O documento discute como a arqueologia e a história foram práticas coloniais ao impor perspectivas ocidentais sobre povos indígenas. A designação de nomes a grupos indígenas ignorava suas próprias identidades e relações. Além disso, a noção de tempo linear ocidental excluía os conhecimentos pré-coloniais dos povos originais das terras. A arqueologia precisa se descolonizar para considerar diferentes cosmologias.
2. Nombrar a Catamarca
• “Quem eram os que viviam aqui?”
• “gente” ou “catanarquenos”
• A informação de que havia apenas “gente” naquele lugar é vaga, precisa ser dito, quem eram
essas pessoas, o nome delas
• A designação de nomes é uma questão colonial, para os grupos indígena o que vale são as relações
consanguíneas, alianças, inimizades, etc.
• Para os colonizadores designar um nome, era um modo dos mesmos vincularem os grupos indígenas
a um coletivo especifico, desconsiderando as particularidades
• Pratica colonial
• Leva em consideração apenas o enunciador (arqueólogo) e o enunciatário (ouvinte) e exclui o
enunciado (indígenas)
• Considera que pessoas, terras e ancestrais são distintas e não possuem relações, sendo que para os
indígenas a terra faz parte do ser, eles consideram além da fisicalidade
3. Deixis del Objeto
• Deixis é a relação dos significados das palavras com o contexto
• Possuem três agentes enunciador, enunciatário e enunciado
• Dentro desta relação o texto do enunciador (arqueólogos/colonizador) é transformada em um objeto e
transmite a informação para o enunciatário
• Enquanto os enunciados (indígena, subalterno, etc.) são excluídos e descritos como objetos, tendo
assim apenas a perspectiva do enunciador nos textos coloniais
• Observa-se praticas Eurocêntricas
• Pensa o passado a partir da colonização
• Posição ideológica que sobrepõem à outras culturas
4. Occidente como Teoría de la História
• O Tempo ocidental possui dois componentes
• O tempo linear, pensar passado, presente e futuro ao longo de um linha. Acontecimentos
acontecem um depois do outros
• Tempo vetorial, uma linha reta com um ponto de partida com uma direção em um determinado
espaço
• A historia inicia quando é criada a disciplina de historia, que nos países europeus era considerada a
partir das primeiras fontes documentais, que permitiam conhecer os textos escritos pelos
colonizadores, acerca dos lugares e povos residentes e dominados
• Os povos colonizados e/ou dominados antes não haviam historia, somente a pré-história
5. • Dois pontos foram cruciais para a historia
• Primeiro a criação da bíblia e a chegada do filho de Deus
• Origem da linha do tempo, pois sinaliza a origem do cristianismo
• Segundo a chegada de colombo nas Américas
• Com a chegada ouve a separação da historia (conhecidas nos textos) e na pré-história (desconhecida
nos textos)
• A arqueologia visa compreender a historia dos grupos indígenas, antes das fontes
documentais
• A historia é classificada como conhecida (historiográfica) e desconhecida (arqueologia)
• Ao fundamentos da historiografia ocidental esta relacionada a um operação de dominação do
outro e exclusão do conhecimento do outro
• Textos escritos pelos colonizadores, para os enunciatários, excluindo as particularidades dos
enunciados
6. • No século V a.C. Herodo, estabeleceu uma classificação de conhecimentos para as
narrativas acerca dos acontecimentos durante a guerra
• Sem falar a língua do “outro”, foram relatados e classificados
• A maioria das fontes dos documentos eram testemunhas oculares (memorias sociais)
• As testemunhas são a fonte e não os fatos literais
• Sendo assim, esses texto podem ser contaminados e/ou falsas narrativas
7. Anatomia Disciplinaria (I)
• A arqueologia e a historia se diferem, porem compartilham fundamentos metafísicos dos
objetos e métodos
• Em um perspectiva colonial os objetos arqueológicos são universais em todos os lugares, porem
isso não é uma realidade
• O que faz um objeto ser arqueológico é integra-lo a um rede conceitual e epistêmica que o
atribui a “algo”
• Os arqueólogos se expressam linguisticamente, o que é escavado, observado e analisado
• A textualização/objetualização implica na demarcação do grupo linguístico-cultural
• A relação textual se da por meio da ontologia de perceber o objeto como ser
• A relação com o objeto se da pelo conhecimento, não pela memoria ou descendência