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ANÁLISE DO DESEMPENHO DE ALGORITMOS EM TOMOGRAFIA DE
IMPEDÂNCIA ELÉTRICA NO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA
Helber R. Ferreira, Harold I. A. Bustos, Wilfredo B. Figuerola
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
Departamento de Informática – Natal - RN- Brasil
helberrodrigues@outlook.com, haroldivan@hotmail.com,
wilfredoblanco@uern.br
INTRODUÇÃO
Este estudo apresenta a técnica de Tomografia de

Impedância Elétrica (TIE) no diagnóstico de câncer
de mama, por meio de simulações feitas a partir do
software
EIDORS
(Electrical
Impedance
Tomography and Diffuse Optical Tomography
Reconstruction Software) e da ferramenta para
cálculos numéricos computacionais OCTAVE.
A implementação teve como ponto de partida o uso
dos algoritmos à priori de Laplace, Noser e
Tikhonov, onde várias análises foram feitas a partir
dos algoritmos propostos.
2 /30
INTRODUÇÃO
A medição da impedância do tecido in vivo, é
possível com os métodos invasivos e não
invasivos (KUMAR et al., 2005) onde dentre os
métodos não invasivos, se inclui a Tomografia
de Impedância Elétrica (TIE).

3 /30
INTRODUÇÃO
Na TIE um arranjo de eletrodos é alocado na
fronteira de um objeto e uma fonte injeta
correntes alternadas (de baixa frequência)
através dos eletrodos e medem-se as
voltagens resultantes na fronteira (Figura 1).

4 /30
INTRODUÇÃO

a)

b)
Figura 1 - Sistema TIE sendo aplicado na medicina.
a) análise pulmonar. b) mamografia.
5 /30
MATERIAL E MÉTODOS
Para a resolução do problema TIE, é
necessário resolver o Problema Direto e o
Problema Inverso.
Com base na função h que relaciona a
distribuição de resistividade ρ no domínio Ω
com os potenciais elétricos v no contorno δΩ
tem-se o seguinte:
h: ρ v

6 /30
MATERIAL E MÉTODOS
Ao determinarmos os potenciais elétricos em
δΩ, conhecendo-se a distribuição de
resistividade e corrente elétrica, temos o
Problema Direto.
Quando determinamos a distribuição de
resistividade em Ω, conhecendo-se os
potenciais elétricos em δΩ e a corrente
elétrica, estamos tratando do Problema
Inverso.
7 /30
MATERIAL E MÉTODOS
Para aplicar a TIE no diagnóstico de câncer mamário, injetase corrente em eletrodos localizados ao redor da mama e
medem-se potenciais elétricos nos demais (Figura 2).

Figura 2: Procedimento de medida dos potenciais nos eletrodos. Extraído
e adaptado de (SZCZEPANIK; RUCKI, 2000 apud RODRIGUEZ, 2010, p. 10).
8 /30
MATERIAL E MÉTODOS
Para a construção da simulação proposta
utilizou-se os softwares livres EIDORS e
OCTAVE, ambos distribuídos sobre os termos
de licença GNU.
OCTAVE

9 /30
MATERIAL E MÉTODOS
Os códigos do EIDORS resolvem o problema
direto e inverso num domínio bidimensional e
foram implementados no OCTAVE, que é um
interpretador de linguagem de alto nível,
destinado para computações numéricas.

10 /30
MATERIAL E MÉTODOS
Para a resolução do problema direto simulou-se o tecido
adiposo de uma mama feminina, um cisto e um tecido
neoplásico maligno (câncer) por meio do Método de
Elementos Finitos FEM (Finite Element Method).
Tabela 1: Valores de condutividade dos tecidos

Tecido

Condutividade Elétrica

Adiposo
Neoplásico Benigno (Cisto)
Neoplásico Maligno (Câncer)

0.12
0.6
1.2

Os dados dos tecidos glandulares utilizados na simulação (Tabela 1)
foram baseados em (KOROTKOVA et al., 2012).
11 /30
MATERIAL E MÉTODOS
Na construção do modelo direto devemos informar ao
EIDORS a quantidade de eletrodos do modelo, o valor de
refinamento da malha, o padrão de estimulação de corrente
nos eletrodos bem como os valores de resistividade de
cada tecido (Tabela 1) e (Tabela 2):
Tabela 2: Requisitos e valores para implementação do modelo direto

Requisitos

Valor

Número de eletrodos

32

Refinamento da malha

2

Padrão de estimulação

adjacente

12 /30
MATERIAL E MÉTODOS


A (Figura 3) mostra o cenário com os dados
processados no modelo direto.

Figura 3: Tanque cilíndrico representando o tecido adiposo da mama (σ = 0.12),
esfera amarela o cisto (σ = 0.6, e esfera vermelha o câncer (σ = 1.2).
13 /30
MATERIAL E MÉTODOS
Para a resolução do modelo inverso, é necessário
informar o algoritmo de regularização. Em nosso
caso foram escolhidos os algoritmos de regularização
do Eidors, PRIOR_TIKHONOV, PRIOR_NOSER e
PRIOR_LAPLACE.

14 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Com base no cenário proposto, análises foram
simuladas nos modelos direto e inverso:



Variação do tamanho da malha
Variações da proximidade dos tecidos neoplásicos

15 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação do tamanho da malha
Na construção do Modelo Direto o multiplicador
maxh é o responsável por definir o refinamento da
malha. Os valores variam de 0.5 (maior
refinamento) a 2.0 (menor refinamento).

16 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação do tamanho da malha
A resolução do Modelo Inverso gerou as imagens a
partir do Modelo Direto apresentado, com variações
dos tamanhos da malha e dos algoritmos
propostos.
A distância Euclidiana de cada imagem também foi
gerada para determinar a correlação entre a
imagem original do modelo direto (Figura 4),
(Figura 5) e (Figura 6).
17 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação do tamanho da malha (Laplace)

Figura 4: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do
desempenho visual de cada valor maxh relacionados ao algoritmo
PRIOR_LAPLACE.
18 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação do tamanho da malha (Noser)

Figura 5: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do
desempenho visual de cada valor maxh relacionados ao algoritmo PRIOR_
NOSER.

19 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação do tamanho da malha (Tikhonov)

Figura 6: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do
desempenho visual de cada valor maxh relacionados ao algoritmo PRIOR_
TIKHONOV.
20 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação do tamanho da malha
Tabela 3: Classificação do valor maxh de melhor êxito para cada algoritmo.
Algoritmo

maxh

Tamanho da malha (nº elementos)

Correlação
(valores próximos a 1 tem maior correlação)

Prior_Laplace

Prior_Noser

Prior_Tikhonov

0.5
2.0
1.0
1.5
0.5
2.0
1.5
1.0
0.5
2.0
1.0
1.5

357945
24709
54190
27932
357945
24709
27932
54190
357945
24709
54190
27932

0.2552
0.2300
0.2273
0.2104
0.6953
0.6766
0.6755
0.6691
0.2404
0.2319
0.2158
0.2068
21 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação da proximidade dos tecidos neoplásicos
A proximidade dos tecidos neoplásicos afeta
diretamente os resultados de alguns dos algoritmos
propostos, como podem ser observados a seguir
(Figura 7), (Figura 8) e (Figura 9):

22 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação da proximidade dos tecidos Neoplásicos

Figura 7: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do
desempenho de cada algoritmo com maior proximidade dos tecidos neoplásicos.
23 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação da proximidade dos tecidos Neoplásicos

Figura 8: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do
desempenho de cada algoritmo com menor proximidade dos tecidos neoplásicos
em relação à figura 7.
24 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação da proximidade dos tecidos Neoplásicos

Figura 9: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do
desempenho de cada algoritmo com menor proximidade dos tecidos neoplásicos
em relação à figura 8.
25 /30
MATERIAL E MÉTODOS
MÉTRICAS
Variação da proximidade dos tecidos Neoplásicos
Tabela 4: Classificação do desempenho de cada algoritmo com relação à
proximidade entre os tecidos neoplásicos.
Algoritmo
Prior_Laplace
Prior_Noser
Prior_Tikhonov
Prior_Laplace
Prior_Noser
Prior_Tikhonov
Prior_Laplace
Prior_Noser
Prior_Tikhonov

Figura
7
7
7
8
8
8
9
9
9

Correlação pelo fator proximidade
(valores próximos a 1 tem maior correlação)
0.3473
0.4189
0.2997
0.4403
0.4994
0.3732
0.3698
0.4218
0.3252
26 /30
DISCUSSÃO
VARIAÇÃO DO TAMANHO DA MALHA

O algoritmo de Noser obteve melhor
desempenho em todos os tamanhos de malha
analisados, sendo que os algoritmos de
Laplace e Tikhonov apresentaram resultados
similares.

27 /30
DISCUSSÃO
VARIAÇÃO DA PROXIMIDADE DOS TECIDOS
NEOPLÁSICOS

Quanto à proximidade entre os tecidos
neoplásicos, o algoritmo de Noser também
obteve melhores resultados apresentando
menor distorção da imagem resultante,
seguido do algoritmo de Laplace e por último,
Tikhonov.

28 /30
CONCLUSÃO
 Por meio da modelagem e simulação, a reconstrução de
imagens em TIE se mostra uma grande aliada na
detecção de neoplasias mamárias;
 método totalmente não invasivo, seu uso em exames
clínicos pode desempenhar um papel fundamental na
melhoria do prognóstico;
 Ferramenta complementar a outros tipos de exames,
como a mamografia.

29 /30
REFERÊNCIAS











AGRAWAL, A. K. at al. Impedance Tomography in Diagnosing Breast
Cancer. Adv Clin Exp Med, p. 1313–1317, 2005.
AGUILAR, J. C. Z. Estudos numéricos para o problema da tomografia
por impedância elétrica. São Paulo Instituto de Matemática e Estatística
da Universidade de São Paulo p. 1 – 120, 2009.
EIDORS. Electrical Impedance Tomography and Diffuse Optical
Tomography Reconstruction Software. Disponível em:
<http://eidors3d.sourceforge.net>. Acesso em 18 de Julho, 2013.
KOROTKOVA, M. Standards for Electrical Impedance Mammography.
Yaroslavl, Russia, p. 165 – 169, 1012.
PEIXOTO, A; VELHO, L. Transformadas de Distância, PUC-Rio, p. 4,
2000.
RODRIGUEZ, S. Procedimento de medida de condutividade in vivo para
desenvolver um atlas anatômico de tomografia por impedância elétrica.
São Paulo Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, p. 1-104,
2010.
VINCINI, L. Análise multivariada da teoria à prática. UFSM, Santa Maria,
RS, p. 23-24, 2005.
30 /30

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  • 1. ANÁLISE DO DESEMPENHO DE ALGORITMOS EM TOMOGRAFIA DE IMPEDÂNCIA ELÉTRICA NO DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA Helber R. Ferreira, Harold I. A. Bustos, Wilfredo B. Figuerola Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Departamento de Informática – Natal - RN- Brasil helberrodrigues@outlook.com, haroldivan@hotmail.com, wilfredoblanco@uern.br
  • 2. INTRODUÇÃO Este estudo apresenta a técnica de Tomografia de Impedância Elétrica (TIE) no diagnóstico de câncer de mama, por meio de simulações feitas a partir do software EIDORS (Electrical Impedance Tomography and Diffuse Optical Tomography Reconstruction Software) e da ferramenta para cálculos numéricos computacionais OCTAVE. A implementação teve como ponto de partida o uso dos algoritmos à priori de Laplace, Noser e Tikhonov, onde várias análises foram feitas a partir dos algoritmos propostos. 2 /30
  • 3. INTRODUÇÃO A medição da impedância do tecido in vivo, é possível com os métodos invasivos e não invasivos (KUMAR et al., 2005) onde dentre os métodos não invasivos, se inclui a Tomografia de Impedância Elétrica (TIE). 3 /30
  • 4. INTRODUÇÃO Na TIE um arranjo de eletrodos é alocado na fronteira de um objeto e uma fonte injeta correntes alternadas (de baixa frequência) através dos eletrodos e medem-se as voltagens resultantes na fronteira (Figura 1). 4 /30
  • 5. INTRODUÇÃO a) b) Figura 1 - Sistema TIE sendo aplicado na medicina. a) análise pulmonar. b) mamografia. 5 /30
  • 6. MATERIAL E MÉTODOS Para a resolução do problema TIE, é necessário resolver o Problema Direto e o Problema Inverso. Com base na função h que relaciona a distribuição de resistividade ρ no domínio Ω com os potenciais elétricos v no contorno δΩ tem-se o seguinte: h: ρ v 6 /30
  • 7. MATERIAL E MÉTODOS Ao determinarmos os potenciais elétricos em δΩ, conhecendo-se a distribuição de resistividade e corrente elétrica, temos o Problema Direto. Quando determinamos a distribuição de resistividade em Ω, conhecendo-se os potenciais elétricos em δΩ e a corrente elétrica, estamos tratando do Problema Inverso. 7 /30
  • 8. MATERIAL E MÉTODOS Para aplicar a TIE no diagnóstico de câncer mamário, injetase corrente em eletrodos localizados ao redor da mama e medem-se potenciais elétricos nos demais (Figura 2). Figura 2: Procedimento de medida dos potenciais nos eletrodos. Extraído e adaptado de (SZCZEPANIK; RUCKI, 2000 apud RODRIGUEZ, 2010, p. 10). 8 /30
  • 9. MATERIAL E MÉTODOS Para a construção da simulação proposta utilizou-se os softwares livres EIDORS e OCTAVE, ambos distribuídos sobre os termos de licença GNU. OCTAVE 9 /30
  • 10. MATERIAL E MÉTODOS Os códigos do EIDORS resolvem o problema direto e inverso num domínio bidimensional e foram implementados no OCTAVE, que é um interpretador de linguagem de alto nível, destinado para computações numéricas. 10 /30
  • 11. MATERIAL E MÉTODOS Para a resolução do problema direto simulou-se o tecido adiposo de uma mama feminina, um cisto e um tecido neoplásico maligno (câncer) por meio do Método de Elementos Finitos FEM (Finite Element Method). Tabela 1: Valores de condutividade dos tecidos Tecido Condutividade Elétrica Adiposo Neoplásico Benigno (Cisto) Neoplásico Maligno (Câncer) 0.12 0.6 1.2 Os dados dos tecidos glandulares utilizados na simulação (Tabela 1) foram baseados em (KOROTKOVA et al., 2012). 11 /30
  • 12. MATERIAL E MÉTODOS Na construção do modelo direto devemos informar ao EIDORS a quantidade de eletrodos do modelo, o valor de refinamento da malha, o padrão de estimulação de corrente nos eletrodos bem como os valores de resistividade de cada tecido (Tabela 1) e (Tabela 2): Tabela 2: Requisitos e valores para implementação do modelo direto Requisitos Valor Número de eletrodos 32 Refinamento da malha 2 Padrão de estimulação adjacente 12 /30
  • 13. MATERIAL E MÉTODOS  A (Figura 3) mostra o cenário com os dados processados no modelo direto. Figura 3: Tanque cilíndrico representando o tecido adiposo da mama (σ = 0.12), esfera amarela o cisto (σ = 0.6, e esfera vermelha o câncer (σ = 1.2). 13 /30
  • 14. MATERIAL E MÉTODOS Para a resolução do modelo inverso, é necessário informar o algoritmo de regularização. Em nosso caso foram escolhidos os algoritmos de regularização do Eidors, PRIOR_TIKHONOV, PRIOR_NOSER e PRIOR_LAPLACE. 14 /30
  • 15. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Com base no cenário proposto, análises foram simuladas nos modelos direto e inverso:   Variação do tamanho da malha Variações da proximidade dos tecidos neoplásicos 15 /30
  • 16. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação do tamanho da malha Na construção do Modelo Direto o multiplicador maxh é o responsável por definir o refinamento da malha. Os valores variam de 0.5 (maior refinamento) a 2.0 (menor refinamento). 16 /30
  • 17. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação do tamanho da malha A resolução do Modelo Inverso gerou as imagens a partir do Modelo Direto apresentado, com variações dos tamanhos da malha e dos algoritmos propostos. A distância Euclidiana de cada imagem também foi gerada para determinar a correlação entre a imagem original do modelo direto (Figura 4), (Figura 5) e (Figura 6). 17 /30
  • 18. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação do tamanho da malha (Laplace) Figura 4: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do desempenho visual de cada valor maxh relacionados ao algoritmo PRIOR_LAPLACE. 18 /30
  • 19. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação do tamanho da malha (Noser) Figura 5: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do desempenho visual de cada valor maxh relacionados ao algoritmo PRIOR_ NOSER. 19 /30
  • 20. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação do tamanho da malha (Tikhonov) Figura 6: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do desempenho visual de cada valor maxh relacionados ao algoritmo PRIOR_ TIKHONOV. 20 /30
  • 21. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação do tamanho da malha Tabela 3: Classificação do valor maxh de melhor êxito para cada algoritmo. Algoritmo maxh Tamanho da malha (nº elementos) Correlação (valores próximos a 1 tem maior correlação) Prior_Laplace Prior_Noser Prior_Tikhonov 0.5 2.0 1.0 1.5 0.5 2.0 1.5 1.0 0.5 2.0 1.0 1.5 357945 24709 54190 27932 357945 24709 27932 54190 357945 24709 54190 27932 0.2552 0.2300 0.2273 0.2104 0.6953 0.6766 0.6755 0.6691 0.2404 0.2319 0.2158 0.2068 21 /30
  • 22. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação da proximidade dos tecidos neoplásicos A proximidade dos tecidos neoplásicos afeta diretamente os resultados de alguns dos algoritmos propostos, como podem ser observados a seguir (Figura 7), (Figura 8) e (Figura 9): 22 /30
  • 23. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação da proximidade dos tecidos Neoplásicos Figura 7: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do desempenho de cada algoritmo com maior proximidade dos tecidos neoplásicos. 23 /30
  • 24. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação da proximidade dos tecidos Neoplásicos Figura 8: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do desempenho de cada algoritmo com menor proximidade dos tecidos neoplásicos em relação à figura 7. 24 /30
  • 25. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação da proximidade dos tecidos Neoplásicos Figura 9: Imagens do Modelo Inverso, Distância Euclidiana e Gráfico do desempenho de cada algoritmo com menor proximidade dos tecidos neoplásicos em relação à figura 8. 25 /30
  • 26. MATERIAL E MÉTODOS MÉTRICAS Variação da proximidade dos tecidos Neoplásicos Tabela 4: Classificação do desempenho de cada algoritmo com relação à proximidade entre os tecidos neoplásicos. Algoritmo Prior_Laplace Prior_Noser Prior_Tikhonov Prior_Laplace Prior_Noser Prior_Tikhonov Prior_Laplace Prior_Noser Prior_Tikhonov Figura 7 7 7 8 8 8 9 9 9 Correlação pelo fator proximidade (valores próximos a 1 tem maior correlação) 0.3473 0.4189 0.2997 0.4403 0.4994 0.3732 0.3698 0.4218 0.3252 26 /30
  • 27. DISCUSSÃO VARIAÇÃO DO TAMANHO DA MALHA O algoritmo de Noser obteve melhor desempenho em todos os tamanhos de malha analisados, sendo que os algoritmos de Laplace e Tikhonov apresentaram resultados similares. 27 /30
  • 28. DISCUSSÃO VARIAÇÃO DA PROXIMIDADE DOS TECIDOS NEOPLÁSICOS Quanto à proximidade entre os tecidos neoplásicos, o algoritmo de Noser também obteve melhores resultados apresentando menor distorção da imagem resultante, seguido do algoritmo de Laplace e por último, Tikhonov. 28 /30
  • 29. CONCLUSÃO  Por meio da modelagem e simulação, a reconstrução de imagens em TIE se mostra uma grande aliada na detecção de neoplasias mamárias;  método totalmente não invasivo, seu uso em exames clínicos pode desempenhar um papel fundamental na melhoria do prognóstico;  Ferramenta complementar a outros tipos de exames, como a mamografia. 29 /30
  • 30. REFERÊNCIAS        AGRAWAL, A. K. at al. Impedance Tomography in Diagnosing Breast Cancer. Adv Clin Exp Med, p. 1313–1317, 2005. AGUILAR, J. C. Z. Estudos numéricos para o problema da tomografia por impedância elétrica. São Paulo Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo p. 1 – 120, 2009. EIDORS. Electrical Impedance Tomography and Diffuse Optical Tomography Reconstruction Software. Disponível em: <http://eidors3d.sourceforge.net>. Acesso em 18 de Julho, 2013. KOROTKOVA, M. Standards for Electrical Impedance Mammography. Yaroslavl, Russia, p. 165 – 169, 1012. PEIXOTO, A; VELHO, L. Transformadas de Distância, PUC-Rio, p. 4, 2000. RODRIGUEZ, S. Procedimento de medida de condutividade in vivo para desenvolver um atlas anatômico de tomografia por impedância elétrica. São Paulo Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, p. 1-104, 2010. VINCINI, L. Análise multivariada da teoria à prática. UFSM, Santa Maria, RS, p. 23-24, 2005. 30 /30