memorando
É um tipo de comunicação interna usado
para comunicações breves como:
lembrete com mensagens, avisos,
consultas rápidas, informações sucintas.
54.
55.
56. Ofício
O ofício é uma forma de correspondência que se
utiliza no serviço público.
É por meio de ofício que:
- Uma repartição se dirige a uma pessoa ou empresa;
- Uma repartição se dirige a outra repartição.
A redação de um ofício obedece a determinadas
normas. Além da correção, deve-se observar:
1. Simplicidade: uso da linguagem simples, evitando-
se frases rebuscadas ou muito adjetivadas.
57. 2. Clareza: expressão clara e lógica do pensamento,
de modo que a mensagem possa ser entendida
perfeitamente.
3. Objetividade: abordagem direta do assunto,
evitando-se palavras desnecessárias ou expressões
que nada acrescentam ao texto.
4. Concisão: resumo do texto ao essencial, evitando-
se alongar muito o assunto.
O ofício deve ser digitado, como toda comunicação
que se faz entre repartições.
61. Vossa Excelência ( V. Ex.ª ).Emprega-se, no meio oficial para:
Presidente da República
Vice-Presidente da República
Ministros de Estado
Chefe do Estado Maior das Forças Armadas
Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República
Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República
Consultor Geral da República
Chefe do Serviço Nacional de Informações
Presidentes e Membros das Assembleias Legislativas dos Estados
Governadores de Estado e Vice-Governadores
Prefeitos Municipais
Secretários de Estado
Senadores
Deputados
Juízes do Trabalho, Juízes de Direito e Juízes Eleitorais
Procurador Geral da República
Embaixadores e Cônsules
Generais e Marechais
Forma de endereçamento:: Excelentíssimo Senhor (Exmº. Sr) e
Meritíssimo Senhor (MM) para juízes
62. Vossa Senhoria ( V. S.ª ), emprega-se, no meio
oficial para:
Funcionários graduados
Organizações comerciais e industriais
Particulares em geral
Forma de endereçamento: Ilustríssimo Senhor
(Ilmº. Sr.)
63. Vossa Eminência ( V. Em.ª ), emprega-se, no
meio oficial para:
Cardeais
Forma de endereçamento: Eminentíssimo
Senhor ( Emm.º Sr. )
64. Vossa Excelência Reverendíssima ( V. Ex.ª.
Rev.ma
), emprega-se, no meio oficial para:
Arcebispos e Bispos
Forma de endereçamento: Excelentíssimo
Senhor ( Exm.º Sr. )
65. Vossa Santidade ( V .S. ). emprega-se, no meio
oficial para:
Papa
Forma de endereçamento: Santíssimo Padre ou
Beatíssimo Padre...
66. Reverendo ( Rev.do
.), emprega-se, no meio
oficial para:
Sacerdotes
Clérigos
Religiosos
Forma de endereçamento: Reverendo...
67. Vossa Magnificência, emprega-se, no meio oficial
para:
Reitores de Universidades
Forma de endereçamento: Magnífico Reitor...
68. Mais detalhes e exemplos:
MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA, disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/manual/
69. Procuração
Procuração é um documento que uma
pessoa passa para alguém para que possa
tratar de negócios em nome de outra. É um
documento em que se estabelece legalmente
essa incumbência, em que se outorga o
mandato e se explicitam os poderes
conferidos.