1. Literatura, Arte e Educação
Uma abordagem Criativa à Aprendizagem em Contexto
Centro de Arte Contemporânea GraCentro de Arte Contemporânea Graçça Morais | CFAEBN | 2013a Morais | CFAEBN | 2013
4. «Pelas precedentes considerações se manifesta
que não é ofício de poeta narrar o que aconteceu;
é, sim, o de representar o que poderia acontecer,
quer dizer: o que é possível segundo a
verossimilhança e a necessidade. Com efeito, não
diferem o historiador e o poeta, por escreverem
verso ou prosa (pois que bem poderiam ser postas
em verso as obras de Heródoto, e nem por isso
deixariam de ser história, se fossem em verso o
que eram em prosa), - diferem, sim, em que diz
um as coisas que sucederam, e outro as que
poderiam suceder.»
Aristóteles | Poética | 335/323 a.C.
9. «A concepção moderna acentua a sua relação
com a investigação: A historiografia apresenta
um saber histórico que é conseguido através de
processos empíricos de investigação
metodicamente organizados e que, por isso, se
distingue pela qualidade especificamente
científica da sua racionalidade metódica. A
concepção pós-moderna acentua a força
criadora, com a qual os autores formam o seu
saber histórico e se dirigem ao seu público e
que confere à historiografia uma qualidade
primariamente poética ou retórica.»
Rüsen | 1990
10.
11. «O historiador é obrigado a realizar sempre uma
ficção perspectivista da história, dado que é
impossível a existência de uma história que
recolha simplesmente o passado nos arquivos…
Não se chega, pura e simplesmente, a factos
aprioristicamente estabelecidos por fontes. A
história é, neste sentido, sempre construção de
uma experiência, que tanto reconstrói uma
temporalidade quanto a transpõe em narrativa.»
Pesavento | 2000
12.
13. «A busca da positividade em História não deve,
porém, fazer esquecer que ela só alcança o
passado por intermédio de sinais e
representações mediadoras da realidade e não
por um exame directo da própria realidade.
Esses sinais são as marcas da passagem do
Homem, mas são também as próprias
representações verbais ou mentais que
permitem escolher entre eles os que são
considerados representativos. A História é,
portanto, uma representação de
representações. É um saber, e não
propriamente uma ciência.»
Mattoso | 1997
14.
15. "A arte presente atraiçoa a revolução,
corrompe os costumes. De tal forma, ou se há-
de tornar realista ou irá até à extinção completa
pela reacção das consciências. – O modo de a
salvar é fundar o realismo, que expõe o
verdadeiro elevado às condições do belo e
aspirando ao bem, - pela condenação do vício
e pelo engrandecimento do trabalho e o da
virtude” .
Eça de Queiroz | 1871
16.
17. «[...] será necessário desprezar o termo
«ciência» quando se fala da história, para a
relegar para a categoria de «saber»?
Julgamos que não e que entendê-la como arte
não implica que não a devamos incluir na
categoria de ciência, depois de nos termos
libertado já da concepção positivista e
«moderna» de ciência [...]. A história será
ciência e arte, será uma «literatura
científica», conforme lhe chamámos.»
Torgal | 1996
18.
19. «Ao contrário dos autores de romances, os
historiadores têm de se preocupar com a
comprobabilidade empírica e com a verificação de
todas as suas afirmações. Pelo contrário, parece-me
que o escritor de romances tem, se desejar, muito
mais liberdade no tratamento do seu assunto e não
se encontra ligado a tais regras de
comprobabilidade.»
Kocka | 1990
20.
21. «Não podemos esquecer que o discurso crítico é
historicamente condicionado, que cada época e
cada historiador valoriza determinados autores e
deixa cair outros no esquecimento e que esta
escolha não depende de um qualquer valor
intrínseco dos textos , mas daquilo que diferentes
leitores, em diferentes épocas, procuraram neles.»
Vanda Anastácio | 2002
26. Museus (?)
«Um museu é uma instituição permanente, sem
fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu
desenvolvimento, aberto ao público, e que
adquire, conserva, estuda, comunica e expõe
testemunhos (i)materiais do homem e do seu meio
ambiente, tendo em vista o estudo, a educação e
a fruição.»
ICOM
(Internactional Council of Museums)
29. «(…) as acções museológicas não são processadas
somente a partir dos objectos, das colecções, mas tendo
como referencial o património global, na dinâmica da
vida, tornando assim necessária uma ampla revisão dos
métodos a serem aplicados nas acções de pesquisa,
preservação e comunicação, nos diferentes
contextos.»
Maria Célia Santos
E… então?
30. «Para que servem os sentimentos? Poder-se-ia argumentar que as
emoções sem sentimentos seriam mais do que suficientes para a
regulação da vida e para a promoção da sobrevivência. Porém, não é
esse o caso. Na orquestração da sobrevivência é extremamente
valioso ter sentimentos. As emoções são úteis em si mesmas, mas é
o processo de sentir que alerta o organismo para o problema que a
emoção começou a resolver.»
António Damásio
37. Projecto | Ideia
Partindo da literatura e da palavra como
motor para a interpretação da obra de arte
crie um baú de interpretação pessoal para
um quadro da exposição presente no
Centro de Arte Contemporânea | Graça
Morais que permita uma leitura
interpretativa e pedagogicamente criativa.