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Excerto da crônica “Jardim”,   Eltiraĵo el la kroniko
de Rubem Alves                 “Ĝardeno”, de Rubem Alves

“Depois de uma longa           “Post longa atendo mi
espera consegui,               sukcesis finfine planti
finalmente, plantar o          mian ĝardenon. Mi
meu jardim. Tive de            devis atendi longan
esperar muito tempo            tempon, ĉar ĝardenoj
porque jardins                 bezonas teron, por
precisam de terra para         ekzisti. Tamen teron mi
existir. Mas a terra eu        ne havis. Mian mi havis
não tinha. De meu, eu          nur sonĝon. Mi scias,
só tinha o sonho. Sei          ke la ĝardenoj ekzistas
que é nos sonhos que           ja en la sonĝoj, antaŭ ol
os jardins existem,            ekzisti ekstere.
antes de existirem do          Ĝardeno estas iu
lado de fora. Um jardim        sonĝo, kiu ŝanĝiĝis en
é um sonho que virou
realidade, revelação de         realaĵon, iu sinelmontro
nossa verdade interior          de nia kaŝita interna
escondida, a alma nua           vero, la nuda animo
se oferecendo ao                prezentanta sin, tute
deleite dos outros, sem         sen pudoro, al la ĝuo
vergonha alguma... Mas          de la aliaj...
os sonhos, sendo                Sed tamen la sonĝoj,
coisas belas, são               estante belaj aĵoj, estas
coisas fracas.                  fragilaj aĵoj. Solaj, ili
Sozinhos, eles nada             povas fari nenion:
podem fazer: pássaros           birdoj sen flugiloj... Ili
sem asas... São como            estas kvazaŭ kanzonoj,
as canções, que nada            kiuj estas nenio, ĝis iu
são até que alguém as           kantos ilin; kvazaŭ la
cante; como as                  semoj en la paketoj,
sementes, dentro dos            atendantaj iun, kiu
pacotinhos, à espera de         liberigos ilin kaj plantos
alguém que as liberte e         ilin en la teron...”
as plante na terra. . .”
                                E-igis: JKM


Texto original completo em:
http://www.amantikir.com.br/index.php?view=article&catid=29%3Ac
onheca&id=100%3Ajardim&format=pdf&option=com_content

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Trecho da crônica jardim, de rubem alves

  • 1. Português Esperanto Excerto da crônica “Jardim”, Eltiraĵo el la kroniko de Rubem Alves “Ĝardeno”, de Rubem Alves “Depois de uma longa “Post longa atendo mi espera consegui, sukcesis finfine planti finalmente, plantar o mian ĝardenon. Mi meu jardim. Tive de devis atendi longan esperar muito tempo tempon, ĉar ĝardenoj porque jardins bezonas teron, por precisam de terra para ekzisti. Tamen teron mi existir. Mas a terra eu ne havis. Mian mi havis não tinha. De meu, eu nur sonĝon. Mi scias, só tinha o sonho. Sei ke la ĝardenoj ekzistas que é nos sonhos que ja en la sonĝoj, antaŭ ol os jardins existem, ekzisti ekstere. antes de existirem do Ĝardeno estas iu lado de fora. Um jardim sonĝo, kiu ŝanĝiĝis en é um sonho que virou
  • 2. realidade, revelação de realaĵon, iu sinelmontro nossa verdade interior de nia kaŝita interna escondida, a alma nua vero, la nuda animo se oferecendo ao prezentanta sin, tute deleite dos outros, sem sen pudoro, al la ĝuo vergonha alguma... Mas de la aliaj... os sonhos, sendo Sed tamen la sonĝoj, coisas belas, são estante belaj aĵoj, estas coisas fracas. fragilaj aĵoj. Solaj, ili Sozinhos, eles nada povas fari nenion: podem fazer: pássaros birdoj sen flugiloj... Ili sem asas... São como estas kvazaŭ kanzonoj, as canções, que nada kiuj estas nenio, ĝis iu são até que alguém as kantos ilin; kvazaŭ la cante; como as semoj en la paketoj, sementes, dentro dos atendantaj iun, kiu pacotinhos, à espera de liberigos ilin kaj plantos alguém que as liberte e ilin en la teron...” as plante na terra. . .” E-igis: JKM Texto original completo em: http://www.amantikir.com.br/index.php?view=article&catid=29%3Ac onheca&id=100%3Ajardim&format=pdf&option=com_content