3. Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação
Pesquisa em Engenharia - Universidade Federal do Rio
de Janeiro
GERA-Grupo de Estudos
em Ruído Aeroportuário
COORDENAÇÃO: Prof. Jules Ghislain
Slama
julesslama@yahoo.com.br
4. EAS – veículos e equipamentos responsáveis pela
manutenção e abastecimento de aeronaves no solo
5. Este trabalho foi desenvolvido no período de Março à
Dezembro de 2002 ,no pátio do Aeroporto Internacional do Rio
de Janeiro -SBGL, com o propósito de atender as seguintes
solicitações do Planejamento Ambiental da INFRAERO:
Redução dos níveis de ruído emitidos nas áreas de pátio
Preservação auditiva de trabalhadores e usuários do aeroporto
Objetivos 1
6. Iniciar o estudo de um processo de regulamentação dos níveis
de ruído emitidos pelos equipamentos de apoio ao solo nos
aeroportos brasileiros.
Desenvolvimento de um Método de Medição de Ruído
específico
Proposição de níveis máximos de emissão sonora dos
equipamentos, a serem adotados pela INFRAERO
Objetivos 2
7. Procedimentos
1ªEtapa - Identificações físicas e operacionais da frota de
equipamentos de apoio ao solo.
2ªEtapa - Desenvolvimento de uma metodologia específica de
medição de ruído
3ªEtapa- Aplicação da metodologia de medição proposta no SBGL e
analise dos resultados obtidos
8. Registros das principais etapas dos procedimentos operacionais
utilizados.
• Verificação dos procedimentos operacionais básicos
adotados durante as atividades de apoio a aeronave em
terra (tempo e freqüência de uso do equipamento,
posição do operador)
Classificação do equipamento em função do tipo de atendimento
à aeronave ( conforme descrito no quadro a seguir).
1 ª Etapa - Resultados obtidos
9. Classificação dos Equipamentos
Tipo 1- Condição Parado
Equipamentos que funcionam estacionados próximos às aeronaves
Ar condicionado, esteira motorizada, G.P.U. (Ground Power Unit), LPU
(unidade de partida), Loader, Plataforma motorizada – Main deck,
Caminhão pantográfico (comissaria), Caminhões tipo QTA e QTU.
Tipo 2- Condição Em Movimento
Veículos que funcionam em constante movimento e com restrições
de aproximação à aeronave
Tratores, Automóveis, Furgões, Caminhões basculantes e baú, Ônibus
e Push-back.
10. 2ªEtapa
Elaboração de uma metodologia específica para a medição de ruído dos
equipamentos de apoio ao solo
Condições usuais de operação : visitas ao local e entrevistas realizadas junto
aos funcionários que operam os equipamentos de rampa.
Legislações brasileiras em vigor para veículos automotores.
Resoluções CONAMA - Conselho Nacional do
Meio Ambiente
NBR9714- Ruído emitido por veículos
na condição parado, equivalente a ISO 5130:1982,
NBR8433 – Veículos automotores em
aceleração – Determinação do nível de ruído,
equivalente a ISO362:1998.
11. Definições dos seguintes parâmetros:
Ambiente acústico e limites espaciais do local das medições
Condições meteorológicas e Ruído de fundo
A aparelhagem de medição acústica
Posicionamento do microfone e número de medições
Procedimentos diferenciados para as medições de ruído na “Condição
em Movimento” e “Condição Parado”
Conteúdo da metodologia de medição de ruído proposta
12. 3ª Etapa
Aplicação da metodologia proposta no pátio do Aeroporto SBGL
– Simulações de uso
Níveis máximos emitidos pelos veículos
– Equipamentos Selecionados
Ar condicionado,
Caminhões QTA/QTU e pantográfico,
G.P.U.,
Loader,
L.P.U.,
Push Back
Tratores.
13. Medição na Condição em Movimento
O veículo deve alcançar a linha
AA, com velocidade constante de
20Km/h na 2ª marcha
Seguir a linha central da trajetória
CC até que a parte traseira do
veículo alcance a linha BB.A A
2
1
7,50 m7,50 m
BB
C
C
Posição do veículo antes
Posição do veículo depois
Linha central do percurso CC
Posições do microfone
Pista de teste
14. Medição na Condição Em Movimento
Trator
A A
2
1
7,50 m7,50 m
BB
C
C
Posição do veículo antes
Posição do veículo depois
Linha central do percurso CC
Posições do microfone
Pista de teste
15. Medição na Condição Em Movimento
Push back
A A
2
1
7,50 m7,50 m
BB
C
C
Posição do veículo antes
Posição do veículo depois
Linha central do percurso CC
Posições do microfone
Pista de teste
16. Medição na condição parado
As medições devem ser
realizadas no período de 2
minutos em cada posição.
O microfone deve ser orientado
na direção do veículo e
posicionado a 1,20m de altura
em relação à superfície do local
de ensaio.
2
3
4
5
1
Raio de 7,50 m
Posições do microfone
Área de teste
Figura 1 - Área de teste na condição parado
17. Medição na Condição Parado
Main deck
2
3
4
5
1
Raio de 7,50 m
Posiçõesdo microfone
Área de teste
Figura 1 - Área de teste na condição parado
18. Medição na Condição Parado
Ar condicionado rebocável
2
3
4
5
1
Raio de 7,50 m
Posiçõesdo microfone
Área de teste
Figura 1 - Área de teste na condição parado
19. Medição na Condição Parado
GPU 120KVA
2
3
4
5
1
Raio de 7,50 m
Posiçõesdo microfone
Área de teste
Figura 1 - Área de teste na condição parado
20. 3 ª Etapa – Analise dos resultados obtidos
1- Equipamentos da mesma categoria com fabricação mais
recente, apresentam níveis de emissão sonora menores que
os mais antigos
2- Em geral, os fabricantes de equipamentos não apresentam
informações definidas em relação a emissão sonora de seus
produtos
21. 3 ª Etapa – Analise dos resultados obtidos
3- A falta de regulamentação específica para a emissão sonora
de equipamentos de rampa implica na necessidade de adoção de
outros parâmetros.
4- Somente a A.P.U. possui parâmetros de emissão sonora
estabelecidos pela ICAO. Visto que, suas atividades ocorrem
simultaneamente com as demais operações de equipamentos de
apoio, destacamos a importância do parâmetro sonoro da A.P.U.
neste estudo.
22. Parâmetros sonoros da A.P.U.
• Os níveis máximos de emissão Sonora da A.P.U., estão
estabelecidos no Capítulo 9, Suplemento C do Anexo 16 da
ICAO ,da seguinte forma:
24. Parâmetros sonoros da A.P.U.
• 90 dB (A) em qualquer ponto do perímetro do retângulo mostrado
na figura abaixo:
20m20m
20m
20m
25. Parâmetros sonoros da A.P.U.
• 85 dB (A) nos seguintes locais do aeronaves:
• Portas de abastecimento de carga
• Portas de acesso de passageiros
• Locais de serviço: posições usuais de trabalho dos operários
durante as atividades de apoio a aeronave em terra
26. Equipamento Nível de pressão sonora
dB(A)
Ar condicionado 85.2
Caminhão Ar Condicionado 98.8
Caminhão Pantográfico (Comissaria) 80.1
GPU 90 KVA- ano 1980 88.0
GPU 120 KVA-ano 1998 80.7
GPU 120 KVA-ano 2000 81.9
GPU 140 KVA- ano 1974 88.1
Esteira motorizada 67.9
Loader 79.6
LPU 99.3
Caminhão QTA ou QTU 73.4
Plataforma motorizada- Main Deck 84.1
Medições na Condição Parado
27. Equipamento Nível de pressão sonora
dB(A)
Push Back 89.9
Trator 84.8
Medições na Condição Em Movimento
Automóveis, ônibus, furgões e caminhões em geral, não
foram testados
Regulamentação de ruído especificas (Resoluções
CONAMA.
Vistoriais anuais por parte dos Órgãos Oficiais
competentes
28. Recomendações - 1
Limites de emissão sonora dos equipamentos de apoio ao solo a
serem implementados gradualmente, em duas etapas:
• No prazo total de dois anos:
85 dB (A) a 7,5m de distancia do eixo do equipamento
• No prazo total de quatro anos:
85 dB (A) a 1m de distancia da carcaça do equipamento
29. Recomendações – 1
Observa-se que atualmente, os seguintes equipamentos não
estão de acordo com o critério proposto para o prazo de dois
anos (85 dB (A), a 7,5m de distancia):
Ar Condicionado 85.2 dB(A)
Caminhão ar Condicionado 98.8 dB(A)
L.P.U 99.3 dB(A)
Push back 89.9 dB(A)
GPU com mais de 20 anos de uso 88.1 dB(A)
30. Recomendações – 1
Fundamentação para definição dos parâmetros propostos:
1- Regulamentação da ICAO para o nível máximo de emissão
sonora do equipamento A.P.U. - 85 dB (A)
2- Normas e Legislação brasileiras em vigor para veículos
automotores : Resoluções CONAMA , NBR9714 e NBR8433
31. Recomendações – 1
Fundamentação para definição dos parâmetros propostos
(continuação):
3-Princípios abordados no Programa de Gerenciamento de Exposição
Sonora “Buy Quiet” adotado pela NASA
Qualidade acústica no ambiente de trabalho
Limites de emissão sonora similares na distancia de 1m para
todos os equipamentos em uso no Centro de Pesquisa
32. Recomendações - 2
Conjunto de recomendações para aquisição de equipamentos
novos.
1- Solicitação ao fabricante dos dados de emissão acústica
do equipamento.
33. Recomendações – 2
2- A verificação da emissão de ruído do equipamento
adquirido, poderá ser realizada pela INFRAERO
Medições de ruído conforme os parâmetros da
metodologia proposta
3- Solicitação ao fabricante de alternativas de
tratamento acústico adicional , caso necessário.
Adequação do equipamento às especificações
estabelecidas.
34. Recomendações – 2
4- Projeto e instalação de tratamentos acústicos adicionais
pelo respectivo fabricante do equipamento. Caso contrário :
Os resultados podem não corresponder aos esperados
Pode haver comprometimento da segurança e do
desempenho energético do equipamento
35. Proposta complementar -1
Implementação de Programa de
Gerenciamento de Ruído
OBJETIVOS:
Redução dos níveis de exposição sonora no ambiente de trabalho
Controle de ruído na engenharia do equipamento
Adoção de uma nova gestão nos procedimentos de compra de
equipamentos
36. REFERÊNCIAS:
• Programa “Buy Quiet” desenvolvido, e implementado no
Centro de Pesquisa NASA
1-Possibilidade de adaptação para outras finalidades ou
atividades similares
2-Parâmetros de emissão sonora diferenciados
Otimização dos critérios de emissão sonora em função das
condições operacionais usuais
Proposta complementar -1
37. REFERÊNCIAS (continuação) :
3-Procedimentos que facilitam a identificação das especificações
sonoras de equipamentos novos
Planilha com especificações em linguagem padronizada
Vendor Submital Forms . Formas de contrato no qual o
fabricante se submete às especificações acústicas da
empresa
Medições de ruído do equipamento após sua instalação
Proposta complementar -1
38. Proposta complementar -2
Adoção de restrições operacionais para o equipamento Auxialiary
Power Unit
O estudo relaciona as principais políticas de restrições de uso
do equipamento A.P.U. adotadas em aeroportos de vários países.
39. Proposta complementares -2
OBJETIVO:
Referenciar o desenvolvimento de uma regulamentação do
uso da A.P.U. a ser implementada nos aeroportos administrados
pela INFRAERO visando a diminuição dos níveis de ruído de
pátio
40. Proposta complementar -2
Considerações gerais:
As restrições de uso da A.P.U. ocorrem em função das
características físicas e operacionais de cada aeroporto
A regulamentação das atividades da A.P.U. devem ser
compatíveis com a realidade de cada um destes centros de
operação.
41. Proposta complementar -2
Diretrizes básicas:
O uso de A.P.U. deve ser evitado nas seguintes situações:
1- Sempre que houver disponibilidade de equipamentos de Ar
Condicionamento e G.P.U.
2- Na proximidade de locais do aeroporto sensíveis ao ruído.
42. Proposta complementar -2
Diretrizes básicas (continuação):
3- Restrições de horário de uso de A.P.U., em particular no
período noturno.
4- Limitação do tempo de uso
Horários previstos de pouso e decolagem
Exigências operacionais ou manutenção da aeronave.
43. Proposta complementar -2
Diretrizes básicas (continuação):
5- Verificação da conformidade dos níveis de ruído emitidos
pela APU com relação às recomendações que se encontram no
suplemento C do anexo 16 da ICAO.
45. Considerações finais
O presente trabalho procurou evidenciar os diversos
aspectos envolvidos na questão do controle de ruído dos
equipamentos de apoio ao solo de aeronaves.
O resultados obtidos demonstram a necessidade de
mudanças de paradigmas e a adoção de uma nova gestão no
processo de aquisição de equipamentos
46. Considerações finais
Por ser um trabalho pioneiro, estabelecendo
normas e parâmetros ainda não usualmente
adotados no Brasil, este estudo não se pretende
definitivo, necessitando de :
• Atualizações periódicas em virtude do advento de
novas tecnologias
• Participação e conscientização de todos envolvidos
nas atividades de apoio ao solo de aeronaves