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Reflexões sobre o Brasil
O sistema CONFEA, o Brasil e as
            tragédias
        João Carlos Cascaes
Tragédia no Rio de Janeiro
 O desabamento absurdo dos prédios na cidade
 do Rio de Janeiro é um exemplo pequeno do
 grau de abandono da boa e eficaz Engenharia no
 Brasil. Nos anos recentes os “casos”
 inacreditáveis se repetiram com uma
 regularidade tétrica.
Responsabilidade do CREA-RJ
 O problema não é do CREA (segmentos do sistema
 (O CONFEA)), mas de uma sociedade alienada ou
 dopada pela mídia neoliberal e atenta às facilidades
 dos prazeres, esquecendo os deveres. Criamos um
 povo desatento às verdadeiras prioridades de um
 país onde tudo que é importante é carente de
 investimentos e cuidados especiais.
 O CONFEA. (s.d.). Fonte: CONFEA:
 http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?t
 pl=home
Ministros poderosos e partidos
insolentes
 Ficamos, por exemplo, perplexos com a
 declaração de alguns ministros, dizendo que
 seus afilhados são intocáveis. Não se deram ao
 trabalho de explicar que provavelmente seriam
 (são?) os melhores técnicos do Brasil para as
 funções delegadas. Protegidas por acordos
 partidários mal cheirosos podem estar ocupadas
 pelo que de pior existe em nossa pátria.
Uma olhada no Estado - 1878
 Merece ser lido o capítulo escrito por Friedrich
  Nietzsche , “Uma olhada no Estado”, em livro
  publicado em 1878, (Humano, Demasiado Humano).
  Com pequenos ajustes aplica-se agora, como se
  ainda estivéssemos no século 19, só mudam as
  “elites”. Queremos e precisamos de competência,
  honestidade, disposição para trabalhar e resultados a
  favor do povo e não de financiadores de campanha e
  seus prepostos, quando não eles próprios grandes
  proprietários e empresários preocupados com suas
  atividades particulares. Temos?
A política
A dinâmica política é ruim,
 talvez justificando
 mudanças drásticas, ou é
 um mal necessário, bem
 entendido: um mal, e que
 mal!
Companheirsmo
 Chegamos ao absurdo de ver ministros da
 República totalmente ignorantes em relação a
 suas atribuições, ato confessado por alguns. E
 daí? Quem manda é o famoso partido sob a
 lógica do malfadado “companheirismo”, palavra
 que esconde muita coisa.
Universo do “companheirismo”
 Em escala menor ou maior isso existe nos
 estados e municípios, até em concessionárias.
 Nas empresas privadas o qualificativo é outro. É
 o dono quem manda, caso de
 amor, vaidades, ganância e outros...
Problema mundial
 O mundo precisa ser reinventado, afinal as crises
 internacionais mostram de forma eloquente as
 fragilidades das estruturas existentes, colocando
 em risco os benefícios da liberdade onde existir.
Tragédia carioca
 E o Rio de Janeiro?

 O foco tem sido o CREA. O Presidente do CREA-
 RJ falou demais, criou assunto e desviou o tema
 da responsabilidade do governo municipal e de
 todos os cariocas que sabiam o que acontecia
 naqueles prédios, principalmente engenheiros
 que porventura estiveram lá.
Fiscalização
 Em alguns países existe a saudável prática da
 mútua vigilância. É antipático? Sim e muito. Mas
 qual é o estado que poderá contratar e treinar
 fiscais em número e qualidade necessários e
 suficientes a suas atribuições? Quem paga?
O tempo e a Engenharia
 Com certeza o sistema CONFEA perdeu tempo
 precioso. Talvez absorvido pelo CO2 tenha
 esquecido as selvas de pedra e asfalto. Agora o
 que manda é o futebol. De forma esperta as
 emissoras de televisão, grandes beneficiárias
 desse “esporte”, aumentam o tempo com taças,
 copas, correrias etc. O fundamental é agradar a
 FIFA e, depois, o COI. As empreiteiras e
 fabricantes aplaudem. Já que não percebemos o
 que é obrigação nossa, vamos nos entregar à
 alienação. Pensar dói e é chato.
Fundações e ONGs estrangeiras
 No ambiente universitário merece ser lido com
 máxima atenção o livro (Uma Gota de Sangue),
 página 93, onde diz “Universidade em busca de
 dinheiro e acadêmicos em busca de prestígio
 definiram suas prioridades acadêmicas nos
 termos sugeridos pelo doador...”, poderia ter
 ampliado sua afirmação falando de muitas ONGs
 que atuam no Brasil e em países menos
 protegidos de influências estrangeiras.
Pontos fortes e fracos
 Somos ótimos para defender propostas que as
 fundações e associações estrangeiras exportam
 e péssimos para cuidar dos nossos problemas.
 Favela é caso de polícia, Escola é assunto para
 os professores, Urbanismo coisa de artista e
 arquiteto (nem urbanista), e a Engenharia? Tudo
 isso só é importante quando põe em risco a
 realização de caprichos estrangeiros e a opinião
 de gente poderosa.
Endemias e epidemias tropicais
 O Brasil, um país tropical, à medida que ocupa
 territórios mais quentes e úmidos redescobre a
 violência de doenças endêmicas, quanto
 gastamos em pesquisa e soluções eficazes
 contra essas pragas? Vamos esperar que
 laboratórios estrangeiros resolvam nossos
 problemas para depois copiar remédios alegando
 razões humanitárias?
Prioridades
Muita coisa pode ser
 feita para melhorar
 tudo, é só não dar
 atenção para as
 prioridades erradas.
Ações
 É bom demais acreditar que nosso governo
 federal começa a corrigir seus ministérios.
 Devemos aplaudir, apoiar, ir às ruas e dizer que o
 que chamam de “partido político” no Brasil
 manda menos que o povo (assim deveria ser) se
 unido e disposto a lutar.
Eleições em 2012
 Teremos eleições em 2012, podemos começar
 uma revolução democrática elegendo os
 melhores, escolhidos meticulosamente, sejam de
 que partido for, isso não tem qualquer significado
 ideológico no Brasil.
Formas de atuação
 Se faltar paciência, está na hora de fazer algo.
 Vamos criar barracas, seminários, blogs, jornais,
 campanhas, passeatas e, crescendo a pressão,
 mudar e tirar do comando do Brasil gente
 desqualificada.
Ainda acreditando
 Parabéns à nossa Presidente Dilma Rousseff e
 nossa Ministro da Casa Civil, a senadora eleita
 pelo estado do Paraná, Gleisi Hoffmann. Temos
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 Cascaes

 29.1.2012

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Reflexões sobre o brasil

  • 1. Reflexões sobre o Brasil O sistema CONFEA, o Brasil e as tragédias João Carlos Cascaes
  • 2. Tragédia no Rio de Janeiro  O desabamento absurdo dos prédios na cidade do Rio de Janeiro é um exemplo pequeno do grau de abandono da boa e eficaz Engenharia no Brasil. Nos anos recentes os “casos” inacreditáveis se repetiram com uma regularidade tétrica.
  • 3. Responsabilidade do CREA-RJ  O problema não é do CREA (segmentos do sistema (O CONFEA)), mas de uma sociedade alienada ou dopada pela mídia neoliberal e atenta às facilidades dos prazeres, esquecendo os deveres. Criamos um povo desatento às verdadeiras prioridades de um país onde tudo que é importante é carente de investimentos e cuidados especiais.  O CONFEA. (s.d.). Fonte: CONFEA: http://www.confea.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?t pl=home
  • 4. Ministros poderosos e partidos insolentes  Ficamos, por exemplo, perplexos com a declaração de alguns ministros, dizendo que seus afilhados são intocáveis. Não se deram ao trabalho de explicar que provavelmente seriam (são?) os melhores técnicos do Brasil para as funções delegadas. Protegidas por acordos partidários mal cheirosos podem estar ocupadas pelo que de pior existe em nossa pátria.
  • 5. Uma olhada no Estado - 1878  Merece ser lido o capítulo escrito por Friedrich Nietzsche , “Uma olhada no Estado”, em livro publicado em 1878, (Humano, Demasiado Humano). Com pequenos ajustes aplica-se agora, como se ainda estivéssemos no século 19, só mudam as “elites”. Queremos e precisamos de competência, honestidade, disposição para trabalhar e resultados a favor do povo e não de financiadores de campanha e seus prepostos, quando não eles próprios grandes proprietários e empresários preocupados com suas atividades particulares. Temos?
  • 6. A política A dinâmica política é ruim, talvez justificando mudanças drásticas, ou é um mal necessário, bem entendido: um mal, e que mal!
  • 7. Companheirsmo  Chegamos ao absurdo de ver ministros da República totalmente ignorantes em relação a suas atribuições, ato confessado por alguns. E daí? Quem manda é o famoso partido sob a lógica do malfadado “companheirismo”, palavra que esconde muita coisa.
  • 8. Universo do “companheirismo”  Em escala menor ou maior isso existe nos estados e municípios, até em concessionárias. Nas empresas privadas o qualificativo é outro. É o dono quem manda, caso de amor, vaidades, ganância e outros...
  • 9. Problema mundial  O mundo precisa ser reinventado, afinal as crises internacionais mostram de forma eloquente as fragilidades das estruturas existentes, colocando em risco os benefícios da liberdade onde existir.
  • 10. Tragédia carioca  E o Rio de Janeiro?  O foco tem sido o CREA. O Presidente do CREA- RJ falou demais, criou assunto e desviou o tema da responsabilidade do governo municipal e de todos os cariocas que sabiam o que acontecia naqueles prédios, principalmente engenheiros que porventura estiveram lá.
  • 11. Fiscalização  Em alguns países existe a saudável prática da mútua vigilância. É antipático? Sim e muito. Mas qual é o estado que poderá contratar e treinar fiscais em número e qualidade necessários e suficientes a suas atribuições? Quem paga?
  • 12. O tempo e a Engenharia  Com certeza o sistema CONFEA perdeu tempo precioso. Talvez absorvido pelo CO2 tenha esquecido as selvas de pedra e asfalto. Agora o que manda é o futebol. De forma esperta as emissoras de televisão, grandes beneficiárias desse “esporte”, aumentam o tempo com taças, copas, correrias etc. O fundamental é agradar a FIFA e, depois, o COI. As empreiteiras e fabricantes aplaudem. Já que não percebemos o que é obrigação nossa, vamos nos entregar à alienação. Pensar dói e é chato.
  • 13. Fundações e ONGs estrangeiras  No ambiente universitário merece ser lido com máxima atenção o livro (Uma Gota de Sangue), página 93, onde diz “Universidade em busca de dinheiro e acadêmicos em busca de prestígio definiram suas prioridades acadêmicas nos termos sugeridos pelo doador...”, poderia ter ampliado sua afirmação falando de muitas ONGs que atuam no Brasil e em países menos protegidos de influências estrangeiras.
  • 14. Pontos fortes e fracos  Somos ótimos para defender propostas que as fundações e associações estrangeiras exportam e péssimos para cuidar dos nossos problemas. Favela é caso de polícia, Escola é assunto para os professores, Urbanismo coisa de artista e arquiteto (nem urbanista), e a Engenharia? Tudo isso só é importante quando põe em risco a realização de caprichos estrangeiros e a opinião de gente poderosa.
  • 15. Endemias e epidemias tropicais  O Brasil, um país tropical, à medida que ocupa territórios mais quentes e úmidos redescobre a violência de doenças endêmicas, quanto gastamos em pesquisa e soluções eficazes contra essas pragas? Vamos esperar que laboratórios estrangeiros resolvam nossos problemas para depois copiar remédios alegando razões humanitárias?
  • 16. Prioridades Muita coisa pode ser feita para melhorar tudo, é só não dar atenção para as prioridades erradas.
  • 17. Ações  É bom demais acreditar que nosso governo federal começa a corrigir seus ministérios. Devemos aplaudir, apoiar, ir às ruas e dizer que o que chamam de “partido político” no Brasil manda menos que o povo (assim deveria ser) se unido e disposto a lutar.
  • 18. Eleições em 2012  Teremos eleições em 2012, podemos começar uma revolução democrática elegendo os melhores, escolhidos meticulosamente, sejam de que partido for, isso não tem qualquer significado ideológico no Brasil.
  • 19. Formas de atuação  Se faltar paciência, está na hora de fazer algo. Vamos criar barracas, seminários, blogs, jornais, campanhas, passeatas e, crescendo a pressão, mudar e tirar do comando do Brasil gente desqualificada.
  • 20. Ainda acreditando  Parabéns à nossa Presidente Dilma Rousseff e nossa Ministro da Casa Civil, a senadora eleita pelo estado do Paraná, Gleisi Hoffmann. Temos muita esperança em vocês.  Cascaes  29.1.2012