1. Os tipos de Fotografia Cientifica
Betiele Mallmann, Gilceli Vieira, Katiuscia Gonçalves, Jessica
Montanha, Larissa Ferreira, Luana Machado, Paulo Poersch, Priscila
Lampe, Ritiele Brasil, Sayuri Ota, Schânya Maximiano, Sthela Veronez,
Victória Pomina
Fotografia Ambiental e Científica - 2016/2
Curso Superior de Tecnologia em Fotografia / ULBRA
Professor: Fernando Pires
2. Fotografia Infravermelho
A radiação infravermelha foi descoberta pelo astrônomo William
Herschel, em 1800. Natural de Hanover, Alemanha, Herschel foi o
primeiro a provar que existiam radiações além do espectro visível.
Contudo, somente no século XX que houve sua utilização em
fotografia, com a possibilidade de estender a sensibilidade do filme
fotográfico para o infravermelho. Apesar das emulsões de infrared
não estarem disponíveis comercialmente até os anos 30, o cientista
norte-americano Robert Wood foi o primeiro a publicar fotografias
de paisagens utilizando essa técnica, tiradas em 1910. No Brasil, sua
utilização foi muito restrita às Forças Armadas. Nos anos 60 e 70, o
infravermelho chegou a ser moda no meio amador. Até hoje,
continua de certa forma “proibido”, uma vez que não há demanda
nem interesse na sua comercialização.
3. Desde o início do século XXI, e com a popularização
das câmeras digitais, observamos alguns fotógrafos,
digamos, experimentais, dedicarem maior atenção
para esse objetivo. Ou seja, captar imagens em
infravermelho a partir de câmeras digitais. Formado
em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Romulo Lubachesky é um dos pioneiros no
Brasil na obtenção de fotografias infravermelho com
câmera fotográfica digital, sendo essa sua
especialidade. Atualmente, é professor dos cursos
Fotografia Digital e Infrared, na escola de fotografia
Câmera Viajante.
5. Captação
Para conseguir obter suas fotografias utilizando a técnica de
infravermelho, Romulo teve que - literalmente - colocar a mão
na massa. De acordo com ele, "as imagens em infravermelho
com câmara digital normalmente retratam paisagens ou objetos
imóveis”; isso porque, “as câmaras comuns dificilmente
permitem tempos de exposição necessários para capturar a
imagem de uma pessoa ou qualquer coisa que tenha
movimento”.
Depois de muito quebrar a cabeça para resolver este problema,
o fotógrafo converteu sua câmera DSLR Nikon D70 numa câmara
apenas para infravermelho. “Chamo de Nikon D70r”, completa
Romulo. O procedimento foi feito em duas etapas:
6. Substituição do filtro
Romulo teve que substituir o filtro Hot Mirror, que fica na frente
do sensor da câmara, por um filtro infravermelho, resultando em
fotos sempre em infravermelho. "Este procedimento é
reversível, mas - como é necessário desmontar a câmara para
fazê-lo - é melhor manter a câmara convertida”, afirma o
fotografo.
Na sua câmera, Romulo substituiu pelo filtro Hoya R72, por ser o
mais versátil. Para ele, “este permite que uma pequena parte do
espectro visível correspondente ao vermelho passe, tornando
possível a captação das imagens com várias cores”. “Usando um
balanço de branco pré-definido a D70r deixa o céu limpo com
uma cor castanho alaranjado e a vegetação azul claro - esta
diferença é indispensável para chegar aos melhores resultados
nas fotos”, completa o fotógrafo.
7. Ajuste do foco
Além de converter a câmara e ajustar as suas configurações, é
necessário calibrar o foco. Isto porque “os comprimentos de onda do
infravermelho têm uma refração diferente nas objetivas, fazendo
com que o plano de foco fique deslocado. Este ajuste no foco deve
ser feito para objetivas que serão usadas especificamente para
infravermelho e normalmente muda de uma objetiva para outra”,
explica Romulo.
“A câmara D70r está calibrada para fazer autofoco com as lentes
Nikkor AF 20 mm f2.8 D e Nikkor AF 50 mm f1.8 D. Com essas lentes
é possível fazer focos usando a abertura máxima apesar de ser
recomendável fechar o diafragma um ou dois pontos de luz a fim de
ampliar a profundidade de campo garantindo que o foco fique
correto”.
8. Fotografia Morfométrica
• É o tipo de fotografia que estuda a forma e a
dimensão de um determinado objeto, estrutura,
ambiente ou ser vivo, de acordo com seu ambiente
de desenvolvimento. A fotografia serve, então,
como forma de registrar, visualizar, e comparar as
informações morfológicas. É utilizada, por exemplo,
na biologia, para identificação e catalogação de
espécies e na geologia e oceanografia para
caracterização de ambientes naturais.
15. Fotografia Observatoria
A fotografia observatória é utilizada para registrar
aspectos ecológicos e comportamentais de seres
vivos no ambiente natural, com a mínima
interferência do fotografo. São exemplos desde
abordagem a fotografia de aves, de cetáceos, a
utilização de armadilhas fotográficas ara capturar
imagens de animais de difícil visualização e outras.
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21. Neste tipo de fotografia de natureza, em geral é necessário
fazer uso de equipamentos e técnicas específicas para poder
registrar com clareza, por exemplo, animais que podem estar
Eles também utilizam armadilhas fotográficas, para animais
om hábitos noturnos.
Neste tipo de fotografia de natureza, em geral é
necessário fazer uso de equipamentos e técnicas
específicas para poder registrar com clareza, por exemplo,
animais que podem estar a uma grande distancia do
fotógrafo e em movimento
As torres de observação são estruturas feitas em pontos
estratégicos da floresta e muito altas, pois boa parte das
espécies de aves passa a vida na copa das árvores. Assim,
observá-las do chão é tarefa muito difícil Eles também
utilizam armadilhas fotográficas, para animais com
hábitos noturnos.
22. A fotografia Schlieren
Inventada por August Toepler, a técnica foi
aperfeiçoada em 1864. A configuração básica
envolve uma fonte de luz, um espelho, e um
dispositivo de filtragem
23. A luz viaja diretamente de ou perto do objeto a ser
fotografado. Em seguida, reflete no espelho curvo e
converge para trás em um ponto focal. O dispositivo de
filtragem é muitas vezes uma lâmina ou um pedaço de
papel com uma ponta que atravessa o ponto de contato da
luz. Em circunstâncias normais – quando o ar é uma
densidade uniforme – a borda não afetaria a imagem, a não
ser deixando-a um pouco mais escura. Calor e frio, no
entanto, expandem e encolhem ar, tornando-o mais ou
menos denso.
24. A luz se “dobra” conforme se move através
de diferentes densidades de ar. Se a luz é
dobrada o suficiente, um pouco dela “cai”
sobre o objeto que está bloqueando o ponto
focal, criando manchas escuras na imagem.
25. Esta mão parece estar reunindo a força necessária para lançar uma
bola de fogo em um ato mágico. Na verdade, está apenas liberando o
calor corporal regular que todos nós liberamos todos os dias, com a
diferença de que esse ato foi capturado em um tipo especial de
fotografia.