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P l á g i o
POSTOU,
PERDEUGRANDES ALIADAS NO PROCESSO DE DIFUSÃO DE INFORMAÇÕES, AS REDES SOCIAIS
TORNAM-SE CAMPO LIVRE PARA REPRODUÇÃO ILEGAL DE IMAGENS DE TERCEIROS.
Por Luísa Alves
da reportagem
Por Letícia Paixão
da redação
Por Lívia Oliveira
Da equipe estagiários
40 Imprensa | novembro 2015
Foto:letíciapaixão
As redes sociais se firmaram como grandes
canais de divulgação de conteúdo,
principalmente de imagens. Num click, as
fotos postadas na rede são visualizadas por
centenas – quiçá milhares – de usuários. O
que antes pertencia a um universo privado,
passa a integralizar o espaço do público,
que não só avista a imagem como a analisa,
curte, comenta, e reproduz. É aí que mora o
perigo: se por um lado a imagem reproduzida
ganha cada vez mais notoriedade, de outro,
o crédito de quem a produziu mantem-se na
obscuridade.
Você provavelmente já viu isso acontecer.
Imagens amplamente difundidas,
reproduzidas diversas vezes, que,
simplesmente, não acompanham informações
autorais. Pode ser uma imagem que ilustra
um texto no Facebook, ou uma foto artística
no Instagram, raramente são devidamente
creditadas. Na era dos Print Screens – as
“fotos da tela” –, nunca foi tão fácil salvar uma
imagem encontrada na Web.
Embora exista uma impressão comum de
que “internet é terra de ninguém”, as coisas
não funcionam bem assim. Muitos dos
usuários dessas redes sociais acreditam que
ao postar determinado material ele vira de
propriedade “da internet”, como se perdesse
completamente a vinculação com seu autor,
podendo ser amplamente reproduzido,
editado, sem limitações ou preocupações.
Grande parte dos internautas ignoram
que fotografia é classificada pela lei como
obra intelectual, é o que diz o art. 7, VII, da
Lei 9610-98. O que significa que possuem
proteção legal e sua utilização ou reprodução
indevida configuram crime de violação de
direito autoral.
Imprensa | novembro 2015 41
Direitos autorais
Os autores de imagens também possuem
direitos. A fotografia é, também, uma
arte, e, notadamente exige habilidade da
pessoa que executa o ato de fotografar. Cada
foto concretiza uma decisão do fotografo por
eternizarumobjeto,pessoaouacontecimento,
e o processo fotográfico requer uma pesquisa
em pról do melhor ângulo, enquadramento e
tantos outros detalhes.
Sem falar que nem sempre uma foto fica boa
na primeira tentativa: é um foco que se perde,
iluminação que varia ou o sujeito que entra
em movimento. As adversidades, exigem,
então, que o fotografo, se utilizando do seu
conhecimento na área, modifique as opções
da máquina fotográfica, adapte o meio a ser
fotografado ou utilize-se de instrumentos
externos para, enfim,alcançar a imagem
pretendida, que capte a essência do fato. Todo
esse processo viabilizará a foto final, que deve
ser tida como propriedade intelectual.
Aquele que a produziu, portanto, deverá
ter assegurado seus direitos sobre a obra.
A lei que garante os direitos autorais sobre
propriedade intelectual, entre elas as
imagens, é a N° 9.610/98.
ConformedispõeoArt.24destedocumento,
a pessoa, como criadora da fotografia, possui
direitos inalienáveis, entres eles:
“(...)
I – o de reivindicar, a qualquer tempo, a
autoria da obra;
II – o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal
convencional indicado ou anunciado, como
sendo o do autor, na utilização de sua obra; (...)
VI – o de retirar de circulação a obra ou de
suspender qualquer forma de utilização já
Foto:Luísaalves
42 Imprensa | novembro 2015
Plágio na era digital
autorizada, quando a circulação ou utilização
implicaremafrontaàsuareputaçãoe imagem.”
Foto:líviaoliveira
Areprodução de conteúdos de terceiros
sem autorização tem ocorrido com
frequência nos blogs e redes sociais. Ainda
quando o autor publica sobre a licença
utilizada, a exemplo da Copright - em que
todos os direitos são reservados e a cópia não
autorizada é proibida - geralmente essa nota
fica no rodapé da página.
De modo semelhante, fotos publicadas no
Instagram acompanham notas de crédito na
legenda ou no corpo da imagem, através de
marca d’água. Os plagiadores, no entanto, não
se atentam a esses detalhes ou simplesmente
o ignoram.
Muitos chegam a editar a imagem copiada
para emoção dos créditos, e, confiando
que nunca serão descobertos, reproduzem
conteúdos plagiados em suas páginas, como
se fosse seus.
Não são levados em consideração, todavia,
o trabalho, criatividade e técnica dispensados
para captura, construção e edicação da
imagem copiada.
A ignorância ou fé na ineficiência da lei
de direitos autorais são grandes aliados da
perpetuação do plágio digital, uma realidade
que precisa mudar.
Como verificar se um conteudo é o original
ou plagiado? Simples, existem algumas
ferramentas que auxiliam na identificação
de plágios. Acesse os sites abaixo, e insira
a imagem ou trecho do documento a ser
verificado:
1- TinEye (https://tineye.com/) Selecione
o arquivo ou indique a URL para carregar
a imagem “referência” e em segundos
o site apresenta milhares de conteúdos
semelhantes.
2- WeSee (http://www.wesee.com/)
Procuraimagenssimilaresatravésdeinserção
de palavras chaves ou conteúdo carregado
direto do computador. Como novidade,
integra aos resultados imagens publicadas na
rede social Pinterest.
3- Google Images (www.google.com.br):
Atravésdocarregamentodeumaimagem(por
Upload ou Url de acesso) apresenta inúmeros
resultados de publicações semelhantes.
5- Copyscape (http://www.copyscape.
com/): Busca páginas duplicadas.
Se o resultado for positivo em qualquer
uma dessas verificações a pessoa plagiada
pode fazer uma contestação formal, com base
na Lei 9.610-98, e/ou denunciar o caso ao
Google, para que o conteúdo seja removido
da Web.
Neste último caso, será necessário o
preenchimento de um formulário com todas
as informações da imagem “cópia”, para que o
Google apure a denuncia sobre a violação do
direito autoral e, possa, efetivamente remove-
lo da internet.
fique atento
Para minimizar a divulgação de imagens
descreditadas na rede, é preciso um
trabalho de mão dupla. Ao autor cabe
proteger seu conteúdo, através de uma maior
cuidado sobre as plataformas ou páginas
que publicará suas imagens, escolha do tipo
proteja o que posta
Imprensa | novembro 2015 43
Foto:LuísaAlves
fui plagiado, e agora?
Caso descubra que sua imagem está sendo
reproduzida sem sua permissão, a primeira
providência a ser tomada é entrar em contato
com o “plagiador” e solicitar a remoção da
imagem ou inserção dos devidos créditos em
local visível. Em caso de conteúdos exclusivos
produzidosparaclientesemespecifico,utilizados
por terceiros, deve-se procurar o responsável
e solicitor a imediata retirada de circulação do
projeto,senecessárioprocureassistênciajurídica.
Se a reprodução do conteúdo sem permissão
do autor for feita em redes sociais, denuncie
diretamente aos sites, pois eles possuem
recursos de proteção aos direitos autorais.
Primeiro verifique os termos de utilização
para comprovar se houve violação. No facebook
e no twitter o autor da obra deve preencher
um formulário específico sobre violação dos
direitos autorais. Já no Instagram o autor
deve enviar informações sobre o ocorrido
através de carta, e-mail ou telefone - todos os
contatos encontram-se na página de suporte.
de licença, inserção de marca d’água, etc... E
ao público que acessará esse conteúdo resta
um trabalho de conscientização através de
informação.
DICA 1: Escolha a licença Copright ao
publicar um conteúdo, pois essa licença
proíbe que qualquer parte do trabalho seja
usada sem a autorização do autor.
DICA 2: Adicione marca d’água em
suas fotografias, para assegurar que suas
informações serão sempre divulgadas. Você
pode colocar sua assinatura no canto inferior
da imagem, ou próxima ao objeto principal
da imagem, dificultando a remoção. Para isso,
utilize programas como Photo Watermark,
Merge, Photowham e o Photoshop.
DICA 3: Nas redes sociais modifique a
privacidade dos seus conteúdos, para que
apenas seus amigos, pessoas de sua confiança
possam ver.
DICA 4: Você pode diminuir o tamanho
da sua imagem, pois com tamanhos bem
reduzidos, dificilmente suas fotografias
serão usadas para impressões ou projetos
em páginas na web. O redimensionamento
da imagem pode ser feito com o programa
Microsoft Office Picture Manager.
Foto:LuísaAlves

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  • 1. P l á g i o POSTOU, PERDEUGRANDES ALIADAS NO PROCESSO DE DIFUSÃO DE INFORMAÇÕES, AS REDES SOCIAIS TORNAM-SE CAMPO LIVRE PARA REPRODUÇÃO ILEGAL DE IMAGENS DE TERCEIROS. Por Luísa Alves da reportagem Por Letícia Paixão da redação Por Lívia Oliveira Da equipe estagiários 40 Imprensa | novembro 2015 Foto:letíciapaixão
  • 2. As redes sociais se firmaram como grandes canais de divulgação de conteúdo, principalmente de imagens. Num click, as fotos postadas na rede são visualizadas por centenas – quiçá milhares – de usuários. O que antes pertencia a um universo privado, passa a integralizar o espaço do público, que não só avista a imagem como a analisa, curte, comenta, e reproduz. É aí que mora o perigo: se por um lado a imagem reproduzida ganha cada vez mais notoriedade, de outro, o crédito de quem a produziu mantem-se na obscuridade. Você provavelmente já viu isso acontecer. Imagens amplamente difundidas, reproduzidas diversas vezes, que, simplesmente, não acompanham informações autorais. Pode ser uma imagem que ilustra um texto no Facebook, ou uma foto artística no Instagram, raramente são devidamente creditadas. Na era dos Print Screens – as “fotos da tela” –, nunca foi tão fácil salvar uma imagem encontrada na Web. Embora exista uma impressão comum de que “internet é terra de ninguém”, as coisas não funcionam bem assim. Muitos dos usuários dessas redes sociais acreditam que ao postar determinado material ele vira de propriedade “da internet”, como se perdesse completamente a vinculação com seu autor, podendo ser amplamente reproduzido, editado, sem limitações ou preocupações. Grande parte dos internautas ignoram que fotografia é classificada pela lei como obra intelectual, é o que diz o art. 7, VII, da Lei 9610-98. O que significa que possuem proteção legal e sua utilização ou reprodução indevida configuram crime de violação de direito autoral. Imprensa | novembro 2015 41 Direitos autorais Os autores de imagens também possuem direitos. A fotografia é, também, uma arte, e, notadamente exige habilidade da pessoa que executa o ato de fotografar. Cada foto concretiza uma decisão do fotografo por eternizarumobjeto,pessoaouacontecimento, e o processo fotográfico requer uma pesquisa em pról do melhor ângulo, enquadramento e tantos outros detalhes. Sem falar que nem sempre uma foto fica boa na primeira tentativa: é um foco que se perde, iluminação que varia ou o sujeito que entra em movimento. As adversidades, exigem, então, que o fotografo, se utilizando do seu conhecimento na área, modifique as opções da máquina fotográfica, adapte o meio a ser fotografado ou utilize-se de instrumentos externos para, enfim,alcançar a imagem pretendida, que capte a essência do fato. Todo esse processo viabilizará a foto final, que deve ser tida como propriedade intelectual. Aquele que a produziu, portanto, deverá ter assegurado seus direitos sobre a obra. A lei que garante os direitos autorais sobre propriedade intelectual, entre elas as imagens, é a N° 9.610/98. ConformedispõeoArt.24destedocumento, a pessoa, como criadora da fotografia, possui direitos inalienáveis, entres eles: “(...) I – o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra; II – o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra; (...) VI – o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já Foto:Luísaalves
  • 3. 42 Imprensa | novembro 2015 Plágio na era digital autorizada, quando a circulação ou utilização implicaremafrontaàsuareputaçãoe imagem.” Foto:líviaoliveira Areprodução de conteúdos de terceiros sem autorização tem ocorrido com frequência nos blogs e redes sociais. Ainda quando o autor publica sobre a licença utilizada, a exemplo da Copright - em que todos os direitos são reservados e a cópia não autorizada é proibida - geralmente essa nota fica no rodapé da página. De modo semelhante, fotos publicadas no Instagram acompanham notas de crédito na legenda ou no corpo da imagem, através de marca d’água. Os plagiadores, no entanto, não se atentam a esses detalhes ou simplesmente o ignoram. Muitos chegam a editar a imagem copiada para emoção dos créditos, e, confiando que nunca serão descobertos, reproduzem conteúdos plagiados em suas páginas, como se fosse seus. Não são levados em consideração, todavia, o trabalho, criatividade e técnica dispensados para captura, construção e edicação da imagem copiada. A ignorância ou fé na ineficiência da lei de direitos autorais são grandes aliados da perpetuação do plágio digital, uma realidade que precisa mudar. Como verificar se um conteudo é o original ou plagiado? Simples, existem algumas ferramentas que auxiliam na identificação de plágios. Acesse os sites abaixo, e insira a imagem ou trecho do documento a ser verificado: 1- TinEye (https://tineye.com/) Selecione o arquivo ou indique a URL para carregar a imagem “referência” e em segundos o site apresenta milhares de conteúdos semelhantes. 2- WeSee (http://www.wesee.com/) Procuraimagenssimilaresatravésdeinserção de palavras chaves ou conteúdo carregado direto do computador. Como novidade, integra aos resultados imagens publicadas na rede social Pinterest. 3- Google Images (www.google.com.br): Atravésdocarregamentodeumaimagem(por Upload ou Url de acesso) apresenta inúmeros resultados de publicações semelhantes. 5- Copyscape (http://www.copyscape. com/): Busca páginas duplicadas. Se o resultado for positivo em qualquer uma dessas verificações a pessoa plagiada pode fazer uma contestação formal, com base na Lei 9.610-98, e/ou denunciar o caso ao Google, para que o conteúdo seja removido da Web. Neste último caso, será necessário o preenchimento de um formulário com todas as informações da imagem “cópia”, para que o Google apure a denuncia sobre a violação do direito autoral e, possa, efetivamente remove- lo da internet. fique atento Para minimizar a divulgação de imagens descreditadas na rede, é preciso um trabalho de mão dupla. Ao autor cabe proteger seu conteúdo, através de uma maior cuidado sobre as plataformas ou páginas que publicará suas imagens, escolha do tipo proteja o que posta
  • 4. Imprensa | novembro 2015 43 Foto:LuísaAlves fui plagiado, e agora? Caso descubra que sua imagem está sendo reproduzida sem sua permissão, a primeira providência a ser tomada é entrar em contato com o “plagiador” e solicitar a remoção da imagem ou inserção dos devidos créditos em local visível. Em caso de conteúdos exclusivos produzidosparaclientesemespecifico,utilizados por terceiros, deve-se procurar o responsável e solicitor a imediata retirada de circulação do projeto,senecessárioprocureassistênciajurídica. Se a reprodução do conteúdo sem permissão do autor for feita em redes sociais, denuncie diretamente aos sites, pois eles possuem recursos de proteção aos direitos autorais. Primeiro verifique os termos de utilização para comprovar se houve violação. No facebook e no twitter o autor da obra deve preencher um formulário específico sobre violação dos direitos autorais. Já no Instagram o autor deve enviar informações sobre o ocorrido através de carta, e-mail ou telefone - todos os contatos encontram-se na página de suporte. de licença, inserção de marca d’água, etc... E ao público que acessará esse conteúdo resta um trabalho de conscientização através de informação. DICA 1: Escolha a licença Copright ao publicar um conteúdo, pois essa licença proíbe que qualquer parte do trabalho seja usada sem a autorização do autor. DICA 2: Adicione marca d’água em suas fotografias, para assegurar que suas informações serão sempre divulgadas. Você pode colocar sua assinatura no canto inferior da imagem, ou próxima ao objeto principal da imagem, dificultando a remoção. Para isso, utilize programas como Photo Watermark, Merge, Photowham e o Photoshop. DICA 3: Nas redes sociais modifique a privacidade dos seus conteúdos, para que apenas seus amigos, pessoas de sua confiança possam ver. DICA 4: Você pode diminuir o tamanho da sua imagem, pois com tamanhos bem reduzidos, dificilmente suas fotografias serão usadas para impressões ou projetos em páginas na web. O redimensionamento da imagem pode ser feito com o programa Microsoft Office Picture Manager. Foto:LuísaAlves