SlideShare a Scribd company logo
1 of 7
Download to read offline
FÍSICA – LICENCIATURA – EAD
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA
AULA 1 – FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS CONJUNTOS:
1.1 – INTRODUÇÃO:
A idéia intuitiva de Conjunto é tão antiga quanto à idéia de números, e embora essa idéia
sempre tenha existido no pensamento humano e na Matemática, de modo geral, ela só recebeu
um tratamento formal e sistemático no final do século XIX, dado pelo matemático russo Georg
Cantor (1845-1918), que é o criador da Teoria dos Conjuntos.
Os conceitos de Conjunto e Elemento de um Conjunto são primitivos, isto é, não têm
definição, o que não significa que os conjuntos não devam ser devidamente caracterizados.
Dizemos que um conjunto está caracterizado quando conhecemos os seus elementos.
De modo geral, os conjuntos são designados por letras maiúsculas A, B, C, etc, e seus
elementos por letras minúsculas a, b, c, etc.
Assim, dado um elemento x qualquer e um conjunto A, temos duas opções:
a – se x é elemento de A, escrevemos Ax ∈ (lê-se: “x pertence a A”);
b – se x não é elemento de A, escrevemos Ax ∉ (lê-se: “x não pertence a A”).
Podemos determinar ou indicar um Conjunto de duas maneiras:
1a
: Pela designação de seus elementos:
Neste caso, descrevemos, um a um, todos os elementos desse conjunto colocando-os entre
chaves. Por exemplo, se A é conjunto de todas as vogais, então { }uoieaA ,,,,= .
2a
: Pela propriedade de seus elementos:
Neste caso, designamos uma propriedade comum a todos os elementos do conjunto. Por
exemplo, se A é o conjunto de todos os números Naturais e maiores que 5, podemos escrever:
{ }5/ >= xeNaturaléxxA (lê-se: “x tal que x é Natural e x maior que 5”)
Em outra notação: { }L,9,8,7,6=A
FÍSICA – LICENCIATURA – EAD
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
OBSERVAÇÃO:
Um conjunto pode ainda ser representado na forma de diagramas, conforme o exemplo
abaixo, onde indicamos o conjunto { }5,4,3,2,1=A .
1.2 – CONJUNTO UNITÁRIO E CONJUNTO VAZIO:
Se um Conjunto possui um único elemento, ele é chamado de Conjunto Unitário. Se o
Conjunto não possui nenhum elemento, ele será chamado de Conjunto Vazio e representado
pelos símbolos φ ou { }.
EXEMPLOS:
01) { } { }453/ =⇒<<= AxeNaturaléxxA (Conjunto Unitário)
02) { } { }HorizonteBeloBGeraisMinasdecapitaléxxB =⇒= / (Conjunto Unitário)
03) { } φ=⇒<<= CxeNaturaléxxC 43/ (Conjunto Vazio)
04) { } φ=⇒><= DxexxD 53/ (Conjunto Vazio)
1.3 – INCLUSÃO:
Dizemos que um Conjunto A está contido em um Conjunto B se todo elemento de A também
for elemento de B.
Indicamos por: BA ⊂ ou AB ⊃ (lê-se: “A está contido em B” ou “B contém A”).
Neste caso, dizemos que A é um subconjunto de B.
Se o Conjunto A não estiver contido em B, escrevemos BA ⊄ .
A
1
2
3
4
5
FÍSICA – LICENCIATURA – EAD
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
EXEMPLOS:
01) { }7,6,5=A e { } BAxeNaturaléxxB ⊂⇒<<= 81/
02) { }ParNaturaléxxA /= e { } ABB ⊂⇒= 8,6,4,2 .
03) { },5,4,3,2,1=A e { } BAB ⊄⇒= 10,9,8,7
04) { },3,2,1=A e { } BAB ⊄⇒= 5,4,3
OBSERVAÇÕES:
01) Todo Conjunto está contido em si mesmo ( )AA ⊂ . Portanto, todo Conjunto é subconjunto
de si próprio.
02) O Conjunto Vazio está contido em qualquer Conjunto.
1.4 – INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS:
Dados dois Conjuntos A e B, chama-se Conjunto Interseção, ou simplesmente Interseção, de
A e B ao Conjunto formado pelos elementos comuns aos dois Conjuntos.
Representamos a Interseção de A e B por BA ∩ (lê-se: “A inter B”)
EXEMPLOS:
01) { }4,3,2=A e { }6,5,4,3=B
Neste caso: { }4,3=∩ BA
Na forma de diagramas:
02) { }3,2,1=A e { }6,5,4=B
Neste caso: φ=∩ BA
A e B são Disjuntos.
2
3
4
5
6
A B
1
2
3
4
5
6
A B
FÍSICA – LICENCIATURA – EAD
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
03) { },3,2,1=A e { }5,4,3,2,1=B
Neste caso: ABA =∩
1.5 – UNIÃO DE CONJUNTOS:
Dados dois Conjuntos A e B, chama-se Conjunto União, ou simplesmente União de A e B ao
Conjunto formado pelos elementos que pertencem a A ou a B.
Indicamos por BA ∪ (lê-se: “A união B”).
EXEMPLOS:
01) { }3,2,1=A e { }5,4,3,2=B
{ }5,4,3,2,1=∪ BA
02) { }3,2,1=A e { }6,5,4=B
{ }6,5,4,3,2,1=∪ BA
03) φ=A e { }5,4,3,2,1=B
{ } BBABA =∪⇒=∪ 5,4,3,2,1
04) { }3,2,1=A e { }5,4,3,2,1=B
{ } BBABA =∪⇒=∪ 5,4,3,2,1
1.6 – DIFERENÇA ENTRE CONJUNTOS:
Dados dois Conjuntos A e B, chama-se Conjunto Diferença, ou simplesmente Diferença entre
A e B ao Conjunto formado pelos elementos de A que não pertencem a B.
Indicamos a Diferença por BA − (lê-se: “A menos B”).
ATENÇÃO: A Diferença BA − não é necessariamente igual à Diferença AB − .
1
2
3
4
5
A
B
FÍSICA – LICENCIATURA – EAD
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
EXEMPLOS:
01) { }5,4,3,2,1=A e { }7,6,5,4,3=B
{ }2,1=− BA e { }7,6=− AB
02) { }4,3,2,1=A e { }8,7,6,5=B
{ } ABABA =−⇒=− 4,3,2,1
{ } BABAB =−⇒=− 8,7,6,5
03) { }3,2,1=A e { }5,4,3,2,1=B
φ=− BA e { }5,4=− AB
1.7 – CONJUNTO COMPLEMENTAR:
Dados dois Conjuntos A e B, de modo que AB ⊂ , chamamos de Conjunto Complementar de
B em relação a A, ou simplesmente Complemento de B em A, à diferença BA − .
Indicamos por BCA
(lê-se: “Complemento de B em A”).
EXEMPLOS:
01) { }6,5,4,3,2,1=A e { }6,5=B
Neste caso: { }4,3,2,1=−= BABCA
e φ=−= ABACB
02) { }8,7,6,5,4,3,2,1=A e { }5,4,3,2,1=B
Neste caso: { }8,7,6=−= BABAC e φ=−= ABABC
FÍSICA – LICENCIATURA – EAD
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
APLICAÇÕES:
01) Dados os conjuntos { }7,3,2,1=A , { }5,4,3=B e { }7,6,5,1=C , determine o conjunto D , sabendo
que { }7,3=∩ DA , { }5,3=∩ DB , { }7,6,5=∩ DC e ( ) 4=Dn , onde ( )Dn é o número de
elementos do conjunto D .
SOLUÇÃO:
{ } DeDDA ∈∈⇒=∩ 737,3
{ } DeDDB ∈∈⇒=∩ 535,3
{ } DeDDDC ∈∈∈⇒=∩ 76;57,6,5
Como ( ) 4=Dn , então { }7,6,5,3=D
02) Sendo { }4,3,2,1=A , { }6,5,4,3=B e { }7,6,5,4=C , encontre ( ) ( )CBBA ∪−∩ .
SOLUÇÃO:
Temos:
{ }
{ }


=∪
=∩
7,6,5,4,3
4,3
CB
BA
Portanto: ( ) ( ) { } { } φ=−=∪−∩ 7,6,5,4,34,3CBBA
03) Numa empresa foi realizado um concurso escrito constituído de dois problemas A e B ; 340
candidatos acertaram somente um problema, 300 acertaram o segundo, 120 acertaram os
dois e 250 erraram o primeiro. Quantos candidatos fizeram a prova?
SOLUÇÃO:
Para a resolução de problemas como este, o uso de diagramas torna a solução muito mais
simples. Vamos construir, então, os diagramas, chamando de U o conjunto de todos os
candidatos ( =U Conjunto Universo).
FÍSICA – LICENCIATURA – EAD
Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG
Portanto: ( ) ( ) 53070180120160 =⇒+++= UnUn candidatos.
A B
U
160 120 180
70

More Related Content

What's hot

What's hot (19)

Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
 
Intervalos Reais, Relações e Funções (AP 03)
Intervalos Reais, Relações e Funções (AP 03)Intervalos Reais, Relações e Funções (AP 03)
Intervalos Reais, Relações e Funções (AP 03)
 
15 aula operacoes com conjuntos
15 aula   operacoes com conjuntos15 aula   operacoes com conjuntos
15 aula operacoes com conjuntos
 
Wania regia 5º aula
Wania regia     5º aulaWania regia     5º aula
Wania regia 5º aula
 
áLgebra 1 vol1 - uff cederj
áLgebra 1   vol1 - uff cederjáLgebra 1   vol1 - uff cederj
áLgebra 1 vol1 - uff cederj
 
Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
 
Matemática conjuntos
Matemática   conjuntosMatemática   conjuntos
Matemática conjuntos
 
Teoria de conjuntos
Teoria de conjuntosTeoria de conjuntos
Teoria de conjuntos
 
00Capítulo 2-conjuntos (1)
00Capítulo 2-conjuntos (1)00Capítulo 2-conjuntos (1)
00Capítulo 2-conjuntos (1)
 
Matematica discreta
Matematica discretaMatematica discreta
Matematica discreta
 
Conjuntos e Intervalos
Conjuntos e IntervalosConjuntos e Intervalos
Conjuntos e Intervalos
 
Operações com intervalos
Operações com intervalosOperações com intervalos
Operações com intervalos
 
Intervalos Reais
Intervalos ReaisIntervalos Reais
Intervalos Reais
 
Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
 
Conjuntos Numéricos - parte 1
Conjuntos Numéricos - parte 1Conjuntos Numéricos - parte 1
Conjuntos Numéricos - parte 1
 
17 aula intervalos reais
17 aula   intervalos reais17 aula   intervalos reais
17 aula intervalos reais
 
Teoria dos Conjuntos
Teoria dos ConjuntosTeoria dos Conjuntos
Teoria dos Conjuntos
 
01 - Conjuntos
01 - Conjuntos01 - Conjuntos
01 - Conjuntos
 
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - EQUAÇÃO DE 3º GRAU
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - EQUAÇÃO DE 3º GRAUANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - EQUAÇÃO DE 3º GRAU
ANTONIO CLAUDIO LAGE BUFFARA RESPONDE: QUESTÕES PUC-RIO - EQUAÇÃO DE 3º GRAU
 

Similar to Fundamentos aula01

Apostila 001 conjuntos operações
Apostila  001 conjuntos operaçõesApostila  001 conjuntos operações
Apostila 001 conjuntos operações
con_seguir
 
C:\Documents And Settings\Beth\Desktop\Blog Ceal Enoemia\Conjuntos
C:\Documents And Settings\Beth\Desktop\Blog Ceal Enoemia\ConjuntosC:\Documents And Settings\Beth\Desktop\Blog Ceal Enoemia\Conjuntos
C:\Documents And Settings\Beth\Desktop\Blog Ceal Enoemia\Conjuntos
bethbal
 
Matematica - conjuntos
Matematica - conjuntosMatematica - conjuntos
Matematica - conjuntos
littlevic4
 
Aula 3 conjuntos
Aula 3   conjuntosAula 3   conjuntos
Aula 3 conjuntos
SoterO o/
 
Nota aula 01
Nota aula 01Nota aula 01
Nota aula 01
Pitterpp
 

Similar to Fundamentos aula01 (20)

001+-+TEORIA+DOS+CONJUNTOS.pptx
001+-+TEORIA+DOS+CONJUNTOS.pptx001+-+TEORIA+DOS+CONJUNTOS.pptx
001+-+TEORIA+DOS+CONJUNTOS.pptx
 
Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
 
Teoria dos Conjuntos
Teoria dos ConjuntosTeoria dos Conjuntos
Teoria dos Conjuntos
 
Aula 1 conjuntos
Aula 1   conjuntosAula 1   conjuntos
Aula 1 conjuntos
 
Apostila 001 conjuntos operações
Apostila  001 conjuntos operaçõesApostila  001 conjuntos operações
Apostila 001 conjuntos operações
 
C:\Documents And Settings\Beth\Desktop\Blog Ceal Enoemia\Conjuntos
C:\Documents And Settings\Beth\Desktop\Blog Ceal Enoemia\ConjuntosC:\Documents And Settings\Beth\Desktop\Blog Ceal Enoemia\Conjuntos
C:\Documents And Settings\Beth\Desktop\Blog Ceal Enoemia\Conjuntos
 
Conj num e interv
Conj num e intervConj num e interv
Conj num e interv
 
Matematica - conjuntos
Matematica - conjuntosMatematica - conjuntos
Matematica - conjuntos
 
252779 conjuntos
252779 conjuntos252779 conjuntos
252779 conjuntos
 
Aula 3 conjuntos
Aula 3   conjuntosAula 3   conjuntos
Aula 3 conjuntos
 
Conjuntos apostila i
Conjuntos apostila iConjuntos apostila i
Conjuntos apostila i
 
Matematica mundiar
Matematica mundiarMatematica mundiar
Matematica mundiar
 
01 teoria-dos-conjuntos1
01 teoria-dos-conjuntos101 teoria-dos-conjuntos1
01 teoria-dos-conjuntos1
 
01-teoria-dos-conjuntos1.pdf
01-teoria-dos-conjuntos1.pdf01-teoria-dos-conjuntos1.pdf
01-teoria-dos-conjuntos1.pdf
 
doc_matematica__1166267745.ppt
doc_matematica__1166267745.pptdoc_matematica__1166267745.ppt
doc_matematica__1166267745.ppt
 
Nota aula 01
Nota aula 01Nota aula 01
Nota aula 01
 
Conjuntos básico cleiton pinto
Conjuntos básico   cleiton pintoConjuntos básico   cleiton pinto
Conjuntos básico cleiton pinto
 
Slides sobre conjuntos
Slides sobre conjuntosSlides sobre conjuntos
Slides sobre conjuntos
 
Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
 
Alms raciocinio logico
Alms raciocinio logicoAlms raciocinio logico
Alms raciocinio logico
 

Recently uploaded

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
azulassessoria9
 

Recently uploaded (20)

Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 

Fundamentos aula01

  • 1. FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA AULA 1 – FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS CONJUNTOS: 1.1 – INTRODUÇÃO: A idéia intuitiva de Conjunto é tão antiga quanto à idéia de números, e embora essa idéia sempre tenha existido no pensamento humano e na Matemática, de modo geral, ela só recebeu um tratamento formal e sistemático no final do século XIX, dado pelo matemático russo Georg Cantor (1845-1918), que é o criador da Teoria dos Conjuntos. Os conceitos de Conjunto e Elemento de um Conjunto são primitivos, isto é, não têm definição, o que não significa que os conjuntos não devam ser devidamente caracterizados. Dizemos que um conjunto está caracterizado quando conhecemos os seus elementos. De modo geral, os conjuntos são designados por letras maiúsculas A, B, C, etc, e seus elementos por letras minúsculas a, b, c, etc. Assim, dado um elemento x qualquer e um conjunto A, temos duas opções: a – se x é elemento de A, escrevemos Ax ∈ (lê-se: “x pertence a A”); b – se x não é elemento de A, escrevemos Ax ∉ (lê-se: “x não pertence a A”). Podemos determinar ou indicar um Conjunto de duas maneiras: 1a : Pela designação de seus elementos: Neste caso, descrevemos, um a um, todos os elementos desse conjunto colocando-os entre chaves. Por exemplo, se A é conjunto de todas as vogais, então { }uoieaA ,,,,= . 2a : Pela propriedade de seus elementos: Neste caso, designamos uma propriedade comum a todos os elementos do conjunto. Por exemplo, se A é o conjunto de todos os números Naturais e maiores que 5, podemos escrever: { }5/ >= xeNaturaléxxA (lê-se: “x tal que x é Natural e x maior que 5”) Em outra notação: { }L,9,8,7,6=A
  • 2. FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG OBSERVAÇÃO: Um conjunto pode ainda ser representado na forma de diagramas, conforme o exemplo abaixo, onde indicamos o conjunto { }5,4,3,2,1=A . 1.2 – CONJUNTO UNITÁRIO E CONJUNTO VAZIO: Se um Conjunto possui um único elemento, ele é chamado de Conjunto Unitário. Se o Conjunto não possui nenhum elemento, ele será chamado de Conjunto Vazio e representado pelos símbolos φ ou { }. EXEMPLOS: 01) { } { }453/ =⇒<<= AxeNaturaléxxA (Conjunto Unitário) 02) { } { }HorizonteBeloBGeraisMinasdecapitaléxxB =⇒= / (Conjunto Unitário) 03) { } φ=⇒<<= CxeNaturaléxxC 43/ (Conjunto Vazio) 04) { } φ=⇒><= DxexxD 53/ (Conjunto Vazio) 1.3 – INCLUSÃO: Dizemos que um Conjunto A está contido em um Conjunto B se todo elemento de A também for elemento de B. Indicamos por: BA ⊂ ou AB ⊃ (lê-se: “A está contido em B” ou “B contém A”). Neste caso, dizemos que A é um subconjunto de B. Se o Conjunto A não estiver contido em B, escrevemos BA ⊄ . A 1 2 3 4 5
  • 3. FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG EXEMPLOS: 01) { }7,6,5=A e { } BAxeNaturaléxxB ⊂⇒<<= 81/ 02) { }ParNaturaléxxA /= e { } ABB ⊂⇒= 8,6,4,2 . 03) { },5,4,3,2,1=A e { } BAB ⊄⇒= 10,9,8,7 04) { },3,2,1=A e { } BAB ⊄⇒= 5,4,3 OBSERVAÇÕES: 01) Todo Conjunto está contido em si mesmo ( )AA ⊂ . Portanto, todo Conjunto é subconjunto de si próprio. 02) O Conjunto Vazio está contido em qualquer Conjunto. 1.4 – INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS: Dados dois Conjuntos A e B, chama-se Conjunto Interseção, ou simplesmente Interseção, de A e B ao Conjunto formado pelos elementos comuns aos dois Conjuntos. Representamos a Interseção de A e B por BA ∩ (lê-se: “A inter B”) EXEMPLOS: 01) { }4,3,2=A e { }6,5,4,3=B Neste caso: { }4,3=∩ BA Na forma de diagramas: 02) { }3,2,1=A e { }6,5,4=B Neste caso: φ=∩ BA A e B são Disjuntos. 2 3 4 5 6 A B 1 2 3 4 5 6 A B
  • 4. FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 03) { },3,2,1=A e { }5,4,3,2,1=B Neste caso: ABA =∩ 1.5 – UNIÃO DE CONJUNTOS: Dados dois Conjuntos A e B, chama-se Conjunto União, ou simplesmente União de A e B ao Conjunto formado pelos elementos que pertencem a A ou a B. Indicamos por BA ∪ (lê-se: “A união B”). EXEMPLOS: 01) { }3,2,1=A e { }5,4,3,2=B { }5,4,3,2,1=∪ BA 02) { }3,2,1=A e { }6,5,4=B { }6,5,4,3,2,1=∪ BA 03) φ=A e { }5,4,3,2,1=B { } BBABA =∪⇒=∪ 5,4,3,2,1 04) { }3,2,1=A e { }5,4,3,2,1=B { } BBABA =∪⇒=∪ 5,4,3,2,1 1.6 – DIFERENÇA ENTRE CONJUNTOS: Dados dois Conjuntos A e B, chama-se Conjunto Diferença, ou simplesmente Diferença entre A e B ao Conjunto formado pelos elementos de A que não pertencem a B. Indicamos a Diferença por BA − (lê-se: “A menos B”). ATENÇÃO: A Diferença BA − não é necessariamente igual à Diferença AB − . 1 2 3 4 5 A B
  • 5. FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG EXEMPLOS: 01) { }5,4,3,2,1=A e { }7,6,5,4,3=B { }2,1=− BA e { }7,6=− AB 02) { }4,3,2,1=A e { }8,7,6,5=B { } ABABA =−⇒=− 4,3,2,1 { } BABAB =−⇒=− 8,7,6,5 03) { }3,2,1=A e { }5,4,3,2,1=B φ=− BA e { }5,4=− AB 1.7 – CONJUNTO COMPLEMENTAR: Dados dois Conjuntos A e B, de modo que AB ⊂ , chamamos de Conjunto Complementar de B em relação a A, ou simplesmente Complemento de B em A, à diferença BA − . Indicamos por BCA (lê-se: “Complemento de B em A”). EXEMPLOS: 01) { }6,5,4,3,2,1=A e { }6,5=B Neste caso: { }4,3,2,1=−= BABCA e φ=−= ABACB 02) { }8,7,6,5,4,3,2,1=A e { }5,4,3,2,1=B Neste caso: { }8,7,6=−= BABAC e φ=−= ABABC
  • 6. FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG APLICAÇÕES: 01) Dados os conjuntos { }7,3,2,1=A , { }5,4,3=B e { }7,6,5,1=C , determine o conjunto D , sabendo que { }7,3=∩ DA , { }5,3=∩ DB , { }7,6,5=∩ DC e ( ) 4=Dn , onde ( )Dn é o número de elementos do conjunto D . SOLUÇÃO: { } DeDDA ∈∈⇒=∩ 737,3 { } DeDDB ∈∈⇒=∩ 535,3 { } DeDDDC ∈∈∈⇒=∩ 76;57,6,5 Como ( ) 4=Dn , então { }7,6,5,3=D 02) Sendo { }4,3,2,1=A , { }6,5,4,3=B e { }7,6,5,4=C , encontre ( ) ( )CBBA ∪−∩ . SOLUÇÃO: Temos: { } { }   =∪ =∩ 7,6,5,4,3 4,3 CB BA Portanto: ( ) ( ) { } { } φ=−=∪−∩ 7,6,5,4,34,3CBBA 03) Numa empresa foi realizado um concurso escrito constituído de dois problemas A e B ; 340 candidatos acertaram somente um problema, 300 acertaram o segundo, 120 acertaram os dois e 250 erraram o primeiro. Quantos candidatos fizeram a prova? SOLUÇÃO: Para a resolução de problemas como este, o uso de diagramas torna a solução muito mais simples. Vamos construir, então, os diagramas, chamando de U o conjunto de todos os candidatos ( =U Conjunto Universo).
  • 7. FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Portanto: ( ) ( ) 53070180120160 =⇒+++= UnUn candidatos. A B U 160 120 180 70