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METODOLOGIA DEMETODOLOGIA DE
ENSINO DE LÍNGUAENSINO DE LÍNGUA
Adaptado do texto de LEFFA (1988)Adaptado do texto de LEFFA (1988)
REFERENCIA: LEFFA, Vilson J. Metodologia do ensino
de línguas. In BOHN, H. I.; VANDRESEN, P.
Tópicos em lingüística aplicada: O ensino de línguas
estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1988. p.
211-236.
OBJETIVOSOBJETIVOS
 Dar uma visão dos principais métodosDar uma visão dos principais métodos
de ensino de línguas:de ensino de línguas:
a) do ponto de vista diacrônico (aa) do ponto de vista diacrônico (a
sucessão histórica dos diferentessucessão histórica dos diferentes
métodos);métodos);
b) ponto de vista sincrônico (ab) ponto de vista sincrônico (a
convivência de diferentes métodosconvivência de diferentes métodos
numa época);numa época);
 Informar os professores das diferentesInformar os professores das diferentes
opções de métodos existentes.opções de métodos existentes.
O problema da terminologiaO problema da terminologia
 No passado, o termo “método” era usadoNo passado, o termo “método” era usado
com grande abrangência (desde acom grande abrangência (desde a
fundamentação teórica que sustenta ofundamentação teórica que sustenta o
próprio método até a elaboração de normaspróprio método até a elaboração de normas
para a criação de um determinado curso;para a criação de um determinado curso;
 Atualmente, convencionou-se subdividi-lo emAtualmente, convencionou-se subdividi-lo em
abordagemabordagem ee métodométodo propriamente dito.propriamente dito.
MÉTODOMÉTODO
 Tem uma abrangência mais restrita a podeTem uma abrangência mais restrita a pode
estar contido dentro de uma abordagem.estar contido dentro de uma abordagem.
 Não trata dos pressupostos teóricos daNão trata dos pressupostos teóricos da
aprendizagem de línguas, mas de normas deaprendizagem de línguas, mas de normas de
aplicação desses pressupostos. Poraplicação desses pressupostos. Por
exemplo:exemplo:
0 método pode envolver regras para a0 método pode envolver regras para a
seleção, ordenação e apresentação dos itensseleção, ordenação e apresentação dos itens
lingüísticos, bem como normas de avaliaçãolingüísticos, bem como normas de avaliação
para a elaboração de um determinado curso.para a elaboração de um determinado curso.
Ainda a terminologia...Ainda a terminologia...
 Um outro refinamento atual é a distinção entreUm outro refinamento atual é a distinção entre
aprendizagemaprendizagem ee aquisiçãoaquisição..
 AprendizagemAprendizagem é o desenvolvimento formal eé o desenvolvimento formal e
consciente da língua, normalmente obtidoconsciente da língua, normalmente obtido
através da explicitação de regras (o enunciadoatravés da explicitação de regras (o enunciado
tem origem na língua materna, podendotem origem na língua materna, podendo
conscientemente passar para a segunda língua).conscientemente passar para a segunda língua).
 AquisiçãoAquisição é o desenvolvimento informal eé o desenvolvimento informal e
espontâneo da segunda língua, obtidoespontâneo da segunda língua, obtido
normalmente através de situações reais, semnormalmente através de situações reais, sem
esforço consciente (o enunciado já se originaesforço consciente (o enunciado já se origina
diretamente na segunda língua).diretamente na segunda língua).
E mais:E mais:
 Uma distinção que também precisa ser feita refere-seUma distinção que também precisa ser feita refere-se
aos termosaos termos segunda línguasegunda língua ee língualíngua
estrangeiraestrangeira..
 Temos o estudo de umaTemos o estudo de uma segunda línguasegunda língua no casono caso
em que a língua estudada é usada fora da sala deem que a língua estudada é usada fora da sala de
aula da comunidade em que vive o aluno (exemplo:aula da comunidade em que vive o aluno (exemplo:
situação do aluno brasileiro que foi estudar francês nasituação do aluno brasileiro que foi estudar francês na
França).França).
 TemosTemos língua estrangeiralíngua estrangeira quando a comunidadequando a comunidade
não usa a língua estudada na sala de aula (exemplo:não usa a língua estudada na sala de aula (exemplo:
situação do aluno que estuda inglês no Brasil).situação do aluno que estuda inglês no Brasil).
 Para os dois casos usa-se aqui, como termoPara os dois casos usa-se aqui, como termo
abrangente, a siglaabrangente, a sigla L2.L2.
ABORDAGEMABORDAGEM
 Termo mais abrangente e engloba os pressupostosTermo mais abrangente e engloba os pressupostos
teóricos acerca da língua e da aprendizagem.teóricos acerca da língua e da aprendizagem.
 As abordagens variam na medida em que variam essesAs abordagens variam na medida em que variam esses
pressupostos. Por exemplo:pressupostos. Por exemplo:
0 pressuposto, por exemplo, de que a língua é uma0 pressuposto, por exemplo, de que a língua é uma
resposta automática a um estímulo e de que aresposta automática a um estímulo e de que a
aprendizagem se dá pela automatização dessasaprendizagem se dá pela automatização dessas
respostas vai gerar uma determinada abordagem para orespostas vai gerar uma determinada abordagem para o
ensino de línguas - que será diferente da abordagemensino de línguas - que será diferente da abordagem
gerada pela crença de que a língua é uma atividadegerada pela crença de que a língua é uma atividade
cognitiva e de que a aprendizagem se dá pelacognitiva e de que a aprendizagem se dá pela
internalização das regras que geram essa atividade.internalização das regras que geram essa atividade.
Um último termo é necessárioUm último termo é necessário
 Para descrever a pessoa que examina, criticaPara descrever a pessoa que examina, critica
e/ou propõe métodos de ensino de línguas:e/ou propõe métodos de ensino de línguas:
 Essa pessoa pode ser um educador, umEssa pessoa pode ser um educador, um
lingüista aplicado, um teórico, um autor delingüista aplicado, um teórico, um autor de
livro didático a até um professor, mas nãolivro didático a até um professor, mas não
exerce nenhuma dessas funções quandoexerce nenhuma dessas funções quando
assina um artigo sobre o ensino de línguas.assina um artigo sobre o ensino de línguas.
 Para essa pessoa usa-se aqui o termoPara essa pessoa usa-se aqui o termo
metodólogo.metodólogo.
A abordagem da gramática e da traduçãoA abordagem da gramática e da tradução
(AGT), também chamada “método”(AGT), também chamada “método”
 a AGT tem sido a metodologia com mais tempo de uso naa AGT tem sido a metodologia com mais tempo de uso na
história do ensino de línguas, e a que mais críticas temhistória do ensino de línguas, e a que mais críticas tem
recebido;recebido;
 Surgiu com o interesse pelas culturas grega e latina naSurgiu com o interesse pelas culturas grega e latina na
época do renascimento e continua sendo empregada atéépoca do renascimento e continua sendo empregada até
hoje, ainda que de modo bastante esporádico, comhoje, ainda que de modo bastante esporádico, com
diversas adaptações e finalidades mais específicas;diversas adaptações e finalidades mais específicas;
 A AGT consiste no ensino da segunda língua pelaA AGT consiste no ensino da segunda língua pela
primeira.primeira.
 Toda a informação necessária para construir uma frase,Toda a informação necessária para construir uma frase,
entender um texto ou apreciar um autor é dada através deentender um texto ou apreciar um autor é dada através de
explicações na língua materna do aluno.explicações na língua materna do aluno.
Três passos essenciais para aTrês passos essenciais para a
aprendizagem da línguaaprendizagem da língua
(a)(a) memorização prévia de uma lista dememorização prévia de uma lista de
palavras,palavras,
(b) conhecimento das regras necessárias(b) conhecimento das regras necessárias
para juntar essas palavras em frases ,para juntar essas palavras em frases ,
(c) exercícios de tradução e versão(c) exercícios de tradução e versão
(tema).(tema).
 É uma abordagem dedutiva, partindoÉ uma abordagem dedutiva, partindo
sempre da regra para o exemplo.sempre da regra para o exemplo.
Características da AGTCaracterísticas da AGT
 ênfase na forma escrita da língua, desde os exercícios iniciaênfase na forma escrita da língua, desde os exercícios iniciai
até a leitura final dos autores clássicos do idioma;até a leitura final dos autores clássicos do idioma;
 Pouca ou nenhuma atenção dada aos aspectos de pronúnciaPouca ou nenhuma atenção dada aos aspectos de pronúncia
e de entonação;e de entonação;
 A origem da maioria das atividades da sala de aula está noA origem da maioria das atividades da sala de aula está no
livro-texto, de modo que o domínio oral da língua por parte dlivro-texto, de modo que o domínio oral da língua por parte d
professor não é um aspecto crucial;professor não é um aspecto crucial;
 domínio da terminologia gramatical e o conhecimentodomínio da terminologia gramatical e o conhecimento
profundo das regras do idioma com todas as suas exceções;profundo das regras do idioma com todas as suas exceções;
 O objetivo final da AGT é - ou era - levar o aluno a apreciar aO objetivo final da AGT é - ou era - levar o aluno a apreciar a
cultura e a literatura da L2. Na consecução desse objetivo,cultura e a literatura da L2. Na consecução desse objetivo,
acreditava-se que ele acabava adquirindo um conhecimentoacreditava-se que ele acabava adquirindo um conhecimento
mais profundo de seu próprio idioma, desenvolvendo suamais profundo de seu próprio idioma, desenvolvendo sua
inteligência e capacidade de raciocínio.inteligência e capacidade de raciocínio.
A abordagem diretaA abordagem direta
(tradicionalmente "Método Direto")(tradicionalmente "Método Direto")
 quase tão antiga quanto a AGT;quase tão antiga quanto a AGT;
 Surgiu como uma reação a esta e evidên-cias de seu usoSurgiu como uma reação a esta e evidên-cias de seu uso
datam do início do século XVI;datam do início do século XVI;
 teve grandes defensores (Harold Palmer, Otto Jespersen,teve grandes defensores (Harold Palmer, Otto Jespersen,
Emile de Sauzé, etc.);Emile de Sauzé, etc.);
 A primeira escola Berlitz, fundada nos Estados Unidos emA primeira escola Berlitz, fundada nos Estados Unidos em
1878, é um exemplo do sucesso comercial da abordagem;1878, é um exemplo do sucesso comercial da abordagem;
 A oficialização do método direto na Bélgica (1895), FrançaA oficialização do método direto na Bélgica (1895), França
(1902) e Alemanha (1902), obrigando seu uso nas escolas(1902) e Alemanha (1902), obrigando seu uso nas escolas
públicas, atesta o prestígio de que gozava a abordagempúblicas, atesta o prestígio de que gozava a abordagem
no início do século;no início do século;
 Harold Palmer, na Inglaterra, batizou-o de "MétodoHarold Palmer, na Inglaterra, batizou-o de "Método
Científico", inaugurando um epíteto que mais tarde seriaCientífico", inaugurando um epíteto que mais tarde seria
reivindicado por vários outros métodos.reivindicado por vários outros métodos.
CARACTERÍSTICAS DA A.D.CARACTERÍSTICAS DA A.D.
 a L2 se aprende através da L2;a L2 se aprende através da L2;
 a língua materna nunca deve ser usada na sala de aula;a língua materna nunca deve ser usada na sala de aula;
 a transmissão do significado dá-se através de gestos ea transmissão do significado dá-se através de gestos e
gravuras, sem jamais recorrer à tradução;gravuras, sem jamais recorrer à tradução;
 o aluno deve aprender a "pensar na língua“;o aluno deve aprender a "pensar na língua“;
 ênfase na língua oral, mas a escrita pode ser introduzidaênfase na língua oral, mas a escrita pode ser introduzida
já nas primeiras aulas;já nas primeiras aulas;
 o uso de diálogos situacionais (exemplo: "no banco",o uso de diálogos situacionais (exemplo: "no banco",
"fazendo compras", etc.);"fazendo compras", etc.);
 pequenos trechos de leitura são o ponto de partida parapequenos trechos de leitura são o ponto de partida para
exercícios orais (compreensão auditiva, conversaçãoexercícios orais (compreensão auditiva, conversação
"livre", pronúncia);"livre", pronúncia);
 e exercícios escritos (preferencialmente respostas ae exercícios escritos (preferencialmente respostas a
questionários);questionários);
 integração das quatro habilidades (na seqüência de ouvir,integração das quatro habilidades (na seqüência de ouvir,
falar, ler e escrever) é usada pela primeira vez no ensinofalar, ler e escrever) é usada pela primeira vez no ensino
MAIS CARACTERÍSTICAS DAMAIS CARACTERÍSTICAS DA
A.D.A.D.
 a gramática, e mesmo os aspectos culturais da L2, sãoa gramática, e mesmo os aspectos culturais da L2, são
ensinados indutivamente;ensinados indutivamente;
 o aluno é primeiro exposto aos "fatos" da língua parao aluno é primeiro exposto aos "fatos" da língua para
mais tarde chegar a sua sistematização;mais tarde chegar a sua sistematização;
 o exercício oral deve preceder o exercício escrito;o exercício oral deve preceder o exercício escrito;
 a técnica da repetição é usada para o aprendizadoa técnica da repetição é usada para o aprendizado
automático da língua;automático da língua;
 o uso de diálogos sobre assuntos da vida diária tem poro uso de diálogos sobre assuntos da vida diária tem por
 O objetivo é tornar viva a língua usada na sala de aula;O objetivo é tornar viva a língua usada na sala de aula;
 o ditado é abolido como exercício;o ditado é abolido como exercício;
 turmas de 15 a 20 alunos, seleção rigorosa deturmas de 15 a 20 alunos, seleção rigorosa de
professores, escolha de material adequado etc.professores, escolha de material adequado etc.
DIFICULDADESDIFICULDADES
 A AD, em que pese seu prestígio e apoio oficial (inclusive noA AD, em que pese seu prestígio e apoio oficial (inclusive no
Brasil) teve sempre dificuldade em se expandir. Ou por nãoBrasil) teve sempre dificuldade em se expandir. Ou por não
ter os pré-requisitos lingüísticos exigidos (fluência oral a boater os pré-requisitos lingüísticos exigidos (fluência oral a boa
pronúncia) ou por não possuir a resistência física necessáriapronúncia) ou por não possuir a resistência física necessária
para manter a ênfase na fala durante várias horas diárias, opara manter a ênfase na fala durante várias horas diárias, o
professor, após o entusiasmo inicial com a AD, acabavaprofessor, após o entusiasmo inicial com a AD, acabava
sistematicamente regredindo a uma versão metodológica dasistematicamente regredindo a uma versão metodológica da
AGT.AGT.
 0 antagonismo entre a AD, defendida pelos metodólogos e a0 antagonismo entre a AD, defendida pelos metodólogos e a
AGT, empregada pela maioria dos professores na prática,AGT, empregada pela maioria dos professores na prática,
parece mostrar uma luta constante que perpassa todo oparece mostrar uma luta constante que perpassa todo o
ensino de línguas através das mais diferentes abordagens eensino de línguas através das mais diferentes abordagens e
métodos.métodos.
Abordagem para a leituraAbordagem para a leitura
(tradicionalmente "Método da(tradicionalmente "Método da
Leitura")Leitura")
 Após uma intensa pesquisa nosApós uma intensa pesquisa nos
Estados Unidos da América, queEstados Unidos da América, que
rejeitara a abordagem direta em 1892,rejeitara a abordagem direta em 1892,
e no Canadá, que buscava atender ase no Canadá, que buscava atender as
necessidades dos alunos da escolanecessidades dos alunos da escola
secundária, a abordagem para a leiturasecundária, a abordagem para a leitura
visava, obviamente, a desenvolver avisava, obviamente, a desenvolver a
habilidade de leitura.habilidade de leitura.
CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS
 criar o máximo de condições que propiciassem a leitura,criar o máximo de condições que propiciassem a leitura,
tanto dentro como fora da sala de aula;tanto dentro como fora da sala de aula;
 preocupação de ensinar a produzir e reconhecer os sonspreocupação de ensinar a produzir e reconhecer os sons
da língua, mas ênfase na pronúncia mínima;da língua, mas ênfase na pronúncia mínima;
 Predomínio de exercícios escritos, principalmente osPredomínio de exercícios escritos, principalmente os
questionários baseados em textos;questionários baseados em textos;
 gramática restrita ao necessário para a compreensão dagramática restrita ao necessário para a compreensão da
leitura, enfatizando os aspectos morfo-fonológicos eleitura, enfatizando os aspectos morfo-fonológicos e
construções sintáticas mais comuns;construções sintáticas mais comuns;
 exercícios mais usados para aprendizagem da gramáticaexercícios mais usados para aprendizagem da gramática
eram os de transformação de frases; ocasionalmente,eram os de transformação de frases; ocasionalmente,
exercícios de tradução eram também empregados.exercícios de tradução eram também empregados.
Abordagem audiolingualAbordagem audiolingual
 reação dos próprios americanos contra a AL;reação dos próprios americanos contra a AL;
 chamada de “Método do Exército”, é na verdade,chamada de “Método do Exército”, é na verdade,
uma re-edição da A.D. (anterior-mente rejeitada nosuma re-edição da A.D. (anterior-mente rejeitada nos
EUA), para ensinar rapidamente uma línguaEUA), para ensinar rapidamente uma língua
estrangeira para os soldados na 2ª Guerra Mundial;estrangeira para os soldados na 2ª Guerra Mundial;
 Com status de ciência, por contar com o auxílio deCom status de ciência, por contar com o auxílio de
linguistas, obteve grade sucesso nas escolaslinguistas, obteve grade sucesso nas escolas
secundárias e nas universidades;secundárias e nas universidades;
 O chamado “Método do Exército” foi refinado com oO chamado “Método do Exército” foi refinado com o
tempo e se tornou a Abordagem Audiolingual.tempo e se tornou a Abordagem Audiolingual.
PREMISSASPREMISSAS
 Língua é fala, não escritaLíngua é fala, não escrita (ênfase na língua oral);(ênfase na língua oral);
 Língua é um conjunto de hábitosLíngua é um conjunto de hábitos (behaviorismo de(behaviorismo de
Skinner - a língua era vista como um hábito condicionadoSkinner - a língua era vista como um hábito condicionado
que se adquiria através de um processo mecânico deque se adquiria através de um processo mecânico de
estímulo e resposta);estímulo e resposta);
 Ensine a língua, não sobre a línguaEnsine a língua, não sobre a língua (a premissa era(a premissa era
de que se aprendia.uma língua pela prática, não atravésde que se aprendia.uma língua pela prática, não através
de explicitações ou explicações de regras);de explicitações ou explicações de regras);
 As línguas são diferentesAs línguas são diferentes ((pela comparação dospela comparação dos
sistemas fonológicos, lexicais, sintáticos a culturais entresistemas fonológicos, lexicais, sintáticos a culturais entre
duas línguas podia-se prever os erros dos alunos); aduas línguas podia-se prever os erros dos alunos); a
tarefa primordial do planejador de cursos era detectar astarefa primordial do planejador de cursos era detectar as
diferenças entre a primeira e a segunda línguas ediferenças entre a primeira e a segunda línguas e
concentrar aí as atividades, evitando assim os erros queconcentrar aí as atividades, evitando assim os erros que
seriam causados pela interferência da língua maternaseriam causados pela interferência da língua materna
Objeções teóricas à AALObjeções teóricas à AAL
 Teoricamente começou-se a questionar o embasamentoTeoricamente começou-se a questionar o embasamento
lingüístico e psicológico da abordagem.lingüístico e psicológico da abordagem.
 A primazia da fala cedeu lugar a uma visão da língua emA primazia da fala cedeu lugar a uma visão da língua em
que a fala e a escrita eram formas paralelas deque a fala e a escrita eram formas paralelas de
manifestação.manifestação.
 Devido à capacidade do ser humano de gerar frasesDevido à capacidade do ser humano de gerar frases
novas, a língua não podia ser um conjunto de hábitos. 0novas, a língua não podia ser um conjunto de hábitos. 0
professor não devia só ensinar a língua,mas tambémprofessor não devia só ensinar a língua,mas também
sobre a língua.sobre a língua.
 Competência na língua é mais importante que aCompetência na língua é mais importante que a
performance dos indivíduos com todos os erros eperformance dos indivíduos com todos os erros e
hesitações.hesitações.
 Finalmente os aspectos universais da línguaFinalmente os aspectos universais da língua
sobrepujavam de longe as pequenas diferenças entresobrepujavam de longe as pequenas diferenças entre
uma língua a outra.uma língua a outra.
Objeções práticas à AALObjeções práticas à AAL
 Os alunos que aprenderam pela abordagemOs alunos que aprenderam pela abordagem
audiolingual pareciam apresentar as mesmasaudiolingual pareciam apresentar as mesmas
falhas de aprendizes de métodos anteriores:falhas de aprendizes de métodos anteriores:
 No momento em que se defrontavam comNo momento em que se defrontavam com
falantes nativos, em situações reais defalantes nativos, em situações reais de
comunicação, pareciam esquecer tudo o quecomunicação, pareciam esquecer tudo o que
tinham aprendido na sala de aula.tinham aprendido na sala de aula.
 As repetições intermináveis para desenvolver aAs repetições intermináveis para desenvolver a
superaprendizagem tornavam as aulassuperaprendizagem tornavam as aulas
cansativas para os alunos e professores.cansativas para os alunos e professores.
 A ênfase na forma, em detrimento do significado,A ênfase na forma, em detrimento do significado,
faziam os alunos papaguear frases que nãofaziam os alunos papaguear frases que não
entendiamentendiam
Período de transiçãoPeríodo de transição
 o ensino de línguas não morreu com o audio-lingualismo;o ensino de línguas não morreu com o audio-lingualismo;
ao lado de um ecleticismo generalizado que seguiu seuao lado de um ecleticismo generalizado que seguiu seu
desaparecimento, floresceram vários métodos,desaparecimento, floresceram vários métodos,
geralmente ligados a um nome, às vezes envoltos numageralmente ligados a um nome, às vezes envoltos numa
aura de misticismo, e com propostas poucoaura de misticismo, e com propostas pouco
convencionais para o ensino de línguas, como, porconvencionais para o ensino de línguas, como, por
exemplo:exemplo:
 Sugestologia de LozanovSugestologia de Lozanov
 Método de Curran -Aprendizagem por AconselhamentoMétodo de Curran -Aprendizagem por Aconselhamento
 Método silencioso de GattegnoMétodo silencioso de Gattegno
 Método de Asher - Resposta física TotalMétodo de Asher - Resposta física Total
 Abordagem NaturalAbordagem Natural
 Abordagem ComunicativaAbordagem Comunicativa
ABORDAGEMABORDAGEM
COMUNICATIVACOMUNICATIVA
 nos Estados Unidos, seja na lingüística estruturalista denos Estados Unidos, seja na lingüística estruturalista de
Bloomfield ou na gramática gerativo-transformacional deBloomfield ou na gramática gerativo-transformacional de
Chomsky, os lingüistas se concentravam no código daChomsky, os lingüistas se concentravam no código da
língua, analisada ascendentemente até o nível da frase;língua, analisada ascendentemente até o nível da frase;
 na Europa os lingüistas mantinham a tradição dos estudosna Europa os lingüistas mantinham a tradição dos estudos
semânticos e sociolingüísticos, enfatizando o estudo dosemânticos e sociolingüísticos, enfatizando o estudo do
discurso. Esse estudo pressupunha não apenas a análisediscurso. Esse estudo pressupunha não apenas a análise
do texto - oral ou escrito – mas também as circunstânciasdo texto - oral ou escrito – mas também as circunstâncias
em que o texto era produzido e interpretado;em que o texto era produzido e interpretado;
 A língua era analisada não como um conjunto de frases,A língua era analisada não como um conjunto de frases,
mas como um conjunto de eventos comunicativos.mas como um conjunto de eventos comunicativos.
CARACTERÍSTICAS DA A.C.CARACTERÍSTICAS DA A.C.
 enfatizar a semântica da língua, descritaenfatizar a semântica da língua, descrita
fragmentariamente em alguns estudos esparsos;fragmentariamente em alguns estudos esparsos;
 elaborar um inventário das noções e funções queelaborar um inventário das noções e funções que
normalmente se expressam através da língua;normalmente se expressam através da língua;
 0 objetivo não era descrever a forma da língua, mas0 objetivo não era descrever a forma da língua, mas
aquilo que se faz através da língua;aquilo que se faz através da língua;
 classificação sistemática dasclassificação sistemática das noçõesnoções ee funçõesfunções
WILKINS (1976)WILKINS (1976)
 Wilkins dividiu as noções em duasWilkins dividiu as noções em duas
categorias: categorias semântico-categorias: categorias semântico-
gramaticais a categorias de funçõesgramaticais a categorias de funções
comunicativas;comunicativas;
a) As categorias semântico-gramaticaisa) As categorias semântico-gramaticais
expressam noções gerais de tempo, espaço,expressam noções gerais de tempo, espaço,
quantidade, caso, etc;quantidade, caso, etc;
b) As categorias de funções comunicativasb) As categorias de funções comunicativas
expressam o propósito para o qual se usa aexpressam o propósito para o qual se usa a
língua.língua.
van Ek (1976)van Ek (1976)
 Van Ek dividiu as funções da língua em seisVan Ek dividiu as funções da língua em seis
grandes categorias, cada uma subdividida emgrandes categorias, cada uma subdividida em
funções menores:funções menores:
(1) expressando e descobrindo informações factuais(1) expressando e descobrindo informações factuais
(exemplo: identificando, perguntando etc.);(exemplo: identificando, perguntando etc.);
(2) expressando a descobrindo atitudes intelectuais(2) expressando a descobrindo atitudes intelectuais
(exemplo: concordando, negando, etc.);(exemplo: concordando, negando, etc.);
(3) expressando a descobrindo atitudes emocionais(3) expressando a descobrindo atitudes emocionais
(exemplo: expressando ou inquirindo sobre prazer,(exemplo: expressando ou inquirindo sobre prazer,
surpresa, gratidão, etc.);surpresa, gratidão, etc.);
van Ek (1976) - cont.van Ek (1976) - cont.
(4) expressando e descobrindo atitudes morais (exemplo:(4) expressando e descobrindo atitudes morais (exemplo:
pedindo desculpas, expressando aprovação, etc.);pedindo desculpas, expressando aprovação, etc.);
(5) suasão (exemplo: pedir a alguém para fazer alguma coisa);(5) suasão (exemplo: pedir a alguém para fazer alguma coisa);
(6) socialização (exemplo: cumprimentar, despedir-se, etc.).(6) socialização (exemplo: cumprimentar, despedir-se, etc.).
 Como essas funções podem ser expressas não só emComo essas funções podem ser expressas não só em
diferentes graus de complexidade sintática, mas também emdiferentes graus de complexidade sintática, mas também em
diversos níveis de formalidade, elas são apresentadas váriasdiversos níveis de formalidade, elas são apresentadas várias
vezes durante o curso, partindo geralmente do uso devezes durante o curso, partindo geralmente do uso de
expoentes lingüísticos mais simples para os mais complexos;expoentes lingüísticos mais simples para os mais complexos;
é a chamada abordagem espiral.é a chamada abordagem espiral.
CRÍTICAS À A.C.CRÍTICAS À A.C.
 falta de objetivos específicos no ensino defalta de objetivos específicos no ensino de
línguas;línguas;
 os cursos devem ser planejados a partir dasos cursos devem ser planejados a partir das
necessidades e interesses dos alunos: umnecessidades e interesses dos alunos: um
curso de L2 preparado para um bancário podecurso de L2 preparado para um bancário pode
não servir para um comerciário e vice-versa;não servir para um comerciário e vice-versa;
 os inúmeros cursos existentes atualmenteos inúmeros cursos existentes atualmente
para os mais diversos fins atestam apara os mais diversos fins atestam a
importância do que em inglês se convencionouimportância do que em inglês se convencionou
chamar de ESP (English for Specificchamar de ESP (English for Specific
Purposes);Purposes);
CRÍTICAS À A.C.CRÍTICAS À A.C.
 No âmbito da teoria persiste a grande dificuldade emNo âmbito da teoria persiste a grande dificuldade em
se definir categorias semânticas, tanto nocionaisse definir categorias semânticas, tanto nocionais
como funcionais, de modo distinto e abrangente;como funcionais, de modo distinto e abrangente;
 a abordagem comunicativa produziu na teoria váriasa abordagem comunicativa produziu na teoria várias
tentativas de taxionomias, na pratica parecetentativas de taxionomias, na pratica parece
impossível aplicar os princípios taxionômicos deimpossível aplicar os princípios taxionômicos de
modo que uma unidade de ensino forme um todomodo que uma unidade de ensino forme um todo
integrado pelas suas partes;integrado pelas suas partes;
 a compartamentalização da língua em funções correa compartamentalização da língua em funções corre
o risco de atomizacão da aprendizagem.o risco de atomizacão da aprendizagem.
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
 até que ponto a metodologia empregada faz aaté que ponto a metodologia empregada faz a
diferença entre o sucesso e o fracasso dadiferença entre o sucesso e o fracasso da
aprendizagem? o aluno pode tanto deixar deaprendizagem? o aluno pode tanto deixar de
aprender como também apreender apesar daaprender como também apreender apesar da
abordagem usada pelo professor (o que pareceabordagem usada pelo professor (o que parece
funcionar numa determinada situação não funcionafuncionar numa determinada situação não funciona
em outra e vice-versa);em outra e vice-versa);
 As abordagens que dão origem aos métodos sãoAs abordagens que dão origem aos métodos são
geralmente monolíticas e dogmáticas. Por seremgeralmente monolíticas e dogmáticas. Por serem
uma reação ao que existia antes, tendem a umuma reação ao que existia antes, tendem a um
maniqueísmo pedagógico sem meio-termo: tudomaniqueísmo pedagógico sem meio-termo: tudo
estava errado e agora tudo está certo.estava errado e agora tudo está certo.
CONCLUSÕESCONCLUSÕES
 A solução proposta por alguns metodólogos é a doA solução proposta por alguns metodólogos é a do
ecleticismo inteligente, baseado na experiência daecleticismo inteligente, baseado na experiência da
sala de aula: nem a aceitação incondicional de tudosala de aula: nem a aceitação incondicional de tudo
que é novo nem a adesão inarredável a uma verdadeque é novo nem a adesão inarredável a uma verdade
que, no fundo, não é de ninguém. Nenhumaque, no fundo, não é de ninguém. Nenhuma
abordagem contém toda a verdade e ninguém sabeabordagem contém toda a verdade e ninguém sabe
tanto que não possa evoluir. A atitude sábia étanto que não possa evoluir. A atitude sábia é
incorporar o novo ao antigo; o maior ou menor grauincorporar o novo ao antigo; o maior ou menor grau
de acomodação vai depender do contexto em que sede acomodação vai depender do contexto em que se
encontra o professor, de sua experiência e de seuencontra o professor, de sua experiência e de seu
nível de conhecimento.nível de conhecimento.

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Métodos de Ensino de Línguas

  • 1. METODOLOGIA DEMETODOLOGIA DE ENSINO DE LÍNGUAENSINO DE LÍNGUA Adaptado do texto de LEFFA (1988)Adaptado do texto de LEFFA (1988) REFERENCIA: LEFFA, Vilson J. Metodologia do ensino de línguas. In BOHN, H. I.; VANDRESEN, P. Tópicos em lingüística aplicada: O ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1988. p. 211-236.
  • 2. OBJETIVOSOBJETIVOS  Dar uma visão dos principais métodosDar uma visão dos principais métodos de ensino de línguas:de ensino de línguas: a) do ponto de vista diacrônico (aa) do ponto de vista diacrônico (a sucessão histórica dos diferentessucessão histórica dos diferentes métodos);métodos); b) ponto de vista sincrônico (ab) ponto de vista sincrônico (a convivência de diferentes métodosconvivência de diferentes métodos numa época);numa época);  Informar os professores das diferentesInformar os professores das diferentes opções de métodos existentes.opções de métodos existentes.
  • 3. O problema da terminologiaO problema da terminologia  No passado, o termo “método” era usadoNo passado, o termo “método” era usado com grande abrangência (desde acom grande abrangência (desde a fundamentação teórica que sustenta ofundamentação teórica que sustenta o próprio método até a elaboração de normaspróprio método até a elaboração de normas para a criação de um determinado curso;para a criação de um determinado curso;  Atualmente, convencionou-se subdividi-lo emAtualmente, convencionou-se subdividi-lo em abordagemabordagem ee métodométodo propriamente dito.propriamente dito.
  • 4. MÉTODOMÉTODO  Tem uma abrangência mais restrita a podeTem uma abrangência mais restrita a pode estar contido dentro de uma abordagem.estar contido dentro de uma abordagem.  Não trata dos pressupostos teóricos daNão trata dos pressupostos teóricos da aprendizagem de línguas, mas de normas deaprendizagem de línguas, mas de normas de aplicação desses pressupostos. Poraplicação desses pressupostos. Por exemplo:exemplo: 0 método pode envolver regras para a0 método pode envolver regras para a seleção, ordenação e apresentação dos itensseleção, ordenação e apresentação dos itens lingüísticos, bem como normas de avaliaçãolingüísticos, bem como normas de avaliação para a elaboração de um determinado curso.para a elaboração de um determinado curso.
  • 5. Ainda a terminologia...Ainda a terminologia...  Um outro refinamento atual é a distinção entreUm outro refinamento atual é a distinção entre aprendizagemaprendizagem ee aquisiçãoaquisição..  AprendizagemAprendizagem é o desenvolvimento formal eé o desenvolvimento formal e consciente da língua, normalmente obtidoconsciente da língua, normalmente obtido através da explicitação de regras (o enunciadoatravés da explicitação de regras (o enunciado tem origem na língua materna, podendotem origem na língua materna, podendo conscientemente passar para a segunda língua).conscientemente passar para a segunda língua).  AquisiçãoAquisição é o desenvolvimento informal eé o desenvolvimento informal e espontâneo da segunda língua, obtidoespontâneo da segunda língua, obtido normalmente através de situações reais, semnormalmente através de situações reais, sem esforço consciente (o enunciado já se originaesforço consciente (o enunciado já se origina diretamente na segunda língua).diretamente na segunda língua).
  • 6. E mais:E mais:  Uma distinção que também precisa ser feita refere-seUma distinção que também precisa ser feita refere-se aos termosaos termos segunda línguasegunda língua ee língualíngua estrangeiraestrangeira..  Temos o estudo de umaTemos o estudo de uma segunda línguasegunda língua no casono caso em que a língua estudada é usada fora da sala deem que a língua estudada é usada fora da sala de aula da comunidade em que vive o aluno (exemplo:aula da comunidade em que vive o aluno (exemplo: situação do aluno brasileiro que foi estudar francês nasituação do aluno brasileiro que foi estudar francês na França).França).  TemosTemos língua estrangeiralíngua estrangeira quando a comunidadequando a comunidade não usa a língua estudada na sala de aula (exemplo:não usa a língua estudada na sala de aula (exemplo: situação do aluno que estuda inglês no Brasil).situação do aluno que estuda inglês no Brasil).  Para os dois casos usa-se aqui, como termoPara os dois casos usa-se aqui, como termo abrangente, a siglaabrangente, a sigla L2.L2.
  • 7. ABORDAGEMABORDAGEM  Termo mais abrangente e engloba os pressupostosTermo mais abrangente e engloba os pressupostos teóricos acerca da língua e da aprendizagem.teóricos acerca da língua e da aprendizagem.  As abordagens variam na medida em que variam essesAs abordagens variam na medida em que variam esses pressupostos. Por exemplo:pressupostos. Por exemplo: 0 pressuposto, por exemplo, de que a língua é uma0 pressuposto, por exemplo, de que a língua é uma resposta automática a um estímulo e de que aresposta automática a um estímulo e de que a aprendizagem se dá pela automatização dessasaprendizagem se dá pela automatização dessas respostas vai gerar uma determinada abordagem para orespostas vai gerar uma determinada abordagem para o ensino de línguas - que será diferente da abordagemensino de línguas - que será diferente da abordagem gerada pela crença de que a língua é uma atividadegerada pela crença de que a língua é uma atividade cognitiva e de que a aprendizagem se dá pelacognitiva e de que a aprendizagem se dá pela internalização das regras que geram essa atividade.internalização das regras que geram essa atividade.
  • 8. Um último termo é necessárioUm último termo é necessário  Para descrever a pessoa que examina, criticaPara descrever a pessoa que examina, critica e/ou propõe métodos de ensino de línguas:e/ou propõe métodos de ensino de línguas:  Essa pessoa pode ser um educador, umEssa pessoa pode ser um educador, um lingüista aplicado, um teórico, um autor delingüista aplicado, um teórico, um autor de livro didático a até um professor, mas nãolivro didático a até um professor, mas não exerce nenhuma dessas funções quandoexerce nenhuma dessas funções quando assina um artigo sobre o ensino de línguas.assina um artigo sobre o ensino de línguas.  Para essa pessoa usa-se aqui o termoPara essa pessoa usa-se aqui o termo metodólogo.metodólogo.
  • 9. A abordagem da gramática e da traduçãoA abordagem da gramática e da tradução (AGT), também chamada “método”(AGT), também chamada “método”  a AGT tem sido a metodologia com mais tempo de uso naa AGT tem sido a metodologia com mais tempo de uso na história do ensino de línguas, e a que mais críticas temhistória do ensino de línguas, e a que mais críticas tem recebido;recebido;  Surgiu com o interesse pelas culturas grega e latina naSurgiu com o interesse pelas culturas grega e latina na época do renascimento e continua sendo empregada atéépoca do renascimento e continua sendo empregada até hoje, ainda que de modo bastante esporádico, comhoje, ainda que de modo bastante esporádico, com diversas adaptações e finalidades mais específicas;diversas adaptações e finalidades mais específicas;  A AGT consiste no ensino da segunda língua pelaA AGT consiste no ensino da segunda língua pela primeira.primeira.  Toda a informação necessária para construir uma frase,Toda a informação necessária para construir uma frase, entender um texto ou apreciar um autor é dada através deentender um texto ou apreciar um autor é dada através de explicações na língua materna do aluno.explicações na língua materna do aluno.
  • 10. Três passos essenciais para aTrês passos essenciais para a aprendizagem da línguaaprendizagem da língua (a)(a) memorização prévia de uma lista dememorização prévia de uma lista de palavras,palavras, (b) conhecimento das regras necessárias(b) conhecimento das regras necessárias para juntar essas palavras em frases ,para juntar essas palavras em frases , (c) exercícios de tradução e versão(c) exercícios de tradução e versão (tema).(tema).  É uma abordagem dedutiva, partindoÉ uma abordagem dedutiva, partindo sempre da regra para o exemplo.sempre da regra para o exemplo.
  • 11. Características da AGTCaracterísticas da AGT  ênfase na forma escrita da língua, desde os exercícios iniciaênfase na forma escrita da língua, desde os exercícios iniciai até a leitura final dos autores clássicos do idioma;até a leitura final dos autores clássicos do idioma;  Pouca ou nenhuma atenção dada aos aspectos de pronúnciaPouca ou nenhuma atenção dada aos aspectos de pronúncia e de entonação;e de entonação;  A origem da maioria das atividades da sala de aula está noA origem da maioria das atividades da sala de aula está no livro-texto, de modo que o domínio oral da língua por parte dlivro-texto, de modo que o domínio oral da língua por parte d professor não é um aspecto crucial;professor não é um aspecto crucial;  domínio da terminologia gramatical e o conhecimentodomínio da terminologia gramatical e o conhecimento profundo das regras do idioma com todas as suas exceções;profundo das regras do idioma com todas as suas exceções;  O objetivo final da AGT é - ou era - levar o aluno a apreciar aO objetivo final da AGT é - ou era - levar o aluno a apreciar a cultura e a literatura da L2. Na consecução desse objetivo,cultura e a literatura da L2. Na consecução desse objetivo, acreditava-se que ele acabava adquirindo um conhecimentoacreditava-se que ele acabava adquirindo um conhecimento mais profundo de seu próprio idioma, desenvolvendo suamais profundo de seu próprio idioma, desenvolvendo sua inteligência e capacidade de raciocínio.inteligência e capacidade de raciocínio.
  • 12. A abordagem diretaA abordagem direta (tradicionalmente "Método Direto")(tradicionalmente "Método Direto")  quase tão antiga quanto a AGT;quase tão antiga quanto a AGT;  Surgiu como uma reação a esta e evidên-cias de seu usoSurgiu como uma reação a esta e evidên-cias de seu uso datam do início do século XVI;datam do início do século XVI;  teve grandes defensores (Harold Palmer, Otto Jespersen,teve grandes defensores (Harold Palmer, Otto Jespersen, Emile de Sauzé, etc.);Emile de Sauzé, etc.);  A primeira escola Berlitz, fundada nos Estados Unidos emA primeira escola Berlitz, fundada nos Estados Unidos em 1878, é um exemplo do sucesso comercial da abordagem;1878, é um exemplo do sucesso comercial da abordagem;  A oficialização do método direto na Bélgica (1895), FrançaA oficialização do método direto na Bélgica (1895), França (1902) e Alemanha (1902), obrigando seu uso nas escolas(1902) e Alemanha (1902), obrigando seu uso nas escolas públicas, atesta o prestígio de que gozava a abordagempúblicas, atesta o prestígio de que gozava a abordagem no início do século;no início do século;  Harold Palmer, na Inglaterra, batizou-o de "MétodoHarold Palmer, na Inglaterra, batizou-o de "Método Científico", inaugurando um epíteto que mais tarde seriaCientífico", inaugurando um epíteto que mais tarde seria reivindicado por vários outros métodos.reivindicado por vários outros métodos.
  • 13. CARACTERÍSTICAS DA A.D.CARACTERÍSTICAS DA A.D.  a L2 se aprende através da L2;a L2 se aprende através da L2;  a língua materna nunca deve ser usada na sala de aula;a língua materna nunca deve ser usada na sala de aula;  a transmissão do significado dá-se através de gestos ea transmissão do significado dá-se através de gestos e gravuras, sem jamais recorrer à tradução;gravuras, sem jamais recorrer à tradução;  o aluno deve aprender a "pensar na língua“;o aluno deve aprender a "pensar na língua“;  ênfase na língua oral, mas a escrita pode ser introduzidaênfase na língua oral, mas a escrita pode ser introduzida já nas primeiras aulas;já nas primeiras aulas;  o uso de diálogos situacionais (exemplo: "no banco",o uso de diálogos situacionais (exemplo: "no banco", "fazendo compras", etc.);"fazendo compras", etc.);  pequenos trechos de leitura são o ponto de partida parapequenos trechos de leitura são o ponto de partida para exercícios orais (compreensão auditiva, conversaçãoexercícios orais (compreensão auditiva, conversação "livre", pronúncia);"livre", pronúncia);  e exercícios escritos (preferencialmente respostas ae exercícios escritos (preferencialmente respostas a questionários);questionários);  integração das quatro habilidades (na seqüência de ouvir,integração das quatro habilidades (na seqüência de ouvir, falar, ler e escrever) é usada pela primeira vez no ensinofalar, ler e escrever) é usada pela primeira vez no ensino
  • 14. MAIS CARACTERÍSTICAS DAMAIS CARACTERÍSTICAS DA A.D.A.D.  a gramática, e mesmo os aspectos culturais da L2, sãoa gramática, e mesmo os aspectos culturais da L2, são ensinados indutivamente;ensinados indutivamente;  o aluno é primeiro exposto aos "fatos" da língua parao aluno é primeiro exposto aos "fatos" da língua para mais tarde chegar a sua sistematização;mais tarde chegar a sua sistematização;  o exercício oral deve preceder o exercício escrito;o exercício oral deve preceder o exercício escrito;  a técnica da repetição é usada para o aprendizadoa técnica da repetição é usada para o aprendizado automático da língua;automático da língua;  o uso de diálogos sobre assuntos da vida diária tem poro uso de diálogos sobre assuntos da vida diária tem por  O objetivo é tornar viva a língua usada na sala de aula;O objetivo é tornar viva a língua usada na sala de aula;  o ditado é abolido como exercício;o ditado é abolido como exercício;  turmas de 15 a 20 alunos, seleção rigorosa deturmas de 15 a 20 alunos, seleção rigorosa de professores, escolha de material adequado etc.professores, escolha de material adequado etc.
  • 15. DIFICULDADESDIFICULDADES  A AD, em que pese seu prestígio e apoio oficial (inclusive noA AD, em que pese seu prestígio e apoio oficial (inclusive no Brasil) teve sempre dificuldade em se expandir. Ou por nãoBrasil) teve sempre dificuldade em se expandir. Ou por não ter os pré-requisitos lingüísticos exigidos (fluência oral a boater os pré-requisitos lingüísticos exigidos (fluência oral a boa pronúncia) ou por não possuir a resistência física necessáriapronúncia) ou por não possuir a resistência física necessária para manter a ênfase na fala durante várias horas diárias, opara manter a ênfase na fala durante várias horas diárias, o professor, após o entusiasmo inicial com a AD, acabavaprofessor, após o entusiasmo inicial com a AD, acabava sistematicamente regredindo a uma versão metodológica dasistematicamente regredindo a uma versão metodológica da AGT.AGT.  0 antagonismo entre a AD, defendida pelos metodólogos e a0 antagonismo entre a AD, defendida pelos metodólogos e a AGT, empregada pela maioria dos professores na prática,AGT, empregada pela maioria dos professores na prática, parece mostrar uma luta constante que perpassa todo oparece mostrar uma luta constante que perpassa todo o ensino de línguas através das mais diferentes abordagens eensino de línguas através das mais diferentes abordagens e métodos.métodos.
  • 16. Abordagem para a leituraAbordagem para a leitura (tradicionalmente "Método da(tradicionalmente "Método da Leitura")Leitura")  Após uma intensa pesquisa nosApós uma intensa pesquisa nos Estados Unidos da América, queEstados Unidos da América, que rejeitara a abordagem direta em 1892,rejeitara a abordagem direta em 1892, e no Canadá, que buscava atender ase no Canadá, que buscava atender as necessidades dos alunos da escolanecessidades dos alunos da escola secundária, a abordagem para a leiturasecundária, a abordagem para a leitura visava, obviamente, a desenvolver avisava, obviamente, a desenvolver a habilidade de leitura.habilidade de leitura.
  • 17. CARACTERÍSTICASCARACTERÍSTICAS  criar o máximo de condições que propiciassem a leitura,criar o máximo de condições que propiciassem a leitura, tanto dentro como fora da sala de aula;tanto dentro como fora da sala de aula;  preocupação de ensinar a produzir e reconhecer os sonspreocupação de ensinar a produzir e reconhecer os sons da língua, mas ênfase na pronúncia mínima;da língua, mas ênfase na pronúncia mínima;  Predomínio de exercícios escritos, principalmente osPredomínio de exercícios escritos, principalmente os questionários baseados em textos;questionários baseados em textos;  gramática restrita ao necessário para a compreensão dagramática restrita ao necessário para a compreensão da leitura, enfatizando os aspectos morfo-fonológicos eleitura, enfatizando os aspectos morfo-fonológicos e construções sintáticas mais comuns;construções sintáticas mais comuns;  exercícios mais usados para aprendizagem da gramáticaexercícios mais usados para aprendizagem da gramática eram os de transformação de frases; ocasionalmente,eram os de transformação de frases; ocasionalmente, exercícios de tradução eram também empregados.exercícios de tradução eram também empregados.
  • 18. Abordagem audiolingualAbordagem audiolingual  reação dos próprios americanos contra a AL;reação dos próprios americanos contra a AL;  chamada de “Método do Exército”, é na verdade,chamada de “Método do Exército”, é na verdade, uma re-edição da A.D. (anterior-mente rejeitada nosuma re-edição da A.D. (anterior-mente rejeitada nos EUA), para ensinar rapidamente uma línguaEUA), para ensinar rapidamente uma língua estrangeira para os soldados na 2ª Guerra Mundial;estrangeira para os soldados na 2ª Guerra Mundial;  Com status de ciência, por contar com o auxílio deCom status de ciência, por contar com o auxílio de linguistas, obteve grade sucesso nas escolaslinguistas, obteve grade sucesso nas escolas secundárias e nas universidades;secundárias e nas universidades;  O chamado “Método do Exército” foi refinado com oO chamado “Método do Exército” foi refinado com o tempo e se tornou a Abordagem Audiolingual.tempo e se tornou a Abordagem Audiolingual.
  • 19. PREMISSASPREMISSAS  Língua é fala, não escritaLíngua é fala, não escrita (ênfase na língua oral);(ênfase na língua oral);  Língua é um conjunto de hábitosLíngua é um conjunto de hábitos (behaviorismo de(behaviorismo de Skinner - a língua era vista como um hábito condicionadoSkinner - a língua era vista como um hábito condicionado que se adquiria através de um processo mecânico deque se adquiria através de um processo mecânico de estímulo e resposta);estímulo e resposta);  Ensine a língua, não sobre a línguaEnsine a língua, não sobre a língua (a premissa era(a premissa era de que se aprendia.uma língua pela prática, não atravésde que se aprendia.uma língua pela prática, não através de explicitações ou explicações de regras);de explicitações ou explicações de regras);  As línguas são diferentesAs línguas são diferentes ((pela comparação dospela comparação dos sistemas fonológicos, lexicais, sintáticos a culturais entresistemas fonológicos, lexicais, sintáticos a culturais entre duas línguas podia-se prever os erros dos alunos); aduas línguas podia-se prever os erros dos alunos); a tarefa primordial do planejador de cursos era detectar astarefa primordial do planejador de cursos era detectar as diferenças entre a primeira e a segunda línguas ediferenças entre a primeira e a segunda línguas e concentrar aí as atividades, evitando assim os erros queconcentrar aí as atividades, evitando assim os erros que seriam causados pela interferência da língua maternaseriam causados pela interferência da língua materna
  • 20. Objeções teóricas à AALObjeções teóricas à AAL  Teoricamente começou-se a questionar o embasamentoTeoricamente começou-se a questionar o embasamento lingüístico e psicológico da abordagem.lingüístico e psicológico da abordagem.  A primazia da fala cedeu lugar a uma visão da língua emA primazia da fala cedeu lugar a uma visão da língua em que a fala e a escrita eram formas paralelas deque a fala e a escrita eram formas paralelas de manifestação.manifestação.  Devido à capacidade do ser humano de gerar frasesDevido à capacidade do ser humano de gerar frases novas, a língua não podia ser um conjunto de hábitos. 0novas, a língua não podia ser um conjunto de hábitos. 0 professor não devia só ensinar a língua,mas tambémprofessor não devia só ensinar a língua,mas também sobre a língua.sobre a língua.  Competência na língua é mais importante que aCompetência na língua é mais importante que a performance dos indivíduos com todos os erros eperformance dos indivíduos com todos os erros e hesitações.hesitações.  Finalmente os aspectos universais da línguaFinalmente os aspectos universais da língua sobrepujavam de longe as pequenas diferenças entresobrepujavam de longe as pequenas diferenças entre uma língua a outra.uma língua a outra.
  • 21. Objeções práticas à AALObjeções práticas à AAL  Os alunos que aprenderam pela abordagemOs alunos que aprenderam pela abordagem audiolingual pareciam apresentar as mesmasaudiolingual pareciam apresentar as mesmas falhas de aprendizes de métodos anteriores:falhas de aprendizes de métodos anteriores:  No momento em que se defrontavam comNo momento em que se defrontavam com falantes nativos, em situações reais defalantes nativos, em situações reais de comunicação, pareciam esquecer tudo o quecomunicação, pareciam esquecer tudo o que tinham aprendido na sala de aula.tinham aprendido na sala de aula.  As repetições intermináveis para desenvolver aAs repetições intermináveis para desenvolver a superaprendizagem tornavam as aulassuperaprendizagem tornavam as aulas cansativas para os alunos e professores.cansativas para os alunos e professores.  A ênfase na forma, em detrimento do significado,A ênfase na forma, em detrimento do significado, faziam os alunos papaguear frases que nãofaziam os alunos papaguear frases que não entendiamentendiam
  • 22. Período de transiçãoPeríodo de transição  o ensino de línguas não morreu com o audio-lingualismo;o ensino de línguas não morreu com o audio-lingualismo; ao lado de um ecleticismo generalizado que seguiu seuao lado de um ecleticismo generalizado que seguiu seu desaparecimento, floresceram vários métodos,desaparecimento, floresceram vários métodos, geralmente ligados a um nome, às vezes envoltos numageralmente ligados a um nome, às vezes envoltos numa aura de misticismo, e com propostas poucoaura de misticismo, e com propostas pouco convencionais para o ensino de línguas, como, porconvencionais para o ensino de línguas, como, por exemplo:exemplo:  Sugestologia de LozanovSugestologia de Lozanov  Método de Curran -Aprendizagem por AconselhamentoMétodo de Curran -Aprendizagem por Aconselhamento  Método silencioso de GattegnoMétodo silencioso de Gattegno  Método de Asher - Resposta física TotalMétodo de Asher - Resposta física Total  Abordagem NaturalAbordagem Natural  Abordagem ComunicativaAbordagem Comunicativa
  • 23. ABORDAGEMABORDAGEM COMUNICATIVACOMUNICATIVA  nos Estados Unidos, seja na lingüística estruturalista denos Estados Unidos, seja na lingüística estruturalista de Bloomfield ou na gramática gerativo-transformacional deBloomfield ou na gramática gerativo-transformacional de Chomsky, os lingüistas se concentravam no código daChomsky, os lingüistas se concentravam no código da língua, analisada ascendentemente até o nível da frase;língua, analisada ascendentemente até o nível da frase;  na Europa os lingüistas mantinham a tradição dos estudosna Europa os lingüistas mantinham a tradição dos estudos semânticos e sociolingüísticos, enfatizando o estudo dosemânticos e sociolingüísticos, enfatizando o estudo do discurso. Esse estudo pressupunha não apenas a análisediscurso. Esse estudo pressupunha não apenas a análise do texto - oral ou escrito – mas também as circunstânciasdo texto - oral ou escrito – mas também as circunstâncias em que o texto era produzido e interpretado;em que o texto era produzido e interpretado;  A língua era analisada não como um conjunto de frases,A língua era analisada não como um conjunto de frases, mas como um conjunto de eventos comunicativos.mas como um conjunto de eventos comunicativos.
  • 24. CARACTERÍSTICAS DA A.C.CARACTERÍSTICAS DA A.C.  enfatizar a semântica da língua, descritaenfatizar a semântica da língua, descrita fragmentariamente em alguns estudos esparsos;fragmentariamente em alguns estudos esparsos;  elaborar um inventário das noções e funções queelaborar um inventário das noções e funções que normalmente se expressam através da língua;normalmente se expressam através da língua;  0 objetivo não era descrever a forma da língua, mas0 objetivo não era descrever a forma da língua, mas aquilo que se faz através da língua;aquilo que se faz através da língua;  classificação sistemática dasclassificação sistemática das noçõesnoções ee funçõesfunções
  • 25. WILKINS (1976)WILKINS (1976)  Wilkins dividiu as noções em duasWilkins dividiu as noções em duas categorias: categorias semântico-categorias: categorias semântico- gramaticais a categorias de funçõesgramaticais a categorias de funções comunicativas;comunicativas; a) As categorias semântico-gramaticaisa) As categorias semântico-gramaticais expressam noções gerais de tempo, espaço,expressam noções gerais de tempo, espaço, quantidade, caso, etc;quantidade, caso, etc; b) As categorias de funções comunicativasb) As categorias de funções comunicativas expressam o propósito para o qual se usa aexpressam o propósito para o qual se usa a língua.língua.
  • 26. van Ek (1976)van Ek (1976)  Van Ek dividiu as funções da língua em seisVan Ek dividiu as funções da língua em seis grandes categorias, cada uma subdividida emgrandes categorias, cada uma subdividida em funções menores:funções menores: (1) expressando e descobrindo informações factuais(1) expressando e descobrindo informações factuais (exemplo: identificando, perguntando etc.);(exemplo: identificando, perguntando etc.); (2) expressando a descobrindo atitudes intelectuais(2) expressando a descobrindo atitudes intelectuais (exemplo: concordando, negando, etc.);(exemplo: concordando, negando, etc.); (3) expressando a descobrindo atitudes emocionais(3) expressando a descobrindo atitudes emocionais (exemplo: expressando ou inquirindo sobre prazer,(exemplo: expressando ou inquirindo sobre prazer, surpresa, gratidão, etc.);surpresa, gratidão, etc.);
  • 27. van Ek (1976) - cont.van Ek (1976) - cont. (4) expressando e descobrindo atitudes morais (exemplo:(4) expressando e descobrindo atitudes morais (exemplo: pedindo desculpas, expressando aprovação, etc.);pedindo desculpas, expressando aprovação, etc.); (5) suasão (exemplo: pedir a alguém para fazer alguma coisa);(5) suasão (exemplo: pedir a alguém para fazer alguma coisa); (6) socialização (exemplo: cumprimentar, despedir-se, etc.).(6) socialização (exemplo: cumprimentar, despedir-se, etc.).  Como essas funções podem ser expressas não só emComo essas funções podem ser expressas não só em diferentes graus de complexidade sintática, mas também emdiferentes graus de complexidade sintática, mas também em diversos níveis de formalidade, elas são apresentadas váriasdiversos níveis de formalidade, elas são apresentadas várias vezes durante o curso, partindo geralmente do uso devezes durante o curso, partindo geralmente do uso de expoentes lingüísticos mais simples para os mais complexos;expoentes lingüísticos mais simples para os mais complexos; é a chamada abordagem espiral.é a chamada abordagem espiral.
  • 28. CRÍTICAS À A.C.CRÍTICAS À A.C.  falta de objetivos específicos no ensino defalta de objetivos específicos no ensino de línguas;línguas;  os cursos devem ser planejados a partir dasos cursos devem ser planejados a partir das necessidades e interesses dos alunos: umnecessidades e interesses dos alunos: um curso de L2 preparado para um bancário podecurso de L2 preparado para um bancário pode não servir para um comerciário e vice-versa;não servir para um comerciário e vice-versa;  os inúmeros cursos existentes atualmenteos inúmeros cursos existentes atualmente para os mais diversos fins atestam apara os mais diversos fins atestam a importância do que em inglês se convencionouimportância do que em inglês se convencionou chamar de ESP (English for Specificchamar de ESP (English for Specific Purposes);Purposes);
  • 29. CRÍTICAS À A.C.CRÍTICAS À A.C.  No âmbito da teoria persiste a grande dificuldade emNo âmbito da teoria persiste a grande dificuldade em se definir categorias semânticas, tanto nocionaisse definir categorias semânticas, tanto nocionais como funcionais, de modo distinto e abrangente;como funcionais, de modo distinto e abrangente;  a abordagem comunicativa produziu na teoria váriasa abordagem comunicativa produziu na teoria várias tentativas de taxionomias, na pratica parecetentativas de taxionomias, na pratica parece impossível aplicar os princípios taxionômicos deimpossível aplicar os princípios taxionômicos de modo que uma unidade de ensino forme um todomodo que uma unidade de ensino forme um todo integrado pelas suas partes;integrado pelas suas partes;  a compartamentalização da língua em funções correa compartamentalização da língua em funções corre o risco de atomizacão da aprendizagem.o risco de atomizacão da aprendizagem.
  • 30. CONCLUSÕESCONCLUSÕES  até que ponto a metodologia empregada faz aaté que ponto a metodologia empregada faz a diferença entre o sucesso e o fracasso dadiferença entre o sucesso e o fracasso da aprendizagem? o aluno pode tanto deixar deaprendizagem? o aluno pode tanto deixar de aprender como também apreender apesar daaprender como também apreender apesar da abordagem usada pelo professor (o que pareceabordagem usada pelo professor (o que parece funcionar numa determinada situação não funcionafuncionar numa determinada situação não funciona em outra e vice-versa);em outra e vice-versa);  As abordagens que dão origem aos métodos sãoAs abordagens que dão origem aos métodos são geralmente monolíticas e dogmáticas. Por seremgeralmente monolíticas e dogmáticas. Por serem uma reação ao que existia antes, tendem a umuma reação ao que existia antes, tendem a um maniqueísmo pedagógico sem meio-termo: tudomaniqueísmo pedagógico sem meio-termo: tudo estava errado e agora tudo está certo.estava errado e agora tudo está certo.
  • 31. CONCLUSÕESCONCLUSÕES  A solução proposta por alguns metodólogos é a doA solução proposta por alguns metodólogos é a do ecleticismo inteligente, baseado na experiência daecleticismo inteligente, baseado na experiência da sala de aula: nem a aceitação incondicional de tudosala de aula: nem a aceitação incondicional de tudo que é novo nem a adesão inarredável a uma verdadeque é novo nem a adesão inarredável a uma verdade que, no fundo, não é de ninguém. Nenhumaque, no fundo, não é de ninguém. Nenhuma abordagem contém toda a verdade e ninguém sabeabordagem contém toda a verdade e ninguém sabe tanto que não possa evoluir. A atitude sábia étanto que não possa evoluir. A atitude sábia é incorporar o novo ao antigo; o maior ou menor grauincorporar o novo ao antigo; o maior ou menor grau de acomodação vai depender do contexto em que sede acomodação vai depender do contexto em que se encontra o professor, de sua experiência e de seuencontra o professor, de sua experiência e de seu nível de conhecimento.nível de conhecimento.