A lição original com os textos bíblicos tem como finalidade; facilitar a leitura ou mesmo o estudo, os versos estão na sequência correta, evitando a necessidade de procurá-los, o que agiliza, para os que tem o tempo limitado, vc pode levá-la no ipad, no pendrive, celular e etc, ler a qualquer momento e em qualquer lugar que desejar, até sem a necessidade de estar conectado na internet.
Que... “Deus tenha misericórdia de nós e nós abençoe; e faça resplandecer o seu rosto sobre nós. Para que se conheça na terra o teu caminho, e em todas as nações a tua salvação”. Sal. 67:1-2.
Bom Estudo!
1. Lições Adultos
Jeremias
Lição 12 – De volta ao Egito
12 a 19 de dezembro
❉ Sábado à tarde
VERSO PARA MEMORIZAR: “Que o Senhor seja uma testemunha verdadeira e fiel contra nós, caso não
façamos tudo o que o Senhor, o seu Deus, nos ordenar por você”. (Jr 42:5, NVI).
Leituras da Semana: Jr 40:7-16; Jr 41–43; Êx 16:3; Nm 16:13; Jr 44.
A lição desta semana nos leva para perto do fim da saga do profeta Jeremias. Todavia, este não é um final do
tipo “e viveram felizes para sempre”. Em certo sentido, poderíamos resumir o estudo desta semana, e até uma
boa porção do livro de Jeremias, dizendo que o que vemos nele é um exemplo dos limites da graça. Isto é, a
graça não irá salvar aqueles que se recusam completamente a aceitá-la. A despeito do que o Senhor lhes havia
falado, oferecendo-lhes salvação, proteção, redenção, paz e prosperidade, todos, exceto um pequeno e fiel
remanescente, desprezaram e rejeitaram a oferta de Deus.
E o que dizer de Jeremias? Sua vida e sua obra, segundo todas as aparências humanas, pareciam ter sido em
vão! O “profeta chorão” tinha muitos motivos para chorar. Mesmo depois de ter acontecido tudo a respeito do
que ele havia advertido, as pessoas ainda se apegavam a seus pecados, ao paganismo e à rebelião, desafiando
abertamente o profeta em sua presença e zombando da Palavra de Deus a eles enviada.
Nós mesmos precisamos ter cuidado! A graça é graça porque é dada aos que não a merecem, mas não é dada
aos que se recusam a aceitá-la.
Desafie os jovens de sua igreja a dedicar as férias ao projeto Calebe, à Escola Cristã de Férias e a outros
projetos espirituais. Incentive-os a sentir a alegria de conduzir pessoas a Cristo.
❉ Domingo - Anarquia política
Poderíamos pensar que, com a destruição da cidade e a total derrota imposta pelos babilônios, todas as pessoas
tenham aprendido a lição. Infelizmente, nem todas a aprenderam, e o drama ainda não havia terminado.
1. Qual é a mensagem de Jeremias 40:7-16? Qual é o significado da palavra “resto” ou “remanescente” (NVI),
usada no verso 11?
(Jr 40:7-16) 7 Quando os chefes das forças que estavam no campo e os seus homens souberam que o rei da
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2. Babilônia havia estabelecido Gedalias, filho de Aicam, como governador da terra, e que lhe havia confiado
homens, mulheres e crianças, os mais pobres da terra, que não haviam sido levados cativos para a Babilônia, 8
foram encontrar-se com Gedalias em Mispá. Eram eles: Ismael, filho de Netanias; Joanã e Jônatas, filhos de
Careá; Seraías, filho de Tanumete; os filhos de Efai, o netofatita; e Jazanias, filho do maacatita, todos eles e os
seus homens. 9 Gedalias, filho de Aicam, filho de Safã, jurou a eles e aos seus homens: Não tenhais medo de
vos sujeitar aos babilônios. Habitai na terra e submetei-vos ao rei da Babilônia, e assim sereis bem-sucedidos.
10 Mas eu continuarei morando em Mispá, para vos representar diante dos babilônios que vierem a nós. Vós,
porém, colhei as uvas para fazer vinho, e as frutas de verão, e o azeite. Armazenai tudo isso nos vossos jarros e
habitai nas cidades que ocupastes. 11 Do mesmo modo, quando todos os judeus que estavam em Moabe, e
entre os amonitas, e em Edom, e os que se encontravam em todos os países souberam que o rei da Babilônia
havia deixado um remanescente em Judá e posto sobre eles Gedalias, filho de Aicam, filho de Safã, 12 todos
os judeus de todos os lugares para onde foram lançados voltaram para a terra de Judá, até Gedalias em Mispá,
e colheram grande quantidade de uvas para o vinho e frutas de verão. 13 Joanã, filho de Careá, e todos os
chefes das forças que estavam no campo foram encontrar-se com Gedalias, em Mispá, 14 e disseram-lhe: Tu
sabes que Baalis, rei dos amonitas, enviou Ismael, filho de Netanias, para tirar-te a vida? Mas Gedalias, filho
de Aicam, não acreditou neles. 15 Todavia, Joanã, filho de Careá, falou a Gedalias em segredo, em Mispá:
Peço-te que me deixes ir e matar Ismael, filho de Netanias, sem que ninguém o saiba. Por que razão ele te
tiraria a vida, de modo que fossem dispersos todos os judeus que se juntaram a ti e fosse destruído o
remanescente de Judá? 16 Mas Gedalias, filho de Aicam, disse a Joanã, filho de Careá: Não faças tal coisa,
pois não falas a verdade sobre Ismael.
Apesar da mensagem de paz, e mesmo da prosperidade resultante (ver Jr 40:12), nem todos estavam contentes
com a situação.
2. Leia Jeremias 41. Que novos problemas o “remanescente” passaria a enfrentar?
(Jr 41:1-18) 1 Sucedeu, porém, que, no sétimo mês, veio Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, de
família real, e dez homens, capitães do rei, com ele, a Gedalias, filho de Aicão, a Mispa; e ali comeram pão
juntos, em Mispa. 2 Dispuseram-se Ismael, filho de Netanias, e os dez homens que estavam com ele e feriram
à espada a Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã, matando, assim, aquele que o rei da Babilônia nomeara
governador da terra. 3 Também matou Ismael a todos os judeus que estavam com Gedalias, em Mispa, como
também aos caldeus, homens de guerra, que se achavam ali. 4 Sucedeu no dia seguinte ao em que ele matara a
Gedalias, sem ninguém o saber, 5 que vieram homens de Siquém, de Siló e de Samaria; oitenta homens, com a
barba rapada, as vestes rasgadas e o corpo retalhado, trazendo consigo ofertas de manjares e incenso, para
levarem à Casa do SENHOR. 6 Saindo-lhes ao encontro Ismael, filho de Netanias, de Mispa, ia chorando; ao
encontrá-los, lhes disse: Vinde a Gedalias, filho de Aicão. 7 Vindo eles, porém, até ao meio da cidade, matou-
os Ismael, filho de Netanias, ele e os que estavam com ele, e os lançaram num poço. 8 Mas houve dentre eles
dez homens que disseram a Ismael: Não nos mates a nós, porque temos depósitos de trigo, cevada, azeite e
mel escondidos no campo. Por isso, ele desistiu e não os matou como aos outros. 9 O poço em que Ismael
lançou todos os cadáveres dos homens que ferira além de Gedalias é o mesmo que fez o rei Asa, na sua defesa
contra Baasa, rei de Israel; foi esse mesmo que encheu de mortos Ismael, filho de Netanias. 10Ismael levou
cativo a todo o resto do povo que estava em Mispa, isto é, as filhas do rei e todo o povo que ficara em Mispa,
que Nebuzaradã, o chefe da guarda, havia confiado a Gedalias, filho de Aicão; levou-os cativos Ismael, filho
de Netanias; e se foi para passar aos filhos de Amom. 11 Ouvindo, pois, Joanã, filho de Careá, e todos os
príncipes dos exércitos que estavam com ele todo o mal que havia feito Ismael, filho de Netanias, 12tomaram
consigo a todos os seus homens e foram pelejar contra Ismael, filho de Netanias; acharam-no junto às grandes
águas que há em Gibeão. 13 Ora, todo o povo que estava com Ismael se alegrou quando viu a Joanã, filho de
Careá, e a todos os príncipes dos exércitos que vinham com ele. 14 Todo o povo que Ismael levara cativo de
Mispa virou as costas, voltou e foi para Joanã, filho de Careá. 15 Mas Ismael, filho de Netanias, escapou de
Joanã com oito homens e se foi para os filhos de Amom. 16 Tomou, então, Joanã, filho de Careá, e todos os
príncipes dos exércitos que estavam com ele a todo o restante do povo que Ismael, filho de Netanias, levara
cativo de Mispa, depois de ter ferido a Gedalias, filho de Aicão, isto é, os homens valentes de guerra, as
mulheres, os meninos e os eunucos que havia recobrado de Gibeão; 17 partiram e pararam em Gerute-Quimã,
que está perto de Belém, para dali entrarem no Egito, 18 por causa dos caldeus; porque os temiam, por ter
Ismael, filho de Netanias, ferido a Gedalias, filho de Aicão, a quem o rei da Babilônia nomeara governador da
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3. terra.
Embora as razões para os assassinatos não tenham sido dadas, o fato de que haviam sido cometidos por
alguém “de família real, e dez homens, capitães do rei” (Jr 41:1) sugere que esses elitistas ainda não haviam
aceitado a ideia de que a nação escolhida precisava se submeter ao domínio babilônico. Devido ao fato de que
Gedalias havia sido colocado no trono pelo rei de Babilônia (Jr 40:5), essas pessoas talvez o tivessem visto
como um fantoche infiel à nação e que, portanto, tinha que ser eliminado juntamente com sua corte.
À medida que o capítulo continua, podemos ver que esse remanescente passou a enfrentar nova ameaça: medo
dos babilônios que, talvez não conhecendo os detalhes do que havia ocorrido, buscariam vingança pela morte
de Gedalias e dos soldados babilônios (ver Jr 41:3).
Os pecados de Ismael e seus homens causaram medo entre aqueles que não tinham nada a ver com isso. De
que maneira a desobediência pode trazer dor e sofrimento a outros, mesmo àqueles que não têm relação com
nossos pecados?
Você já leu sua Bíblia hoje? Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus.
❉ Segunda - Buscando a orientação divina
3. Leia Jeremias 42. Que poderosa mensagem se encontra nesse texto, não apenas para os ouvintes de
Jeremias, mas para qualquer pessoa que procurar a direção de Deus por meio da oração?
(Jr 42:1-22) 1 Então, chegaram todos os capitães dos exércitos, e Joanã, filho de Careá, e Jezanias, filho de
Hosaías, e todo o povo, desde o menor até ao maior, 2 e disseram a Jeremias, o profeta: Apresentamos-te a
nossa humilde súplica, a fim de que rogues ao SENHOR, teu Deus, por nós e por este resto; porque, de muitos
que éramos, só restamos uns poucos, como vês com os teus próprios olhos; 3 a fim de que o SENHOR, teu
Deus, nos mostre o caminho por onde havemos de andar e aquilo que havemos de fazer. 4 Respondeu-lhes
Jeremias, o profeta: Já vos ouvi; eis que orarei ao SENHOR, vosso Deus, segundo o vosso pedido. Tudo o que
o SENHOR vos responder, eu vo-lo declararei; não vos ocultarei nada. 5 Então, eles disseram a Jeremias: Seja
o SENHOR testemunha verdadeira e fiel contra nós, se não fizermos segundo toda a palavra com que o
SENHOR, teu Deus, te enviar a nós outros. 6 Seja ela boa ou seja má, obedeceremos à voz do SENHOR,
nosso Deus, a quem te enviamos, para que nos suceda bem ao obedecermos à voz do SENHOR, nosso Deus. 7
Ao fim de dez dias, veio a palavra do SENHOR a Jeremias. 8 Então, chamou a Joanã, filho de Careá, e a todos
os capitães dos exércitos que havia com ele, e a todo o povo, desde o menor até ao maior, 9 e lhes disse: Assim
diz o SENHOR, Deus de Israel, a quem me enviastes para apresentar a vossa súplica diante dele: 10 Se
permanecerdes nesta terra, então, vos edificarei e não vos derribarei; plantar-vos-ei e não vos arrancarei,
porque estou arrependido do mal que vos tenho feito. 11 Não temais o rei da Babilônia, a quem vós temeis;
não o temais, diz o SENHOR, porque eu sou convosco, para vos salvar e vos livrar das suas mãos. 12 Eu vos
serei propício, para que ele tenha misericórdia de vós e vos faça morar em vossa terra. 13 Mas, se vós
disserdes: Não ficaremos nesta terra, não obedecendo à voz do SENHOR, vosso Deus, 14 dizendo: Não; antes,
iremos à terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos som de trombeta, nem teremos fome de
pão, e ali ficaremos, 15 nesse caso, ouvi a palavra do SENHOR, ó resto de Judá. Assim diz o SENHOR dos
Exércitos, o Deus de Israel: Se tiverdes o firme propósito de entrar no Egito e fordes para morar, 16
acontecerá, então, que a espada que vós temeis vos alcançará na terra do Egito, e a fome que receais vos
seguirá de perto os passos no Egito, onde morrereis. 17 Assim será com todos os homens que tiverem o
propósito de entrar no Egito para morar: morrerão à espada, à fome e de peste; não restará deles nem um, nem
escapará do mal que farei vir sobre eles. 18 Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel:
Como se derramou a minha ira e o meu furor sobre os habitantes de Jerusalém, assim se derramará a minha
indignação sobre vós, quando entrardes no Egito; sereis objeto de maldição, de espanto, de desprezo e
opróbrio e não vereis mais este lugar. 19 Falou-vos o SENHOR, ó resto de Judá: Não entreis no Egito; tende
por certo que vos adverti hoje. 20 Porque vós, à custa da vossa vida, a vós mesmos vos enganastes, pois me
enviastes ao SENHOR, vosso Deus, dizendo: Ora por nós ao SENHOR, nosso Deus; e, segundo tudo o que
disser o SENHOR, nosso Deus, declara-no-lo assim, e o faremos; 21 mas, tendo-vos declarado isso hoje, não
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4. destes ouvidos à voz do SENHOR, vosso Deus, em coisa alguma pela qual ele me enviou a vós outros. 22
Agora, pois, sabei por certo que morrereis à espada, à fome e de peste no mesmo lugar aonde desejastes ir para
morar.
Com medo dos babilônios, as pessoas procuraram Jeremias e lhe pediram que orasse em favor delas por
orientação divina. A essa altura elas já deviam saber que Jeremias era, de fato, um profeta de Deus, e que o que
ele havia dito quando falou em nome do Senhor se cumpriria.
Também se comprometeram a fazer o que Deus lhes pedisse ou ordenasse. Assim, vemos um povo que parecia
ter aprendido a lição e que desejava não apenas conhecer a vontade de Deus, mas também segui-la, o que é o
principal. As palavras que disseram foram uma poderosa confissão de fé: “Seja ela boa ou seja má,
obedeceremos à voz do Senhor, nosso Deus, a quem te enviamos, para que nos suceda bem ao obedecermos à
voz do Senhor, nosso Deus” (Jr 42:6). Depois de tudo que tinha acontecido, já estava na hora!
Note o paralelo com as mensagens anteriores de Jeremias: Não confiem em potências estrangeiras. Confiem
no Senhor, e Ele os fará prosperar e os livrará quando chegar a hora. A salvação não vem de nenhum outro
lugar e de ninguém mais. As potências estrangeiras não ajudaram vocês antes, e não os ajudarão agora.
Deus teve que adverti-los porque conhecia a tendência de seu coração: sabia que eles estavam pensando em
voltar para o Egito (pense no simbolismo envolvido aqui) com o objetivo de procurar a proteção que
desejavam. Assim, o Senhor lhes deu ordens muito claras e específicas para que não fizessem isso, pois esse
procedimento lhes traria ruína.
Mais uma vez, o povo estava diante de uma escolha extremamente simples, a escolha que todos nós temos que
enfrentar: vida e paz por meio da fé e da obediência a Jesus, ou miséria e morte através da falta de fé e
obediência. Não importam as diferentes circunstâncias, no final a questão é a mesma para todos.
Diferentemente daquelas pessoas, nem sempre as advertências que recebemos são expressas de maneira tão
específica e clara, mas, à semelhança delas, somos advertidos.
Vida ou morte, bênção ou maldição. Que tipo de escolha você está fazendo, todos os dias?
❉ Terça - Voltando para o Egito
Caso você ainda não tenha avançado na leitura, Jeremias 42 será um capítulo muito emocionante. O que as
pessoas fariam? Agiriam com fé, uma fé que se revelaria na obediência, e permaneceriam em Judá? Ou
cometeriam os mesmos erros que haviam cometido no passado? Em vez de seguir o claro “Assim diz o
Senhor”, fariam o que desejassem, apesar da clara advertência do Senhor nos últimos versos do capítulo 42
sobre o que as aguardaria, se elas voltassem para o Egito?
4. Leia Jeremias 43:1-7. O que as pessoas fizeram?
(Jr 43:1-7) 1Tendo Jeremias acabado de falar a todo o povo todas as palavras do SENHOR, seu Deus, palavras
todas com as quais o SENHOR, seu Deus, o enviara, 2então, falou Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, filho de
Careá, e todos os homens soberbos, dizendo a Jeremias: É mentira isso que dizes; o SENHOR, nosso Deus,
não te enviou a dizer: Não entreis no Egito, para morar. 3Baruque, filho de Nerias, é que te incita contra nós,
para nos entregar nas mãos dos caldeus, a fim de nos matarem ou nos exilarem na Babilônia. 4Não obedeceu,
pois, Joanã, filho de Careá, e nenhum de todos os capitães dos exércitos, nem o povo todo à voz do SENHOR,
para ficarem na terra de Judá. 5Antes, tomaram Joanã, filho de Careá, e todos os capitães dos exércitos a todo
o resto de Judá que havia voltado dentre todas as nações para as quais haviam sido lançados, para morar na
terra de Judá; 6tomaram aos homens, às mulheres e aos meninos, às filhas do rei e a todos que Nebuzaradã, o
chefe da guarda, deixara com Gedalias, filho de Aicão, filho de Safã; como também a Jeremias, o profeta, e a
Baruque, filho de Nerias; 7e entraram na terra do Egito, porque não obedeceram à voz do SENHOR, e vieram
até Tafnes.
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5. Quando a Palavra de Deus não concorda com nossas intenções ou desejos, nos inclinamos a duvidar de sua
origem divina. Foi isso que o povo e os líderes fizeram com Jeremias. Aparentemente, em Israel, somente as
circunstâncias haviam mudado, mas as pessoas continuavam as mesmas no pensamento e no coração.
Justificaram a negligência no cumprimento do seu voto atacando o profeta. Contudo, não quiseram atacar o
idoso Jeremias diretamente. Então censuraram Baruque, que era o amigo dele e, às vezes, escriba do profeta.
Voltaram contra ele sua ira, afirmando que ele havia colocado o profeta contra elas.
5. Leia Êxodo 16:3 e Números 16:13. Que paralelos existem entre o que o povo disse a Jeremias e o que os
ancestrais deles disseram a Moisés?
(Ex 16:3) disseram-lhes os filhos de Israel: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do SENHOR, na
terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar! Pois nos
trouxestes a este deserto, para matardes de fome toda esta multidão.
(Nm 16:13) porventura, é coisa de somenos que nos fizeste subir de uma terra que mana leite e mel, para
fazer-nos morrer neste deserto, senão que também queres fazer-te príncipe sobre nós?
A natureza humana é sempre a mesma, e o ser humano está sempre procurando culpar outra pessoa por seus
problemas, procurando uma desculpa para fazer o que quer. Assim, por alguma razão, Baruque foi acusado de
desejar que todos os seus compatriotas morressem pela mão dos babilônios ou que fossem levados ao exílio
em Babilônia. Jeremias 43:1-7 não diz por que as pessoas pensaram que Baruque desejava que isso
acontecesse, assim como a Bíblia não explica por que os filhos de Israel achavam que Moisés desejava que
eles morressem no deserto após saírem do Egito. No calor das emoções e paixões, as pessoas podem não ter
razões lógicas para o que estão pensando. Como é fundamental, então, que mantenhamos nossas paixões e
emoções submissas ao Senhor!
Com que frequência permitimos que emoções ou paixões obscureçam nosso discernimento, e prevaleçam
sobre o claro “Assim diz o Senhor”? Como podemos evitar que nossas emoções e paixões nos vençam? (Ver
2Co 10:5.)
❉ Quarta - Levados para o exílio
6. Leia Jeremias 43:8-13. O que o Senhor disse através de Jeremias?
(Jr 43:8-13) 8Então, veio a palavra do SENHOR a Jeremias, em Tafnes, dizendo: 9Toma contigo pedras
grandes, encaixa-as na argamassa do pavimento que está à entrada da casa de Faraó, em Tafnes, à vista de
homens judeus, 10e dize-lhes: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis que eu mandarei vir
a Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e porei o seu trono sobre estas pedras que encaixei; ele
estenderá o seu baldaquino real sobre elas. 11Virá e ferirá a terra do Egito; quem é para a morte, para a morte;
quem é para o cativeiro, para o cativeiro; e quem é para a espada, para a espada. 12Lançará fogo às casas dos
deuses do Egito e as queimará; levará cativos os ídolos e despiolhará a terra do Egito, como o pastor despiolha
a sua própria veste; e sairá dali em paz. 13Quebrará as colunas de Bete-Semes na terra do Egito e queimará as
casas dos deuses do Egito.
Tafnes era uma cidade na fronteira nordeste do Egito, que tinha fortificações significativas. Ali vivia grande
número de colonos judeus.
Nesse caso, o Senhor quis, outra vez, que Jeremias representasse simbolicamente uma profecia. Embora as
palavras sejam poderosas, às vezes, quando as coisas são feitas na vida real, quando são vivenciadas diante de
nós, a ideia é comunicada de maneira ainda mais forte.
Não nos é dito exatamente como Jeremias devia enterrar pedras na entrada da casa de Faraó. A ideia, porém,
foi clara: nem mesmo os poderosos faraós podiam competir com o Senhor, e Ele cumpriria Sua palavra
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6. precisamente como havia dito. Os refugiados que achavam que encontrariam proteção e segurança indo para o
Egito estavam tão errados quanto aqueles que, como vimos, achavam que podiam encontrar proteção e
segurança se o Egito fosse até eles (Jr 37:7, 8). Os deuses egípcios eram inúteis, produto de imaginação
distorcida; eram abominações pagãs que mantinham o povo em abjeta ignorância da verdade. Os israelitas
deveriam ter sabido, como devemos saber hoje, que a única proteção e segurança está em obedecer ao Senhor.
“Quando a abnegação se tornar parte de nossa religião, entenderemos e cumpriremos a vontade de Deus, pois
nossos olhos serão ungidos com colírio, de forma que contemplaremos coisas maravilhosas em Sua lei.
Veremos o caminho da obediência como o único caminho seguro. Deus considera Seu povo responsável na
proporção em que a luz da verdade lhes é trazida à compreensão. Os reclamos da lei são justos e razoáveis, e,
por meio da graça de Cristo, Ele espera que cumpramos Suas exigências” (Ellen G. White, The Review and
Herald, 25 de fevereiro de 1890).
Pense, também, no simbolismo envolvido na volta dos israelitas para o Egito, em seu desejo de encontrar
segurança. Que irônico! No sentido espiritual, de que maneiras poderíamos ser tentados a “voltar para o Egito”
buscando o que achamos que não podemos encontrar no Senhor?
❉ Quinta - Desafio aberto
7. Leia Jeremias 44:1-10. O que os cativos estavam fazendo no Egito?
(Jr 44:1-10) 1Palavra que veio a Jeremias, acerca de todos os judeus moradores da terra do Egito, em Migdol,
em Tafnes, em Mênfis e na terra de Patros, dizendo: 2Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel:
Vistes todo o mal que fiz cair sobre Jerusalém e sobre todas as cidades de Judá; e eis que hoje são elas uma
desolação, e ninguém habita nelas, 3por causa da maldade que fizeram, para me irarem, indo queimar incenso
e servir a outros deuses que eles nunca conheceram, eles, vós e vossos pais. 4Todavia, começando eu de
madrugada, lhes enviei os meus servos, os profetas, para lhes dizer: Não façais esta coisa abominável que
aborreço. 5Mas eles não obedeceram, nem inclinaram os ouvidos para se converterem da sua maldade, para
não queimarem incenso a outros deuses. 6Derramou-se, pois, a minha indignação e a minha ira, acenderam-se
nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, que se tornaram em deserto e em assolação, como hoje se vê.
7Agora, pois, assim diz o SENHOR, Deus dos Exércitos, o Deus de Israel: Por que fazeis vós tão grande mal
contra vós mesmos, eliminando homens e mulheres, crianças e aqueles que mamam do meio de Judá, a fim de
que não vos fique resto algum? 8Por que me irritais com as obras de vossas mãos, queimando incenso a outros
deuses na terra do Egito, aonde viestes para morar, para que a vós mesmos vos elimineis e para que vos torneis
objeto de desprezo e de opróbrio entre todas as nações da terra? 9Esquecestes já as maldades de vossos pais,
as maldades dos reis de Judá, as maldades das suas mulheres, as vossas maldades e as maldades das vossas
mulheres, maldades cometidas na terra de Judá e nas ruas de Jerusalém? 10Não se humilharam até ao dia de
hoje, não temeram, não andaram na minha lei nem nos meus estatutos, que pus diante de vós e diante de
vossos pais.
Durante o cativeiro egípcio, Jeremias precisou enfrentar o mesmo problema que teve enquanto ele e seu povo
viviam em Judá. Naquele tempo, ele teve que falar com os líderes; agora tinha que falar com as pessoas
comuns, que, no cativeiro, estavam cometendo alguns dos mesmos pecados que, inicialmente, haviam trazido
sobre eles aquela devastação.
8. Que surpreendente resposta as pessoas deram a Jeremias quando ele as confrontou? Jr 44:15-19
(Jr 44:15-19) 15Então, responderam a Jeremias todos os homens que sabiam que suas mulheres queimavam
incenso a outros deuses e todas as mulheres que se achavam ali em pé, grande multidão, como também todo o
povo que habitava na terra do Egito, em Patros, dizendo: 16Quanto à palavra que nos anunciaste em nome do
SENHOR, não te obedeceremos a ti; 17antes, certamente, toda a palavra que saiu da nossa boca, isto é,
queimaremos incenso à Rainha dos Céus e lhe ofereceremos libações, como nós, nossos pais, nossos reis e
nossos príncipes temos feito, nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém; tínhamos fartura de pão,
prosperávamos e não víamos mal algum. 18Mas, desde que cessamos de queimar incenso à Rainha dos Céus e
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7. de lhe oferecer libações, tivemos falta de tudo e fomos consumidos pela espada e pela fome. 19Quando
queimávamos incenso à Rainha dos Céus e lhe oferecíamos libações, acaso, lhe fizemos bolos que a
retratavam e lhe oferecemos libações, sem nossos maridos?
A dureza do coração deles e o engano que os havia dominado é impressionante. Basicamente, olharam para
Jeremias de frente e o desafiaram, confrontando também o que ele lhes havia dito “em nome do Senhor”.
A lógica era simples: no passado, antes das reformas de Josias, quando eles estavam profundamente
mergulhados na adoração de deuses pagãos, queimando incenso à “Rainha dos Céus” e lhe oferecendo
libações, as coisas estavam indo bem para eles. Eram materialmente prósperos e habitavam em segurança.
Contudo, foi só depois das reformas de Josias (que, de toda maneira, ocorreram demasiadamente tarde e
despertaram pouco interesse) que vieram as calamidades. Portanto, que razão tinham eles para dar ouvidos a
Jeremias e a todas as suas advertências?
A resposta de Jeremias (Jr 44:20-30) foi: Não, vocês não entendem. Foi precisamente porque vocês fizeram
todas essas coisas que essas calamidades lhes sobrevieram. Pior ainda: a obstinada recusa de vocês em mudar
significa que sobrevirão ainda mais calamidades, e a segurança que vocês pensavam que encontrariam no
Egito é um engano e uma mentira, assim como os deuses pagãos que vocês adoram. No fim, vocês conhecerão
a verdade, mas será tarde demais.
Os que estão mergulhados no pecado e na incredulidade parecem estar indo muito bem, enquanto, às vezes, os
cristãos fiéis passam por terríveis provações. Como podemos entender essa questão e lidar com ela?
❉ Sexta - Estudo adicional
Sabemos distinguir o bem do mal porque Deus definiu esses termos para nós de muitas maneiras diferentes
(Rm 7:7; Mq 6:8; Js 24:15; Mt 22:37-39; Dt 12:8). Mas, e se você não crê em Deus? Como distinguir o bem
do mal? O ateu Sam Harris escreveu um livro chamado The Moral Landscape (A paisagem moral), em que
argumenta que o bem e o mal podem e devem ser entendidos apenas em termos da ciência, isto é, da mesma
forma que a ciência nos ajudou a entender a diferença entre a força nuclear forte e a força nuclear fraca, deve
nos ajudar a distinguir o certo do errado, o bem do mal. Ele até especula que talvez um dia a ciência cure o
mal. “Considere o que aconteceria se descobríssemos uma cura para a maldade. Imagine que todas as
mudanças relevantes no cérebro pudessem ser feitas de maneira barata, indolor e segura; que a cura para a
psicopatia pudesse ser colocada num suplemento alimentar como a vitamina D. O mal seria, então, apenas
uma deficiência nutricional” (The Moral Landscape, p. 109. Simon & Schuster, Inc., edição para Kindle). A
maioria dos cientistas, contudo, mesmo aqueles que não creem em Deus, teriam dificuldades em acreditar que
a ciência possa resolver esses problemas. Se, porém, você não crê em Deus, onde mais pode encontrar essas
soluções?
Perguntas para reflexão
“Quanto a nós, tudo depende da maneira pela qual recebemos os termos do Senhor” (Ellen G. White,
Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 118). Condições não são a mesma coisa que obras, nem algo que nos dê
méritos diante de Deus. Como podemos aprender a diferenciar entre o falso ensino da salvação pelas obras
(legalismo) e o falso ensino de que não há condições para a salvação (graça barata)?
Se alguém dissesse: “Não creio em Jesus, não creio em Deus, mas veja como minha vida vai bem! Na
verdade, eu diria que minha vida vai melhor que a sua, e você é um cristão”, o que você responderia?
Comentários de Ellen G. White
Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 457.
Auxiliar para o professor
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8. Resumo da Lição
Texto-chave: Jeremias 42:13-22; Êxodo 16:3; Atos 7:39
O aluno deverá…
Conhecer: A história final de Judá após a destruição de Jerusalém pelos babilônios, caracterizada por
assassinatos, intrigas e pelo êxodo ao reverso, isto é, a volta para o Egito.
Sentir:A triste realidade do pecado e da natureza humana que se recusa a aprender com a História.
Fazer: Decidir aprender com a História e aceitar as lições que Deus precisa nos ensinar.
Esboço
Conhecer: A volta para o Egito
Voltar para o Egito não foi algo popular só na época de Jeremias. Quais foram algumas das outras ocasiões em
que o povo de Deus desejou voltar para o Egito?
Por que seria possível falar que o livro de Jeremias apresenta uma reversão do êxodo?
Sentir: A realidade, a negação e a perpetuação do pecado
Qual foi o papel de Jeremias após a destruição de Jerusalém pelos babilônios?
Qual foi o resultado da volta para o Egito? Por que os judeus não encontraram paz em Tafnes?
Fazer: Quebrar o círculo vicioso
O que é preciso para alguém aprender com a História? Por que temos a tendência de cometer os mesmos erros
vez após vez?
Como é possível quebrar o círculo vicioso do pecado perpetuado? Qual é a nossa esperança?
Resumo: Jeremias 40–44 conta uma história muito triste: os eventos que ocorreram após a destruição de
Jerusalém pelos babilônios demonstram como a natureza humana se aprofunda cada vez mais no pecado até
voltar totalmente à escravidão> do pecado, o que é ilustrado pela volta dos judeus para o Egito. Há um raio de
esperança: Deus permanece conosco até o fim, assim como Jeremias permaneceu com o povo, tentando fazer
tudo o que podia para salvá-los.
Ciclo do aprendizado
Motivação
Focalizando as Escrituras: Jeremias 40:7-16 e Jeremias 41
Conceito-chave para o crescimento espiritual: O estúpido assassinato de Gedalias impactou toda a comunidade
dos judeus que haviam permanecido em Judá após a destruição de Jerusalém pelos babilônios. Isso demonstra
os efeitos desastrosos que o pecado acarreta sobre toda uma comunidade.
Para o professor: Até hoje o judaísmo relembra, por meio de um jejum, todo dia 3 do mês de Tizri, o
assassinato de Gedalias, o governador de Judá que havia sido nomeado por Nabucodonosor após a destruição
de Jerusalém. Isso ocorreu no sétimo mês (tisri) do ano 586 a.C., ou talvez do ano 582 a.C., coincidindo com
outra deportação de judeus para Babilônia, que pode ter ocorrido como represália ao assassinato do
governador babilônico (ver Jr 52:30). O assassinato, que transgredia as leis de hospitalidade do antigo Oriente
Próximo, provocou uma cadeia de eventos que finalmente levou à desintegração da comunidade judaica no
Egito, para onde eles haviam fugido com o objetivo de escapar da ira do Império Babilônico. Discuta com a
classe a história de Gedalias e enfatize os efeitos de longo alcance que ela teve sobre toda a comunidade. O
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9. pecado nunca é um assunto isolado e sempre causa impacto sobre a família e a comunidade.
Discussão de abertura
Não é todo dia que a arqueologia pode fazer uma ligação direta com um personagem bíblico. Os sinetes do
antigo Oriente Próximo têm geralmente cerca de 1,5 cm de tamanho, são muitas vezes feitos de pedras
semipreciosas e contêm incisões de detalhes minúsculos a fim de criar uma imagem intrincada que consiste
geralmente em um nome pessoal, uma figura ou uma combinação de ambos. Na maioria das vezes eram
amarrados ao pescoço, num cordão, e usados para assinar documentos ou autenticar a identidade do
proprietário do selo.
Foram descobertas três impressões de sinetes associadas à história de Jeremias, o que apresenta uma ligação
arqueológica quase sem precedentes entre o texto bíblico e alguns artefatos. A primeira impressão de sinete
diz: “(Pertencente) a Berekhyahu (Baruque), filho de Neriyahu, o escriba.” Ela foi descoberta em 1975 numa
loja de antiguidades, e atesta a historicidade do escriba de Jeremias. Em 2005 e 2008, respectivamente, foram
descobertas mais duas impressões de sinetes durante escavações arqueológicas em Jerusalém, sendo que a
primeira diz: “Pertencente a Yehucal, filho de Shelemiyahu, filho de Shovi.” Este é o mesmo Jucal que quis
matar Jeremias (ver Jr 37:3; 38:1). Por fim, a última impressão diz: “Pertencente a Gedalias, filho de Pasur.”
Todos os objetos foram datados do tempo de Jeremias. Assim, temos um forte testemunho arqueológico da
triste história que se desenrolou perto do fim do ministério de Jeremias.
O outro Gedalias encontrado na história de Jeremias foi o filho de Aicão, que se tornou governador do que
sobrou de Judá. Esse Gedalias foi brutalmente assassinado por Ismael (um dos oficiais do rei Zedequias) após
ter inocentemente oferecido hospitalidade ao seu assassino, o que era um dos costumes mais sagrados do
antigo Oriente Próximo (ver Jr 40:7-16).
Até que ponto as coisas podem chegar? Qual é sua reação se uma pessoa próxima de você abusa de sua
confiança e o deixa profundamente decepcionado?
Compreensão
Para o professor: Os capítulos 40 a 45 de Jeremias mostram como os judeus que não haviam sido deportados
para Babilônia continuaram sua vida. Poderíamos pensar que, com a destruição da cidade e do templo, eles
tivessem entendido a mensagem, mas é impressionante ver como simplesmente continuaram avançando cada
vez mais no caminho do pecado, no qual Israel vinha trilhando havia muitos anos. Isso só poderia levar a um
triste fim: Eles decidiram voltar voluntariamente para o Egito, o mesmo lugar de onde Deus os havia tirado
miraculosamente da escravidão. Fizeram isso contra o conselho dEle, mas, mesmo assim, foram
acompanhados por Jeremias.
Comentário bíblico
I. Audição seletiva (Recapitule com a classe Jeremias 42.)
Após o assassinato de Gedalias, todos foram consultar Jeremias. O texto deixa claro que até as pessoas que o
haviam desprezado antes estavam ansiosas para consultá-lo (Jr 42:1). Há uma interessante alternância entre as
frases “Senhor, teu Deus” e “Senhor, nosso Deus”, o que ilustra o relacionamento vacilante entre Judá e Deus.
Os versos 5 e 6 são uma piedosa alegação de obediência à resposta de Deus. As palavras usadas ecoam a
confirmação da aliança por parte de Israel no monte Sinai (Êx 24:7), imediatamente seguida por uma
demonstração semelhante de desobediência: o episódio do bezerro de ouro. Essa resposta foi paralela ao que
aconteceu depois que Jeremias os advertiu a não ir para o Egito, mas que ficassem em Judá. O povo começou
a culpar Baruque de ter incitado Jeremias contra eles, e isso, mais uma vez, relembra a história do êxodo,
quando o povo censurou Moisés por havê-los tirado do Egito.
O apelo final de Jeremias é mais do que uma simples insistência. A frase: “Não vão para o Egito”, no verso 19
(NVI) é uma proibição categórica que usa a mesma linguagem absoluta dos dez mandamentos. Isso não era
opcional. Ir para o Egito seria uma clara transgressão da ordem de Deus.
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10. Pense nisto: Jeremias chamou o povo de “hipócritas” [em outra versão, “enganaram a si mesmos”] no verso
20. O que havia de tão hipócrita no trato deles com Jeremias (e com Deus) no capítulo 42?
II. Outro ato simbólico (Recapitule com a classe Jeremias 43:8-13.)
Os últimos reis de Israel sempre haviam considerado o Egito a superpotência que os ajudaria a lutar contra os
babilônios. Consequentemente, aquele era o lugar para o qual eles pensavam que deviam fugir. Mas Isaías já
havia identificado o Egito como uma cana fraca e esmagada que traspassaria a mão de alguém que se apoiasse
nela (Is 36:6).
Um dos últimos atos simbólicos de Jeremias foi realizado quando ele estava no Egito; esse ato serviu para
dissipar qualquer falsa esperança que os judeus tivessem a respeito do poder protetor daquele país. Tafnes (a
moderna Tell Defneh) era uma cidade no noroeste do delta do Nilo que servia como ponto de entrada no Egito.
Jeremias devia enterrar pedras grandes no pavimento de tijolos em frente ao palácio governamental. Seria o
mesmo lugar em que Nabucodonosor estabeleceria seu trono real quando viesse para conquistar o Egito, o que
aconteceu em 568/7 a.C. A mensagem era clara: Judá havia sido destinada “para o cativeiro” (Jr 43:11), e a
fuga para o Egito não mudou em nada a situação.
Pense nisto: Quais são as coisas, instituições ou pessoas nas quais colocamos nossa confiança? Como
podemos saber se elas são confiáveis?
III. De volta para o Egito (Recapitule com a classe Jeremias 44, Êxodo 16:3 e Atos 7:39.)
Um dos elementos mais impressionantes na história da volta para o Egito é que Jeremias acompanhou seu
povo. Ele teve a oportunidade de escolher não ir (Jr 39:11–40:5) e viver o restante de seus dias em Babilônia
sob a proteção do rei Nabucodonosor, mas escolheu permanecer com o povo de Judá, que acabou levando-o
para o Egito.
O capítulo 44 registra a última mensagem de Jeremias, dirigida aos judeus que se haviam estabelecido e
dispersado no Egito. O capítulo tem sido datado de 580 a.C. aproximadamente. É a última mensagem que
reitera o fato de que aqueles que achavam que uma fuga para o Egito proporcionaria um abrigo seguro
finalmente teriam que enfrentar o juízo divino ali mesmo, da mesma forma que aqueles que haviam sido
deportados para Babilônia (Jr 44:11-14).
A reação do povo estava espantosamente em harmonia com seu comportamento anterior: confessaram
abertamente sua lealdade à “Rainha dos Céus” (v. 15-19), possivelmente Aserá, a deusa cananeia da
fertilidade. Eles haviam retornado plenamente ao Egito. Foi um êxodo ao contrário, uma volta deliberada para
a escravidão do pecado e uma recusa desafiadora em ouvir a voz de Deus. Estêvão, em seu discurso perante o
concílio, expressou essa realidade, recordando dolorosamente a história do êxodo: “No seu coração, voltaram
para o Egito” (At 7:39). Fazia séculos que Israel e Judá já estavam voltando para o Egito em seu coração, e a
volta física após a destruição de Jerusalém foi apenas uma confirmação exterior do que já havia acontecido há
muito tempo no coração deles.
Pense nisto: Na prática, o que significa voltar, no coração, para o Egito?
Aplicação
Para o professor: Não se conhece o destino de Jeremias após essa mensagem nem a sorte da comunidade
judaica no Egito. Essa não deve ter sido boa, segundo as últimas palavras do profeta.
Perguntas para reflexão e aplicação
1. Você já teve a intenção de seguir o caminho de Deus, mas depois não gostou quando Ele lhe mostrou qual
era esse caminho? Como você lidou com essa situação?
2. Voltar para o Egito, no coração, ainda é uma triste realidade. O que há no “Egito” espiritual que exerce uma
atração tão forte sobre nós?
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11. Criatividade e atividades práticas
Para o professor: A volta para o Egito foi o centro do estudo desta semana. Como adventistas do sétimo dia,
muitos de nós saímos do “Egito” espiritual: dos vícios pecaminosos, do crime e do ódio, da marginalização
social; contudo, ainda há muitos que precisam ser libertos do Egito num sentido espiritual.
Atividades individuais e como classe
Pensem num lugar, em sua comunidade, que possa ser classificado como “Egito” e planejem um programa
missionário para alcançar as pessoas que moram ali e que talvez só estejam esperando o chamado para sair
dessa condição.
Planejando atividades: O que sua classe pode fazer na próxima semana como resposta ao estudo da lição
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