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A EDUCAÇÃO MULTICULTURAL X A EDUCAÇÃO DOS POVOS
INDÍGENAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Airam da Silva Barros1
Hebert José Balieiro Teixeira2
Leonides Campos Garcia Filha3
RESUMO: Este artigo elaborado para a disciplina de Sociedades Indígenas, do Curso de Pedagogia,
da Universidade do Estado do Amazonas aborda a questão da pluralidade cultural no espaço escolar,
tentando reduzir o olhar etnocêntrico sobre os povos nativos. A educação multicultural pretende enfrentar
o desafio de manter o equilíbrio entre a cultura local e a universal. Mas, o acesso à educação ainda é de
difícil acesso a alguns grupos por várias razões questionáveis, como por exemplo, os grupos indígenas
que vivem nas cidades, que por terem uma cultura diferente do branco. Este estudo é de cunho
bibliográfico, a qual foi realizada as leituras sobre o tema proposto e o fichamento das obras lidas a qual
configurou na construção deste texto. Apresentando a realidade da educação multicultural na Amazônia e
fazendo uma breve análise das políticas públicas para a educação indígena no Amazonas. Percebemos
que alguns avanços para a inclusão das sociedades indígenas no processo educacional diferenciado
contribuíram na diminuição da visão etnocentrista do homem branco sobre as sociedades indígenas,
porém, há muito a ser realizado. Este trabalho é de grande relevância para a sociedade pelo fato de
alertar sobre o olhar etnocêntrico do homem branco sobre o nativo e ainda de mostrar que o índio tem
um olhar próprio diferente do homem branco, e que deve ser respeitado como diferente.
PALAVRAS-CHAVE: Educação, Povos indígenas, Pluralidade cultural, educação
multicultural, Políticas públicas.
Introdução
Os educadores percebem o contraste existente entre o material didático
disponível sobre o assunto e as informações cotidianamente veiculadas sobre a
atuação dos povos indígenas no cenário político nacional. Mesmo tratando estas
populações de forma preconceituosa ou idealizada, os noticiários acabam revelando
que os povos indígenas são nossos contemporâneos e fazem parte de nosso país.
* Trabalho apresentado no Congresso Internacional de Estudantes Universitários (CIEURA), Polo UFAM,
Benjamin Constant, Amazonas, Brasil, 2009.
1 2 3
Acadêmica do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas/UEA. Avenida Darcy
Vargas, 2470, Chapada. 69050-010.
O ensino aos alunos sobre a situação política, econômica e social do país, é
também fornecer-lhe informações mais corretas e menos preconceituosas a respeito
dos povos indígenas.
Trabalhar o tema indígena com os alunos é também fazê-los conhecer melhor a
realidade do país exercitando o respeito à diferença em geral. Será justamente da
diversidade cultural que podemos traçar um panorama das sociedades indígenas.
Pretendemos analisar o tema da diversidade cultural segundo os enfoques das
diferenças entre as sociedades indígenas e a sociedade dos “brancos”.
Alguns dos termos que nossa sociedade impõe às sociedades indígenas são
carregados de preconceitos, que valorizam o nosso modo de vida e relegam àquelas
sociedades que convencionamos chamar de indígenas.
É a partir desse contraste mais amplo com os “brancos”, que diferentes etnias
vêm assumindo esta identidade genérica de “índios”.
Reconhecemos como semelhantes aquelas características que são comuns à
espécie humana: Todos nós atribuímos significado ao mundo e às nossas ações, todos
nós vivemos em sociedades e estabelecemos maneiras de relacionamento entre as
pessoas, todos nós elaboramos formas de contar o tempo e de explicar o devir histórico
e não poderia ser diferente com os indígenas.
1. A pluralidade cultural Amazônica
A Amazônia é composta por uma vasta pluralidade cultural, pois existem várias
culturas em uma mesma região, numa área tão imensa a ponto de cada povo se
distinguir através da sua diversidade, como afirma Hébette (2000, p. 04)4
, “A Amazônia”
é feita de diversas sociedades, muito diferentes: as sociedades indígenas (são muitas!),
as sociedades ribeirinhas (‘caboclas’), as sociedades em formação nas áreas de
colonização, para citar apenas alguns grandes agrupamentos”.
Quando a pluralidade cultural é abordada em debates educacionais, questões
são apresentadas sobre como trabalhar esse tema em uma sociedade que não valoriza
4
HÉBETTE, Jean. Que Amazônia foi construída nos últimos 25 anos? In: OLIVEIRA, José Aldemir e Pe.
Humberto Guidotti. A Igreja arma sua tenda na Amazônia. Manaus: Universidade do Amazonas, 2000.
a cultura do outro. Nossa sociedade possui traços marcantes das diversas culturas
indígenas, que ao invés de serem valorizadas são discriminadas como culturas
inferiores. No olhar etnocêntrico do branco, o nativo ainda está em vias de
aperfeiçoamento e evolução, só pelo fato do mesmo estigmatizado por viver na floresta
e não em uma sociedade complexa e industrializada que a do branco.
Esta visão precisa ser mudada para que de fato este pensamento de ser superior
desenraize da ideia de que há culturas superiores e inferiores. Não há superioridade ou
inferioridade cultural, o que há é as diferentes culturas que correspondem aos
interesses particulares próprios de cada sociedade. Essa diferença é definida como
identidade cultural, ou seja, as particularidades que cada sociedade possui em relação
à outra cultura. Mas, como as sociedades indígenas são conhecidas?
Os povos indígenas possuem sua própria maneira de representar o mundo
sobrenatural, ou seja, aquilo que não pode ser explicado de forma racional e lógica,
uma delas é através das narrativas de conteúdo altamente simbólico que tratam das
origens do mundo, de tempos ancestrais diferentes do nosso, dos seres que nele
habitavam e que foram responsáveis pela criação da atual humanidade, pelas demais
espécies e por suas capacidades.
As várias esferas da vida social encontram-se imbricadas de tal forma que nunca
podemos analisá-las isoladamente. Não podemos atingir a dimensão de totalidade que
caracteriza a vida social dos povos indígenas a partir da nossa forma linear de escrita
que divide os fenômenos em suas várias partes para descrevê-lo.
Enquanto para a compreensão da nossa sociedade são adequados os temas
como economia, política e religião, outros podem ser mais explicativos para as
sociedades indígenas, como é o caso da relação do índio com a natureza, com o
mundo sobrenatural e com a sociedade, termos que aparecem em muitos estudos
sobre cosmologias indígenas e que por isso podem, em certa medida, ser considerados
pertinentes aos seus sistemas de classificação do mundo.
2. A escola regular e a educação multicultural
A escola regular ainda tem o pensamento elitista reprodutora impondo os valores
e os conceitos da classe média à camada popular, não conseguindo unir a “cultura
elaborada” com a “cultura popular”, e por isso não conseguiu resolver a questão de uma
educação de qualidade e igualitária para todos.
Segundo Gadotti (1992, p. 20)5
,
Apesar de muitas pesquisas e estudos, os nossos currículos não conseguiram
equacionar adequadamente a relação entre a identidade cultural e o itinerário
educativo dos alunos provenientes das camadas populares. Os nossos
currículos ainda apresentam aos alunos um pacote de conhecimentos que eles
devem aprender, tenham ou não significados para eles. Eles são avaliados –
aprovados ou reprovados – em função da assimilação ou não desse pacote de
conhecimentos.
A teoria de uma educação multicultural vem de contraponto ao nosso currículo
atual valorizando a capacidade de pensar com autonomia do estudante, essa teoria
prega o pluralismo e o respeito à cultura do estudante, propondo-se instaurar a
equidade e o respeito mútuo superando preconceitos.
Para Gadotti (1992, p. 21), “A educação multicultural pretende enfrentar o desafio
de manter o equilíbrio entre a cultura local, regional, própria de cada grupo social ou
minoria étnica, e uma cultura universal, patrimônio hoje da humanidade”. Mas, o acesso
à educação ainda é de difícil acesso a alguns grupos por várias razões questionáveis,
como por exemplo, os grupos indígenas que vivem nas cidades, que por terem uma
cultura diferente do branco são discriminados por professores mal qualificados, sendo
excluídos mesmo estando em sala de aula.
A educação multicultural pretende analisar os currículos atuais procurando
formar professores críticos, para que estes possam se despojar dos seus preconceitos
culturais e elaborarem novas metodologias para os estudantes das camadas populares,
compreendendo-as na totalidade da sua cultura e visão de mundo.
5
GADOTTI, Moacir – Diversidade Cultural e Educação para Todos. Rio de Janeiro: Graal, 1992, p. 19-
23.
A educação multicultural procura resolver os problemas criados pelas diversas
culturas em sala de aula e ao mesmo tempo procura apontar estratégias para
superação desses problemas. Por isso a escola tem que ser local no seu ponto de
partida e sendo internacional e intercultural como ponto de chegada.
A autonomia de uma escola não significa que esteja isolada, fechada para outras
culturas. Escola autônoma significa escola ousada, curiosa, procurando dialogar com
outras culturas e concepções de mundo.
O pluralismo significa o diálogo com as outras culturas a partir de uma cultura
que se abre às demais como afirma Gadotti (1992, p. 23/24),
Mas a escola sozinha não pode dar conta dessa tarefa. Por isso, ela, numa
perspectiva intercultural da educação, alia-se a outras instituições culturais. Daí
a necessidade de ser autônoma sem autonomia não poderá ser multicultural.
Ela deve possibilitar a seus alunos o contato com alunos de outras escolas,
possibilitar viagens, encontro de toda sorte de projetos, próprios de cada escola
, que a constituam num organismo vivo e atuante no seio da própria sociedade.
A escola isolada não pode participar do diálogo com as outras por se manter
fechada. Daí a necessidade da interculturalidade com as outras instituições e por isto a
escola deve ser autônoma possibilitando aos alunos o conhecimento das outras
culturas.
3. Políticas públicas para a educação indígena no Amazonas.
A educação nos moldes em que os povos indígenas sempre reivindicaram foi
uma conquista puramente do movimento indígena, sendo um desafio para o poder
público estadual e municipal amazonense assegurá-lo.
De acordo com Albuquerque (2007, p. 64)6
, “A especificidade da educação
indígena é um direito garantido pela legislação do país, e somente os indígenas,
detentores dessa especificidade, poderão dizer que modelo de educação e escola está
adequado a seus modos próprios de viver, pensar e ser”.
As políticas indigenistas amadureceram no país, pois deixaram de conceber o
índio fadado ao desaparecimento e passaram a reconhecer os índios como indivíduos
aptos ao exercício de seus direitos e deveres respeitando a sua diferença cultural. Pois
para Albuquerque (2007, p. 65/66),
Os princípios firmados nesses dispositivos refletem o amadurecimento da
política indigenista do país, que deixa de conceber o índio como um segmento
social fadado ao desaparecimento, passando a ser visto como indivíduos aptos
ao exercício de seus direitos e de sua cidadania, visto que reconhecem os
direitos dos povos indígenas e a “sua organização social, costumes, línguas,
crenças e tradições”, enquanto sociedades diferenciadas, “e os direitos
originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam”.
No ensino fundamental regular para os povos indígenas é assegurada a
utilização de suas línguas maternas e da utilização de metodologias que facilitem a
aprendizagem de acordo com a sua tradição.
A escola indígena deve ser autônoma garantindo a participação de cada
comunidade indígena nas decisões relativas ao funcionamento da escola. Por sua vez,
a política educacional indígena no Estado do Amazonas vem se reorganizando e
buscando promover uma educação intercultural e diferenciada para os mesmos.
A responsabilidade estadual em assegurar a educação aos povos indígenas vem
garantindo, assim, a autonomia e soberania dos povos indígenas.
Segundo Albuquerque (2007, p. 87), “Outro ponto definido na Resolução
Estadual de 2001 é que a escola indígena será reconhecida como estabelecimento de
ensino no âmbito da educação básica localizada em terras indígenas”.
6
ALBUQUERQUE, Leonízia0 Santiago de. As políticas públicas para a educação Indígena no
Amazonas. In: MONTEIRO, Aída (org.) – Educação para Diversidade e Cidadania. Concurso
Nacional de Monografias. MEC/SECAD- ANPED. Recife: Ed. Do Organizador, 2007.
Correspondendo, desta feita, ao projeto de vida de cada etnia, e não mais o querer dos
etnocêntricos brancos.
O Projeto Político-Pedadagógico da escola indígena tem que respeitar a cultura
de cada etnia. E a formação dos professores indígenas propõe o conhecimento mais
próximo da realidade dos povos indígenas para facilitar a aprendizagem, através de
didáticas próprias ao currículo dos povos indígenas.
Considerações finais
Compreendemos que trabalhar este tema é também fazer com que a sociedade
conheça melhor a realidade do país exercitando o respeito à diferença em geral dos
diversos povos existentes em nossa nação.
A pluralidade cultural na escola busca não o modelo que prioriza ora os
conhecimentos da sociedade ocidental, ora os conhecimentos das sociedades
indígenas, mas garante que a escola seja um espaço que reflita a realidade de diversos
povos como no caos dos indígenas, na relação atual entre essas diferentes sociedades,
pensando em sua integração nos processos educacionais nas escolas estaduais,
municipais e nas aldeias.
Percebemos que alguns avanços para a inclusão das sociedades indígenas no
processo educacional diferenciado contribuíram na diminuição da visão etnocentrista do
homem branco sobre as sociedades indígenas, porém, há muito a ser realizado.

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Educação indígena e multicultural na Amazônia

  • 1. A EDUCAÇÃO MULTICULTURAL X A EDUCAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA Airam da Silva Barros1 Hebert José Balieiro Teixeira2 Leonides Campos Garcia Filha3 RESUMO: Este artigo elaborado para a disciplina de Sociedades Indígenas, do Curso de Pedagogia, da Universidade do Estado do Amazonas aborda a questão da pluralidade cultural no espaço escolar, tentando reduzir o olhar etnocêntrico sobre os povos nativos. A educação multicultural pretende enfrentar o desafio de manter o equilíbrio entre a cultura local e a universal. Mas, o acesso à educação ainda é de difícil acesso a alguns grupos por várias razões questionáveis, como por exemplo, os grupos indígenas que vivem nas cidades, que por terem uma cultura diferente do branco. Este estudo é de cunho bibliográfico, a qual foi realizada as leituras sobre o tema proposto e o fichamento das obras lidas a qual configurou na construção deste texto. Apresentando a realidade da educação multicultural na Amazônia e fazendo uma breve análise das políticas públicas para a educação indígena no Amazonas. Percebemos que alguns avanços para a inclusão das sociedades indígenas no processo educacional diferenciado contribuíram na diminuição da visão etnocentrista do homem branco sobre as sociedades indígenas, porém, há muito a ser realizado. Este trabalho é de grande relevância para a sociedade pelo fato de alertar sobre o olhar etnocêntrico do homem branco sobre o nativo e ainda de mostrar que o índio tem um olhar próprio diferente do homem branco, e que deve ser respeitado como diferente. PALAVRAS-CHAVE: Educação, Povos indígenas, Pluralidade cultural, educação multicultural, Políticas públicas. Introdução Os educadores percebem o contraste existente entre o material didático disponível sobre o assunto e as informações cotidianamente veiculadas sobre a atuação dos povos indígenas no cenário político nacional. Mesmo tratando estas populações de forma preconceituosa ou idealizada, os noticiários acabam revelando que os povos indígenas são nossos contemporâneos e fazem parte de nosso país. * Trabalho apresentado no Congresso Internacional de Estudantes Universitários (CIEURA), Polo UFAM, Benjamin Constant, Amazonas, Brasil, 2009. 1 2 3 Acadêmica do curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Amazonas/UEA. Avenida Darcy Vargas, 2470, Chapada. 69050-010.
  • 2. O ensino aos alunos sobre a situação política, econômica e social do país, é também fornecer-lhe informações mais corretas e menos preconceituosas a respeito dos povos indígenas. Trabalhar o tema indígena com os alunos é também fazê-los conhecer melhor a realidade do país exercitando o respeito à diferença em geral. Será justamente da diversidade cultural que podemos traçar um panorama das sociedades indígenas. Pretendemos analisar o tema da diversidade cultural segundo os enfoques das diferenças entre as sociedades indígenas e a sociedade dos “brancos”. Alguns dos termos que nossa sociedade impõe às sociedades indígenas são carregados de preconceitos, que valorizam o nosso modo de vida e relegam àquelas sociedades que convencionamos chamar de indígenas. É a partir desse contraste mais amplo com os “brancos”, que diferentes etnias vêm assumindo esta identidade genérica de “índios”. Reconhecemos como semelhantes aquelas características que são comuns à espécie humana: Todos nós atribuímos significado ao mundo e às nossas ações, todos nós vivemos em sociedades e estabelecemos maneiras de relacionamento entre as pessoas, todos nós elaboramos formas de contar o tempo e de explicar o devir histórico e não poderia ser diferente com os indígenas. 1. A pluralidade cultural Amazônica A Amazônia é composta por uma vasta pluralidade cultural, pois existem várias culturas em uma mesma região, numa área tão imensa a ponto de cada povo se distinguir através da sua diversidade, como afirma Hébette (2000, p. 04)4 , “A Amazônia” é feita de diversas sociedades, muito diferentes: as sociedades indígenas (são muitas!), as sociedades ribeirinhas (‘caboclas’), as sociedades em formação nas áreas de colonização, para citar apenas alguns grandes agrupamentos”. Quando a pluralidade cultural é abordada em debates educacionais, questões são apresentadas sobre como trabalhar esse tema em uma sociedade que não valoriza 4 HÉBETTE, Jean. Que Amazônia foi construída nos últimos 25 anos? In: OLIVEIRA, José Aldemir e Pe. Humberto Guidotti. A Igreja arma sua tenda na Amazônia. Manaus: Universidade do Amazonas, 2000.
  • 3. a cultura do outro. Nossa sociedade possui traços marcantes das diversas culturas indígenas, que ao invés de serem valorizadas são discriminadas como culturas inferiores. No olhar etnocêntrico do branco, o nativo ainda está em vias de aperfeiçoamento e evolução, só pelo fato do mesmo estigmatizado por viver na floresta e não em uma sociedade complexa e industrializada que a do branco. Esta visão precisa ser mudada para que de fato este pensamento de ser superior desenraize da ideia de que há culturas superiores e inferiores. Não há superioridade ou inferioridade cultural, o que há é as diferentes culturas que correspondem aos interesses particulares próprios de cada sociedade. Essa diferença é definida como identidade cultural, ou seja, as particularidades que cada sociedade possui em relação à outra cultura. Mas, como as sociedades indígenas são conhecidas? Os povos indígenas possuem sua própria maneira de representar o mundo sobrenatural, ou seja, aquilo que não pode ser explicado de forma racional e lógica, uma delas é através das narrativas de conteúdo altamente simbólico que tratam das origens do mundo, de tempos ancestrais diferentes do nosso, dos seres que nele habitavam e que foram responsáveis pela criação da atual humanidade, pelas demais espécies e por suas capacidades. As várias esferas da vida social encontram-se imbricadas de tal forma que nunca podemos analisá-las isoladamente. Não podemos atingir a dimensão de totalidade que caracteriza a vida social dos povos indígenas a partir da nossa forma linear de escrita que divide os fenômenos em suas várias partes para descrevê-lo. Enquanto para a compreensão da nossa sociedade são adequados os temas como economia, política e religião, outros podem ser mais explicativos para as sociedades indígenas, como é o caso da relação do índio com a natureza, com o mundo sobrenatural e com a sociedade, termos que aparecem em muitos estudos sobre cosmologias indígenas e que por isso podem, em certa medida, ser considerados pertinentes aos seus sistemas de classificação do mundo. 2. A escola regular e a educação multicultural
  • 4. A escola regular ainda tem o pensamento elitista reprodutora impondo os valores e os conceitos da classe média à camada popular, não conseguindo unir a “cultura elaborada” com a “cultura popular”, e por isso não conseguiu resolver a questão de uma educação de qualidade e igualitária para todos. Segundo Gadotti (1992, p. 20)5 , Apesar de muitas pesquisas e estudos, os nossos currículos não conseguiram equacionar adequadamente a relação entre a identidade cultural e o itinerário educativo dos alunos provenientes das camadas populares. Os nossos currículos ainda apresentam aos alunos um pacote de conhecimentos que eles devem aprender, tenham ou não significados para eles. Eles são avaliados – aprovados ou reprovados – em função da assimilação ou não desse pacote de conhecimentos. A teoria de uma educação multicultural vem de contraponto ao nosso currículo atual valorizando a capacidade de pensar com autonomia do estudante, essa teoria prega o pluralismo e o respeito à cultura do estudante, propondo-se instaurar a equidade e o respeito mútuo superando preconceitos. Para Gadotti (1992, p. 21), “A educação multicultural pretende enfrentar o desafio de manter o equilíbrio entre a cultura local, regional, própria de cada grupo social ou minoria étnica, e uma cultura universal, patrimônio hoje da humanidade”. Mas, o acesso à educação ainda é de difícil acesso a alguns grupos por várias razões questionáveis, como por exemplo, os grupos indígenas que vivem nas cidades, que por terem uma cultura diferente do branco são discriminados por professores mal qualificados, sendo excluídos mesmo estando em sala de aula. A educação multicultural pretende analisar os currículos atuais procurando formar professores críticos, para que estes possam se despojar dos seus preconceitos culturais e elaborarem novas metodologias para os estudantes das camadas populares, compreendendo-as na totalidade da sua cultura e visão de mundo. 5 GADOTTI, Moacir – Diversidade Cultural e Educação para Todos. Rio de Janeiro: Graal, 1992, p. 19- 23.
  • 5. A educação multicultural procura resolver os problemas criados pelas diversas culturas em sala de aula e ao mesmo tempo procura apontar estratégias para superação desses problemas. Por isso a escola tem que ser local no seu ponto de partida e sendo internacional e intercultural como ponto de chegada. A autonomia de uma escola não significa que esteja isolada, fechada para outras culturas. Escola autônoma significa escola ousada, curiosa, procurando dialogar com outras culturas e concepções de mundo. O pluralismo significa o diálogo com as outras culturas a partir de uma cultura que se abre às demais como afirma Gadotti (1992, p. 23/24), Mas a escola sozinha não pode dar conta dessa tarefa. Por isso, ela, numa perspectiva intercultural da educação, alia-se a outras instituições culturais. Daí a necessidade de ser autônoma sem autonomia não poderá ser multicultural. Ela deve possibilitar a seus alunos o contato com alunos de outras escolas, possibilitar viagens, encontro de toda sorte de projetos, próprios de cada escola , que a constituam num organismo vivo e atuante no seio da própria sociedade. A escola isolada não pode participar do diálogo com as outras por se manter fechada. Daí a necessidade da interculturalidade com as outras instituições e por isto a escola deve ser autônoma possibilitando aos alunos o conhecimento das outras culturas. 3. Políticas públicas para a educação indígena no Amazonas. A educação nos moldes em que os povos indígenas sempre reivindicaram foi uma conquista puramente do movimento indígena, sendo um desafio para o poder público estadual e municipal amazonense assegurá-lo.
  • 6. De acordo com Albuquerque (2007, p. 64)6 , “A especificidade da educação indígena é um direito garantido pela legislação do país, e somente os indígenas, detentores dessa especificidade, poderão dizer que modelo de educação e escola está adequado a seus modos próprios de viver, pensar e ser”. As políticas indigenistas amadureceram no país, pois deixaram de conceber o índio fadado ao desaparecimento e passaram a reconhecer os índios como indivíduos aptos ao exercício de seus direitos e deveres respeitando a sua diferença cultural. Pois para Albuquerque (2007, p. 65/66), Os princípios firmados nesses dispositivos refletem o amadurecimento da política indigenista do país, que deixa de conceber o índio como um segmento social fadado ao desaparecimento, passando a ser visto como indivíduos aptos ao exercício de seus direitos e de sua cidadania, visto que reconhecem os direitos dos povos indígenas e a “sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições”, enquanto sociedades diferenciadas, “e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam”. No ensino fundamental regular para os povos indígenas é assegurada a utilização de suas línguas maternas e da utilização de metodologias que facilitem a aprendizagem de acordo com a sua tradição. A escola indígena deve ser autônoma garantindo a participação de cada comunidade indígena nas decisões relativas ao funcionamento da escola. Por sua vez, a política educacional indígena no Estado do Amazonas vem se reorganizando e buscando promover uma educação intercultural e diferenciada para os mesmos. A responsabilidade estadual em assegurar a educação aos povos indígenas vem garantindo, assim, a autonomia e soberania dos povos indígenas. Segundo Albuquerque (2007, p. 87), “Outro ponto definido na Resolução Estadual de 2001 é que a escola indígena será reconhecida como estabelecimento de ensino no âmbito da educação básica localizada em terras indígenas”. 6 ALBUQUERQUE, Leonízia0 Santiago de. As políticas públicas para a educação Indígena no Amazonas. In: MONTEIRO, Aída (org.) – Educação para Diversidade e Cidadania. Concurso Nacional de Monografias. MEC/SECAD- ANPED. Recife: Ed. Do Organizador, 2007.
  • 7. Correspondendo, desta feita, ao projeto de vida de cada etnia, e não mais o querer dos etnocêntricos brancos. O Projeto Político-Pedadagógico da escola indígena tem que respeitar a cultura de cada etnia. E a formação dos professores indígenas propõe o conhecimento mais próximo da realidade dos povos indígenas para facilitar a aprendizagem, através de didáticas próprias ao currículo dos povos indígenas. Considerações finais Compreendemos que trabalhar este tema é também fazer com que a sociedade conheça melhor a realidade do país exercitando o respeito à diferença em geral dos diversos povos existentes em nossa nação. A pluralidade cultural na escola busca não o modelo que prioriza ora os conhecimentos da sociedade ocidental, ora os conhecimentos das sociedades indígenas, mas garante que a escola seja um espaço que reflita a realidade de diversos povos como no caos dos indígenas, na relação atual entre essas diferentes sociedades, pensando em sua integração nos processos educacionais nas escolas estaduais, municipais e nas aldeias. Percebemos que alguns avanços para a inclusão das sociedades indígenas no processo educacional diferenciado contribuíram na diminuição da visão etnocentrista do homem branco sobre as sociedades indígenas, porém, há muito a ser realizado.