SlideShare a Scribd company logo
1 of 74
Download to read offline
1
RESUMO
O presente trabalho apresenta um breve resumo da evolução histórica geral e
brasileira do edifício hospitalar, voltados para o tratamento de saúde que inspiraram
as formas básicas de distribuição dos seus espaços no decorrer do tempo, e
também através de sínteses de diversos historiadores, arquitetos e estudiosos
experientes na área, realizando o embasamento sobre a arquitetura hospitalar e
seus benefícios para a saúde. São expostas as peculiaridades funcionais e de
filosofia de distribuição dos espaços dos três estudos de caso aqui relatados,
envolvendo unidades hospitalares, com diversos exemplos de soluções
arquitetônicas e integração da população geral com o edifício e ambiente exterior
com a construção.
Palavras-chave: edifício hospitalar, arquitetura, saúde
2
ABSTRACT
This paper presents a brief overview of general and Brazilian historical evolution of
the hospital building, facing the health care that inspired the basic forms of
distribution of its spaces over time, and also through syntheses of various historians,
architects and scholars experienced in the field, making the basement of the hospital
architecture and its benefits for health. the functional and distribution philosophy
peculiarities of the spaces of the three case studies reported here are exposed,
involving hospitals, with many examples of architectural solutions and integration of
the general population with the building and the external environment with the
construction.
Keywords: hospital building, architecture, health
3
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Hospital de Clínicas de Porto Alegre..........................................................10
Figura 2: Hospital da Lagoa ......................................................................................10
Figura 3: OSS Santa Marcelina - Hospital Cidade Tiradentes ..................................11
Figura 4: Legalização Hospital Municipal Cidade Tiradentes....................................12
Figura 5: Fachada Hospital Municipal Cidade Tiradentes .........................................15
Figura 6: Corredores Internos Hospital Municipal Cidade Tiradentes .......................16
Figura 7: Planta Pavimento Inferior - Hospital Municipal Cidade Tiradentes.............17
Figura 8: Planta Pavimento Térreo - Hospital Municipal Cidade Tiradentes .............17
Figura 9: Planta 1º Pavimento - Hospital Municipal Cidade Tiradentes ....................18
Figura 10: Planta 3º Pavimento - Hospital Municipal Cidade Tiradentes ..................18
Figura 11: Elevação Lateral - Hospital Municipal Cidade Tiradentes ........................19
Figura 12: Corte Longitudinal - Hospital Municipal Cidade Tiradentes......................19
Figura 13: Corte Transversal - Hospital Municipal Cidade Tiradentes ......................20
Figura 14: Setorização Pavimento inferior ................................................................21
Figura 15: Setorização Pavimento térreo ..................................................................21
Figura 16: Setorização Primeiro Pavimento ..............................................................22
Figura 17: Setorização terceiro pavimento................................................................22
Figura 18: Fluxograma pavimento inferior.................................................................23
Figura 19: Fluxograma do primeiro pavimento..........................................................23
Figura 20: Fluxograma segundo térreo .....................................................................24
Figura 21: Hospital e Maternidade São Domingos - Localização.............................25
Figura 22: Hospital e Maternidade São Domingos, 1958 ..........................................25
Figura 23: Arquiteto Jarbas Bela Karman .................................................................26
Figura 24: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do segundo subsolo......29
Figura 25: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do primeiro subsolo......31
Figura 26: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do pavimento térreo......33
Figura 27: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do primeiro pavimento .35
Figura 28: Hospital e Maternidade São Domingos - Corte AA ..................................37
Figura 29: Hospital e Maternidade São Domingos - Corte BB .................................37
Figura 30: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Oeste........................37
Figura 31: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Leste .......................37
Figura 32: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Norte .......................38
4
Figura 33: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação sul.............................38
Figura 34: Setorização do segundo subsolo .............................................................39
Figura 35: Setorização do primeiro subsolo ..............................................................40
Figura 36: Setorização primeiro pavimento...............................................................41
Figura 37: Fluxograma segundo pavimento ..............................................................42
Figura 38: Fluxograma do segundo subsolo .............................................................43
Figura 39:Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação 1 ........................................44
Figura 40: Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação II e III ................................44
Figura 41: Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação IV......................................46
Figura 42: Fluxograma do térreo - Bloco B ...............................................................46
Figura 43: Fluxograma do térreo - Bloco A - Circulação I .........................................47
Figura 44: Fluxograma térreo - Bloco A - Circulação II .............................................48
Figura 45: Fluxograma térreo - Bloco A - Circulação III ............................................48
Figura 46: Adamsville Centro Regional de Saúde.....................................................49
Figura 47: Adamsville Centro Regional de Saúde - Implantação ............................50
Figura 48: Adamsville Centro Regional de Saúde - vista ..........................................51
Figura 49: : Adamsville Centro Regional de Saúde - Cores Externo x Interno.........51
Figura 50: Detalhe Telhado.......................................................................................52
Figura 51: Plástica da Elevação Sul..........................................................................53
Figura 52: Plástica da elevação norte .......................................................................53
Figura 53: Adamsville Centro Regional de Saúde - Primeiro pavimento..................55
Figura 54: Adamsville Centro Regional de Saúde - segundo pavimento .................55
Figura 55: Adamsville Centro Regional de Saúde - corte........................................56
Figura 56: Setorização primeiro pavimento...............................................................56
Figura 57: Setorização segundo pavimento ..............................................................56
Figura 58: Fluxograma do pavimento térreo..............................................................57
Figura 59: Fluxograma do primeiro pavimento..........................................................57
5
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................7
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................8
3.ESTUDO DE CASO: OSS SANTA MARCELINA – HOSPITAL CIDADE
TIRADENTES............................................................................................................11
3.1 LOCALIZAÇÃO................................................................................................12
3.2 ARQUITETOS..................................................................................................13
3.2.1 José Borelli Neto........................................................................................13
3.2.2 Hércules Merigo.........................................................................................13
3.3. ANALISE DO PROJETO.................................................................................13
3.3.1 DESCRIÇÃO .............................................................................................13
3.4 SETORIZAÇÃO ............................................................................................21
3.5 FLUXOGRAMA................................................................................................23
4.ESTUDO DE CASO - HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO DOMINGOS...............25
4.1 LOCALIZAÇÃO................................................................................................25
4.2 ARQUITETO ....................................................................................................26
4.3 ANALISE DO PROJETO..................................................................................27
4.3.1DESCRIÇÃO ..............................................................................................27
4.4 PLANTAS, CORTES E ELEVAÇÕES..............................................................29
4.5 SETORIZAÇÃO ...............................................................................................39
4.6 FLUXOGRAMA................................................................................................43
5. ESTUDO DE CASO – ADAMSVILLE CENTRO REGIONAL DE SAÚDE .............49
5.1 LOCALIZAÇÃO................................................................................................49
5.2 ANÁLISE DO PROJETO..................................................................................50
5.2.1 Descrição...................................................................................................50
5.3 PLANTAS, CORTES E ELEVAÇÕES..............................................................55
6
5.4 SETORIZAÇÃO ...............................................................................................56
5.5 FLUXOGRAMA................................................................................................57
6.ANTEPROJETO.....................................................................................................58
6.1 HISTÓRICO DA REGIÃO ................................................................................58
6.2 LEITURA URBANA..........................................................................................60
Hidrografia....................................................................................................60
Potencial de Inundacao................................................................................60
Calhas das vias: (Lei 6222/2012 - SBC).............................................................67
INTENSIDADE DE TRÁFEGO: ..........................................................................68
Principais meios de Transporte: .........................................................................68
7
1. INTRODUÇÃO
A concepção de projetos hospitalares está tem como características a
complexidade dos seus projetos, grande quantidade de normas, o programa além da
busca pela melhoria da qualidade do espaço.
Historicamente, os hospitais, assim como as demais construções, foram
sendo adaptados aos estilos arquitetônicos de cada período, e evoluindo a partir das
transformações ocorridas e das novas técnicas construtivas.
O presente trabalho visa expor projetos de arquitetura hospitalar, com o intuito
de colher informações quanto á organização e estruturação dos ambientes internos,
bem como os diversos outros setores dependentes ou independeste a estes de
forma constituírem núcleos de atendimentos, sua setorização e circulação para a
confecção do anteprojeto e projeto.
Estão aqui apresentados três hospitais nacionais – Hospital e Maternidade
São Domingos, OSS Santa Marcelina - Hospital Dia Cidade Tiradentes e, onde será
realizada futuramente a visita técnica dos integrantes do grupo – e o hospital
internacional Adamsville Centro Regional de Saúde, em Atlanta nos EUA.
Os hospitais apresentam características diferentes um dos outros, como por
exemplo a própria plasticidade e distribuição e organização dos espaços internos e
externos, mas mesmo o mais antigo (Hospital São Domingos, de 1958 implantado
na cidade mineira de Uberaba) já apresenta atributos positivos voltados para o
atendimento humanitário dos pacientes.
Os projetos mais recentes concebem espaços também caracterizados
também por contribuem para a recuperação dos pacientes, onde ambientes clínicos
e assépticos adquirem um ar mais acolhedor, com materiais de acabamento,
mobiliários e cores que fogem do tradicional padrão hospitalar.
8
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O projeto para hospitais vem passando por alterações conceituais ao longo
dos últimos anos, com o objetivo de introduzir para os seus espaços os valores que
os pacientes consideram casuais e próximos, fazendo com que os desenhos
arquitetônicos incorporarem ao edifício a visão do paciente e suas representações
cotidianas.
Segundo a arquiteta Elza Maria Alves Costeira, esses conceitos propõem
também a integração dos ambientes de saúde com o seu espaço exterior e agregam
nos setores de diagnóstico / por imagem e tratamento uma série de requisitos que
são consideradas como promotoras da cura. As pesquisas atuais sobre tempo de
permanência e a qualidade da atenção destinada aos clientes - me na questão do
tema, pacientes -, segundo a arquiteta: “apontam para a ênfase da humanização
destes ambientes, no sentido de amenizar o sofrimento e a angustia durante a
internação, agregando práticas de convivência familiar e de personalização aos
espaços, envolvendo equipes de profissionais e de familiares nas terapias
desenvolvidas para atingir a desejada cura”.
Historicamente, a imagem do hospital contemporâneo iniciou-se entre os
séculos XVII e XVIII, na Europa. Após o evento do grande incêndio do Hotel-Dieu –
hospital que abrigava inúmeros pacientes -, em Paris, em 1772, os hospitais se
organizaram de maneira mais segura e salubre (THOMPSON, J. D. & GOLDIN, G,
1975). A parir dessa data, foi estabelecida uma comissão para avaliar projetos
arquitetônicos adequados ao caso, realizando estudos e pesquisas para encontrar
uma solução definitiva para o hospital. Esta comissão era composta por nove
membros e foi nomeada pela Academia Real de Ciências, a partir dos esforços do
Barão de Breteuil, da Casa Real de Luis XVI. Nesta ocasião teve destaque o
conjunto de trabalhos do médico Tenon, que analisou diversos hospitais, não só com
o intuito de descrever a obra arquitetônica, mas, também com um olhar crítico,
funcionalista. Ele publicou, em 1788, cinco relatórios reunidos em uma obra de nome
“Memoires sur les hôpitaux de Paris”.
9
Os elementos de importância tecnológica na consolidação deste perfil, no
século XIX, foram o desenvolvimento da anestesia, as práticas de assepsia e a
disseminação da profissão de enfermeira, laica, neste caso. Durante todo o século
XIX surgiu, também, a preocupação com a ventilação e a iluminação naturais nos
projetos dos edifícios de saúde, a partir da chamada “teoria dos miasmas”, onde a
propagação de doenças era atribuída à emanação de eflúvios originários de matéria
em decomposição (PEVSNER, N, 1980).
Até o século XX, novas pesquisas estruturais e de tecnologias somente
avançaram. As instituições hospitalares sofreram grande incorporação de tecnologia
em seus espaços, exigindo no seu planejamento uma acuidade cada vez maior, com
instalações, infraestrutura predial sofisticada e, a sempre crescente preocupação em
setorizar espaços, separar pacientes com diversas patologias e estabelecer um
rígido controle de fluxos e circulações para o desenvolvimento das atividades
médicas.
A descoberta da transmissão de germes, em 1860,
revoluciona a concepção dos projetos hospitalares,
isolando as patologias e os doentes em pavilhões
específicos. Os trabalhos de Louis Pasteur
demonstram a necessidade de combater o contágio e
a transmissão de doenças, com a separação de
pacientes e a esterilização de utensílios médicos.
Estes princípios de isolamento das patologias
acarretam uma verdadeira revolução nos projetos de
unidades de saúde. A disposição e a composição da
arquitetura em pavilhões múltiplos facilitam o
desenvolvimento das construções e a integração com
o seu espaço de instalação, possibilitando a criação
de hospitais do tamanho de quarteirões, e de
implantações assemelhadas a pequenas cidades-
jardim (COSTEIRA, E., 2000).
O aprimoramento de tecnologias da construção civil – época da construção de
diversos arranha-céus em Chicago -, como o emprego das estruturas metálicas, é a
base para o estabelecimento da nova tipologia na construção de hospitais. O uso de
elevadores, circulações otimizadas, o emprego de sistemas de ventilação mecânica
e facilidades na implantação de infraestrutura predial determinam o desenvolvimento
da verticalidade das construções.
Segundo historiadores e arquitetos, o Brasil começa a construir de forma mais
abrangente estabelecimentos de saúde no final do século XIX, no entanto, já
10
existiam as Santas Casas que foram instaladas com a vinda dos padres da
Companhia de Jesus, no século XVI (OLIVEIRA, J. A e TEIXEIRA, S. M. F., 1985). O
desenvolvimento da implantação de hospitais brasileiros é paralelo com o
estabelecimento de ações governamentais de assistência à saúde. A partir de 1945
se inicia uma serie de grandes construções de edifícios públicos e de outros
exemplares com programas bem mais complexos, caracterizando a chamada
arquitetura moderna brasileira, como por exemplo, a Maternidade Universitária de
São Paulo (1944) de Rino Levi, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (1955) de
Jorge Machado Moreira ou o Hospital Sul América, hoje Hospital da Lagoa (1952) de
Oscar Niemeyer.
Figura 1: Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Fonte: Galeria da Arquitetura
Figura 2: Hospital da Lagoa
Fonte: Galeria da Arquitetura
11
3.ESTUDO DE CASO: OSS SANTA MARCELINA – HOSPITAL CIDADE
TIRADENTES
Figura 3: OSS Santa Marcelina - Hospital Cidade Tiradentes
Fonte: Galeria da Arquitetura
Ficha Técnica:
Cliente: Prefeitura do Município de São Paulo
Arquitetura: Borelli & Merigo
Ano: 2007
Área: 27.040,21 m²
12
3.1 LOCALIZAÇÃO
Situa-se no número 1797 da Avenida dos Metalúrgicos, no bairro Cidade
Tiradentes, Zona Leste do estado São Paulo, palco do maior complexo de conjuntos
habitacionais da América Latina,produzidos pela COHAB (Companhia Metropolitana
de Habitação de São Paulo), CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e
Urbano do Estado de São Paulo) e por grandes empreiteiras, que inclusive
aproveitaram o último financiamento importante do BNH (Banco Nacional da
Habitação), antes de seu fechamento, é um projeto do ano de 2003 tendo conclusão
em 2007 em conjunto com a instituição filantrópica e privada, destina 87% do seu
atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS).O hospital-dia atende cerca de 500
mil pessoas contando com 270 leitos, em uma região carente do Estado.
Figura 4: Legalização Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: Google Maps
13
3.2 ARQUITETOS
O projeto foi desenvolvido pelos arquitetos José Borelli Neto e Hércules
Merigo, membros do escritório Borelli & Merigo.
3.2.1 José Borelli Neto
3.2.2 Hércules Merigo
3.3. ANALISE DO PROJETO
3.3.1 DESCRIÇÃO
Substituindo os corredores comuns hospitalares, esses jardins internos
conectam os ambientes, tornando-se mais largos e misturadas com áreas de
espera, postos de enfermagem e grandes vazios, inibindo a sensação de
Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade
de Mackenzie em 1973.
Mestre pela Escola de Engenharia de São Carlos, da
Universidade de São Paulo.
Professor Assistente do Departamento de Tecnologia da
FAUUSP.
Professor Adjunto da Disciplina de Projeto na FAAP –
Armando Alvares Penteado.
Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade
de São Paulo – FAUUSP em 1973.
Fez sua Pós-Graduação na Escola de Engenharia de São
Carlos da Universidade de São Paulo – Área de
Arquitetura.
14
confinamento dos pacientes e funcionários do hospital, inclusive nos setores mais
restritos, como na UTI e no Centro Cirúrgico. "Está provado que a luz natural ajuda
na recuperação dos pacientes, que precisam ter noção exata de quando é dia ou
noite", afirma o arquiteto Borelli. A obra rendeu aos arquitetos uma Menção Honrosa
da Premiação IAB-SP, em 2006, pela categoria Edifícios: Obras Construídas -
Modalidade Institucional.
Na centralidade do edifício, a luz enaltece os ambientes a partir desses
jardins que se encontram distribuídos ao longo do hospital. Os postos de
enfermagem, dispostos como "ilhas" na faixa central do pavimento, substituem a
ideia de corredor fechado pela de rua ou avenida, em que o fluxo acontece nos dois
lados. "O bloco contínuo e comprido pedia soluções que o compartimentassem em
relação à luz e circulação", justifica Merigo.
O partido traz vantagens à medida que os quartos não se restringem a uma
determinada especialidade médica, como acontece na maioria dos estabelecimentos
deste tipo. Eles se ajustam à demanda do momento, podendo atender desde a
pediatria, até a clínica cirúrgica, por exemplo.
Exteriormente, as fachadas leste e oeste são protegidas por quebra-sóis pré-
moldados geométricos de concreto e pequenos detalhes de cor amarela, sendo a
cor dominante o cinza do concreto, mas com ritmo, movimento e textura conferidos
pelos elementos de proteção solar. Todos com o mesmo desenho, porém
assentados de forma diferente em uma malha metálica de sustentação que dista 90
cm da caixilharia que proporcionam redução da carga térmica nos ambientes que,
obrigatoriamente, devem receber ar-condicionado. Outra solução sustentável
adotada pelo hospital foi a instalação dos aquecedores solares que realizamo pré-
aquecimento da água que abastece a lavanderia e os banheiros dos leitos. "Este é
um dos primeiros hospitais no Brasil em que este conceito de sustentabilidade está
sendo empregado", afirma Borelli.
15
Figura 5: Fachada Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: Borelli & Merigo
O projeto Hospital Cidade Tiradentes seguiu as diretrizes da Resolução RDC
no 50 do Ministério da Saúde, que reúne as Normas para Projetos Físicos de
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde e também as especificações da Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que estabelecem, entre outras questões,
os requisitos de durabilidade, manutenção e assepsia dos materiais utilizados, que
podem ser notados, por exemplo, na utilização dos pisos das áreas técnicas em
linóleo, e as paredes têm pinturas especiais para hospitais. Do lado externo, as
empenas de concreto foram tratadas com verniz poliuretano e as alvenarias de bloco
foram revestidas com massa raspada.
16
Figura 6: Corredores Internos Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: Borelli & Merigo
No Hospital Municipal Cidade Tiradentes, o sistema estrutural foi concebido
com laje plana, sem vigas, de forma a facilitar o encaminhamento e a distribuição
das instalações. Segundo a equipe de projeto, as estruturas de concreto moldado in
loco e aço são as melhores opções para a construção de hospitais, visto que sua
flexibilidade permite uma adaptação mais simples ao complexo programa
arquitetônico dessas obras.
Além do projeto de arquitetura, Merigo e Borelli também fizeram o
acompanhamento da obra, considerado por eles "fundamental para o bom
desempenho da construção e manutenção das características do projeto". "A
presença do arquiteto no canteiro gera um produto final muito mais próximo daquilo
que o cliente deseja", diz Borelli. "Consideramos isso um avanço por parte do setor
público", finaliza.
17
Figura 7: Planta Pavimento Inferior - Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: AU Pini
O pavimento inferior possui áreas em que a descarga de suprimentos é feita
de maneira mais fácil, sem a necessidade de transportá-las através de elevadores,
como por exemplo a cozinha, farmácia e a lavanderia.
Figura 8: Planta Pavimento Térreo - Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: AU Pini
No pavimento térreo, observa-se uma grande área de fácil atendimento ao
público, pois é onde situa-se o principal acesso ao edifício, além dos atendimentos
emergenciais, como o pronto-socorro e a sala de emergência. Deste modo, os
pacientes não precisam ser transportados pelo edifício, diminuindo o tempo de
estadia no recinto.
18
Figura 9: Planta 1º Pavimento - Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: AU Pini
O 1º pavimento foi destinado ao tratamento mais elaborado dos pacientes,
onde situam-se as unidades de tratamento intensivo (UTI), centro cirúrgico e o
centro obstétrico. Já no 2º pavimento, encontram-se as salas de maternidade e
centros de recuperação pós parto.
Figura 10: Planta 3º Pavimento - Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: AU Pini
O 3º pavimento é utilizado apenas como depósito de materiais e salas de
apoio. Pela elevação lateral, nota-se a horizontalidade da obra.
19
Figura 11: Elevação Lateral - Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: AU Pini
Já o corte longitudinal demonstra a colocação das salas e as circulações
verticais do ambiente.
Figura 12: Corte Longitudinal - Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: AU Pini
20
O corte transversal mostra um dos acessos ao hospital e suas janelas e
paredes.
Figura 13: Corte Transversal - Hospital Municipal Cidade Tiradentes
Fonte: AU Pini
21
3.4 SETORIZAÇÃO
No pavimento Inferior, observa-se uma grande junção dos espaços, onde as
áreas sem restrição, dão-se apenas pelo refeitório e a farmácia, enquanto as demais
a área restrita é a parte da clínica de saúde mental.
Figura 14: Setorização Pavimento inferior
Fonte: Elaborado pelos autores
No pavimento Térreo encontra-se a recepção como área de uso público sem
restrição, enquanto as salas de aula e administração possuem uso privado. As salas
de emergência, imagenologia e auditório possuem uso com restrição, ou seja,
apenas para as pessoas destinadas ao local e a funcionários.
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 15: Setorização Pavimento térreo
22
O 1º Pavimento possui sua grande maioria como uso público com restrição,
onde apenas os funcionários e pacientes encaminhados ao recinto poderão acessá-
lo. As salas de análise possuem uso privado, onde apenas funcionários podem
acessá-las.
Figura 16: Setorização Primeiro Pavimento
Fonte: Elaborado pelos autores
Por fim, o 3º Pavimento é utilizado como área de apoio a pacientes e
departamento de materiais do hospital, acessado apenas por funcionários.
Figura 17: Setorização terceiro pavimento
Fonte: Elaborado pelos autores
23
3.5 FLUXOGRAMA
Figura 18: Fluxograma pavimento inferior
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 19: Fluxograma do primeiro pavimento
24
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 20: Fluxograma segundo térreo
25
4.ESTUDO DE CASO - HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO DOMINGOS
4.1 LOCALIZAÇÃO
O Hospital e Maternidade São Domingos situam-se na cidade de Uberaba, no
Estado de Minas Geais, projetado no ano de 1958 pelos arquitetos Jarbas Karman
e Alfred Willer, encomendado pela irmã Angelina Rezende e outras doze irmãs
que já eram responsáveis pela Escola de Enfermagem Frei Eugênio, ocupando um
terreno de 7.200,00 m².
Figura 21: Hospital e Maternidade São Domingos - Localização
Fonte: Google Maps
Figura 22: Hospital e Maternidade São Domingos, 1958
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
26
O projeto do hospital é predominantemente horizontal ocupa o lote final do
quarteirão e foi dividido em dois blocos – hospital geral e maternidade. Devido
ocupar três ruas: Rua da Constituição, Rua Capitão Domingos e Rua Frei Paulino –
onde se possui leve desnível, foi possível subdividir o programa e criando a
possibilidade de diferentes pontos e níveis de acesso. O partido do projeto busca a
maior horizontalidade possível para o conjunto hospitalar e aproveita as
possibilidades de acesso.
4.2 ARQUITETO
Jarbas Bela Karman
(13 de abril de 1917 – 02 de junho de 2008)
Figura 23: Arquiteto Jarbas Bela Karman
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
O arquiteto e engenheiro Jarbas Karman nasceu na cidade de Campanha –
MG, iniciando suas atividades com 17 anos projetando pequenos edifícios e casas
ao lado de seu irmão que se dedicava no ramo imobiliário. Formando em
engenharia, trabalhava com projetos de arquitetos onde afirmava que eram carentes
de arquitetura. Por essa razão, formou-se arquiteto pela Escola Politécnica da USP
em 1947 e mestrado em arquitetura hospitalar pela Universidade de Yale, nos
Estados Unidos em 1952, ramo este que se especializou. O próprio arquiteto e
engenheiro fala "Foi gratificante encontrar-me e posteriormente enfronhar-me nos
27
meandros da arquitetura hospitalar", explica, ao comentar o embate com
"empirismos, inconsistências e muito por pesquisar" (KARMAN, JARBAS).
Trabalhou no projeto de diversos hospitais, concluindo sua pós-graduação
pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP em 1967, exercendo também
cargos na prefeitura como SESP (Serviço Especial de Saúde Pública) – Sociedade
Urbanizadora de São Paulo; professor pela Câmara de Ensino Superior do Conselho
Federal de Educação, além de presidente e professor da Faculdade de
Administração Hospitalar do IPH (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e de
Pesquisas Hospitalares).
Por meio do Instituto, dentre outros objetivos, desenvolve medidas para
melhorar a qualidade dos projetos hospitalares, como por exemplo, a própria norma
da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que regulamenta a construção
de hospitais.
Entre suas principais obras, pode-se de destacar o Hospital Universal de
Luanda, em Angola, e Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido à consonância
alcançada entre a administração e a medicina, prevenindo ociosidade, desperdício,
infecções e obsolescência física e funcional, assegurando atualização, otimização e
competitividade.
4.3 ANALISE DO PROJETO
4.3.1DESCRIÇÃO
O projeto foi organizado em dois blocos de mesma altura, mas com número
de pavimentos diferentes. O bloco maior, com dois pavimentos acima e dois
pavimentos abaixo da cota térrea, abriga administração, enfermarias, berçário,
ambulatório, pronto-socorro, laboratório, fisioterapia, radiologia, vestiário de
funcionários, almoxarifado, caldeiras, oficinas, cozinha, velório e o acesso do
público. O bloco menor, com dois pavimentos acima da cota térrea, abriga a
residência das Irmãs Dominicanas, capela, centro cirúrgico, centro obstétrico e
unidade de terapia intensiva.
28
Nesse bloco, a ligação dos pavimentos ocorre por escada, elevadores e
rampa em todos os pavimentos. O bloco menor se liga ao maior por uma passarela
no 1º andar (segundo pavimento em relação à cota térrea). Não existe ligação
vertical entre os níveis do bloco menor, sendo o 1º andar do bloco menor uma
extensão do bloco maior. Em virtude de possuir menos pavimentos e mais formas
de ligação entre os níveis, as unidades funcionais apresentam-se de forma contígua.
O edifício possui três opções de acesso: pela Av. Fr. Paulino, entrada nobre
que dá para ao hall principal e a capela; na Rua da Constituição, o acesso ao
ambulatório e ao pronto-socorro; e pela Rua Cap. Domingos - a cota mais baixa do
lote -, o acesso dos funcionários e de serviços.
Assim como no projeto desenvolvido para o Hospital de Clínicas de Pelotas
(1956), a unidade de enfermaria possui duas particularidades: os postos de
enfermagem e os berçários.
Os postos de enfermagem são descentralizados, posicionados nos
corredores, o que possibilita à equipe médica ficar mais próxima do paciente,
racionalizando os percursos e melhorando o atendimento. Essa tipologia de postos
de enfermagem, chamada pelo próprio autor, Jarbas Karman, de "postinho", se
tornou um grande campo de pesquisa, sendo aplicado em vários de seus projetos.
Os berçários são posicionados à frente dos quartos de maternidade, com
visor transparente, a fim de que as mães mantenham contato com seus filhos em
tempo integral. Assim como nas outras áreas da unidade, os postos de enfermagem
são descentralizados, ficam no corredor junto aos berçários, com visor transparente
para o acompanhamento dos recém-nascidos.
Iluminação e ventilação através da cobertura do último pavimento: a laje que
utilizada no último pavimento possui rebaixos nos corredores a fim de criar aberturas
para as enfermarias e para os ambientes que ficam localizados no centro do
pavimento. Telhas translúcidas também foram empregadas para criar luminosidade
nos ambientes recuados das fachadas.
No segundo subsolo, encontra-se as caldeiras (equipamento cuja função é
produzir vapor através do aquecimento da agua), garagem, lavanderia, separação,
rouparia, transformador, deposito, pintura, casa de maquinas, sala de incinerador,
29
sala para autopsia, deposito de moveis, além de sanitários e rampas, elevadores e
escadas para a circulação vertical.
4.4 PLANTAS, CORTES E ELEVAÇÕES
Figura 24: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do segundo subsolo
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
30
1. Caldeiras
2. Garagem
3. Lavanderia
4. Separação
5. Rouparia
6. Transformador
7. Deposito
8. Pintura
9. Área externa
10.Oficina
mecânica
11.Incinerador
12.Acabamento
13.Engenheiro
14.Bomba a vácuo
15.Material de
limpeza
16.Hall
17.Elevadores
18.Velório
19.Vestíbulo
20.W.C
21.Autopsia
22. Maca
23. Sanitários
24.Deposito moveis
25.Rampa
26.Escadas
31
Figura 25: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do primeiro subsolo
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
1. Isolamento
2. W.C
3. Quarto
4. Copa
5. Refeitório
6. Caixa
7. Refeitórios
8. Dietista
9. Cozinha
10.Frigorifico
11.Compressões
32
12.Lavagem de
pratos
13.Lixo
14.Material de
limpeza
15.Material
farmacêutico
16.Lixo
17.Almoxarifado
geral
18.Material
farmacêutico
19.Deposito de
anestésicos
20.Deposito álcool
21.Vestiário
enfermeiras
22.Vestiário
feminino
subalternos
23.Vestiário
masculino
subalternos
24.Vestiário
funcionários
25.Lactário
26.Aut
27.Entrada de
serviços
28.Portaria
29.Berçário
30.Suspeitos
31.Exame e
tratamento
32.Deposito
33.Roupa suja
34.Sanitario
masculino
35.Sanitário
feminino
36.Lavagem de
comadres
37.Utilidades
38.Serviços
39.Posto
40.Vazio
41.Curativos
42.Banho
43.Roupa limpa
44.Material de
limpeza
45.Cta
46.Hall de espera
47.Hall de
pacientes
48.Elevadores
49.Lavagem
50.Carrinhos
51.Hall de serviços
52.Rampa
53.Escadas
33
Figura 26: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do pavimento térreo
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
1. Terraço
2. Cela
3. Banho
4. Madre superiora
5. Costura
6. W.C
34
7. Vestíbulo
8. Sala de estar
9. Biblioteca
10.Copa
11.Refeitório
12.Chapelaria
13.Vestíbulo
14.Capela
15.Sacristia “a”
16.Sacristia “b”
17.Lago
18.Jardim
19.Hall principal
20.Recolhimento
21.Lajeca
22.Exames
23.Banco de
sangue
24.Colheita
25.Laboratório
26.Lavagem e
esterilização
27.Armário
28.Radiologista
29.Câmara escura
30.Comando /
vestiário
31.Raio X
32.Sala
33.Biblioteca
34.Quarto
35.Vestiário
36.Residência
37.Consultório
38.Espera
39.Exercícios
40.Terapia
ocupacional
41.Hidroterapia
42.Escritório
43.Fisioterapia
44.Rouparia
45.Vazio
46.Chute
47.Farmácia
48.Exames
49.Vacina
50.Utilidades
51.Curativos
52.Otorrino
53.Pronto socorro
54.Curativos
55.Hall ambulatório
56.Dentista
57.Same
58.Diretor clinico
59.Biblioteca /
reuniões
60.Enfermeiras de
plantão
61.Diretor
enfermagem
62.Secretaria
63.Administração
64.Contabilidade
65.Pagamento
66.Material de
limpeza
67.Café
68.Admissão
69.Serviço social
70.Recepção /
informações
71.Elevadores
72.Hall de serviços
73.Sala de espera
consultórios
74.Sala de espera
laboratórios
75.Espera
ambulatório
76.Vestiário
77.Hall publico
78.Escadas
79.Rampa
35
Figura 27: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do primeiro pavimento
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
36
1. Observação
2. Prontuário
medico / posto
3. Centro de
terapia intensiva
4. Descanso
familiares
5. Sala dos
médicos
6. Material de
limpeza
7. Corredor
cirúrgico
8. Pequena cirurgia
9. Cistoscopia
10.Câmara escura
11.W.C
12.Escovação
13.Gesso
14.Material
ortopédico
15.Fraturas
16.Sala de
operações
17.Tecidos
18.Central de
esterilização
19.Centro de
material
20.Material
esterilizado
21.Material não
esterilizado
22.Raio X móvel
23.Sala de partos
24.Porteira
25.Roupa suja
26.Posto
27.Trabalho de
parto
28.Corredor
obstétrico
29.Cafezinho
30.Vestiário
visitantes
31.Chuveiro
32.Vestiário
enfermeiras
33.Vestiário
médicos
34.Passarela
35.Jardim
36.Salario
37.Quarto
38.Berçário
39.Vestíbulo
40.Flores
41.Roupa limpa
42.Exames /
tratamento
43.Suspeitos
44.Recepção
45.Vazio
46.Curativo
47.Chute
48.Serviços /
utilidades
49.Posto
50.Rouparia
51.Refeitório
52.Copa
53.Rampa
54.Elevadores
55.Hall
56.Espera
57.Sala de médicos
58.Curativos
59.Sala
37
37
Figura 28: Hospital e Maternidade São Domingos - Corte AA
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
Figura 29: Hospital e Maternidade São Domingos - Corte BB
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
Figura 30: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Oeste
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
Figura 31: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Leste
38
38
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
Figura 32: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Norte
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
Figura 33: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação sul
Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
39
39
4.5 SETORIZAÇÃO
Figura 34: Setorização do segundo subsolo
Fonte: Elaborado pelos autores
40
40
Figura 35: Setorização do primeiro subsolo
Fonte: Elaborado pelos autores
41
41
Figura 36: Setorização primeiro pavimento
Fonte: Elaborado pelos autores
42
42
Figura 37: Fluxograma segundo pavimento
Fonte: Elaborado pelos autores
43
43
4.6 FLUXOGRAMA
Figura 38: Fluxograma do segundo subsolo
Fonte: Elaborado pelos autores
44
44
Figura 39:Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação 1
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 40: Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação II e III
45
45
Fonte: Elaborado pelos autores
46
46
Figura 41: Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação IV
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 42: Fluxograma do térreo - Bloco B
Fonte: Elaborado pelos autores
47
47
Figura 43: Fluxograma do térreo - Bloco A - Circulação I
Fonte: Elaborado pelos autores
48
48
Figura 44: Fluxograma térreo - Bloco A - Circulação II
Figura 45: Fluxograma térreo - Bloco A - Circulação III
Fonte: Elaborado pelos autores
49
49
5. ESTUDO DE CASO – ADAMSVILLE CENTRO REGIONAL DE SAÚDE
Figura 46: Adamsville Centro Regional de Saúde
Fonte: ArchDaily, 2013
Ficha técnica:
Cliente: Prefeitura de Atlanta
Arquitetura: Stanley Beaman & Sears
Área: 10363,20 m²
5.1 LOCALIZAÇÃO
O edifico hospitalar foi construído em um bairro sudoeste de Atlanta, mais
precisamente na 3700 M.L.K. Jr Dr SW, Atlanta, GA 30331, Estados Unidos,
possuindo uma área de aproximadamente 10.360,00 m² com o intuito de diminuir a
elevada taxa de carência de centros de saúde da região.
50
50
Figura 47: Adamsville Centro Regional de Saúde - Implantação
Fonte: ArchDaily, 2013
5.2 ANÁLISE DO PROJETO
5.2.1 Descrição
O centro de saude possui uma clínica de cuidados primários, de saúde
comportamental, creches, clínica dentária e um centro comunitário força de trabalho,
voltado para uma ideia holística do bem-estar e uma auto-imagem positiva para uma
comunidade desafiada. O edifício também se entende como um catalisador para o
crescimento futuro na área.
51
51
Figura 48: Adamsville Centro Regional de Saúde - vista
Fonte: ArchDaily, 2013
Para os arquitetos, o obejtivo era criar uma estrutura vibrante e viva, para
que os pacientes se sentissem também dessa maneira. O telhado foi projetado como
um elemento dinâmico, protetor, um cobertor metafórica, abrindo para cima para
acolher o público.
Figura 49: : Adamsville Centro Regional de Saúde - Cores Externo x Interno
Fonte: ArchDaily, 2013
O telhado também é utilizado para abrigar equipamentos mecânicos,
identificar as principais entradas e servir como um farol. No interior, um sistema
descentralizado, com pé direito duplo cuja circulação integra todos os componentes
programáticos.
52
52
Econominacamente, o Adamsville Centro Regional de Saúde foi um raro
investimento realizado pela prefeitura de Atlanta, região conhecida pelos seus
pessimos serviços de saude, que totalizou em um valor de $ 25 milhoes de dolares.
As múltiplas funções e intenção sinergia do Centro levou a equipe de design
a considerar a arte popular e seu histórico papel socialmente coesa nas
comunidades afro-americanas como Adamsville. Assim, o telhado foi concebido
como um cobertor metafórico, um elemento de protecção de abertura para cima no
bem-vindo.
Figura 50: Detalhe Telhado
Fonte: ArchDaily, 2013
A inspiração também veio das pinturas construídas do artista
contemporânea Radcliffe Bailey, que nasceu na propria Atlanta, onde em suas obras
reune objetos encontrados, fotografias de arquivo e imagens históricas com efeitos
de jazz-like. Esses insights levaram a equipe a estudar como os materiais exteriores
53
53
do edifício poderiam ser projetada para refletir sobre os padroes da região. Assim, a
padronização concebida resultou em toda parte plastica do centro de saude.
Figura 51: Plástica da Elevação Sul
Fonte: ArchDaily, 2013
Figura 52: Plástica da elevação norte
Fonte: ArchDaily, 2013
O projeto ainda possui soluções que minimizam o custo e trazem eficácia e
consciência energética, com um dimensionado muito bem elaborado. A solução de
54
54
design é limpa, aberto e convidativo. O resultado final é simples e forte com a
conclusão de forma clara e materiais de fácil manutenção.
A varanda para a rua que abriga a área de jogo protegida dá ao edifício uma
disposição do público. A espera do centro de saúde é descentralizada também
parece ser de suporte da comunidade.
A combinação de materiais e luz para o programa é inteligente e faz por boa
escala e organização clara para os usuários, agregando ainda uma noção de co-
localização de todas essas funções em um único local para servir as pessoas de
origens variadas.
O projeto do Adamsville Centro Regional de Saúde possui um curto prazo
de concepção e construção, sendo finlizado em somente 275 dias. Isso exigiu a
mediação entre múltiplas partes interessadas, incluindo a cidade, membros do
condado e da comunidade; por exemplo, convencer todos de que os espaços de
apoio e de pessoal poderia ser compartilhado com sucesso entre os vários serviços,
maximizando a eficiência do edifício.
O centro assim, possui diversas caracteristicas singulares – tanto por parte
da empreiteira, projeto, lugar, como tambem nos detalhes e construção de uma
estrutura tão sofisticada e elegante sob restrições econômicas e cronograma
particularmente pequenos.
55
55
5.3 PLANTAS, CORTES E ELEVAÇÕES
Figura 53: Adamsville Centro Regional de Saúde - Primeiro pavimento
Fonte: ArchDaily, 2013
Legenda:
1 Pronto-socorro e Clínica de saúde comportamental
2 Consultórios de Saúde da Mulher e Pediatria
3 Salas de espera e circulação
Figura 54: Adamsville Centro Regional de Saúde - segundo pavimento
Fonte: ArchDaily, 2013
Legenda:
1 Acolhimento de crianças
2 Centro de força de trabalho
3 Consultório dentista
4 Força do trabalho
1 23
5
4321
56
56
5 Sala de espera, armazenamento e elevador
Figura 55: Adamsville Centro Regional de Saúde - corte
Fonte: ArchDaily, 2013
5.4 SETORIZAÇÃO
Figura 56: Setorização primeiro pavimento
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 57: Setorização segundo pavimento
Fonte: Elaborado pelos autores
57
57
5.5 FLUXOGRAMA
Figura 58: Fluxograma do pavimento térreo
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 59: Fluxograma do primeiro pavimento
Fonte: Elaborado pelos autores
58
58
6.ANTEPROJETO
6.1 HISTÓRICO DA REGIÃO
Fundada em 08 de abril de 1553 pelo português, posteriormente nomeado,
Alcaide João Ramalho a vila de Santo André da Borda do Campo. A região era
utilizada para a passagem de tropas comerciantes, que vinham do interior com
destino ao litoral.
Com o crescimento da população e devido ao frequente ataque dos índios
carijós, em 1560 os habitantes foram transferidos para o Pátio do Colégio em São
Paulo do Piratininga. A região ficou anos em situação de abandono e é transformada
em uma sesmaria, doada em 1717 aos monges beneditinos do Mosteiro de São
Bento, que a transformou em uma grande fazenda onde hoje atualmente são os
bairros de Rudge Ramos e Anchieta.
Devido a rota comerciária, começou-se a se formar um novo povoado apo
redor da capela de São Bernardo – que originou o nome da cidade. Com o aumento
da população em terras beneditinas, o povoado foi novamente transferido e alocado
nas proximidades da igreja Matriz e elevado à categoria de freguesia. Com esse
deslocamento, surgiram-se então duas vias oriundas da Estrada Geral de Santos –
atual Caminho do Mar ou Estrada do Vergueiro -, as quais seriam o ponto inicial do
núcleo urbano do município.
Após a demarcação do povoado em 1814, anos mais tarde é instalado o
Núcleo Colonial de São Bernardo, que deram origem a 15 linhas coloniais que
posteriormente viriam a ser os bairros do munícipio.
No final do século XIX e no começo do século XX, nota-se a presença da
vinda do imigrante, principalmente italianos, que intensificaram as produções nas
fazendas. A terra é expressivamente utilizada, começam a surgir as carpintarias para
construções de casas a alargamento das ruas e estradas.
São Bernardo torna-se município em 1890, com a implantação do Governo
Republicano, abrangendo Santo Amaro e todas as demais cidades da atual Região
do Grande ABC. Em 1867 com a construção da ferrovia, Santo André torna-se sede
do município e São Bernardo seu distrito. Os habitantes não aceitaram essa
59
59
condição, formando então a “Associação dos Amigos de São Bernardo” visando a
emancipação que foi atingida em 1944.
O município recebe em meados do século XX o parque automobilístico
brasileiro em processo de expansão, que proporciona grande desenvolvimento para
a cidade ganhando o título de “Capital do Automóvel” e “Capital da Indústria
Moveleira”, graças também ás industrias fabricantes de móveis.
A cidade continua a crescer, até que na década e 90 ocorre uma estagnação
econômica, com a ida de várias industrias procurando melhores condições de
logística e impostos mais baixos.
 Anchieta
Nas década de 1930 e 1940, um morador do local montou o chamado "Haras
Anhanguera", incidente em toda a área do bairro, desde o Caminho do Mar (Via
Anchieta depois de 1947) até a Estrada do Vergueiro (Antiga retificação do Caminho
do Mar, em São Paulo, se chama Rua Vergueiro, e em São Bernardo do Campo,
atualmente, Avenida Senador Vergueiro). Na época, sua esposa, gostava muito de
árvores e havia plantado diversas delas dentro da área do haras. Após o falecimento
de sua esposa, o proprietário vendeu o haras para o governo, que o comprou para
loteá-lo, com a condição de que as árvores plantadas pela esposa do antigo dono
fossem preservadas. Assim, a arborização do bairro é uma das características do
local, que além de possuir fácil acesso pela Rodovia Anchieta, é marcado pela calma
e tranquilidade do ambiente, que se tornou um dos principais bairros da cidade de
São Bernardo do Campo.
Atualmente, possui moradores de classe média alta, proporciona um ótimo
índice de qualidade de vida aos mesmos, além de uma grande infra-estrutura de
comércio e áreas de lazer. Possui como principais vias, além da já citada rodovia
Anchieta, as avenidas Kennedy e a Senador Vergueiro.
Futuramente, o bairro receberá a implantação de um campus da Universidade
Federal do ABC, o que valorizará ainda mais o local.
60
60
 Rudge Ramos
O bairro do Rudge Ramos foi originado por volta de 1870, onde uma parcela
de terra pertencente a monges beneditos foi desapropriada e deram lugar às linhas
coloniais onde concentravam-se os imigrantes.
No ano de 1920 foram surgindo os primeiros loteamentos urbanos, devido a
reforma ocorrida na Caminho do Mar, que cortava a região, executado por Arthur
Rudge Ramos, sendo este o nome que seria aderido ao bairro. Em meados do
século XX, foram surgindo novos loteamentos, devido ao grande processo de
industrialização do local.
Atualmente o bairro possui fácil acesso a São Paulo e outras cidades do ABC, como
São Caetano e Santo André. O local possui grande incidência comercial e é reduto
de estudantes, devido as universidades que se localizam no bairro.
6.2 LEITURA URBANA
 Hidrografia
Sua hidrografia é composta pelo Ribeirao dos Meninos que tem seu início
através do Rio Tamanduateí e passa pela Av. Lauro Gomes.
 Potencial de Inundacao
61
61
62
62
63
63
 Hipsometria
64
64
Altitude de São Bernardo do Campo: 758m
65
65
 Mapa das Declividades
66
66
 Mapa da Curvatura Vertical dos Terrenos
67
67
Calhas das vias: (Lei 6222/2012 - SBC)
art. 25: . As vias públicas, sem qualquer prejuízo à legislação vigente acerca de
acessibilidade, deverão atender às definições referentes à largura mínima do
leito carroçável e dos passeios, canteiros centrais, ciclovias e concordância
entre vias, apresentadas no Quadro 1 desta Lei.
O quadro 1 indica que as informações específicas para este tipo de via:
 Sistema Viário e Transportes
1. Vias Arteriais:
- Avenida Robert Kennedy;
- Avenida Senador Vergueiro;
- Avenida Lauro Gomes;
68
68
2. Vias Coletoras:
- Avenida Bom Pastor;
- Rua Professor Licínio;
- Avenida 23 de Maio;
INTENSIDADE DE TRÁFEGO:
Principais vias de acesso ao local:
- Avenida Lauro Gomes;
- Avenida Senador Vergueiro;
Principais meios de Transporte:
Carros: A circulação de automóveis é livre para a região, não se aplicando
rodízio de veículos.
Transporte Público – Ônibus: Linhas de Acesso:
69
69
 Volumetria Urbana
Neste mapa, nota-se uma clara predominância de residências com até 2
pavimentos.
 Estado das Edificações
70
70
Neste mapa, nota-se a predominância de residências em estado bom e
regular.
 Uso e Ocupação do Solo
A partir deste mapa, pode-se notar que ocorre uma grande aglomeração de
áreas habitacionais na parte sul da região analisada, enquanto sua parte norte
possui maior predominância de áreas comerciais. Isso se dá ao fato de trazer
menos trânsito as áreas residenciais, gerando menos incômodo aos moradores da
região, onde os visitantes que desejam usufruir das áreas de comércio, não
precisam circular pelas áreas residenciais.
71
71
 Parcelamento do Solo
Nesta imagem, nota-se a predominância de edificações pequenas de até
300m², onde há apenas um lote acima de 2000m².
 Caracterização de Edifícios
Neste mapa, observa-se a predominância de edifício isolados
horizontais, além de pouca incidência de áreas verdes no entorno.
72
72
CONCLUSÃO
A partir do relato histórico, é possível perceber a evolução dos hospitais e da
própria arquitetura, sempre buscando inovações técnicas, biológicas e psicológicas
para o conforto e bem-estar dos pacientes.
Em todos os estudos de casos expostos nesse trabalho, é possível identificar
a evolução desses critérios no projeto: seja na concepção de um jardim com lago na
comunicação entre dois edifícios, grandes espaços voltados para o descanso,
humanização e elementos corintianos nas salas de espera, integração com o
entorno e relação de pertencimento da população com os edifícios.
Com base nas informações relacionadas acima e outros atributos que foram
expostos no decorrer do trabalho, concluímos que a construção de um edifício
hospitalar requer muita atenção não apenas aos aspectos técnicos, mas também
aos aspectos humanos.
A arquitetura possui uma grande influência e importância na humanização
hospitalar, melhorando as condições dos usuários desses espaços e aparecendo
como uma grande evolução para qualquer tratamento.
73
73
REFERÊNCIAS
ANTUNES, J. L. Hospital: Instituição e História Social. Letras & Letras. São Paulo, 1991.
CAMPOS, E. S. História e evolução dos hospitais. Ministério da Educação e Saúde, Divisão de
Organização Hospitalar. Rio de Janeiro, 1944.
COSTEIRA, E. M. A. Hospitais de Emergência da Cidade do Rio de Janeiro - uma nova
abordagem para a eficiência do ambiente construído. Dissertação (Mestrado). PROARQ/FAU/UFRJ.
Rio de Janeiro, 2003.
COSTEIRA, E. M. A.. O hospital do futuro: uma nova abordagem para projetos de ambientes de
saúde. In SANTOS, M.; BURSZTYN, I. (orgs.). Saúde e Arquitetura- Caminhos para a humanização
dos ambientes hospitalares. SENAC Rio, Rio de Janeiro, 2004.
The American Institute of Architects, Adamsville Regional Health Center. Disponível em:
http://www.aia.org/practicing/groups/kc/AIAB099696.Acesso dia 15 de setembro de 2016.
ARCHDAILY, Adamsville Regional Health Center / Stanley Beaman & Sears, janeiro/ 2013.
Disponível em: http://www.archdaily.com/320120/adamsville-regional-health-center-stanley-
beaman-sears. Acesso dia 15 de setembro de 2016.
VALENTINA N. FIGUEROLA, Hospital Cidade Tiradentes, em São Paulo, tem jardins internos e luz
natural, que humanizam o hospital municipal na periferia da cidade – Facha tratada cpom brises de
concreto em uma composição geométrica de retângulos exibe uma beleza austera que qualifica o
entorno. Edição 157 – Março 2007. Disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura-
urbanismo/157/brasil-hospital-cidade-tiradentes-em-sao-paulo-de-borelli-46073-1.aspx. Acesso 18
de setembro de 2016.
Galeria da Arquitetura, Hospital Municipal Cidade Tiradentes. Disponível em:
http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/borelli-merigo-arquitetura_/hospital-municipal-
cidade-tiradentes/2559. Acesso dia 18 de outubro de 2016.
BORELLI&MERIGO Arquitetos, Hospital Cidade Tiradentes. Disponível em:
http://www.borellimerigo.com.br/saude/hospital-cidade-tiradentes. Acesso dia 18 de outubro de
2016.
74
74
Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, Hospital e Maternidade São Domingos.
Disponível em: http://www.iph.org.br/acervo/projetos-arquitetonicos/hospital-sao-domingos-176;
acesso dia 20 de setembro de 2016.

More Related Content

What's hot

Quantitativo do projeto de interiores
Quantitativo do projeto de interioresQuantitativo do projeto de interiores
Quantitativo do projeto de interioresTifani Kuga
 
Estudos de Caso de Projetos de Arquitetura de Interiores
Estudos de Caso de Projetos de Arquitetura de InterioresEstudos de Caso de Projetos de Arquitetura de Interiores
Estudos de Caso de Projetos de Arquitetura de InterioresIZIS PAIXÃO
 
Programa de necessidades
Programa de necessidadesPrograma de necessidades
Programa de necessidadesTakayfau
 
Programa de necessidades
Programa de necessidadesPrograma de necessidades
Programa de necessidadeslilyrizzo
 
Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar   terreno e seus condicionantesEstudo preliminar   terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar terreno e seus condicionantesRômulo Marques
 
Comandos e atalhos do autocad em inglês e português
Comandos e atalhos do autocad em inglês e portuguêsComandos e atalhos do autocad em inglês e português
Comandos e atalhos do autocad em inglês e portuguêsTharssia Baldasso
 
Detalhamento - Encaixes de Madeira
Detalhamento - Encaixes de MadeiraDetalhamento - Encaixes de Madeira
Detalhamento - Encaixes de Madeiradanilosaccomori
 
Aula de instalacoes prediais de água fria
Aula de instalacoes prediais de água friaAula de instalacoes prediais de água fria
Aula de instalacoes prediais de água friaAndréa Camara
 
Ofício crea
Ofício creaOfício crea
Ofício creaGuarido
 
Cortes e fachadas
Cortes e fachadasCortes e fachadas
Cortes e fachadasYuri Daher
 
Modelo de memorial justificativo
Modelo de memorial justificativoModelo de memorial justificativo
Modelo de memorial justificativoJanete Silva
 
Projeto arquitetônico
Projeto arquitetônicoProjeto arquitetônico
Projeto arquitetônicoDieli Alves
 
Humanização em ambientes hospitalares
Humanização em ambientes hospitalaresHumanização em ambientes hospitalares
Humanização em ambientes hospitalaresIsabel Cabral
 
Museu da Língua Portuguesa
Museu da Língua PortuguesaMuseu da Língua Portuguesa
Museu da Língua PortuguesaJéssica Lucas
 
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICAPilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICAguidify
 
Desenho arquitetônico cortes
Desenho arquitetônico cortesDesenho arquitetônico cortes
Desenho arquitetônico cortesTiago Gomes
 
Relatório de Vistoria - Casa na Rua de São Francisco, 26
Relatório de Vistoria - Casa na Rua de São Francisco, 26Relatório de Vistoria - Casa na Rua de São Francisco, 26
Relatório de Vistoria - Casa na Rua de São Francisco, 26Prefeitura de Olinda
 
Apoios: Móvel, Fixo e Engaste
Apoios: Móvel, Fixo e EngasteApoios: Móvel, Fixo e Engaste
Apoios: Móvel, Fixo e EngasteAna Anicio
 

What's hot (20)

Quantitativo do projeto de interiores
Quantitativo do projeto de interioresQuantitativo do projeto de interiores
Quantitativo do projeto de interiores
 
Estudos de Caso de Projetos de Arquitetura de Interiores
Estudos de Caso de Projetos de Arquitetura de InterioresEstudos de Caso de Projetos de Arquitetura de Interiores
Estudos de Caso de Projetos de Arquitetura de Interiores
 
Programa de necessidades
Programa de necessidadesPrograma de necessidades
Programa de necessidades
 
Programa de necessidades
Programa de necessidadesPrograma de necessidades
Programa de necessidades
 
Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar   terreno e seus condicionantesEstudo preliminar   terreno e seus condicionantes
Estudo preliminar terreno e seus condicionantes
 
Comandos e atalhos do autocad em inglês e português
Comandos e atalhos do autocad em inglês e portuguêsComandos e atalhos do autocad em inglês e português
Comandos e atalhos do autocad em inglês e português
 
Detalhamento - Encaixes de Madeira
Detalhamento - Encaixes de MadeiraDetalhamento - Encaixes de Madeira
Detalhamento - Encaixes de Madeira
 
Aula de instalacoes prediais de água fria
Aula de instalacoes prediais de água friaAula de instalacoes prediais de água fria
Aula de instalacoes prediais de água fria
 
Ofício crea
Ofício creaOfício crea
Ofício crea
 
Cortes e fachadas
Cortes e fachadasCortes e fachadas
Cortes e fachadas
 
Modelo de memorial justificativo
Modelo de memorial justificativoModelo de memorial justificativo
Modelo de memorial justificativo
 
Apostila brises
Apostila brisesApostila brises
Apostila brises
 
Projeto arquitetônico
Projeto arquitetônicoProjeto arquitetônico
Projeto arquitetônico
 
Estudo de caso
Estudo de casoEstudo de caso
Estudo de caso
 
Humanização em ambientes hospitalares
Humanização em ambientes hospitalaresHumanização em ambientes hospitalares
Humanização em ambientes hospitalares
 
Museu da Língua Portuguesa
Museu da Língua PortuguesaMuseu da Língua Portuguesa
Museu da Língua Portuguesa
 
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICAPilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
Pilares - REPRESENTAÇÃO GRAFICA
 
Desenho arquitetônico cortes
Desenho arquitetônico cortesDesenho arquitetônico cortes
Desenho arquitetônico cortes
 
Relatório de Vistoria - Casa na Rua de São Francisco, 26
Relatório de Vistoria - Casa na Rua de São Francisco, 26Relatório de Vistoria - Casa na Rua de São Francisco, 26
Relatório de Vistoria - Casa na Rua de São Francisco, 26
 
Apoios: Móvel, Fixo e Engaste
Apoios: Móvel, Fixo e EngasteApoios: Móvel, Fixo e Engaste
Apoios: Móvel, Fixo e Engaste
 

Similar to Estudos de Caso: projetos hospitalares

Rebaixamento de lençol freático indicações, métodos e impactos decorrentes
Rebaixamento de lençol freático   indicações, métodos e impactos decorrentesRebaixamento de lençol freático   indicações, métodos e impactos decorrentes
Rebaixamento de lençol freático indicações, métodos e impactos decorrentesArleando Teixeira
 
Estrutura Física da Saúde na Região Metropolitana Vale do Aço
Estrutura Física da Saúde na Região Metropolitana Vale do AçoEstrutura Física da Saúde na Região Metropolitana Vale do Aço
Estrutura Física da Saúde na Região Metropolitana Vale do AçoViviam Fernando
 
Gonzaga, gean carlos sousa
Gonzaga, gean carlos sousaGonzaga, gean carlos sousa
Gonzaga, gean carlos sousaGean Gonzaga
 
Probabilidade e estatística
Probabilidade e estatísticaProbabilidade e estatística
Probabilidade e estatísticaNeilton Pedro
 
ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .
ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .
ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .Vis-UAB
 
Tcc luiz antonio fortepontes
Tcc   luiz antonio fortepontesTcc   luiz antonio fortepontes
Tcc luiz antonio fortepontesAndrew Cass
 
Teoria lajes maciças_00
Teoria lajes maciças_00Teoria lajes maciças_00
Teoria lajes maciças_00LTLJ
 
Projeto de um Veio de Transmissão de “Caixa de Velocidades de Automóvel”
Projeto de um Veio de Transmissão de “Caixa de Velocidades de Automóvel”Projeto de um Veio de Transmissão de “Caixa de Velocidades de Automóvel”
Projeto de um Veio de Transmissão de “Caixa de Velocidades de Automóvel”Ivan Soares
 
Compêndio de Trabalhos Práticos de Análise Experimental de Polímeros
Compêndio de Trabalhos Práticos de Análise Experimental de PolímerosCompêndio de Trabalhos Práticos de Análise Experimental de Polímeros
Compêndio de Trabalhos Práticos de Análise Experimental de PolímerosFilipe Giesteira
 
Microsoft word apostila acce
Microsoft word   apostila acceMicrosoft word   apostila acce
Microsoft word apostila acceRitaGuarino2
 
Historia moderna2
Historia moderna2Historia moderna2
Historia moderna2profhistory
 
Accoes humanas efeito_energia
Accoes humanas efeito_energiaAccoes humanas efeito_energia
Accoes humanas efeito_energiaFausto Fonseca
 
MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL EM AR...
MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL EM AR...MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL EM AR...
MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL EM AR...Rafael Nascimento dos Santos
 
Analise estrutural marcos
Analise estrutural marcosAnalise estrutural marcos
Analise estrutural marcosGraci Gregorio
 
Livro_Exercicios_de_fundacoes_Urbano_Rod.pdf
Livro_Exercicios_de_fundacoes_Urbano_Rod.pdfLivro_Exercicios_de_fundacoes_Urbano_Rod.pdf
Livro_Exercicios_de_fundacoes_Urbano_Rod.pdfssuser7bd4ce
 

Similar to Estudos de Caso: projetos hospitalares (20)

Rebaixamento de lençol freático indicações, métodos e impactos decorrentes
Rebaixamento de lençol freático   indicações, métodos e impactos decorrentesRebaixamento de lençol freático   indicações, métodos e impactos decorrentes
Rebaixamento de lençol freático indicações, métodos e impactos decorrentes
 
Manual drenagem v3
Manual drenagem v3Manual drenagem v3
Manual drenagem v3
 
Estrutura Física da Saúde na Região Metropolitana Vale do Aço
Estrutura Física da Saúde na Região Metropolitana Vale do AçoEstrutura Física da Saúde na Região Metropolitana Vale do Aço
Estrutura Física da Saúde na Região Metropolitana Vale do Aço
 
Gonzaga, gean carlos sousa
Gonzaga, gean carlos sousaGonzaga, gean carlos sousa
Gonzaga, gean carlos sousa
 
Talita resmin
Talita resmin Talita resmin
Talita resmin
 
Probabilidade e estatística
Probabilidade e estatísticaProbabilidade e estatística
Probabilidade e estatística
 
Pesquisa
PesquisaPesquisa
Pesquisa
 
ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .
ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .
ARTE REVOLUCIONÁRIA:A FUNÇÃO SOCIAL DA PINTURA MURAL .
 
Tcc luiz antonio fortepontes
Tcc   luiz antonio fortepontesTcc   luiz antonio fortepontes
Tcc luiz antonio fortepontes
 
Teoria lajes maciças_00
Teoria lajes maciças_00Teoria lajes maciças_00
Teoria lajes maciças_00
 
Projeto de um Veio de Transmissão de “Caixa de Velocidades de Automóvel”
Projeto de um Veio de Transmissão de “Caixa de Velocidades de Automóvel”Projeto de um Veio de Transmissão de “Caixa de Velocidades de Automóvel”
Projeto de um Veio de Transmissão de “Caixa de Velocidades de Automóvel”
 
Condo master
Condo masterCondo master
Condo master
 
Compêndio de Trabalhos Práticos de Análise Experimental de Polímeros
Compêndio de Trabalhos Práticos de Análise Experimental de PolímerosCompêndio de Trabalhos Práticos de Análise Experimental de Polímeros
Compêndio de Trabalhos Práticos de Análise Experimental de Polímeros
 
Microsoft word apostila acce
Microsoft word   apostila acceMicrosoft word   apostila acce
Microsoft word apostila acce
 
Historia moderna2
Historia moderna2Historia moderna2
Historia moderna2
 
Accoes humanas efeito_energia
Accoes humanas efeito_energiaAccoes humanas efeito_energia
Accoes humanas efeito_energia
 
MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL EM AR...
MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL EM AR...MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL EM AR...
MÉTODO E CONCEPÇÃO ARQUITETÔNICA: DISCUSSÕES SOBRE O PROCESSO PROJETUAL EM AR...
 
Analise estrutural marcos
Analise estrutural marcosAnalise estrutural marcos
Analise estrutural marcos
 
oitivas de crianças
oitivas de criançasoitivas de crianças
oitivas de crianças
 
Livro_Exercicios_de_fundacoes_Urbano_Rod.pdf
Livro_Exercicios_de_fundacoes_Urbano_Rod.pdfLivro_Exercicios_de_fundacoes_Urbano_Rod.pdf
Livro_Exercicios_de_fundacoes_Urbano_Rod.pdf
 

More from IZIS PAIXÃO

Complexo Cultural e Esportivo Grande Alvarenga
Complexo Cultural e Esportivo Grande AlvarengaComplexo Cultural e Esportivo Grande Alvarenga
Complexo Cultural e Esportivo Grande AlvarengaIZIS PAIXÃO
 
Estudo de Caso Berklee College of Music - EUA
Estudo de Caso Berklee College of Music - EUAEstudo de Caso Berklee College of Music - EUA
Estudo de Caso Berklee College of Music - EUAIZIS PAIXÃO
 
Analise Arquitetônica do Serpentine Pavilion (2010) - Londres 2010, Jean Nouvel
Analise Arquitetônica do Serpentine Pavilion (2010) - Londres 2010, Jean NouvelAnalise Arquitetônica do Serpentine Pavilion (2010) - Londres 2010, Jean Nouvel
Analise Arquitetônica do Serpentine Pavilion (2010) - Londres 2010, Jean NouvelIZIS PAIXÃO
 
Resenha: Desinfectório Central
Resenha: Desinfectório CentralResenha: Desinfectório Central
Resenha: Desinfectório CentralIZIS PAIXÃO
 
Resenha: Residencia Bettega 1949
Resenha: Residencia Bettega 1949Resenha: Residencia Bettega 1949
Resenha: Residencia Bettega 1949IZIS PAIXÃO
 
Resenha: Vila Operaria Gamboa
Resenha: Vila Operaria GamboaResenha: Vila Operaria Gamboa
Resenha: Vila Operaria GamboaIZIS PAIXÃO
 
Resenha: Escola Carioca - Yves Bruand
Resenha: Escola Carioca - Yves BruandResenha: Escola Carioca - Yves Bruand
Resenha: Escola Carioca - Yves BruandIZIS PAIXÃO
 
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de AzevedoResenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de AzevedoIZIS PAIXÃO
 
Relatório de Horas Complementares - língua estrangeira: Espanhol Báico
Relatório de Horas Complementares - língua estrangeira: Espanhol BáicoRelatório de Horas Complementares - língua estrangeira: Espanhol Báico
Relatório de Horas Complementares - língua estrangeira: Espanhol BáicoIZIS PAIXÃO
 
Relatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Memorial de CuritibaRelatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Memorial de CuritibaIZIS PAIXÃO
 
Relatório de Visita Técnica: Centro Histórico de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Centro Histórico de CuritibaRelatório de Visita Técnica: Centro Histórico de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Centro Histórico de CuritibaIZIS PAIXÃO
 
Relatório de Visita Técnica: Casa de Vidro
Relatório de Visita Técnica: Casa de VidroRelatório de Visita Técnica: Casa de Vidro
Relatório de Visita Técnica: Casa de VidroIZIS PAIXÃO
 
Resenha Modernismo Pragmatico
Resenha Modernismo PragmaticoResenha Modernismo Pragmatico
Resenha Modernismo PragmaticoIZIS PAIXÃO
 
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)IZIS PAIXÃO
 
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil IZIS PAIXÃO
 
Resenha: Academia Imperial de Belas Artes
Resenha: Academia Imperial de Belas ArtesResenha: Academia Imperial de Belas Artes
Resenha: Academia Imperial de Belas ArtesIZIS PAIXÃO
 

More from IZIS PAIXÃO (16)

Complexo Cultural e Esportivo Grande Alvarenga
Complexo Cultural e Esportivo Grande AlvarengaComplexo Cultural e Esportivo Grande Alvarenga
Complexo Cultural e Esportivo Grande Alvarenga
 
Estudo de Caso Berklee College of Music - EUA
Estudo de Caso Berklee College of Music - EUAEstudo de Caso Berklee College of Music - EUA
Estudo de Caso Berklee College of Music - EUA
 
Analise Arquitetônica do Serpentine Pavilion (2010) - Londres 2010, Jean Nouvel
Analise Arquitetônica do Serpentine Pavilion (2010) - Londres 2010, Jean NouvelAnalise Arquitetônica do Serpentine Pavilion (2010) - Londres 2010, Jean Nouvel
Analise Arquitetônica do Serpentine Pavilion (2010) - Londres 2010, Jean Nouvel
 
Resenha: Desinfectório Central
Resenha: Desinfectório CentralResenha: Desinfectório Central
Resenha: Desinfectório Central
 
Resenha: Residencia Bettega 1949
Resenha: Residencia Bettega 1949Resenha: Residencia Bettega 1949
Resenha: Residencia Bettega 1949
 
Resenha: Vila Operaria Gamboa
Resenha: Vila Operaria GamboaResenha: Vila Operaria Gamboa
Resenha: Vila Operaria Gamboa
 
Resenha: Escola Carioca - Yves Bruand
Resenha: Escola Carioca - Yves BruandResenha: Escola Carioca - Yves Bruand
Resenha: Escola Carioca - Yves Bruand
 
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de AzevedoResenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
Resenha: Secretaria da Agricultura, Ramos de Azevedo
 
Relatório de Horas Complementares - língua estrangeira: Espanhol Báico
Relatório de Horas Complementares - língua estrangeira: Espanhol BáicoRelatório de Horas Complementares - língua estrangeira: Espanhol Báico
Relatório de Horas Complementares - língua estrangeira: Espanhol Báico
 
Relatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Memorial de CuritibaRelatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Memorial de Curitiba
 
Relatório de Visita Técnica: Centro Histórico de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Centro Histórico de CuritibaRelatório de Visita Técnica: Centro Histórico de Curitiba
Relatório de Visita Técnica: Centro Histórico de Curitiba
 
Relatório de Visita Técnica: Casa de Vidro
Relatório de Visita Técnica: Casa de VidroRelatório de Visita Técnica: Casa de Vidro
Relatório de Visita Técnica: Casa de Vidro
 
Resenha Modernismo Pragmatico
Resenha Modernismo PragmaticoResenha Modernismo Pragmatico
Resenha Modernismo Pragmatico
 
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
Resenha: A ARQUITETURA DOS JESUÍTAS NO BRASIL (Lucio Costa)
 
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
Resumo: Quadro da Arquitetura no Brasil
 
Resenha: Academia Imperial de Belas Artes
Resenha: Academia Imperial de Belas ArtesResenha: Academia Imperial de Belas Artes
Resenha: Academia Imperial de Belas Artes
 

Recently uploaded

LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasillucasp132400
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 

Recently uploaded (20)

Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 BrasilGoverno Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
Governo Provisório Era Vargas 1930-1934 Brasil
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 

Estudos de Caso: projetos hospitalares

  • 1. 1 RESUMO O presente trabalho apresenta um breve resumo da evolução histórica geral e brasileira do edifício hospitalar, voltados para o tratamento de saúde que inspiraram as formas básicas de distribuição dos seus espaços no decorrer do tempo, e também através de sínteses de diversos historiadores, arquitetos e estudiosos experientes na área, realizando o embasamento sobre a arquitetura hospitalar e seus benefícios para a saúde. São expostas as peculiaridades funcionais e de filosofia de distribuição dos espaços dos três estudos de caso aqui relatados, envolvendo unidades hospitalares, com diversos exemplos de soluções arquitetônicas e integração da população geral com o edifício e ambiente exterior com a construção. Palavras-chave: edifício hospitalar, arquitetura, saúde
  • 2. 2 ABSTRACT This paper presents a brief overview of general and Brazilian historical evolution of the hospital building, facing the health care that inspired the basic forms of distribution of its spaces over time, and also through syntheses of various historians, architects and scholars experienced in the field, making the basement of the hospital architecture and its benefits for health. the functional and distribution philosophy peculiarities of the spaces of the three case studies reported here are exposed, involving hospitals, with many examples of architectural solutions and integration of the general population with the building and the external environment with the construction. Keywords: hospital building, architecture, health
  • 3. 3 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Hospital de Clínicas de Porto Alegre..........................................................10 Figura 2: Hospital da Lagoa ......................................................................................10 Figura 3: OSS Santa Marcelina - Hospital Cidade Tiradentes ..................................11 Figura 4: Legalização Hospital Municipal Cidade Tiradentes....................................12 Figura 5: Fachada Hospital Municipal Cidade Tiradentes .........................................15 Figura 6: Corredores Internos Hospital Municipal Cidade Tiradentes .......................16 Figura 7: Planta Pavimento Inferior - Hospital Municipal Cidade Tiradentes.............17 Figura 8: Planta Pavimento Térreo - Hospital Municipal Cidade Tiradentes .............17 Figura 9: Planta 1º Pavimento - Hospital Municipal Cidade Tiradentes ....................18 Figura 10: Planta 3º Pavimento - Hospital Municipal Cidade Tiradentes ..................18 Figura 11: Elevação Lateral - Hospital Municipal Cidade Tiradentes ........................19 Figura 12: Corte Longitudinal - Hospital Municipal Cidade Tiradentes......................19 Figura 13: Corte Transversal - Hospital Municipal Cidade Tiradentes ......................20 Figura 14: Setorização Pavimento inferior ................................................................21 Figura 15: Setorização Pavimento térreo ..................................................................21 Figura 16: Setorização Primeiro Pavimento ..............................................................22 Figura 17: Setorização terceiro pavimento................................................................22 Figura 18: Fluxograma pavimento inferior.................................................................23 Figura 19: Fluxograma do primeiro pavimento..........................................................23 Figura 20: Fluxograma segundo térreo .....................................................................24 Figura 21: Hospital e Maternidade São Domingos - Localização.............................25 Figura 22: Hospital e Maternidade São Domingos, 1958 ..........................................25 Figura 23: Arquiteto Jarbas Bela Karman .................................................................26 Figura 24: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do segundo subsolo......29 Figura 25: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do primeiro subsolo......31 Figura 26: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do pavimento térreo......33 Figura 27: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do primeiro pavimento .35 Figura 28: Hospital e Maternidade São Domingos - Corte AA ..................................37 Figura 29: Hospital e Maternidade São Domingos - Corte BB .................................37 Figura 30: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Oeste........................37 Figura 31: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Leste .......................37 Figura 32: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Norte .......................38
  • 4. 4 Figura 33: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação sul.............................38 Figura 34: Setorização do segundo subsolo .............................................................39 Figura 35: Setorização do primeiro subsolo ..............................................................40 Figura 36: Setorização primeiro pavimento...............................................................41 Figura 37: Fluxograma segundo pavimento ..............................................................42 Figura 38: Fluxograma do segundo subsolo .............................................................43 Figura 39:Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação 1 ........................................44 Figura 40: Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação II e III ................................44 Figura 41: Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação IV......................................46 Figura 42: Fluxograma do térreo - Bloco B ...............................................................46 Figura 43: Fluxograma do térreo - Bloco A - Circulação I .........................................47 Figura 44: Fluxograma térreo - Bloco A - Circulação II .............................................48 Figura 45: Fluxograma térreo - Bloco A - Circulação III ............................................48 Figura 46: Adamsville Centro Regional de Saúde.....................................................49 Figura 47: Adamsville Centro Regional de Saúde - Implantação ............................50 Figura 48: Adamsville Centro Regional de Saúde - vista ..........................................51 Figura 49: : Adamsville Centro Regional de Saúde - Cores Externo x Interno.........51 Figura 50: Detalhe Telhado.......................................................................................52 Figura 51: Plástica da Elevação Sul..........................................................................53 Figura 52: Plástica da elevação norte .......................................................................53 Figura 53: Adamsville Centro Regional de Saúde - Primeiro pavimento..................55 Figura 54: Adamsville Centro Regional de Saúde - segundo pavimento .................55 Figura 55: Adamsville Centro Regional de Saúde - corte........................................56 Figura 56: Setorização primeiro pavimento...............................................................56 Figura 57: Setorização segundo pavimento ..............................................................56 Figura 58: Fluxograma do pavimento térreo..............................................................57 Figura 59: Fluxograma do primeiro pavimento..........................................................57
  • 5. 5 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................7 2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................8 3.ESTUDO DE CASO: OSS SANTA MARCELINA – HOSPITAL CIDADE TIRADENTES............................................................................................................11 3.1 LOCALIZAÇÃO................................................................................................12 3.2 ARQUITETOS..................................................................................................13 3.2.1 José Borelli Neto........................................................................................13 3.2.2 Hércules Merigo.........................................................................................13 3.3. ANALISE DO PROJETO.................................................................................13 3.3.1 DESCRIÇÃO .............................................................................................13 3.4 SETORIZAÇÃO ............................................................................................21 3.5 FLUXOGRAMA................................................................................................23 4.ESTUDO DE CASO - HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO DOMINGOS...............25 4.1 LOCALIZAÇÃO................................................................................................25 4.2 ARQUITETO ....................................................................................................26 4.3 ANALISE DO PROJETO..................................................................................27 4.3.1DESCRIÇÃO ..............................................................................................27 4.4 PLANTAS, CORTES E ELEVAÇÕES..............................................................29 4.5 SETORIZAÇÃO ...............................................................................................39 4.6 FLUXOGRAMA................................................................................................43 5. ESTUDO DE CASO – ADAMSVILLE CENTRO REGIONAL DE SAÚDE .............49 5.1 LOCALIZAÇÃO................................................................................................49 5.2 ANÁLISE DO PROJETO..................................................................................50 5.2.1 Descrição...................................................................................................50 5.3 PLANTAS, CORTES E ELEVAÇÕES..............................................................55
  • 6. 6 5.4 SETORIZAÇÃO ...............................................................................................56 5.5 FLUXOGRAMA................................................................................................57 6.ANTEPROJETO.....................................................................................................58 6.1 HISTÓRICO DA REGIÃO ................................................................................58 6.2 LEITURA URBANA..........................................................................................60 Hidrografia....................................................................................................60 Potencial de Inundacao................................................................................60 Calhas das vias: (Lei 6222/2012 - SBC).............................................................67 INTENSIDADE DE TRÁFEGO: ..........................................................................68 Principais meios de Transporte: .........................................................................68
  • 7. 7 1. INTRODUÇÃO A concepção de projetos hospitalares está tem como características a complexidade dos seus projetos, grande quantidade de normas, o programa além da busca pela melhoria da qualidade do espaço. Historicamente, os hospitais, assim como as demais construções, foram sendo adaptados aos estilos arquitetônicos de cada período, e evoluindo a partir das transformações ocorridas e das novas técnicas construtivas. O presente trabalho visa expor projetos de arquitetura hospitalar, com o intuito de colher informações quanto á organização e estruturação dos ambientes internos, bem como os diversos outros setores dependentes ou independeste a estes de forma constituírem núcleos de atendimentos, sua setorização e circulação para a confecção do anteprojeto e projeto. Estão aqui apresentados três hospitais nacionais – Hospital e Maternidade São Domingos, OSS Santa Marcelina - Hospital Dia Cidade Tiradentes e, onde será realizada futuramente a visita técnica dos integrantes do grupo – e o hospital internacional Adamsville Centro Regional de Saúde, em Atlanta nos EUA. Os hospitais apresentam características diferentes um dos outros, como por exemplo a própria plasticidade e distribuição e organização dos espaços internos e externos, mas mesmo o mais antigo (Hospital São Domingos, de 1958 implantado na cidade mineira de Uberaba) já apresenta atributos positivos voltados para o atendimento humanitário dos pacientes. Os projetos mais recentes concebem espaços também caracterizados também por contribuem para a recuperação dos pacientes, onde ambientes clínicos e assépticos adquirem um ar mais acolhedor, com materiais de acabamento, mobiliários e cores que fogem do tradicional padrão hospitalar.
  • 8. 8 2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O projeto para hospitais vem passando por alterações conceituais ao longo dos últimos anos, com o objetivo de introduzir para os seus espaços os valores que os pacientes consideram casuais e próximos, fazendo com que os desenhos arquitetônicos incorporarem ao edifício a visão do paciente e suas representações cotidianas. Segundo a arquiteta Elza Maria Alves Costeira, esses conceitos propõem também a integração dos ambientes de saúde com o seu espaço exterior e agregam nos setores de diagnóstico / por imagem e tratamento uma série de requisitos que são consideradas como promotoras da cura. As pesquisas atuais sobre tempo de permanência e a qualidade da atenção destinada aos clientes - me na questão do tema, pacientes -, segundo a arquiteta: “apontam para a ênfase da humanização destes ambientes, no sentido de amenizar o sofrimento e a angustia durante a internação, agregando práticas de convivência familiar e de personalização aos espaços, envolvendo equipes de profissionais e de familiares nas terapias desenvolvidas para atingir a desejada cura”. Historicamente, a imagem do hospital contemporâneo iniciou-se entre os séculos XVII e XVIII, na Europa. Após o evento do grande incêndio do Hotel-Dieu – hospital que abrigava inúmeros pacientes -, em Paris, em 1772, os hospitais se organizaram de maneira mais segura e salubre (THOMPSON, J. D. & GOLDIN, G, 1975). A parir dessa data, foi estabelecida uma comissão para avaliar projetos arquitetônicos adequados ao caso, realizando estudos e pesquisas para encontrar uma solução definitiva para o hospital. Esta comissão era composta por nove membros e foi nomeada pela Academia Real de Ciências, a partir dos esforços do Barão de Breteuil, da Casa Real de Luis XVI. Nesta ocasião teve destaque o conjunto de trabalhos do médico Tenon, que analisou diversos hospitais, não só com o intuito de descrever a obra arquitetônica, mas, também com um olhar crítico, funcionalista. Ele publicou, em 1788, cinco relatórios reunidos em uma obra de nome “Memoires sur les hôpitaux de Paris”.
  • 9. 9 Os elementos de importância tecnológica na consolidação deste perfil, no século XIX, foram o desenvolvimento da anestesia, as práticas de assepsia e a disseminação da profissão de enfermeira, laica, neste caso. Durante todo o século XIX surgiu, também, a preocupação com a ventilação e a iluminação naturais nos projetos dos edifícios de saúde, a partir da chamada “teoria dos miasmas”, onde a propagação de doenças era atribuída à emanação de eflúvios originários de matéria em decomposição (PEVSNER, N, 1980). Até o século XX, novas pesquisas estruturais e de tecnologias somente avançaram. As instituições hospitalares sofreram grande incorporação de tecnologia em seus espaços, exigindo no seu planejamento uma acuidade cada vez maior, com instalações, infraestrutura predial sofisticada e, a sempre crescente preocupação em setorizar espaços, separar pacientes com diversas patologias e estabelecer um rígido controle de fluxos e circulações para o desenvolvimento das atividades médicas. A descoberta da transmissão de germes, em 1860, revoluciona a concepção dos projetos hospitalares, isolando as patologias e os doentes em pavilhões específicos. Os trabalhos de Louis Pasteur demonstram a necessidade de combater o contágio e a transmissão de doenças, com a separação de pacientes e a esterilização de utensílios médicos. Estes princípios de isolamento das patologias acarretam uma verdadeira revolução nos projetos de unidades de saúde. A disposição e a composição da arquitetura em pavilhões múltiplos facilitam o desenvolvimento das construções e a integração com o seu espaço de instalação, possibilitando a criação de hospitais do tamanho de quarteirões, e de implantações assemelhadas a pequenas cidades- jardim (COSTEIRA, E., 2000). O aprimoramento de tecnologias da construção civil – época da construção de diversos arranha-céus em Chicago -, como o emprego das estruturas metálicas, é a base para o estabelecimento da nova tipologia na construção de hospitais. O uso de elevadores, circulações otimizadas, o emprego de sistemas de ventilação mecânica e facilidades na implantação de infraestrutura predial determinam o desenvolvimento da verticalidade das construções. Segundo historiadores e arquitetos, o Brasil começa a construir de forma mais abrangente estabelecimentos de saúde no final do século XIX, no entanto, já
  • 10. 10 existiam as Santas Casas que foram instaladas com a vinda dos padres da Companhia de Jesus, no século XVI (OLIVEIRA, J. A e TEIXEIRA, S. M. F., 1985). O desenvolvimento da implantação de hospitais brasileiros é paralelo com o estabelecimento de ações governamentais de assistência à saúde. A partir de 1945 se inicia uma serie de grandes construções de edifícios públicos e de outros exemplares com programas bem mais complexos, caracterizando a chamada arquitetura moderna brasileira, como por exemplo, a Maternidade Universitária de São Paulo (1944) de Rino Levi, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (1955) de Jorge Machado Moreira ou o Hospital Sul América, hoje Hospital da Lagoa (1952) de Oscar Niemeyer. Figura 1: Hospital de Clínicas de Porto Alegre Fonte: Galeria da Arquitetura Figura 2: Hospital da Lagoa Fonte: Galeria da Arquitetura
  • 11. 11 3.ESTUDO DE CASO: OSS SANTA MARCELINA – HOSPITAL CIDADE TIRADENTES Figura 3: OSS Santa Marcelina - Hospital Cidade Tiradentes Fonte: Galeria da Arquitetura Ficha Técnica: Cliente: Prefeitura do Município de São Paulo Arquitetura: Borelli & Merigo Ano: 2007 Área: 27.040,21 m²
  • 12. 12 3.1 LOCALIZAÇÃO Situa-se no número 1797 da Avenida dos Metalúrgicos, no bairro Cidade Tiradentes, Zona Leste do estado São Paulo, palco do maior complexo de conjuntos habitacionais da América Latina,produzidos pela COHAB (Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo), CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) e por grandes empreiteiras, que inclusive aproveitaram o último financiamento importante do BNH (Banco Nacional da Habitação), antes de seu fechamento, é um projeto do ano de 2003 tendo conclusão em 2007 em conjunto com a instituição filantrópica e privada, destina 87% do seu atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS).O hospital-dia atende cerca de 500 mil pessoas contando com 270 leitos, em uma região carente do Estado. Figura 4: Legalização Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: Google Maps
  • 13. 13 3.2 ARQUITETOS O projeto foi desenvolvido pelos arquitetos José Borelli Neto e Hércules Merigo, membros do escritório Borelli & Merigo. 3.2.1 José Borelli Neto 3.2.2 Hércules Merigo 3.3. ANALISE DO PROJETO 3.3.1 DESCRIÇÃO Substituindo os corredores comuns hospitalares, esses jardins internos conectam os ambientes, tornando-se mais largos e misturadas com áreas de espera, postos de enfermagem e grandes vazios, inibindo a sensação de Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Mackenzie em 1973. Mestre pela Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo. Professor Assistente do Departamento de Tecnologia da FAUUSP. Professor Adjunto da Disciplina de Projeto na FAAP – Armando Alvares Penteado. Formado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo – FAUUSP em 1973. Fez sua Pós-Graduação na Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo – Área de Arquitetura.
  • 14. 14 confinamento dos pacientes e funcionários do hospital, inclusive nos setores mais restritos, como na UTI e no Centro Cirúrgico. "Está provado que a luz natural ajuda na recuperação dos pacientes, que precisam ter noção exata de quando é dia ou noite", afirma o arquiteto Borelli. A obra rendeu aos arquitetos uma Menção Honrosa da Premiação IAB-SP, em 2006, pela categoria Edifícios: Obras Construídas - Modalidade Institucional. Na centralidade do edifício, a luz enaltece os ambientes a partir desses jardins que se encontram distribuídos ao longo do hospital. Os postos de enfermagem, dispostos como "ilhas" na faixa central do pavimento, substituem a ideia de corredor fechado pela de rua ou avenida, em que o fluxo acontece nos dois lados. "O bloco contínuo e comprido pedia soluções que o compartimentassem em relação à luz e circulação", justifica Merigo. O partido traz vantagens à medida que os quartos não se restringem a uma determinada especialidade médica, como acontece na maioria dos estabelecimentos deste tipo. Eles se ajustam à demanda do momento, podendo atender desde a pediatria, até a clínica cirúrgica, por exemplo. Exteriormente, as fachadas leste e oeste são protegidas por quebra-sóis pré- moldados geométricos de concreto e pequenos detalhes de cor amarela, sendo a cor dominante o cinza do concreto, mas com ritmo, movimento e textura conferidos pelos elementos de proteção solar. Todos com o mesmo desenho, porém assentados de forma diferente em uma malha metálica de sustentação que dista 90 cm da caixilharia que proporcionam redução da carga térmica nos ambientes que, obrigatoriamente, devem receber ar-condicionado. Outra solução sustentável adotada pelo hospital foi a instalação dos aquecedores solares que realizamo pré- aquecimento da água que abastece a lavanderia e os banheiros dos leitos. "Este é um dos primeiros hospitais no Brasil em que este conceito de sustentabilidade está sendo empregado", afirma Borelli.
  • 15. 15 Figura 5: Fachada Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: Borelli & Merigo O projeto Hospital Cidade Tiradentes seguiu as diretrizes da Resolução RDC no 50 do Ministério da Saúde, que reúne as Normas para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde e também as especificações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que estabelecem, entre outras questões, os requisitos de durabilidade, manutenção e assepsia dos materiais utilizados, que podem ser notados, por exemplo, na utilização dos pisos das áreas técnicas em linóleo, e as paredes têm pinturas especiais para hospitais. Do lado externo, as empenas de concreto foram tratadas com verniz poliuretano e as alvenarias de bloco foram revestidas com massa raspada.
  • 16. 16 Figura 6: Corredores Internos Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: Borelli & Merigo No Hospital Municipal Cidade Tiradentes, o sistema estrutural foi concebido com laje plana, sem vigas, de forma a facilitar o encaminhamento e a distribuição das instalações. Segundo a equipe de projeto, as estruturas de concreto moldado in loco e aço são as melhores opções para a construção de hospitais, visto que sua flexibilidade permite uma adaptação mais simples ao complexo programa arquitetônico dessas obras. Além do projeto de arquitetura, Merigo e Borelli também fizeram o acompanhamento da obra, considerado por eles "fundamental para o bom desempenho da construção e manutenção das características do projeto". "A presença do arquiteto no canteiro gera um produto final muito mais próximo daquilo que o cliente deseja", diz Borelli. "Consideramos isso um avanço por parte do setor público", finaliza.
  • 17. 17 Figura 7: Planta Pavimento Inferior - Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: AU Pini O pavimento inferior possui áreas em que a descarga de suprimentos é feita de maneira mais fácil, sem a necessidade de transportá-las através de elevadores, como por exemplo a cozinha, farmácia e a lavanderia. Figura 8: Planta Pavimento Térreo - Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: AU Pini No pavimento térreo, observa-se uma grande área de fácil atendimento ao público, pois é onde situa-se o principal acesso ao edifício, além dos atendimentos emergenciais, como o pronto-socorro e a sala de emergência. Deste modo, os pacientes não precisam ser transportados pelo edifício, diminuindo o tempo de estadia no recinto.
  • 18. 18 Figura 9: Planta 1º Pavimento - Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: AU Pini O 1º pavimento foi destinado ao tratamento mais elaborado dos pacientes, onde situam-se as unidades de tratamento intensivo (UTI), centro cirúrgico e o centro obstétrico. Já no 2º pavimento, encontram-se as salas de maternidade e centros de recuperação pós parto. Figura 10: Planta 3º Pavimento - Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: AU Pini O 3º pavimento é utilizado apenas como depósito de materiais e salas de apoio. Pela elevação lateral, nota-se a horizontalidade da obra.
  • 19. 19 Figura 11: Elevação Lateral - Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: AU Pini Já o corte longitudinal demonstra a colocação das salas e as circulações verticais do ambiente. Figura 12: Corte Longitudinal - Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: AU Pini
  • 20. 20 O corte transversal mostra um dos acessos ao hospital e suas janelas e paredes. Figura 13: Corte Transversal - Hospital Municipal Cidade Tiradentes Fonte: AU Pini
  • 21. 21 3.4 SETORIZAÇÃO No pavimento Inferior, observa-se uma grande junção dos espaços, onde as áreas sem restrição, dão-se apenas pelo refeitório e a farmácia, enquanto as demais a área restrita é a parte da clínica de saúde mental. Figura 14: Setorização Pavimento inferior Fonte: Elaborado pelos autores No pavimento Térreo encontra-se a recepção como área de uso público sem restrição, enquanto as salas de aula e administração possuem uso privado. As salas de emergência, imagenologia e auditório possuem uso com restrição, ou seja, apenas para as pessoas destinadas ao local e a funcionários. Fonte: Elaborado pelos autores Figura 15: Setorização Pavimento térreo
  • 22. 22 O 1º Pavimento possui sua grande maioria como uso público com restrição, onde apenas os funcionários e pacientes encaminhados ao recinto poderão acessá- lo. As salas de análise possuem uso privado, onde apenas funcionários podem acessá-las. Figura 16: Setorização Primeiro Pavimento Fonte: Elaborado pelos autores Por fim, o 3º Pavimento é utilizado como área de apoio a pacientes e departamento de materiais do hospital, acessado apenas por funcionários. Figura 17: Setorização terceiro pavimento Fonte: Elaborado pelos autores
  • 23. 23 3.5 FLUXOGRAMA Figura 18: Fluxograma pavimento inferior Fonte: Elaborado pelos autores Figura 19: Fluxograma do primeiro pavimento
  • 24. 24 Fonte: Elaborado pelos autores Figura 20: Fluxograma segundo térreo
  • 25. 25 4.ESTUDO DE CASO - HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO DOMINGOS 4.1 LOCALIZAÇÃO O Hospital e Maternidade São Domingos situam-se na cidade de Uberaba, no Estado de Minas Geais, projetado no ano de 1958 pelos arquitetos Jarbas Karman e Alfred Willer, encomendado pela irmã Angelina Rezende e outras doze irmãs que já eram responsáveis pela Escola de Enfermagem Frei Eugênio, ocupando um terreno de 7.200,00 m². Figura 21: Hospital e Maternidade São Domingos - Localização Fonte: Google Maps Figura 22: Hospital e Maternidade São Domingos, 1958 Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
  • 26. 26 O projeto do hospital é predominantemente horizontal ocupa o lote final do quarteirão e foi dividido em dois blocos – hospital geral e maternidade. Devido ocupar três ruas: Rua da Constituição, Rua Capitão Domingos e Rua Frei Paulino – onde se possui leve desnível, foi possível subdividir o programa e criando a possibilidade de diferentes pontos e níveis de acesso. O partido do projeto busca a maior horizontalidade possível para o conjunto hospitalar e aproveita as possibilidades de acesso. 4.2 ARQUITETO Jarbas Bela Karman (13 de abril de 1917 – 02 de junho de 2008) Figura 23: Arquiteto Jarbas Bela Karman Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016 O arquiteto e engenheiro Jarbas Karman nasceu na cidade de Campanha – MG, iniciando suas atividades com 17 anos projetando pequenos edifícios e casas ao lado de seu irmão que se dedicava no ramo imobiliário. Formando em engenharia, trabalhava com projetos de arquitetos onde afirmava que eram carentes de arquitetura. Por essa razão, formou-se arquiteto pela Escola Politécnica da USP em 1947 e mestrado em arquitetura hospitalar pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos em 1952, ramo este que se especializou. O próprio arquiteto e engenheiro fala "Foi gratificante encontrar-me e posteriormente enfronhar-me nos
  • 27. 27 meandros da arquitetura hospitalar", explica, ao comentar o embate com "empirismos, inconsistências e muito por pesquisar" (KARMAN, JARBAS). Trabalhou no projeto de diversos hospitais, concluindo sua pós-graduação pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP em 1967, exercendo também cargos na prefeitura como SESP (Serviço Especial de Saúde Pública) – Sociedade Urbanizadora de São Paulo; professor pela Câmara de Ensino Superior do Conselho Federal de Educação, além de presidente e professor da Faculdade de Administração Hospitalar do IPH (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e de Pesquisas Hospitalares). Por meio do Instituto, dentre outros objetivos, desenvolve medidas para melhorar a qualidade dos projetos hospitalares, como por exemplo, a própria norma da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que regulamenta a construção de hospitais. Entre suas principais obras, pode-se de destacar o Hospital Universal de Luanda, em Angola, e Hospital Albert Einstein, em São Paulo, devido à consonância alcançada entre a administração e a medicina, prevenindo ociosidade, desperdício, infecções e obsolescência física e funcional, assegurando atualização, otimização e competitividade. 4.3 ANALISE DO PROJETO 4.3.1DESCRIÇÃO O projeto foi organizado em dois blocos de mesma altura, mas com número de pavimentos diferentes. O bloco maior, com dois pavimentos acima e dois pavimentos abaixo da cota térrea, abriga administração, enfermarias, berçário, ambulatório, pronto-socorro, laboratório, fisioterapia, radiologia, vestiário de funcionários, almoxarifado, caldeiras, oficinas, cozinha, velório e o acesso do público. O bloco menor, com dois pavimentos acima da cota térrea, abriga a residência das Irmãs Dominicanas, capela, centro cirúrgico, centro obstétrico e unidade de terapia intensiva.
  • 28. 28 Nesse bloco, a ligação dos pavimentos ocorre por escada, elevadores e rampa em todos os pavimentos. O bloco menor se liga ao maior por uma passarela no 1º andar (segundo pavimento em relação à cota térrea). Não existe ligação vertical entre os níveis do bloco menor, sendo o 1º andar do bloco menor uma extensão do bloco maior. Em virtude de possuir menos pavimentos e mais formas de ligação entre os níveis, as unidades funcionais apresentam-se de forma contígua. O edifício possui três opções de acesso: pela Av. Fr. Paulino, entrada nobre que dá para ao hall principal e a capela; na Rua da Constituição, o acesso ao ambulatório e ao pronto-socorro; e pela Rua Cap. Domingos - a cota mais baixa do lote -, o acesso dos funcionários e de serviços. Assim como no projeto desenvolvido para o Hospital de Clínicas de Pelotas (1956), a unidade de enfermaria possui duas particularidades: os postos de enfermagem e os berçários. Os postos de enfermagem são descentralizados, posicionados nos corredores, o que possibilita à equipe médica ficar mais próxima do paciente, racionalizando os percursos e melhorando o atendimento. Essa tipologia de postos de enfermagem, chamada pelo próprio autor, Jarbas Karman, de "postinho", se tornou um grande campo de pesquisa, sendo aplicado em vários de seus projetos. Os berçários são posicionados à frente dos quartos de maternidade, com visor transparente, a fim de que as mães mantenham contato com seus filhos em tempo integral. Assim como nas outras áreas da unidade, os postos de enfermagem são descentralizados, ficam no corredor junto aos berçários, com visor transparente para o acompanhamento dos recém-nascidos. Iluminação e ventilação através da cobertura do último pavimento: a laje que utilizada no último pavimento possui rebaixos nos corredores a fim de criar aberturas para as enfermarias e para os ambientes que ficam localizados no centro do pavimento. Telhas translúcidas também foram empregadas para criar luminosidade nos ambientes recuados das fachadas. No segundo subsolo, encontra-se as caldeiras (equipamento cuja função é produzir vapor através do aquecimento da agua), garagem, lavanderia, separação, rouparia, transformador, deposito, pintura, casa de maquinas, sala de incinerador,
  • 29. 29 sala para autopsia, deposito de moveis, além de sanitários e rampas, elevadores e escadas para a circulação vertical. 4.4 PLANTAS, CORTES E ELEVAÇÕES Figura 24: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do segundo subsolo Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
  • 30. 30 1. Caldeiras 2. Garagem 3. Lavanderia 4. Separação 5. Rouparia 6. Transformador 7. Deposito 8. Pintura 9. Área externa 10.Oficina mecânica 11.Incinerador 12.Acabamento 13.Engenheiro 14.Bomba a vácuo 15.Material de limpeza 16.Hall 17.Elevadores 18.Velório 19.Vestíbulo 20.W.C 21.Autopsia 22. Maca 23. Sanitários 24.Deposito moveis 25.Rampa 26.Escadas
  • 31. 31 Figura 25: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do primeiro subsolo Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016 1. Isolamento 2. W.C 3. Quarto 4. Copa 5. Refeitório 6. Caixa 7. Refeitórios 8. Dietista 9. Cozinha 10.Frigorifico 11.Compressões
  • 32. 32 12.Lavagem de pratos 13.Lixo 14.Material de limpeza 15.Material farmacêutico 16.Lixo 17.Almoxarifado geral 18.Material farmacêutico 19.Deposito de anestésicos 20.Deposito álcool 21.Vestiário enfermeiras 22.Vestiário feminino subalternos 23.Vestiário masculino subalternos 24.Vestiário funcionários 25.Lactário 26.Aut 27.Entrada de serviços 28.Portaria 29.Berçário 30.Suspeitos 31.Exame e tratamento 32.Deposito 33.Roupa suja 34.Sanitario masculino 35.Sanitário feminino 36.Lavagem de comadres 37.Utilidades 38.Serviços 39.Posto 40.Vazio 41.Curativos 42.Banho 43.Roupa limpa 44.Material de limpeza 45.Cta 46.Hall de espera 47.Hall de pacientes 48.Elevadores 49.Lavagem 50.Carrinhos 51.Hall de serviços 52.Rampa 53.Escadas
  • 33. 33 Figura 26: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do pavimento térreo Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016 1. Terraço 2. Cela 3. Banho 4. Madre superiora 5. Costura 6. W.C
  • 34. 34 7. Vestíbulo 8. Sala de estar 9. Biblioteca 10.Copa 11.Refeitório 12.Chapelaria 13.Vestíbulo 14.Capela 15.Sacristia “a” 16.Sacristia “b” 17.Lago 18.Jardim 19.Hall principal 20.Recolhimento 21.Lajeca 22.Exames 23.Banco de sangue 24.Colheita 25.Laboratório 26.Lavagem e esterilização 27.Armário 28.Radiologista 29.Câmara escura 30.Comando / vestiário 31.Raio X 32.Sala 33.Biblioteca 34.Quarto 35.Vestiário 36.Residência 37.Consultório 38.Espera 39.Exercícios 40.Terapia ocupacional 41.Hidroterapia 42.Escritório 43.Fisioterapia 44.Rouparia 45.Vazio 46.Chute 47.Farmácia 48.Exames 49.Vacina 50.Utilidades 51.Curativos 52.Otorrino 53.Pronto socorro 54.Curativos 55.Hall ambulatório 56.Dentista 57.Same 58.Diretor clinico 59.Biblioteca / reuniões 60.Enfermeiras de plantão 61.Diretor enfermagem 62.Secretaria 63.Administração 64.Contabilidade 65.Pagamento 66.Material de limpeza 67.Café 68.Admissão 69.Serviço social 70.Recepção / informações 71.Elevadores 72.Hall de serviços 73.Sala de espera consultórios 74.Sala de espera laboratórios 75.Espera ambulatório 76.Vestiário 77.Hall publico 78.Escadas 79.Rampa
  • 35. 35 Figura 27: Hospital e Maternidade São Domingos - Planta do primeiro pavimento Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
  • 36. 36 1. Observação 2. Prontuário medico / posto 3. Centro de terapia intensiva 4. Descanso familiares 5. Sala dos médicos 6. Material de limpeza 7. Corredor cirúrgico 8. Pequena cirurgia 9. Cistoscopia 10.Câmara escura 11.W.C 12.Escovação 13.Gesso 14.Material ortopédico 15.Fraturas 16.Sala de operações 17.Tecidos 18.Central de esterilização 19.Centro de material 20.Material esterilizado 21.Material não esterilizado 22.Raio X móvel 23.Sala de partos 24.Porteira 25.Roupa suja 26.Posto 27.Trabalho de parto 28.Corredor obstétrico 29.Cafezinho 30.Vestiário visitantes 31.Chuveiro 32.Vestiário enfermeiras 33.Vestiário médicos 34.Passarela 35.Jardim 36.Salario 37.Quarto 38.Berçário 39.Vestíbulo 40.Flores 41.Roupa limpa 42.Exames / tratamento 43.Suspeitos 44.Recepção 45.Vazio 46.Curativo 47.Chute 48.Serviços / utilidades 49.Posto 50.Rouparia 51.Refeitório 52.Copa 53.Rampa 54.Elevadores 55.Hall 56.Espera 57.Sala de médicos 58.Curativos 59.Sala
  • 37. 37 37 Figura 28: Hospital e Maternidade São Domingos - Corte AA Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016 Figura 29: Hospital e Maternidade São Domingos - Corte BB Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016 Figura 30: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Oeste Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016 Figura 31: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Leste
  • 38. 38 38 Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016 Figura 32: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação Norte Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016 Figura 33: Hospital e Maternidade São Domingos - Elevação sul Fonte: Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, 2016
  • 39. 39 39 4.5 SETORIZAÇÃO Figura 34: Setorização do segundo subsolo Fonte: Elaborado pelos autores
  • 40. 40 40 Figura 35: Setorização do primeiro subsolo Fonte: Elaborado pelos autores
  • 41. 41 41 Figura 36: Setorização primeiro pavimento Fonte: Elaborado pelos autores
  • 42. 42 42 Figura 37: Fluxograma segundo pavimento Fonte: Elaborado pelos autores
  • 43. 43 43 4.6 FLUXOGRAMA Figura 38: Fluxograma do segundo subsolo Fonte: Elaborado pelos autores
  • 44. 44 44 Figura 39:Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação 1 Fonte: Elaborado pelos autores Figura 40: Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação II e III
  • 46. 46 46 Figura 41: Fluxograma do primeiro subsolo - Circulação IV Fonte: Elaborado pelos autores Figura 42: Fluxograma do térreo - Bloco B Fonte: Elaborado pelos autores
  • 47. 47 47 Figura 43: Fluxograma do térreo - Bloco A - Circulação I Fonte: Elaborado pelos autores
  • 48. 48 48 Figura 44: Fluxograma térreo - Bloco A - Circulação II Figura 45: Fluxograma térreo - Bloco A - Circulação III Fonte: Elaborado pelos autores
  • 49. 49 49 5. ESTUDO DE CASO – ADAMSVILLE CENTRO REGIONAL DE SAÚDE Figura 46: Adamsville Centro Regional de Saúde Fonte: ArchDaily, 2013 Ficha técnica: Cliente: Prefeitura de Atlanta Arquitetura: Stanley Beaman & Sears Área: 10363,20 m² 5.1 LOCALIZAÇÃO O edifico hospitalar foi construído em um bairro sudoeste de Atlanta, mais precisamente na 3700 M.L.K. Jr Dr SW, Atlanta, GA 30331, Estados Unidos, possuindo uma área de aproximadamente 10.360,00 m² com o intuito de diminuir a elevada taxa de carência de centros de saúde da região.
  • 50. 50 50 Figura 47: Adamsville Centro Regional de Saúde - Implantação Fonte: ArchDaily, 2013 5.2 ANÁLISE DO PROJETO 5.2.1 Descrição O centro de saude possui uma clínica de cuidados primários, de saúde comportamental, creches, clínica dentária e um centro comunitário força de trabalho, voltado para uma ideia holística do bem-estar e uma auto-imagem positiva para uma comunidade desafiada. O edifício também se entende como um catalisador para o crescimento futuro na área.
  • 51. 51 51 Figura 48: Adamsville Centro Regional de Saúde - vista Fonte: ArchDaily, 2013 Para os arquitetos, o obejtivo era criar uma estrutura vibrante e viva, para que os pacientes se sentissem também dessa maneira. O telhado foi projetado como um elemento dinâmico, protetor, um cobertor metafórica, abrindo para cima para acolher o público. Figura 49: : Adamsville Centro Regional de Saúde - Cores Externo x Interno Fonte: ArchDaily, 2013 O telhado também é utilizado para abrigar equipamentos mecânicos, identificar as principais entradas e servir como um farol. No interior, um sistema descentralizado, com pé direito duplo cuja circulação integra todos os componentes programáticos.
  • 52. 52 52 Econominacamente, o Adamsville Centro Regional de Saúde foi um raro investimento realizado pela prefeitura de Atlanta, região conhecida pelos seus pessimos serviços de saude, que totalizou em um valor de $ 25 milhoes de dolares. As múltiplas funções e intenção sinergia do Centro levou a equipe de design a considerar a arte popular e seu histórico papel socialmente coesa nas comunidades afro-americanas como Adamsville. Assim, o telhado foi concebido como um cobertor metafórico, um elemento de protecção de abertura para cima no bem-vindo. Figura 50: Detalhe Telhado Fonte: ArchDaily, 2013 A inspiração também veio das pinturas construídas do artista contemporânea Radcliffe Bailey, que nasceu na propria Atlanta, onde em suas obras reune objetos encontrados, fotografias de arquivo e imagens históricas com efeitos de jazz-like. Esses insights levaram a equipe a estudar como os materiais exteriores
  • 53. 53 53 do edifício poderiam ser projetada para refletir sobre os padroes da região. Assim, a padronização concebida resultou em toda parte plastica do centro de saude. Figura 51: Plástica da Elevação Sul Fonte: ArchDaily, 2013 Figura 52: Plástica da elevação norte Fonte: ArchDaily, 2013 O projeto ainda possui soluções que minimizam o custo e trazem eficácia e consciência energética, com um dimensionado muito bem elaborado. A solução de
  • 54. 54 54 design é limpa, aberto e convidativo. O resultado final é simples e forte com a conclusão de forma clara e materiais de fácil manutenção. A varanda para a rua que abriga a área de jogo protegida dá ao edifício uma disposição do público. A espera do centro de saúde é descentralizada também parece ser de suporte da comunidade. A combinação de materiais e luz para o programa é inteligente e faz por boa escala e organização clara para os usuários, agregando ainda uma noção de co- localização de todas essas funções em um único local para servir as pessoas de origens variadas. O projeto do Adamsville Centro Regional de Saúde possui um curto prazo de concepção e construção, sendo finlizado em somente 275 dias. Isso exigiu a mediação entre múltiplas partes interessadas, incluindo a cidade, membros do condado e da comunidade; por exemplo, convencer todos de que os espaços de apoio e de pessoal poderia ser compartilhado com sucesso entre os vários serviços, maximizando a eficiência do edifício. O centro assim, possui diversas caracteristicas singulares – tanto por parte da empreiteira, projeto, lugar, como tambem nos detalhes e construção de uma estrutura tão sofisticada e elegante sob restrições econômicas e cronograma particularmente pequenos.
  • 55. 55 55 5.3 PLANTAS, CORTES E ELEVAÇÕES Figura 53: Adamsville Centro Regional de Saúde - Primeiro pavimento Fonte: ArchDaily, 2013 Legenda: 1 Pronto-socorro e Clínica de saúde comportamental 2 Consultórios de Saúde da Mulher e Pediatria 3 Salas de espera e circulação Figura 54: Adamsville Centro Regional de Saúde - segundo pavimento Fonte: ArchDaily, 2013 Legenda: 1 Acolhimento de crianças 2 Centro de força de trabalho 3 Consultório dentista 4 Força do trabalho 1 23 5 4321
  • 56. 56 56 5 Sala de espera, armazenamento e elevador Figura 55: Adamsville Centro Regional de Saúde - corte Fonte: ArchDaily, 2013 5.4 SETORIZAÇÃO Figura 56: Setorização primeiro pavimento Fonte: Elaborado pelos autores Figura 57: Setorização segundo pavimento Fonte: Elaborado pelos autores
  • 57. 57 57 5.5 FLUXOGRAMA Figura 58: Fluxograma do pavimento térreo Fonte: Elaborado pelos autores Figura 59: Fluxograma do primeiro pavimento Fonte: Elaborado pelos autores
  • 58. 58 58 6.ANTEPROJETO 6.1 HISTÓRICO DA REGIÃO Fundada em 08 de abril de 1553 pelo português, posteriormente nomeado, Alcaide João Ramalho a vila de Santo André da Borda do Campo. A região era utilizada para a passagem de tropas comerciantes, que vinham do interior com destino ao litoral. Com o crescimento da população e devido ao frequente ataque dos índios carijós, em 1560 os habitantes foram transferidos para o Pátio do Colégio em São Paulo do Piratininga. A região ficou anos em situação de abandono e é transformada em uma sesmaria, doada em 1717 aos monges beneditinos do Mosteiro de São Bento, que a transformou em uma grande fazenda onde hoje atualmente são os bairros de Rudge Ramos e Anchieta. Devido a rota comerciária, começou-se a se formar um novo povoado apo redor da capela de São Bernardo – que originou o nome da cidade. Com o aumento da população em terras beneditinas, o povoado foi novamente transferido e alocado nas proximidades da igreja Matriz e elevado à categoria de freguesia. Com esse deslocamento, surgiram-se então duas vias oriundas da Estrada Geral de Santos – atual Caminho do Mar ou Estrada do Vergueiro -, as quais seriam o ponto inicial do núcleo urbano do município. Após a demarcação do povoado em 1814, anos mais tarde é instalado o Núcleo Colonial de São Bernardo, que deram origem a 15 linhas coloniais que posteriormente viriam a ser os bairros do munícipio. No final do século XIX e no começo do século XX, nota-se a presença da vinda do imigrante, principalmente italianos, que intensificaram as produções nas fazendas. A terra é expressivamente utilizada, começam a surgir as carpintarias para construções de casas a alargamento das ruas e estradas. São Bernardo torna-se município em 1890, com a implantação do Governo Republicano, abrangendo Santo Amaro e todas as demais cidades da atual Região do Grande ABC. Em 1867 com a construção da ferrovia, Santo André torna-se sede do município e São Bernardo seu distrito. Os habitantes não aceitaram essa
  • 59. 59 59 condição, formando então a “Associação dos Amigos de São Bernardo” visando a emancipação que foi atingida em 1944. O município recebe em meados do século XX o parque automobilístico brasileiro em processo de expansão, que proporciona grande desenvolvimento para a cidade ganhando o título de “Capital do Automóvel” e “Capital da Indústria Moveleira”, graças também ás industrias fabricantes de móveis. A cidade continua a crescer, até que na década e 90 ocorre uma estagnação econômica, com a ida de várias industrias procurando melhores condições de logística e impostos mais baixos.  Anchieta Nas década de 1930 e 1940, um morador do local montou o chamado "Haras Anhanguera", incidente em toda a área do bairro, desde o Caminho do Mar (Via Anchieta depois de 1947) até a Estrada do Vergueiro (Antiga retificação do Caminho do Mar, em São Paulo, se chama Rua Vergueiro, e em São Bernardo do Campo, atualmente, Avenida Senador Vergueiro). Na época, sua esposa, gostava muito de árvores e havia plantado diversas delas dentro da área do haras. Após o falecimento de sua esposa, o proprietário vendeu o haras para o governo, que o comprou para loteá-lo, com a condição de que as árvores plantadas pela esposa do antigo dono fossem preservadas. Assim, a arborização do bairro é uma das características do local, que além de possuir fácil acesso pela Rodovia Anchieta, é marcado pela calma e tranquilidade do ambiente, que se tornou um dos principais bairros da cidade de São Bernardo do Campo. Atualmente, possui moradores de classe média alta, proporciona um ótimo índice de qualidade de vida aos mesmos, além de uma grande infra-estrutura de comércio e áreas de lazer. Possui como principais vias, além da já citada rodovia Anchieta, as avenidas Kennedy e a Senador Vergueiro. Futuramente, o bairro receberá a implantação de um campus da Universidade Federal do ABC, o que valorizará ainda mais o local.
  • 60. 60 60  Rudge Ramos O bairro do Rudge Ramos foi originado por volta de 1870, onde uma parcela de terra pertencente a monges beneditos foi desapropriada e deram lugar às linhas coloniais onde concentravam-se os imigrantes. No ano de 1920 foram surgindo os primeiros loteamentos urbanos, devido a reforma ocorrida na Caminho do Mar, que cortava a região, executado por Arthur Rudge Ramos, sendo este o nome que seria aderido ao bairro. Em meados do século XX, foram surgindo novos loteamentos, devido ao grande processo de industrialização do local. Atualmente o bairro possui fácil acesso a São Paulo e outras cidades do ABC, como São Caetano e Santo André. O local possui grande incidência comercial e é reduto de estudantes, devido as universidades que se localizam no bairro. 6.2 LEITURA URBANA  Hidrografia Sua hidrografia é composta pelo Ribeirao dos Meninos que tem seu início através do Rio Tamanduateí e passa pela Av. Lauro Gomes.  Potencial de Inundacao
  • 61. 61 61
  • 62. 62 62
  • 64. 64 64 Altitude de São Bernardo do Campo: 758m
  • 65. 65 65  Mapa das Declividades
  • 66. 66 66  Mapa da Curvatura Vertical dos Terrenos
  • 67. 67 67 Calhas das vias: (Lei 6222/2012 - SBC) art. 25: . As vias públicas, sem qualquer prejuízo à legislação vigente acerca de acessibilidade, deverão atender às definições referentes à largura mínima do leito carroçável e dos passeios, canteiros centrais, ciclovias e concordância entre vias, apresentadas no Quadro 1 desta Lei. O quadro 1 indica que as informações específicas para este tipo de via:  Sistema Viário e Transportes 1. Vias Arteriais: - Avenida Robert Kennedy; - Avenida Senador Vergueiro; - Avenida Lauro Gomes;
  • 68. 68 68 2. Vias Coletoras: - Avenida Bom Pastor; - Rua Professor Licínio; - Avenida 23 de Maio; INTENSIDADE DE TRÁFEGO: Principais vias de acesso ao local: - Avenida Lauro Gomes; - Avenida Senador Vergueiro; Principais meios de Transporte: Carros: A circulação de automóveis é livre para a região, não se aplicando rodízio de veículos. Transporte Público – Ônibus: Linhas de Acesso:
  • 69. 69 69  Volumetria Urbana Neste mapa, nota-se uma clara predominância de residências com até 2 pavimentos.  Estado das Edificações
  • 70. 70 70 Neste mapa, nota-se a predominância de residências em estado bom e regular.  Uso e Ocupação do Solo A partir deste mapa, pode-se notar que ocorre uma grande aglomeração de áreas habitacionais na parte sul da região analisada, enquanto sua parte norte possui maior predominância de áreas comerciais. Isso se dá ao fato de trazer menos trânsito as áreas residenciais, gerando menos incômodo aos moradores da região, onde os visitantes que desejam usufruir das áreas de comércio, não precisam circular pelas áreas residenciais.
  • 71. 71 71  Parcelamento do Solo Nesta imagem, nota-se a predominância de edificações pequenas de até 300m², onde há apenas um lote acima de 2000m².  Caracterização de Edifícios Neste mapa, observa-se a predominância de edifício isolados horizontais, além de pouca incidência de áreas verdes no entorno.
  • 72. 72 72 CONCLUSÃO A partir do relato histórico, é possível perceber a evolução dos hospitais e da própria arquitetura, sempre buscando inovações técnicas, biológicas e psicológicas para o conforto e bem-estar dos pacientes. Em todos os estudos de casos expostos nesse trabalho, é possível identificar a evolução desses critérios no projeto: seja na concepção de um jardim com lago na comunicação entre dois edifícios, grandes espaços voltados para o descanso, humanização e elementos corintianos nas salas de espera, integração com o entorno e relação de pertencimento da população com os edifícios. Com base nas informações relacionadas acima e outros atributos que foram expostos no decorrer do trabalho, concluímos que a construção de um edifício hospitalar requer muita atenção não apenas aos aspectos técnicos, mas também aos aspectos humanos. A arquitetura possui uma grande influência e importância na humanização hospitalar, melhorando as condições dos usuários desses espaços e aparecendo como uma grande evolução para qualquer tratamento.
  • 73. 73 73 REFERÊNCIAS ANTUNES, J. L. Hospital: Instituição e História Social. Letras & Letras. São Paulo, 1991. CAMPOS, E. S. História e evolução dos hospitais. Ministério da Educação e Saúde, Divisão de Organização Hospitalar. Rio de Janeiro, 1944. COSTEIRA, E. M. A. Hospitais de Emergência da Cidade do Rio de Janeiro - uma nova abordagem para a eficiência do ambiente construído. Dissertação (Mestrado). PROARQ/FAU/UFRJ. Rio de Janeiro, 2003. COSTEIRA, E. M. A.. O hospital do futuro: uma nova abordagem para projetos de ambientes de saúde. In SANTOS, M.; BURSZTYN, I. (orgs.). Saúde e Arquitetura- Caminhos para a humanização dos ambientes hospitalares. SENAC Rio, Rio de Janeiro, 2004. The American Institute of Architects, Adamsville Regional Health Center. Disponível em: http://www.aia.org/practicing/groups/kc/AIAB099696.Acesso dia 15 de setembro de 2016. ARCHDAILY, Adamsville Regional Health Center / Stanley Beaman & Sears, janeiro/ 2013. Disponível em: http://www.archdaily.com/320120/adamsville-regional-health-center-stanley- beaman-sears. Acesso dia 15 de setembro de 2016. VALENTINA N. FIGUEROLA, Hospital Cidade Tiradentes, em São Paulo, tem jardins internos e luz natural, que humanizam o hospital municipal na periferia da cidade – Facha tratada cpom brises de concreto em uma composição geométrica de retângulos exibe uma beleza austera que qualifica o entorno. Edição 157 – Março 2007. Disponível em: http://www.au.pini.com.br/arquitetura- urbanismo/157/brasil-hospital-cidade-tiradentes-em-sao-paulo-de-borelli-46073-1.aspx. Acesso 18 de setembro de 2016. Galeria da Arquitetura, Hospital Municipal Cidade Tiradentes. Disponível em: http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/borelli-merigo-arquitetura_/hospital-municipal- cidade-tiradentes/2559. Acesso dia 18 de outubro de 2016. BORELLI&MERIGO Arquitetos, Hospital Cidade Tiradentes. Disponível em: http://www.borellimerigo.com.br/saude/hospital-cidade-tiradentes. Acesso dia 18 de outubro de 2016.
  • 74. 74 74 Instituto de Pesquisas Hospitalares Arquiteto Jarbas Karman, Hospital e Maternidade São Domingos. Disponível em: http://www.iph.org.br/acervo/projetos-arquitetonicos/hospital-sao-domingos-176; acesso dia 20 de setembro de 2016.