SlideShare a Scribd company logo
1 of 15
• Segundo Hobsbawn, a cultura jovem foi a matriz da revolução cultural dos
fins do século XX;
• Liberação pessoal e liberação social davam as mãos, sendo sexo e drogas
as maneiras mais óbvias de despedaçar as cadeias do Estado, dos pais, da
lei e da convenção;
• Passaram a acreditar que o mundo consistia em bilhões de seres humanos
definidos pela busca de desejo individual;
• Essa revolução cultural pode ser entendida como o triunfo do indivíduo
sobre a sociedade;
• Eram contra o “sistema” – a sociedade branca
de classe média que pregava o apego aos bens
materiais;
• Baseados nos princípios da não-violência e da
cooperação, os hippies costumavam viver em
grupos;
• Professores e alunos de universidades da
Califórnia fundaram o movimento no começo
dos anos 1960;
• A expressão “hippie” deriva da gíria americana
“hip”, que significa “bacana, antenado”;
• Lutando contra a Guerra do Vietnã e a
convocação obrigatória, seus ideais pacifistas
se espalharam pelo mundo ocidental;
• Foram fundamentais no desenvolvimento da
chamada contracultura – forma de expressão
que combatia os valores do capitalismo;
• O maior canal do movimento foi a música.
Roqueiros como Jimi Hendrix, Janis Joplin e os
Beatles aderiram ao “paz e amor” e ao
experimentalismo psicodélico nas letras e
sons;
• Os hippies preferiam fazer trocas entre si a
usar grana. Eles evitavam empregos “normais”
e se sustentavam fazendo artesanato. Alguns
criaram fabriquetas de instrumentos musicais
e produtos alimentícios que depois viraram
grandes indústrias;
• Muitas comunidades tinham suas próprias
bandas, que tocavam de graça nas ruas. Os
hippies são associados aos grupos de rock
psicodélico, mas também havia os conjuntos
de música folk, um gênero mais acústico, com
letras de protesto;
• Viviam em casas de aluguel barato ou
abandonadas, que redecoravam com murais
psicodélicos. Em Nova York e São Francisco
surgiram “guetos hippies”, casarões habitados
por muita gente;
• Pregavam a liberdade sexual: topavam
“festinhas” com mais de dois parceiros e
aceitavam a homossexualidade numa boa;
• Nas comunidades, crianças eram incentivadas
a descobrir o mundo por si próprias e
raramente eram matriculadas em escolas;
• Rejeitavam comidas industrializadas,
preferindo frutas, verduras, legumes e sucos
naturais. As comunidades rurais plantavam o
que consumiam. O que sobrava era vendido a
preço de custo para outros hippies;
• Drogas sintéticas, como LSD e mescalina, eram
usadas em experiências místico-religiosas, as
chamadas “viagens coletivas”.
• Esses rituais eram conduzidos por um guru
(líder espiritual) e incluíam meditação oriental
para atingir a “expansão da consciência”;
• A influência hippie chegou até aqui, com o tropicalismo que
foi um movimento musical, que também atingiu outras esferas
culturais (artes plásticas cinema, poesia);
• A Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só
à música e à política, mas também à moral e ao
comportamento, corpo, sexo e ao vestuário. A contracultura
hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos
longos e das roupas coloridas;
• Com o fim da Guerra do Vietnã, o movimento
passou por uma desmobilização;
• Vários outros fatores poderiam ser levantados
como indicações de um fracasso da utopia hippie:
• O massacre comandado pelo guru, tido como
hippie, Charles Manson;
• A radicalização armada de alguns grupos e o
aprofundamento da repressão no governo Nixon;
• A transformação da distribuição de drogas numa
indústria global de narcotráfico;
• A absorção de um estilo de vida a uma indústria
da moda e da sociedade de consumo tão criticada
pelos hippies;
• Se as “sociedades alternativas” foram
desmontadas, os ideais hippies influenciaram
outros grupos que surgiram nos anos 1980 e
1990, como os movimentos ecológicos, de
defesa dos direitos indígenas e femininos.
BIBLIOGRAFIA
HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São
Paulo: Companhia das Letras, p.314-347, 1995.
RESENDE, José. Subculturas Juvenis nas Sociedades Modernas. São Paulo,
Revista Critica de Ciências Sociais, N°35, p.131- 147, 1992.
Os Hippies e Sua História- Documentário History Channel Brasil

More Related Content

What's hot (20)

Independência do brasil
Independência do brasilIndependência do brasil
Independência do brasil
 
Imperialismo, Belle Époque e Primeira Guerra Mundial
Imperialismo, Belle Époque e Primeira Guerra MundialImperialismo, Belle Époque e Primeira Guerra Mundial
Imperialismo, Belle Époque e Primeira Guerra Mundial
 
Revolução cubana (of)
Revolução cubana (of)Revolução cubana (of)
Revolução cubana (of)
 
Segunda Guerra Mundial
Segunda Guerra MundialSegunda Guerra Mundial
Segunda Guerra Mundial
 
Primavera de praga
Primavera de pragaPrimavera de praga
Primavera de praga
 
A década de 1920 e a revolução de 1930
A década de 1920 e a revolução de 1930A década de 1920 e a revolução de 1930
A década de 1920 e a revolução de 1930
 
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUAINDEPENDÊNCIA DOS EUA
INDEPENDÊNCIA DOS EUA
 
A segunda guerra mundial
A segunda guerra mundialA segunda guerra mundial
A segunda guerra mundial
 
A Era Vargas (1930 1945)-aulão
A Era Vargas (1930 1945)-aulãoA Era Vargas (1930 1945)-aulão
A Era Vargas (1930 1945)-aulão
 
A república café com leite
A república café com leiteA república café com leite
A república café com leite
 
Governo constitucional
Governo constitucionalGoverno constitucional
Governo constitucional
 
Anos rebeldes 1960 e 1970
Anos rebeldes 1960 e 1970Anos rebeldes 1960 e 1970
Anos rebeldes 1960 e 1970
 
movimento hippie e woodstock
movimento hippie e woodstockmovimento hippie e woodstock
movimento hippie e woodstock
 
Jovem guarda
Jovem guardaJovem guarda
Jovem guarda
 
Doutrinas sociais do séc xix
Doutrinas  sociais do séc xix Doutrinas  sociais do séc xix
Doutrinas sociais do séc xix
 
Crise de 1929
Crise de 1929Crise de 1929
Crise de 1929
 
A contracultura
A contraculturaA contracultura
A contracultura
 
Jovem Guarda Anos 60
Jovem Guarda Anos 60 Jovem Guarda Anos 60
Jovem Guarda Anos 60
 
Primeira republica
Primeira republicaPrimeira republica
Primeira republica
 
Anarquismo
AnarquismoAnarquismo
Anarquismo
 

Similar to O movimento Hippie

Similar to O movimento Hippie (20)

Movimento hippie
Movimento hippieMovimento hippie
Movimento hippie
 
O Movimento Hippie
O Movimento HippieO Movimento Hippie
O Movimento Hippie
 
O movimento contracultura hippie
O movimento contracultura hippieO movimento contracultura hippie
O movimento contracultura hippie
 
Hippies (2)
Hippies (2)Hippies (2)
Hippies (2)
 
O movimento Hippie
O movimento HippieO movimento Hippie
O movimento Hippie
 
Movimento Hippie
Movimento HippieMovimento Hippie
Movimento Hippie
 
SEXO, DROGAS E ROCK N' ROLL - ANOS 60
SEXO, DROGAS E ROCK N' ROLL - ANOS 60SEXO, DROGAS E ROCK N' ROLL - ANOS 60
SEXO, DROGAS E ROCK N' ROLL - ANOS 60
 
Trabalho De Hist. Movimentos 1970 8ª B
Trabalho De Hist.  Movimentos 1970   8ª BTrabalho De Hist.  Movimentos 1970   8ª B
Trabalho De Hist. Movimentos 1970 8ª B
 
Hippies
HippiesHippies
Hippies
 
Tipo de vida nos anos 60
Tipo de vida nos anos 60Tipo de vida nos anos 60
Tipo de vida nos anos 60
 
movimento hippie.pptx
movimento hippie.pptxmovimento hippie.pptx
movimento hippie.pptx
 
Anos 60
Anos 60Anos 60
Anos 60
 
Movimento hippie
Movimento   hippieMovimento   hippie
Movimento hippie
 
Cultura e sociedade década de 1950 a 1980
Cultura e sociedade década de 1950 a 1980Cultura e sociedade década de 1950 a 1980
Cultura e sociedade década de 1950 a 1980
 
Cultura e sociedade década de 1960 a 1980
Cultura e sociedade década de 1960 a 1980Cultura e sociedade década de 1960 a 1980
Cultura e sociedade década de 1960 a 1980
 
Cultura e sociedade decada de 1960 a 1980
Cultura e sociedade decada de 1960 a 1980Cultura e sociedade decada de 1960 a 1980
Cultura e sociedade decada de 1960 a 1980
 
Os problemas da juventude nos anos 60
Os problemas da juventude nos anos 60Os problemas da juventude nos anos 60
Os problemas da juventude nos anos 60
 
Hippies
HippiesHippies
Hippies
 
Loisa
LoisaLoisa
Loisa
 
Os movimentos contestatários
Os movimentos contestatáriosOs movimentos contestatários
Os movimentos contestatários
 

More from GuilhermeVillela4

More from GuilhermeVillela4 (6)

Bossa Nova
Bossa NovaBossa Nova
Bossa Nova
 
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE AULA
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE  AULAA ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE  AULA
A ARTETERAPIA COMO INSTRUMENTO NA SALA DE AULA
 
China Antiga
China AntigaChina Antiga
China Antiga
 
Amor, casamento e sexo na Grécia Antiga
Amor, casamento e sexo na Grécia AntigaAmor, casamento e sexo na Grécia Antiga
Amor, casamento e sexo na Grécia Antiga
 
Procedimentos metodológicos no ensino de História
Procedimentos metodológicos no ensino de HistóriaProcedimentos metodológicos no ensino de História
Procedimentos metodológicos no ensino de História
 
Cruzadas
CruzadasCruzadas
Cruzadas
 

Recently uploaded

BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioDomingasMariaRomao
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 

Recently uploaded (20)

BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medioAraribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
Araribá slides 9ano.pdf para os alunos do medio
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 

O movimento Hippie

  • 1.
  • 2. • Segundo Hobsbawn, a cultura jovem foi a matriz da revolução cultural dos fins do século XX; • Liberação pessoal e liberação social davam as mãos, sendo sexo e drogas as maneiras mais óbvias de despedaçar as cadeias do Estado, dos pais, da lei e da convenção; • Passaram a acreditar que o mundo consistia em bilhões de seres humanos definidos pela busca de desejo individual; • Essa revolução cultural pode ser entendida como o triunfo do indivíduo sobre a sociedade;
  • 3. • Eram contra o “sistema” – a sociedade branca de classe média que pregava o apego aos bens materiais; • Baseados nos princípios da não-violência e da cooperação, os hippies costumavam viver em grupos; • Professores e alunos de universidades da Califórnia fundaram o movimento no começo dos anos 1960; • A expressão “hippie” deriva da gíria americana “hip”, que significa “bacana, antenado”;
  • 4. • Lutando contra a Guerra do Vietnã e a convocação obrigatória, seus ideais pacifistas se espalharam pelo mundo ocidental; • Foram fundamentais no desenvolvimento da chamada contracultura – forma de expressão que combatia os valores do capitalismo;
  • 5. • O maior canal do movimento foi a música. Roqueiros como Jimi Hendrix, Janis Joplin e os Beatles aderiram ao “paz e amor” e ao experimentalismo psicodélico nas letras e sons;
  • 6. • Os hippies preferiam fazer trocas entre si a usar grana. Eles evitavam empregos “normais” e se sustentavam fazendo artesanato. Alguns criaram fabriquetas de instrumentos musicais e produtos alimentícios que depois viraram grandes indústrias; • Muitas comunidades tinham suas próprias bandas, que tocavam de graça nas ruas. Os hippies são associados aos grupos de rock psicodélico, mas também havia os conjuntos de música folk, um gênero mais acústico, com letras de protesto;
  • 7. • Viviam em casas de aluguel barato ou abandonadas, que redecoravam com murais psicodélicos. Em Nova York e São Francisco surgiram “guetos hippies”, casarões habitados por muita gente;
  • 8. • Pregavam a liberdade sexual: topavam “festinhas” com mais de dois parceiros e aceitavam a homossexualidade numa boa;
  • 9. • Nas comunidades, crianças eram incentivadas a descobrir o mundo por si próprias e raramente eram matriculadas em escolas;
  • 10. • Rejeitavam comidas industrializadas, preferindo frutas, verduras, legumes e sucos naturais. As comunidades rurais plantavam o que consumiam. O que sobrava era vendido a preço de custo para outros hippies;
  • 11. • Drogas sintéticas, como LSD e mescalina, eram usadas em experiências místico-religiosas, as chamadas “viagens coletivas”. • Esses rituais eram conduzidos por um guru (líder espiritual) e incluíam meditação oriental para atingir a “expansão da consciência”;
  • 12. • A influência hippie chegou até aqui, com o tropicalismo que foi um movimento musical, que também atingiu outras esferas culturais (artes plásticas cinema, poesia); • A Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só à música e à política, mas também à moral e ao comportamento, corpo, sexo e ao vestuário. A contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos e das roupas coloridas;
  • 13. • Com o fim da Guerra do Vietnã, o movimento passou por uma desmobilização; • Vários outros fatores poderiam ser levantados como indicações de um fracasso da utopia hippie: • O massacre comandado pelo guru, tido como hippie, Charles Manson; • A radicalização armada de alguns grupos e o aprofundamento da repressão no governo Nixon; • A transformação da distribuição de drogas numa indústria global de narcotráfico; • A absorção de um estilo de vida a uma indústria da moda e da sociedade de consumo tão criticada pelos hippies;
  • 14. • Se as “sociedades alternativas” foram desmontadas, os ideais hippies influenciaram outros grupos que surgiram nos anos 1980 e 1990, como os movimentos ecológicos, de defesa dos direitos indígenas e femininos.
  • 15. BIBLIOGRAFIA HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, p.314-347, 1995. RESENDE, José. Subculturas Juvenis nas Sociedades Modernas. São Paulo, Revista Critica de Ciências Sociais, N°35, p.131- 147, 1992. Os Hippies e Sua História- Documentário History Channel Brasil