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Relatório de resultados do 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero e
Empoderamento Feminino
26/05/2015, às 9h no CAIS Centro, Florianópolis SC
Organização facilitadora:
ICom – Instituto Comunitário Grande Florianópolis
Facilitadores: Aline Venturi e Mariane Maier Nunes
Assessora de comunicação e responsável: Carine Bergmann
Resumo
A segunda edição do Mesas Quadradas teve como objetivo promover o debate e
mapear a rede de apoio à mulher na Grande Florianópolis, em temas de
empreendedorismo feminino, participação das mulheres na política e igualdade salarial
e oportunidades.
O encontro contou com a presença de 22 participantes de diversas organizações da
sociedade civil, poder público municipal e estadual, estudantes e movimentos em defesa
dos direitos das mulheres em Florianópolis.
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
2
As atividades da manhã do dia 26 de maio foram divididas em 3 momentos:
1. Apresentação individual de cada participante e o interesse pela causa;
2. World Café - Debate em forma de rodízio em mesas temáticas sobre o contexto
em temas como: empreendedorismo feminino, participação das mulheres na
política e igualdade salarial e oportunidades;
3. Mapeamento da rede de apoio à mulher na Grande Florianópolis.
Levantamento de contexto: World Café
O grupo foi organizado em torno de 3 mesas temáticas, de acordo com os temas
abordados abaixo. Cada participante iniciou escolhendo o tema de seu interesse, e
encontrou em cada mesa algumas tarjetas contendo indicadores e falas sobre a
participação feminina nestes campos.
Mesa 1: Participação das Mulheres na Política
“Dos 23 vereadores de Florianópolis, não há nenhuma mulher. Nossa cidade não elege
uma mulher para a Câmara de Vereadores há mais de 10 anos (a última foi Angela
Albino em 2004). É a única capital brasileira a não eleger nenhuma mulher vereadora
nas últimas duas eleições municipais (Palmas não elegeu mulheres em 2012, mas tinha
eleito em 2008). Mulher não vota em mulher? Por que Florianópolis lidera este ranking
negativo?”
Fonte: Lolatto, Simone, and Teresa K. Lisboa. "A Participação Das Mulheres Nos
Espaços De Decisão Política Em Florianópolis: Um Debate Sobre Democracia De
Gênero."
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
3
Fonte:http://www.spm.gov.br/sobre/publicacoes/publicacoes/2014/plataforma-mais-
mulheres-no-poder-2014.pdf
Mesa 2: Empreendedorismo Feminino
Pela primeira vez no Brasil a proporção de mulheres empreendedoras superou a
proporção de homens (52,2% contra 47,8%,segundo o segundo a Pesquisa Global
Entrepreneurship Monitor – GEM 2013). No Sul do Brasil 74,3%das mulheres
empreendem por oportunidade e não por necessidade. É o maior percentual das regiões
do Brasil, sendo a média nacional 66,2%.
As mulheres atuam principalmente nas atividades de vestuário, da beleza e higiene
pessoal e dos serviços domésticos. No Brasil, esses três segmentos respondem pela
atividade de 49,5% das empreendedoras em estágio inicial e 53,9% das
empreendedoras estabelecidas. Nesse tipo de comércio, predomina a venda de
produtos de beleza por meio de catálogo, o que é muito difundido no Brasil, segundo a
Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2013).
Fonte: Empreendedorismo Rosa.
O Brasil apresenta baixo potencial de crescimento do empreendedorismo feminino.
Essa é uma das conclusões do Gender-Global Entrepreneurship Development Index
(GEDI) 2014 — o Índice Global de Desenvolvimento de Empreendedorismo por Gênero:
entre 17 países pesquisados, o Brasil ocupa o 14º lugar.
Presidente da Associação Brasileira de Embalagem, a empresária Gisela Schulzinger
descarta dificuldades para empreender inerentes ao gênero. Para ela, abrir um negócio
e mesmo mantê-lo no Brasil desafia igualmente homens e mulheres: “Eu não acho que
seja mais difícil para a mulher. O empreendedorismo é uma grande questão no Brasil.
Embora tenhamos um espírito empreendedor, é uma carreira difícil aqui. Exige coragem
e ousadia. O processo burocrático complica”.
Fonte: “Abrir um negócio no Brasil é igualmente difícil para homens e mulheres”.
Comunicação Millenium. Maio, 2014.
“Empreender não é fácil. Quando afunilamos ainda mais o perfil de empreendedores,
constatamos que há muitas peculiaridades para quem é mulher: equilibrar suas outras
funções, como cuidar da casa e dos filhos, é uma delas. Sempre me questionei sobre
esse balanço.
Acho que cuidados com casa e filhos devem ter um equilíbrio calcado muito mais na
disponibilidade do casal do que no gênero. É uma busca constante aqui em casa. Mas,
no dia a dia, as mulheres se sobrecarregam. E senti isso na pele recentemente, o que
me deu inspiração para esse texto. Depois de algumas experiências como
empreendedora, tirei algumas conclusões:
1) É difícil empreender. É mais difícil ser mulher empreendedora. É mais difícil ainda
ser mãe empreendedora.
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
4
2) Os empecilhos vão surgir, inevitavelmente. Na primeira semana, senta, chora e
esperneia. Na segunda, relaxa. Na terceira, tire uma lição positiva. Sempre tem. É a tal
premissa: faça do limão, uma limonada. No meu caso, ter parado tudo para ficar com
minhas filhas trouxe efeitos muito benéficos para elas. ”
Fonte: É mãe empreendedora? Juliana Mariz, blogueira. Dezembro, 2014.
Mesa 3: Desigualdade Salarial e Oportunidades
“Resultados sugerem que os homens estão pedindo e indo atrás do que desejam e
iniciando negociações com muito mais frequência do que as mulheres - de 2 a 3 vezes
mais...Para a maioria dos homens entrevistados, a negociação era uma parte importante
de suas vidas e algo muito comum. Os resultados não foram os mesmos entre as
mulheres entrevistadas. Supondo que candidatos irão negociar, empregadores
geralmente oferecem menos do que podem pagar...Um estudo recente demonstra que
essa prática é comum até em instituições comprometidas com a diversidade e igualdade
de gênero. Esse estudo descreve um candidato e uma candidata com competências
similares que foram oferecidos para uma vaga de professor assistente pela mesma
Universidade. Logo após serem contratados, um administrador (homem) percebeu que
o salário do professor contratado era mais alto do que o da mulher contratada.. ...Ele
descobriu que os dois receberam a mesma proposta salarial...o homem negociou, mas
a mulher aceitou a oferta ...Satisfeito, o administrador não fez nada para mudar...A
universidade estava economizando e aproveitando os benefícios de uma professora
talentosa…...e a professora até hoje não sabe o quanto ela sacrificou por não negociar
a oferta que recebeu”.
Fonte: “Women don’t Ask.Linda Babcock & Sara Laschever. 2007
Em 2014, enquanto eles receberam um salário de admissão médio de R$ 1.247,98, elas
ganharam R$ 1.075,52.
Segundo a organização ActionAid, existem duas principais causas para a desigualdade
salarial em países em desenvolvimento. A primeira é que as mulheres costumam
realizar trabalhos com menores salários e com mais formas exploratórias, como
vendedoras ambulantes em beira de estradas, empregadas domésticas ou trabalhando
em fábricas. Também, as mulheres gastam grande parte do seu tempo cuidando dos
filhos e do lar, trabalho que é invisível e totalmente gratuito. De acordo com o Banco
Mundial, as mulheres gastam até 10 vezes mais horas que os homens em trabalhos não
remunerados, como cuidar de crianças, idosos e doentes.
Fonte: Luiza Belloni.BrasilPost. http://www.brasilpost.com.br/2015/01/26/desigualdade-
de-genero-no-trabalho_n_6547170.html
É necessário considerar também que as mulheres têm, acrescido à jornada de trabalho
remunerada, o trabalho doméstico não remunerado, o que caracteriza uma jornada
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
5
dupla ou tripla: estimam-se que as mulheres gastem o dobro do tempo com afazeres
domésticos em relação aos homens e que tal proporção não se alterou
significativamente durante os anos 2000.
O combate ao quadro de desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro
passa pelo questionamento da patente divisão sexual do trabalho existente na
sociedade brasileira e pela cultura machista que dificulta a ascensão profissional
feminina, mantém as mulheres em ocupações de menor remuneração e sustenta os
papéis de gênero dentro de casa e no âmbito profissional.
Fonte: Colombi, Ana Paula. http://brasildebate.com.br/genero-e-mercado-de-trabalho-
nos-anos-2000-avancos-e-contradicoes/#sthash.ofCOfB7H.dpuf
Resultados do Debate:
Em três rodadas de 10 minutos cada, os grupos levantaram considerações sobre os
temas apresentados e trouxeram possíveis “causas” para a desigualdade apresentada
em quase todos os níveis de participação das mulheres. Cada mesa escolheu uma
responsável para redação das ideias, e os demais rodaram pelas mesas com os outros
temas. Ao final das rodadas as relatoras apresentaram os quadros abaixo:
DESIGUALDADE SALARIAL E OPORTUNIDADES
Por quê a persistência deste tipo de desigualdade?
 Sobrecarga da mulher em casa, família, trabalho;
 Mulheres não sabem delegar tarefas domésticas: não tem a cultura;
 Não reclamar sobre diferença de salário;
 Não se questionar;
 Pouca autoestima;
 Sentir culpa; não se autoconhecer pelo emponderamento;
 Grandes corporações=vários cargos mantém segredo sobre salários;
 Divisão Sexual x Social no trabalho ex: Limpeza pra mulheres, RH;
 Licença Maternidade e não Paternidade;
 Setor Público entrada=salário, desenvolvimento diferente. Mecanismo Perverso;
 Não tem creche pública que chega para mulheres trabalhar;
 Escolaridade maior: mais diferença de salário;
 Não tem acesso a esse apoio de emponderamento;
 Cotas com % de mulheres de conselhos administrativos;
 Contexto familiar educacional x social;
 Homem ajuda em casa, não é responsável;
 Dependência Econômica;
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
6
 Educação dos filhos/ filhas;
 Dominação Masculina;
 Mídia;
 Conscientização: pouca conversa sobre o assunto;
 Liderança Masculina diferente de Liderança Feminina nas empresas;
 Mito construído que a mulher tem que ser mãe(taxa da mais valia);
 Lei não existe;
 Empregadas domésticas são todas mulheres;
 Falta de transparência sobre salário;
 Bonecas cor rosa-presente para filhas;
 Pouca presença no setor técnico-tecnologia;
 Não tem o senso crítico;
 Sociedade tradicional patriarcal;
 Não tem desenvolvimento de habilidade técnicas/construções.
EMPREENDEDORISMO FEMININO
O contexto existente é favorável ao ambiente de empreendedorismo feminino?
 MEI-Necessidade ou oportunidade->como são feitas as pesquisas. O companheiro tem
emprego fixo?;
 Área da Inovação;
 Corporações são hostis a maternidade;
 Grande espaço ocupado nos serviços domésticos;
 Conscientemente empreendedora;
 53% negócios-sócios maridos-Brasil;
 Empregam muitos membros da família;
 Provedoras principais-quando aconteceu a transição;
 Machismo nos negócios-permissão para a mulher trabalhar;
 Restrições na indústria de tecnologia;
 Empreendedorismo não é cultura no Brasil, brasileiro gosta de estabilidade;
 Complementação de renda. Reconhecimento como empreendedora;
 Empreendedorismo além de ter um negócio-estratégias;
 Estereótipos;
 Educação empreendedora;
 Preconceito com raça;
 Empregos assalariados não são acessíveis/ flexíveis (Busca de autonomia);
 Resistência masculina no trato de negócios com mulheres-SC
 Negócio montado pelo marido;
 Importância das redes-discussões;
 Mulheres se perceberem importantes;
 De mulher para Mulher.
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
7
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
Quais as causas da baixa participação feminina na Grande Florianópolis?
 Lugar de mulher;
 Mulher vota em Mulher;
 Processo Educativo;
 Incentivo à liderança;
 Representatividade Legislativa;
 Homens com + poder;
 Só para cumprir a cota- 30% para partido político;
 O poder vem de dentro para fora;
 Ouvir e se posicionar;
 Ambiente hostil cria desconforto para mulher;
 Será que ela quer entrar na Política?;
 Que poder é esse?;
 Discussão antológica do papel feminino;
 Sexualização do corpo da mulher;
 O poder está dentro das mulheres, este poder deve ser expressado. Brotar da
consciência dela. É poderosa e sabe o que quer;
 A educação deve promover o empoderamento da mulher;
 Criação de redes de apoio ao empoderamento da mulher;
 Desejo de quer/ser empoderada contexto histórico, cultura;
Apresentação de contexto.
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
8
Mapeamento da rede de apoio à mulher na Grande Florianópolis
Após a discussão em grupo sobre as causas que levam à permanência de
desigualdades em quase todas as áreas de atuação das mulheres passamos à etapa
de levantamento da rede de apoio. Como uma condição histórica e cultural, sabemos
que as soluções para esta desigualdade não se resolvem com pequenas e rápidas
intervenções. Por isto a ideia do Mesas Quadradas foi levantar quais grupos de
apoio/organizações/empresas existentes na Grande Florianópolis podem ajudar no
empoderamento feminino.
Desta vez, todas juntas, apresentaram um quadro de organizações que atuam na defesa
e promoção dos direitos das mulheres:
Springboard – Programa de Empoderamento
da mulher
Pense Magro Alimentação Saudável
Federação Catarinense de Mulheres -FCM
Casa da Mulher Catarina
Programas Mulheres Mil IFSC – Programa de
Extensão Mulheres SIM
Associação de Mulheres de Negócios e
Profissionais da Grande Florianópolis (BPW)
Brasil Rede Mulher Empreendedora
Conselho Estadual da Mulher Empresária-
CEME
Câmara da Mulher Empresária (ACIF Mulher)
Prêmio Mulher Empreendedora SEBRAE
Rede da Mulher Empresária
LIDE Mulher
Entre Ellas
Conselho Estadual do Jovem Empreendedor
AEM/SC Associação de mulheres
Camponesas
Tendas da Terra
SEBRAE Mulher Empresária
Casa Gestar em Florianópolis
Bazar Coisas de Mãe
Movimento Nós Podemos SC
Ministério Público
Instituto de Estudos de Gênero – IEG
Ministério do Trabalho
Grupo Reflexivo Enfrentamento da Violência –
Universidade Estácio de Sá
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher –
Condim
Conselho Estadual dos Direitos da Mulher –
Cedim/SC
Coordenadoria Municipal de Políticas para as
Mulheres de Florianópolis
Coordenadoria Estadual da Mulher SC Centro de
Referência da Mulher de Florianópolis União de
Negros pela Igualdade – UNEGRO
Rede Feminista de Saúde
Fórum Nacional de Mulheres Negras
Coordenadoria de Políticas Públicas para a
Promoção da Igualdade Racial
Associação em Defesa dos Direitos Humanos
com Enfoque na Sexualidade – ADEH
União Brasileira de Mulheres OAB Mulher
Bancada Feminina da Alesc
Coletivo Classista Feminista Ana Montenegro
Coletivo Jornalismo Sem Machismo
Núcleo de Estudos Afro-brasileiros -
NEAB/UDESC
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
9
Quadro: Rede de Apoio à Mulher
Como fechamento da atividade o grupo abriu espaço para que cada organização,
empresa ou movimento presente apresentasse sua agenda para a causa e fizessem um
convite à continuidade do debate e da luta pela diminuição desta desigualdade.
O CAIS abre seu espaço para que mais mulheres e grupos possam usufruir dos serviços
e da rede colocada à disposição pelo ICom.
ICom – Instituto Comunitário Grande Florianópolis
Rua Lacerda Coutinho, 100 Centro Florianópolis
(48) 3222-5127
icomfloripa@icomfloripa.org.br
www.icomfloripa.org.br
Post do evento no facebook: http://goo.gl/s6L7HH
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
10
APÊNDICE - CLIPPING MESAS QUADRADAS - Igualdade de Genêro e Empoderamento
Feminino
TV
TV COM Tudo Mais
Data: 28/05
http://videos.clicrbs.com.br/sc/tvcom/video/tvcom-tudo-mais/2015/06/tvcom-tudo-
empoderamento-feminino-nos-negocios-politica-mercado-trabalho-280515/124308/
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
11
JORNAL
http://www.ndonline.com.br/florianopolis/colunas/panorama/258208-expogestao-
apresenta-temas-vitais-para-as-empresas.html
Online e impresso
Data: 26/05
Sites
Movimento Nós Podemos
Data: 20/05
http://nospodemos-sc.org.br/evento-em-florianopolis-debatera-o-emponderamento-
feminino/
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
12
Evento em Florianópolis debaterá o empoderamento
feminino
O Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom), membro do Movimento Nós Podemos Santa
Catarina, promove na próxima terça-feira (26) das 9h às 12h, o “Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
e Empoderamento Feminino”. A proposta é mapear a rede de apoio à mulher na capital catarinense e
levantar os desafios presentes nos cenários político e empreendedor da cidade. O encontro será no
Centro de Apoio à Inovação Social (CAIS), no Centro de Florianópolis.
Em março deste ano, o Governo do Estado de Santa Catarina lançou o boletim “Inserção Feminina no
Mercado de Trabalho Catarinense”. Assim como no restante do país, a população do estado com ensino
superior completo é, em sua maioria, mulher (59,7%). Porém é justamente nos níveis de escolaridade
mais altos em que há maior disparidade salarial: enquanto as trabalhadoras com 5° ano incompleto
recebem 86,9% do salário dos homens que exercem as mesmas funções, as com nível superior completo
recebem 83,3%.
Além disso, a mulher ocupa 90% dos trabalhos relacionados à atividades domésticas. Em atividades não
remuneradas ou pouco remuneradas (como no caso das donas de casa), a parcela feminina no mercado
é de 78%. A média salarial feminina é em torno de R$ 200,00 menor que a masculina. “O empoderamento
feminino faz parte do amadurecimento de uma sociedade igualitária e, como uma organização ponte, o
ICom não poderia se abster de aproximar pessoas para discutir esse tema” explica a coordenadora
financeira, Aline Venturi.
As inscrições para participar podem ser feitas até o dia 24/05 pelo link: https://goo.gl/u4qidt.
Sobre o ICom
O ICom atua como Fundação Comunitária, apoiando empresas e indivíduos para que possam fazer
investimentos sociais e doações com alto impacto social, ao mesmo tempo em que auxilia organizações
da sociedade civil a terem uma gestão mais eficiente e a servirem como canais de participação dos
cidadãos para melhorarem a qualidade de vida na Grande Florianópolis e em Santa Catarina.
Data: 22/05
http://obaratodefloripa.com.br/icom-promove-debate-sobre-igualdade-de-genero-e-
empoderamento-feminino/
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
13
Reprodução/Facebook
ICom promove debate sobre igualdade de
gênero e empoderamento feminino
O ICom (Instituto Comunitário Grande Florianópolis) promove, no dia 26 de maio, às
9h, o próximo debate do Mesas Quadradas. Com o tema Igualdade de Gênero e
Empoderamento Feminino, esta será uma oportunidade para discutir e mapear a rede
de apoio à mulher.Entre os principais tópicos de debate estão: empreendedorismo,
participação das mulheres na política e igualdade salarial e de oportunidades.O evento
será realizado no Cais Centro e as inscrições são gratuitas, bastando fazer um
cadastro, até o dia 24 de maio, clicando aqui.
http://www.agitopalhoca.com.br/eventos/mesas-quadradas-igualdade-de-genero-e-
empoderamen/365
2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero
14

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Mesas quadradas - segunda edição - Igualdade de Gênero e Empoderamento Feminino

  • 1. Relatório de resultados do 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero e Empoderamento Feminino 26/05/2015, às 9h no CAIS Centro, Florianópolis SC Organização facilitadora: ICom – Instituto Comunitário Grande Florianópolis Facilitadores: Aline Venturi e Mariane Maier Nunes Assessora de comunicação e responsável: Carine Bergmann Resumo A segunda edição do Mesas Quadradas teve como objetivo promover o debate e mapear a rede de apoio à mulher na Grande Florianópolis, em temas de empreendedorismo feminino, participação das mulheres na política e igualdade salarial e oportunidades. O encontro contou com a presença de 22 participantes de diversas organizações da sociedade civil, poder público municipal e estadual, estudantes e movimentos em defesa dos direitos das mulheres em Florianópolis.
  • 2. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 2 As atividades da manhã do dia 26 de maio foram divididas em 3 momentos: 1. Apresentação individual de cada participante e o interesse pela causa; 2. World Café - Debate em forma de rodízio em mesas temáticas sobre o contexto em temas como: empreendedorismo feminino, participação das mulheres na política e igualdade salarial e oportunidades; 3. Mapeamento da rede de apoio à mulher na Grande Florianópolis. Levantamento de contexto: World Café O grupo foi organizado em torno de 3 mesas temáticas, de acordo com os temas abordados abaixo. Cada participante iniciou escolhendo o tema de seu interesse, e encontrou em cada mesa algumas tarjetas contendo indicadores e falas sobre a participação feminina nestes campos. Mesa 1: Participação das Mulheres na Política “Dos 23 vereadores de Florianópolis, não há nenhuma mulher. Nossa cidade não elege uma mulher para a Câmara de Vereadores há mais de 10 anos (a última foi Angela Albino em 2004). É a única capital brasileira a não eleger nenhuma mulher vereadora nas últimas duas eleições municipais (Palmas não elegeu mulheres em 2012, mas tinha eleito em 2008). Mulher não vota em mulher? Por que Florianópolis lidera este ranking negativo?” Fonte: Lolatto, Simone, and Teresa K. Lisboa. "A Participação Das Mulheres Nos Espaços De Decisão Política Em Florianópolis: Um Debate Sobre Democracia De Gênero."
  • 3. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 3 Fonte:http://www.spm.gov.br/sobre/publicacoes/publicacoes/2014/plataforma-mais- mulheres-no-poder-2014.pdf Mesa 2: Empreendedorismo Feminino Pela primeira vez no Brasil a proporção de mulheres empreendedoras superou a proporção de homens (52,2% contra 47,8%,segundo o segundo a Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2013). No Sul do Brasil 74,3%das mulheres empreendem por oportunidade e não por necessidade. É o maior percentual das regiões do Brasil, sendo a média nacional 66,2%. As mulheres atuam principalmente nas atividades de vestuário, da beleza e higiene pessoal e dos serviços domésticos. No Brasil, esses três segmentos respondem pela atividade de 49,5% das empreendedoras em estágio inicial e 53,9% das empreendedoras estabelecidas. Nesse tipo de comércio, predomina a venda de produtos de beleza por meio de catálogo, o que é muito difundido no Brasil, segundo a Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2013). Fonte: Empreendedorismo Rosa. O Brasil apresenta baixo potencial de crescimento do empreendedorismo feminino. Essa é uma das conclusões do Gender-Global Entrepreneurship Development Index (GEDI) 2014 — o Índice Global de Desenvolvimento de Empreendedorismo por Gênero: entre 17 países pesquisados, o Brasil ocupa o 14º lugar. Presidente da Associação Brasileira de Embalagem, a empresária Gisela Schulzinger descarta dificuldades para empreender inerentes ao gênero. Para ela, abrir um negócio e mesmo mantê-lo no Brasil desafia igualmente homens e mulheres: “Eu não acho que seja mais difícil para a mulher. O empreendedorismo é uma grande questão no Brasil. Embora tenhamos um espírito empreendedor, é uma carreira difícil aqui. Exige coragem e ousadia. O processo burocrático complica”. Fonte: “Abrir um negócio no Brasil é igualmente difícil para homens e mulheres”. Comunicação Millenium. Maio, 2014. “Empreender não é fácil. Quando afunilamos ainda mais o perfil de empreendedores, constatamos que há muitas peculiaridades para quem é mulher: equilibrar suas outras funções, como cuidar da casa e dos filhos, é uma delas. Sempre me questionei sobre esse balanço. Acho que cuidados com casa e filhos devem ter um equilíbrio calcado muito mais na disponibilidade do casal do que no gênero. É uma busca constante aqui em casa. Mas, no dia a dia, as mulheres se sobrecarregam. E senti isso na pele recentemente, o que me deu inspiração para esse texto. Depois de algumas experiências como empreendedora, tirei algumas conclusões: 1) É difícil empreender. É mais difícil ser mulher empreendedora. É mais difícil ainda ser mãe empreendedora.
  • 4. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 4 2) Os empecilhos vão surgir, inevitavelmente. Na primeira semana, senta, chora e esperneia. Na segunda, relaxa. Na terceira, tire uma lição positiva. Sempre tem. É a tal premissa: faça do limão, uma limonada. No meu caso, ter parado tudo para ficar com minhas filhas trouxe efeitos muito benéficos para elas. ” Fonte: É mãe empreendedora? Juliana Mariz, blogueira. Dezembro, 2014. Mesa 3: Desigualdade Salarial e Oportunidades “Resultados sugerem que os homens estão pedindo e indo atrás do que desejam e iniciando negociações com muito mais frequência do que as mulheres - de 2 a 3 vezes mais...Para a maioria dos homens entrevistados, a negociação era uma parte importante de suas vidas e algo muito comum. Os resultados não foram os mesmos entre as mulheres entrevistadas. Supondo que candidatos irão negociar, empregadores geralmente oferecem menos do que podem pagar...Um estudo recente demonstra que essa prática é comum até em instituições comprometidas com a diversidade e igualdade de gênero. Esse estudo descreve um candidato e uma candidata com competências similares que foram oferecidos para uma vaga de professor assistente pela mesma Universidade. Logo após serem contratados, um administrador (homem) percebeu que o salário do professor contratado era mais alto do que o da mulher contratada.. ...Ele descobriu que os dois receberam a mesma proposta salarial...o homem negociou, mas a mulher aceitou a oferta ...Satisfeito, o administrador não fez nada para mudar...A universidade estava economizando e aproveitando os benefícios de uma professora talentosa…...e a professora até hoje não sabe o quanto ela sacrificou por não negociar a oferta que recebeu”. Fonte: “Women don’t Ask.Linda Babcock & Sara Laschever. 2007 Em 2014, enquanto eles receberam um salário de admissão médio de R$ 1.247,98, elas ganharam R$ 1.075,52. Segundo a organização ActionAid, existem duas principais causas para a desigualdade salarial em países em desenvolvimento. A primeira é que as mulheres costumam realizar trabalhos com menores salários e com mais formas exploratórias, como vendedoras ambulantes em beira de estradas, empregadas domésticas ou trabalhando em fábricas. Também, as mulheres gastam grande parte do seu tempo cuidando dos filhos e do lar, trabalho que é invisível e totalmente gratuito. De acordo com o Banco Mundial, as mulheres gastam até 10 vezes mais horas que os homens em trabalhos não remunerados, como cuidar de crianças, idosos e doentes. Fonte: Luiza Belloni.BrasilPost. http://www.brasilpost.com.br/2015/01/26/desigualdade- de-genero-no-trabalho_n_6547170.html É necessário considerar também que as mulheres têm, acrescido à jornada de trabalho remunerada, o trabalho doméstico não remunerado, o que caracteriza uma jornada
  • 5. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 5 dupla ou tripla: estimam-se que as mulheres gastem o dobro do tempo com afazeres domésticos em relação aos homens e que tal proporção não se alterou significativamente durante os anos 2000. O combate ao quadro de desigualdade de gênero no mercado de trabalho brasileiro passa pelo questionamento da patente divisão sexual do trabalho existente na sociedade brasileira e pela cultura machista que dificulta a ascensão profissional feminina, mantém as mulheres em ocupações de menor remuneração e sustenta os papéis de gênero dentro de casa e no âmbito profissional. Fonte: Colombi, Ana Paula. http://brasildebate.com.br/genero-e-mercado-de-trabalho- nos-anos-2000-avancos-e-contradicoes/#sthash.ofCOfB7H.dpuf Resultados do Debate: Em três rodadas de 10 minutos cada, os grupos levantaram considerações sobre os temas apresentados e trouxeram possíveis “causas” para a desigualdade apresentada em quase todos os níveis de participação das mulheres. Cada mesa escolheu uma responsável para redação das ideias, e os demais rodaram pelas mesas com os outros temas. Ao final das rodadas as relatoras apresentaram os quadros abaixo: DESIGUALDADE SALARIAL E OPORTUNIDADES Por quê a persistência deste tipo de desigualdade?  Sobrecarga da mulher em casa, família, trabalho;  Mulheres não sabem delegar tarefas domésticas: não tem a cultura;  Não reclamar sobre diferença de salário;  Não se questionar;  Pouca autoestima;  Sentir culpa; não se autoconhecer pelo emponderamento;  Grandes corporações=vários cargos mantém segredo sobre salários;  Divisão Sexual x Social no trabalho ex: Limpeza pra mulheres, RH;  Licença Maternidade e não Paternidade;  Setor Público entrada=salário, desenvolvimento diferente. Mecanismo Perverso;  Não tem creche pública que chega para mulheres trabalhar;  Escolaridade maior: mais diferença de salário;  Não tem acesso a esse apoio de emponderamento;  Cotas com % de mulheres de conselhos administrativos;  Contexto familiar educacional x social;  Homem ajuda em casa, não é responsável;  Dependência Econômica;
  • 6. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 6  Educação dos filhos/ filhas;  Dominação Masculina;  Mídia;  Conscientização: pouca conversa sobre o assunto;  Liderança Masculina diferente de Liderança Feminina nas empresas;  Mito construído que a mulher tem que ser mãe(taxa da mais valia);  Lei não existe;  Empregadas domésticas são todas mulheres;  Falta de transparência sobre salário;  Bonecas cor rosa-presente para filhas;  Pouca presença no setor técnico-tecnologia;  Não tem o senso crítico;  Sociedade tradicional patriarcal;  Não tem desenvolvimento de habilidade técnicas/construções. EMPREENDEDORISMO FEMININO O contexto existente é favorável ao ambiente de empreendedorismo feminino?  MEI-Necessidade ou oportunidade->como são feitas as pesquisas. O companheiro tem emprego fixo?;  Área da Inovação;  Corporações são hostis a maternidade;  Grande espaço ocupado nos serviços domésticos;  Conscientemente empreendedora;  53% negócios-sócios maridos-Brasil;  Empregam muitos membros da família;  Provedoras principais-quando aconteceu a transição;  Machismo nos negócios-permissão para a mulher trabalhar;  Restrições na indústria de tecnologia;  Empreendedorismo não é cultura no Brasil, brasileiro gosta de estabilidade;  Complementação de renda. Reconhecimento como empreendedora;  Empreendedorismo além de ter um negócio-estratégias;  Estereótipos;  Educação empreendedora;  Preconceito com raça;  Empregos assalariados não são acessíveis/ flexíveis (Busca de autonomia);  Resistência masculina no trato de negócios com mulheres-SC  Negócio montado pelo marido;  Importância das redes-discussões;  Mulheres se perceberem importantes;  De mulher para Mulher.
  • 7. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 7 PARTICIPAÇÃO POLÍTICA Quais as causas da baixa participação feminina na Grande Florianópolis?  Lugar de mulher;  Mulher vota em Mulher;  Processo Educativo;  Incentivo à liderança;  Representatividade Legislativa;  Homens com + poder;  Só para cumprir a cota- 30% para partido político;  O poder vem de dentro para fora;  Ouvir e se posicionar;  Ambiente hostil cria desconforto para mulher;  Será que ela quer entrar na Política?;  Que poder é esse?;  Discussão antológica do papel feminino;  Sexualização do corpo da mulher;  O poder está dentro das mulheres, este poder deve ser expressado. Brotar da consciência dela. É poderosa e sabe o que quer;  A educação deve promover o empoderamento da mulher;  Criação de redes de apoio ao empoderamento da mulher;  Desejo de quer/ser empoderada contexto histórico, cultura; Apresentação de contexto.
  • 8. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 8 Mapeamento da rede de apoio à mulher na Grande Florianópolis Após a discussão em grupo sobre as causas que levam à permanência de desigualdades em quase todas as áreas de atuação das mulheres passamos à etapa de levantamento da rede de apoio. Como uma condição histórica e cultural, sabemos que as soluções para esta desigualdade não se resolvem com pequenas e rápidas intervenções. Por isto a ideia do Mesas Quadradas foi levantar quais grupos de apoio/organizações/empresas existentes na Grande Florianópolis podem ajudar no empoderamento feminino. Desta vez, todas juntas, apresentaram um quadro de organizações que atuam na defesa e promoção dos direitos das mulheres: Springboard – Programa de Empoderamento da mulher Pense Magro Alimentação Saudável Federação Catarinense de Mulheres -FCM Casa da Mulher Catarina Programas Mulheres Mil IFSC – Programa de Extensão Mulheres SIM Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais da Grande Florianópolis (BPW) Brasil Rede Mulher Empreendedora Conselho Estadual da Mulher Empresária- CEME Câmara da Mulher Empresária (ACIF Mulher) Prêmio Mulher Empreendedora SEBRAE Rede da Mulher Empresária LIDE Mulher Entre Ellas Conselho Estadual do Jovem Empreendedor AEM/SC Associação de mulheres Camponesas Tendas da Terra SEBRAE Mulher Empresária Casa Gestar em Florianópolis Bazar Coisas de Mãe Movimento Nós Podemos SC Ministério Público Instituto de Estudos de Gênero – IEG Ministério do Trabalho Grupo Reflexivo Enfrentamento da Violência – Universidade Estácio de Sá Conselho Municipal dos Direitos da Mulher – Condim Conselho Estadual dos Direitos da Mulher – Cedim/SC Coordenadoria Municipal de Políticas para as Mulheres de Florianópolis Coordenadoria Estadual da Mulher SC Centro de Referência da Mulher de Florianópolis União de Negros pela Igualdade – UNEGRO Rede Feminista de Saúde Fórum Nacional de Mulheres Negras Coordenadoria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade – ADEH União Brasileira de Mulheres OAB Mulher Bancada Feminina da Alesc Coletivo Classista Feminista Ana Montenegro Coletivo Jornalismo Sem Machismo Núcleo de Estudos Afro-brasileiros - NEAB/UDESC
  • 9. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 9 Quadro: Rede de Apoio à Mulher Como fechamento da atividade o grupo abriu espaço para que cada organização, empresa ou movimento presente apresentasse sua agenda para a causa e fizessem um convite à continuidade do debate e da luta pela diminuição desta desigualdade. O CAIS abre seu espaço para que mais mulheres e grupos possam usufruir dos serviços e da rede colocada à disposição pelo ICom. ICom – Instituto Comunitário Grande Florianópolis Rua Lacerda Coutinho, 100 Centro Florianópolis (48) 3222-5127 icomfloripa@icomfloripa.org.br www.icomfloripa.org.br Post do evento no facebook: http://goo.gl/s6L7HH
  • 10. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 10 APÊNDICE - CLIPPING MESAS QUADRADAS - Igualdade de Genêro e Empoderamento Feminino TV TV COM Tudo Mais Data: 28/05 http://videos.clicrbs.com.br/sc/tvcom/video/tvcom-tudo-mais/2015/06/tvcom-tudo- empoderamento-feminino-nos-negocios-politica-mercado-trabalho-280515/124308/
  • 11. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 11 JORNAL http://www.ndonline.com.br/florianopolis/colunas/panorama/258208-expogestao- apresenta-temas-vitais-para-as-empresas.html Online e impresso Data: 26/05 Sites Movimento Nós Podemos Data: 20/05 http://nospodemos-sc.org.br/evento-em-florianopolis-debatera-o-emponderamento- feminino/
  • 12. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 12 Evento em Florianópolis debaterá o empoderamento feminino O Instituto Comunitário Grande Florianópolis (ICom), membro do Movimento Nós Podemos Santa Catarina, promove na próxima terça-feira (26) das 9h às 12h, o “Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero e Empoderamento Feminino”. A proposta é mapear a rede de apoio à mulher na capital catarinense e levantar os desafios presentes nos cenários político e empreendedor da cidade. O encontro será no Centro de Apoio à Inovação Social (CAIS), no Centro de Florianópolis. Em março deste ano, o Governo do Estado de Santa Catarina lançou o boletim “Inserção Feminina no Mercado de Trabalho Catarinense”. Assim como no restante do país, a população do estado com ensino superior completo é, em sua maioria, mulher (59,7%). Porém é justamente nos níveis de escolaridade mais altos em que há maior disparidade salarial: enquanto as trabalhadoras com 5° ano incompleto recebem 86,9% do salário dos homens que exercem as mesmas funções, as com nível superior completo recebem 83,3%. Além disso, a mulher ocupa 90% dos trabalhos relacionados à atividades domésticas. Em atividades não remuneradas ou pouco remuneradas (como no caso das donas de casa), a parcela feminina no mercado é de 78%. A média salarial feminina é em torno de R$ 200,00 menor que a masculina. “O empoderamento feminino faz parte do amadurecimento de uma sociedade igualitária e, como uma organização ponte, o ICom não poderia se abster de aproximar pessoas para discutir esse tema” explica a coordenadora financeira, Aline Venturi. As inscrições para participar podem ser feitas até o dia 24/05 pelo link: https://goo.gl/u4qidt. Sobre o ICom O ICom atua como Fundação Comunitária, apoiando empresas e indivíduos para que possam fazer investimentos sociais e doações com alto impacto social, ao mesmo tempo em que auxilia organizações da sociedade civil a terem uma gestão mais eficiente e a servirem como canais de participação dos cidadãos para melhorarem a qualidade de vida na Grande Florianópolis e em Santa Catarina. Data: 22/05 http://obaratodefloripa.com.br/icom-promove-debate-sobre-igualdade-de-genero-e- empoderamento-feminino/
  • 13. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 13 Reprodução/Facebook ICom promove debate sobre igualdade de gênero e empoderamento feminino O ICom (Instituto Comunitário Grande Florianópolis) promove, no dia 26 de maio, às 9h, o próximo debate do Mesas Quadradas. Com o tema Igualdade de Gênero e Empoderamento Feminino, esta será uma oportunidade para discutir e mapear a rede de apoio à mulher.Entre os principais tópicos de debate estão: empreendedorismo, participação das mulheres na política e igualdade salarial e de oportunidades.O evento será realizado no Cais Centro e as inscrições são gratuitas, bastando fazer um cadastro, até o dia 24 de maio, clicando aqui. http://www.agitopalhoca.com.br/eventos/mesas-quadradas-igualdade-de-genero-e- empoderamen/365
  • 14. 2º Mesas Quadradas: Igualdade de Gênero 14