2. O pensamento medieval cristão foi a síntese
entre o cristianismo e as filosofias grega e
latina, alterando profundamente a
formulação dos problemas filosóficos.
A novidade para a filosofia foi o problema da
relação entre fé e razão.
3. Idade média: o termo indica uma transição de
fase histórica cujo início se deve a queda de
Roma no séculoV. O Renascimento deu
origem a Idade Moderna
Alguns pensadores afirmam que foi um
tempo marcado pela subordinação da fé à
razão e o consideraram como “Idade das
Trevas”.
Vertentes do pensamento Medieval:
Patrística e Escolástica
4. A filosofia fundamenta-se no exercício da
razão
As religiões em geral, e o cristianismo em
particular, fundaram-se no princípio da
crença e de verdades reveladas.
A relação entre razão e fé se associa em
termos contraditórios. A importância da
filosofia medieval está na tentativa da
resolução dessa contradição
5. A razão, no cristianismo, tornou-se um
auxílio a fé. Os resultados da investigação
filosófica deviam coincidir com os obtidos
pela revelação, ou seja, se a investigação
racional chegasse a conclusões que
contrariassem as verdades reveladas, a
reflexão deveria ser refeita.
6. A filosofia cristã procurou conciliar a fé
religiosa (cristianismo) e um pensamento
racional (Filosofia greco-romana).
Temas centrais dessa filosofia: deus,
imortalidade da alma, origem de todas as
coisas
Pela primeira vez surgiu uma religião que
pretendia encontrar um fundamento racional
para si mesma.
7. Patrística (séc. II-VIII): elaborada pelos padres
da Igreja.
No início a patrística ficou marcada pelo
esforço de fundamentar a fé cristã a partir de
conceitos da filosofia. Esses primeiros padres
foram chamados de APOLOGISTAS.
São Justino: A verdadeira sabedoria está na
fé, mas parte dela está na filosofia.
8. Agostinho de Hipona (354-430): principal
filósofo e teólogo da patrística
Principais temas: relação entre fé e razão, o
problema do mal, temas relacionados a
doutrina cristã, liberdade humana.
Segundo ele, os filósofos antigos se
aproximaram da verdade, mas não a
alcançaram
9. Escreveu mais de cem obras
Algumas Obras: As confissões; A cidade de
Deus; ATrindade; De Magistro (trata sobre a
linguagem, a fala e a aprendizagem);
De libero arbitrio (“Sobre a livre escolha da
vontade”).
10. Foi um cético antes de se tornar cristão
Na obra “Contra os acadêmicos” combateu o
ceticismo.
“não sei de que modo me fizeram admitir
como provável, para não fugir da sua
expressão, que o homem não pode encontrar
a verdade (...). Julgo provável que se pode
encontrá-la. Pois a ignorância da verdade me
é particular, se eles fingiam, ou então é
comum a mim e a eles”.
11. Agostinho foi maniqueísta antes de se
tornar cristão
No maniqueísmo o bem e o mal são
substâncias coexistentes
“Por isso, se são privadas de todo o bem,
deixarão totalmente de existir. Logo,
enquanto existem, são boas. Portanto, todas
as coisas que existem são boas, e aquele mal
que eu procurava não é uma substância, pois
se fosse substância seria um bem”
12. Distingue três tipos de mal:
I. Mal Metafísico: não existe enquanto
substância, ou seja, não existe um ser que
possa ser classificado como mal
II. Mal moral: é o pecado, fruto do orgulho e
da pretensão de não depender de Deus
III. Mal físico: consequência do pecado original,
ou seja, é culpa dos humanos.