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ANÁLISE DE RISCO
POLÍTICO: CONCEITOS E
CASOS
Prof. Dr. Flávio Rocha de Oliveira
Universidade Federal de São Paulo - Unifesp
 Discutir os Conceitos de Risco e Risco Político
 Análise de Risco Político
 Análise de Política Externa
 Aplicação em alguns eventos políticos
 Estudo de Caso:
 As negociações em torno do programa nuclear iraniano
Brasil (2011) e EUA (2015)
OBJETIVOS DA AULA
A atividade política – Cooperação e Conflito
Interesses Individuais x Necessidades Coletivas
Nível Micro x Nível Macro – Grupos, Organizações, Governos e
o Sistema Internacional
Status, Prestígio, Poder e Riqueza – Luta e Acomodação
Perguntas básicas:
Como uma sociedade é organizada?
Quem obtém o quê?
Como?
Quem cria e interpreta as leis?
Ideologias dominantes?
Como ela ocorre em vários níveis?
PARTE 1 - POLÍTICA
Risco – Inerentes às atividades humanas
Sociedades – Redes Complexas de Relações
Indivíduos – Avaliação de intenções e possibilidades
Julgamento Racional:
Perigos x Oportunidades
Custo x Benefício
Ameaças x Ganhos
Incerteza x Risco
Globalização e Complexidade Crescente das Relações Entre os
Povos
Aumento das probabilidades de perdas e ganhos
desigualmente distribuídos
Reação e Adaptação – Ex.: Automóveis e Relações Conjugais
PARTE 2 – RISCO: O FENÔMENO E AS
PERCEPÇÕES
Risco – Origem do Termo ligado à expansão comercial do
Renascimento (Ewald) e às navegações no séc. XVI (Giddens)
Renascimento Italiano – Impulso Comercial
Bernstein: Risco e Probabilidade
Aspecto Predominantemente Negativo – trade-off com as
oportunidades de ganhos
RISCO – ORIGEM E DEFINIÇÃO
 Sécs. XX e XXI – A percepção de Risco enquanto ameaça torna-
se predominante
 Giddens e Beck – Guerra Fria e Pós-Guerra Fria
 Sociedade Contemporânea passa a ser dominada por uma
cultura do medo e da incerteza
 Sociedade de Risco
 Risco Se Infiltra em Todas as experiências cotidianas –
Top/Down e Bottom/Up
 Ex.: Crise Financeira e Violência Cotidiana (crimes, acidentes de
trânsito, inflação)
RISCO – SÉC XX E XXI
Riscos Externos – Natureza (Terremotos, Furacões, Secas)
Riscos Fabricados – Humanidade (crises financeiras,
terrorismo, problemas com produtos industrializados)
Os Riscos Fabricados Passam para o Primeiro Plano das
preocupações
De indivíduos, governos e organizações
Riscos Fabricados são uma consequência da expansão do
conhecimento:
O controle de alguns elementos leva ao surgimentos de ameaças não
antecipadas.
Ex. 1: Informática – Privacidade, vigilância, crimes cibernéticos
Ex. 2: I.A. – Desaparecimento de Empregos e enfrentamento com os seres
humanos
RISCOS - TIPOS
1. Preocupações coletivas expressando medos – capilarização.
Ex. 1: Sistema Financeiro, desemprego, epidemias,
corrupção, violência, violência política,
Ex. 2: Terrorismo e guerras
2. Mal-estar na modernidade – a sensação de que as coisas
sempre podem desandar
3. Os processos Políticos e seus protagonistas devem definir
parâmetros para identificar os principais riscos e as melhores
maneiras de lidar com eles
RESULTADOS
4. Importante: os sistemas políticos e seus decisores devem
escolher quais riscos devem ser trabalhados e quais riscos devem
ser aceitos como inevitáveis.
 Rasmussen – Segurança e Guerra
 Necessidade do Gerenciamento do Risco – Quais os potenciais
riscos em termos de política externa e segurança que ameaçam
diferentes países?
 Elaborar várias respostas possíveis – Alternativas
 Considerar os possíveis Riscos que emergirão dessas
alternativas.
 Ex.: 11 de Setembro de 2001, Terrorismo e EUA
RESULTADOS
Risco Político – Ancorada na Percepção do Risco (individual,
grupal, social)
Ponto de partida: literatura Anglo Saxã – Risco Político
enquanto fenômeno dos países em desenvolvimento
Estudos que buscam analisar o impacto dos eventos políticos
sobre os mercados
PARTE 3 – O RISCO POLÍTICO
1. Ian Bremmer (Eurasia Group) e Keats
Risco – Probabilidade de que um evento provoque uma perda
mensurável
1º. Componente – Probabilidade
2º. Componente – Impacto
Ex. 1: OGM e Bio-hacking (Pequena probabilidade e Alto
Impacto)
Ex. 2: Cibersegurança e Transações econômicas (grande
probabilidade e impactos distribuídos)
RISCO POLÍTICO
Abordagem da Escolha Racional – mensuração e cálculo
estatístico – mundo dos negócios
Alerta: o analista deve ter em mente que a política é
caracterizada por aspectos subjetivos e imponderáveis, como
a ambição individual, os valores coletivos e a capacidade de
julgamento dos decisores
2. Habbeger – Incerteza e Futuro
O futuro é aberto: o que é, o que pode ser, o que será.
RISCO POLÍTICO
Risco Político (Bremmer) : a probabilidade de que uma ação
política particular produzirá mudanças nos resultados
econômicos.
Quantificação difícil
3. McKellar: Risco político como prejuízo potencial que um
comportamento político causa para uma operação de negócios.
Exs.:
RISCO POLÍTICO
Althaus – Ponto de vista dos profissionais da política
Risco Político atrelado ao julgamento feito pelos decisores
Lideranças políticas veem o mundo com a lógica da obtenção
e manutenção do poder.
Democracias liberais: eleições periódicas e formação de
alianças políticas
Regimes Autoritários: remoção violenta do poder
RISCO POLÍTICO - DECISORES
Lamborn – Risco Político enquanto possibilidade de que
escolhas políticas produzam resultados adversos no poder
exercido pelos membros-chave dentro de uma coalização
governante
LAMBORN
Filosofia Política – Maquiavel (O Príncipe)
Conceitos Chave – Virtú e Fortuna
Análise com prescrições para a ação política bem sucedida
Maquiavel sempre considera os riscos que a atividade política
traz para os príncipes
Imperfeição perpétua: a vitória sempre traz a sua cota de
problemas e riscos
MAQUIAVEL
 Decomposição e Reconstituição (Análise e Síntese)
 Papel dos Atores Políticos – Dentro e fora do governo
 Contextualização – Estrutura e Conjuntura
 Relações Internacionais: O Risco Político emerge em diferentes
regiões
 Globalização – Intensificação do Risco Político: Comunicações e
Transportes
 Efeito de Contágio
 Ex.: ISIS, Grande Oriente Médio e Europa
A ANÁLISE DO RISCO POLÍTICO
1 - Instabilidade Política nos países em Desenvolvimento
 Legado histórico, descolonização e GF, intervenção das grandes
potências e emergência das massas.
 Ex.: Revolução Xiita (1979) e Primavera Árabe
2 – Dependência Energética
 Produtores globais usam o petróleo como arma política
 China e da Índia entram pesado no mercado consumidor global
 Todos os consumidores buscam diminuir os riscos
 Políticos da dependência energética
3 – Mercados Emergentes
 Realidades Políticas domésticas impactam no funcionamento dos
mercados
 Cálculos Puramente Econômicos mascaram problemas políticos
internos
 Ex.: Crise da Rússia no final dos anos 90
PRINCIPAIS CAUSAS DE RISCO POLÍTICO
4 – Transformações Tecnológicas
 Tecnologias Disruptivas geram riscos políticos – competição econômica
e desemprego
 Barateamento tecnológico gera risco político – grupos e governos com
acesso a tecnologias com potencial de destruição de bens e vidas
5 - Declínio dos EUA
 Vácuo de poder em algumas regiões do mundo
 Novas potências serão fiadoras da estabilidade política internacional?
6 – Instabilidades econômicas e disputas políticas internas nos países
desenvolvidos
 ARP “reversa”
 Europa – Grécia e Alemanha
 EUA – Congresso x Executivo? Orçamento federal de 2013
PRINCIPAIS CAUSAS DE RISCO POLÍTICO
A – Risco Político Doméstico (estabilidade)
B – Risco Político Externo – Risco Geopolítico – Possibilidade
de ameaça existencial
C – Risco Político e Mercado de Capitais
D – Risco Político e Regulação
TIPOS DE RISCOS POLÍTICOS
Incertezas – Riscos – Riscos Manipuláveis
Empresas – Identificar os Riscos Políticos em época de
Globalização
Ex.: Credit Suisse
Sociedade Civil – Sindicatos organizam lobbies junto ao
executivo e ao parlamento
Ex.: Regulamentação das atividades terceirizadas no Brasil (2015)
PARTE 4 – ADMINISTRANDO O RISCO
POLÍTICO
Governos – Máquina pública deve ser montada para lidar com
riscos internos e externos
Domesticamente: base partidária, ministérios, aliança com
governos locais
Maximizar o alcance das políticas públicas
Garantir condições de governabilidade
Democracias liberais: presença de um contexto de competição
política permanente, que fica mais acirrada em alguns
momentos
ADMINISTRANDO O RISCO POLÍTICO
A Administração do Risco Político não previne todas as
perdas, e não garante os melhores resultados
O que garante: um mínimo de coerência, previsibilidade,
resiliência e adaptabilidade dos atores políticos e do sistema
como um todo.
ADMINISTRANDO O RISCO POLÍTICO
 Elemento importante na Análise de Risco Político
 Evidencia os aspectos dinâmicos e inquantificáveis da ação política
 Análise de Conjuntura Política implica na Leitura da Realidade em
Movimento
 Deve-se levar em conta elementos imprevisíveis na ação política. Ex.:
Campanhas eleitorais com um candidato francamente favorito
 Importante: a ACP objetiva ter uma utilidade prática, que é subsidiar a
atividade dos atores políticos
 Identificar as condições da ação política para a realização dos
objetivos estratégicos dos atores políticos
PARTE 5 -
A ANÁLISE DE CONJUNTURA POLÍTICA
A Análise de Conjuntura Política pode ser posicionada, já que
um dos seus objetivos é influenciar o rumo dos
acontecimentos políticos
O analista deve olhar os acontecimentos do ponto de vista do
demandante E dos outros atores que integram o momento.
Ex.: Análise da Conjuntura Política Israelense feita por um
observador do governo brasileiro
ANÁLISE DE CONJUNTURA POLÍTICA
 Subcampo das Ris e da Ciência Política
 Abordagem multi e interdisciplinar
 Busca explicar o comportamento da política externa de um país
 Observando sistematicamente os tomadores de decisão e os
desdobramentos de suas ações
 Análise de Política Externa observa
a) Os atores domésticos (executivo, burocracia, parlamento,
sociedade civil, atores econômicos)
b) O Sistema Internacional
PARTE 6 – ANÁLISE DE POLÍTICA
EXTERNA
 Análise de Política Externa busca observar o Sistema Internacional
 Observar o que ocorre no interior dos Estados
 Construir explicações multicausais
 Utilizar criticamente conceitos e teorias de várias áreas do conhecimento
 Desenvolver explicações sobre o comportamento específico de certo ator
 Observar atentamente o processo de tomada de decisão
 Observar as Elites decisórias e as instituições
 Explicar as conjunturas
 Construir Cenários (o mesmo ocorre em vários ramos das ciências sociais)
ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
 Ex.: A Política Externa do Governo Lula (2003-2010)
 Evento: tentativa de mediar um acordo sobre o programa nuclear
iraniano
 APEx busca entender a motivação e o processo desse evento
a) Quais os interesses brasileiros em jogo? Qual o contexto
conjuntural doméstico na época?
b) Quais são os componentes do processo decisório em política
externa no Governo Lula?
c) Quais os interesses brasileiros nesse jogo?
ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
d) Quais instituições tomaram parte nas decisões? (Presidência
e MRE), Ministérios econômicos (?), Defesa (?)
e) Quais grupos buscaram influenciar esse evento? (assessores,
partidos, empresários)
f) Como a personalidade e a visão de mundo dos principais
líderes influenciou no processo e nas decisões? (Carisma de
Lula, Visão de Celso Amorim, posicionamento de Marco Aurélio
Garcia e de Samuel Pinheiro Guimarães)
g) Como a imprensa brasileira comportou-se naquele momento?
ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
h) Como a imprensa internacional interpretou esse movimento?
i) Como os líderes estrangeiros interpretaram esse movimento?
j) Qual o interesse de vários países do sistema internacional
que foram afetados em termos de Ganhos e Perdas pela
tentativa de mediação?
k) Qual o papel das instituições internacionais, como a ONU?
ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
Quais as considerações de Risco Político que estiveram
presentes?
Na mente dos decisores durante a tentativa de mediação?
Decisão e Decisões (Implementação)
Riscos de Impasse
Micro-decisões
Não-decisões
RISCO POLÍTICO – GOVERNO LULA
 Identificação de padrões de decisão e comportamento em Política Externa
 Identificação de Estruturas e de Conjunturas
 Identificação de Tendências
 Identificação de rupturas
 Análise das principais personalidades decisoras
 Busca de subsídios para a identificação de sinais e alertas antecipados
 Minimizar os riscos políticos
 Identificar janelas de oportunidades e ganhos
 Construção de Cenários futuros – Prós e contras
ARP E APEX
As Negociações em torno do programa nuclear Iraniano –
Comparar a tentativa de mediação brasileira (2010) com a
negociação liderada pelos EUA (2015).
Objetivo: Ressaltar a importância da consideração do Risco
Político na Análise Política
Personalidades – Drama – Declarações
Ideia inicial: pessoas em posição de comando ponderam,
decidem e implementam levando em consideração os riscos
políticos de suas ações.
PARTE 7 -EXERCÍCIO – ESTUDO DE CASO
– PROCEDIMENTOS
1. O que sabemos sobre as negociações, disputas e problemas
cercando o programa nuclear iraniano?
2. Quais fatores (variáveis) influenciaram a decisão brasileira
de mediar a negociação? Quais fatores (variáveis)
influenciaram a decisão norte-americana de liderar a
negociação (2015)?
3. Quem são os principais participantes da negociação?
(indivíduos, organizações, ministérios, partidos políticos,
etc)
4. Qual a visão de mundo (sistema de crenças) dos principais
decisores?
QUESTÕES DO EXERCÍCIO COMPARATIVO
5. Há posições em disputa dentro dos governos? P.ex., um
grupo é a favor da negociação, outro é contra?
6. Por que o Brasil tomou a iniciativa de tentar mediar essa
controvérsia naquele momento? Por que os EUA
torpedearam o acordo? Por que o Brasil manteve o processo
de negociação mesmo quando as grandes potências
sinalizaram que não apoiariam a mediação?
7. Qual o contexto regional (Grande Oriente Médio) na época
da negociação brasileira e qual o atual?
QUESTÕES - CONTINUAÇÃO
8. Quais os contextos domésticos dos governos brasileiro e
americano durante os dois processos de negociação? (pense
sempre na questão do Risco Político)
9. Em sua avaliação, o governo brasileiro tomou as melhores
decisões? O governo americano tomou as melhores
decisões?
10. Quais seriam as alternativas que vocês sugeririam para os
respectivos governos, caso fossem parte dos grupos
decisores?
CONTATO:
E-mail: flaviorocha1@gmail.com
Cel: (11) 99490-0304
OBRIGADO!

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Análise risco político e política externa

  • 1. ANÁLISE DE RISCO POLÍTICO: CONCEITOS E CASOS Prof. Dr. Flávio Rocha de Oliveira Universidade Federal de São Paulo - Unifesp
  • 2.  Discutir os Conceitos de Risco e Risco Político  Análise de Risco Político  Análise de Política Externa  Aplicação em alguns eventos políticos  Estudo de Caso:  As negociações em torno do programa nuclear iraniano Brasil (2011) e EUA (2015) OBJETIVOS DA AULA
  • 3. A atividade política – Cooperação e Conflito Interesses Individuais x Necessidades Coletivas Nível Micro x Nível Macro – Grupos, Organizações, Governos e o Sistema Internacional Status, Prestígio, Poder e Riqueza – Luta e Acomodação Perguntas básicas: Como uma sociedade é organizada? Quem obtém o quê? Como? Quem cria e interpreta as leis? Ideologias dominantes? Como ela ocorre em vários níveis? PARTE 1 - POLÍTICA
  • 4. Risco – Inerentes às atividades humanas Sociedades – Redes Complexas de Relações Indivíduos – Avaliação de intenções e possibilidades Julgamento Racional: Perigos x Oportunidades Custo x Benefício Ameaças x Ganhos Incerteza x Risco Globalização e Complexidade Crescente das Relações Entre os Povos Aumento das probabilidades de perdas e ganhos desigualmente distribuídos Reação e Adaptação – Ex.: Automóveis e Relações Conjugais PARTE 2 – RISCO: O FENÔMENO E AS PERCEPÇÕES
  • 5. Risco – Origem do Termo ligado à expansão comercial do Renascimento (Ewald) e às navegações no séc. XVI (Giddens) Renascimento Italiano – Impulso Comercial Bernstein: Risco e Probabilidade Aspecto Predominantemente Negativo – trade-off com as oportunidades de ganhos RISCO – ORIGEM E DEFINIÇÃO
  • 6.  Sécs. XX e XXI – A percepção de Risco enquanto ameaça torna- se predominante  Giddens e Beck – Guerra Fria e Pós-Guerra Fria  Sociedade Contemporânea passa a ser dominada por uma cultura do medo e da incerteza  Sociedade de Risco  Risco Se Infiltra em Todas as experiências cotidianas – Top/Down e Bottom/Up  Ex.: Crise Financeira e Violência Cotidiana (crimes, acidentes de trânsito, inflação) RISCO – SÉC XX E XXI
  • 7. Riscos Externos – Natureza (Terremotos, Furacões, Secas) Riscos Fabricados – Humanidade (crises financeiras, terrorismo, problemas com produtos industrializados) Os Riscos Fabricados Passam para o Primeiro Plano das preocupações De indivíduos, governos e organizações Riscos Fabricados são uma consequência da expansão do conhecimento: O controle de alguns elementos leva ao surgimentos de ameaças não antecipadas. Ex. 1: Informática – Privacidade, vigilância, crimes cibernéticos Ex. 2: I.A. – Desaparecimento de Empregos e enfrentamento com os seres humanos RISCOS - TIPOS
  • 8. 1. Preocupações coletivas expressando medos – capilarização. Ex. 1: Sistema Financeiro, desemprego, epidemias, corrupção, violência, violência política, Ex. 2: Terrorismo e guerras 2. Mal-estar na modernidade – a sensação de que as coisas sempre podem desandar 3. Os processos Políticos e seus protagonistas devem definir parâmetros para identificar os principais riscos e as melhores maneiras de lidar com eles RESULTADOS
  • 9. 4. Importante: os sistemas políticos e seus decisores devem escolher quais riscos devem ser trabalhados e quais riscos devem ser aceitos como inevitáveis.  Rasmussen – Segurança e Guerra  Necessidade do Gerenciamento do Risco – Quais os potenciais riscos em termos de política externa e segurança que ameaçam diferentes países?  Elaborar várias respostas possíveis – Alternativas  Considerar os possíveis Riscos que emergirão dessas alternativas.  Ex.: 11 de Setembro de 2001, Terrorismo e EUA RESULTADOS
  • 10. Risco Político – Ancorada na Percepção do Risco (individual, grupal, social) Ponto de partida: literatura Anglo Saxã – Risco Político enquanto fenômeno dos países em desenvolvimento Estudos que buscam analisar o impacto dos eventos políticos sobre os mercados PARTE 3 – O RISCO POLÍTICO
  • 11. 1. Ian Bremmer (Eurasia Group) e Keats Risco – Probabilidade de que um evento provoque uma perda mensurável 1º. Componente – Probabilidade 2º. Componente – Impacto Ex. 1: OGM e Bio-hacking (Pequena probabilidade e Alto Impacto) Ex. 2: Cibersegurança e Transações econômicas (grande probabilidade e impactos distribuídos) RISCO POLÍTICO
  • 12. Abordagem da Escolha Racional – mensuração e cálculo estatístico – mundo dos negócios Alerta: o analista deve ter em mente que a política é caracterizada por aspectos subjetivos e imponderáveis, como a ambição individual, os valores coletivos e a capacidade de julgamento dos decisores 2. Habbeger – Incerteza e Futuro O futuro é aberto: o que é, o que pode ser, o que será. RISCO POLÍTICO
  • 13. Risco Político (Bremmer) : a probabilidade de que uma ação política particular produzirá mudanças nos resultados econômicos. Quantificação difícil 3. McKellar: Risco político como prejuízo potencial que um comportamento político causa para uma operação de negócios. Exs.: RISCO POLÍTICO
  • 14. Althaus – Ponto de vista dos profissionais da política Risco Político atrelado ao julgamento feito pelos decisores Lideranças políticas veem o mundo com a lógica da obtenção e manutenção do poder. Democracias liberais: eleições periódicas e formação de alianças políticas Regimes Autoritários: remoção violenta do poder RISCO POLÍTICO - DECISORES
  • 15. Lamborn – Risco Político enquanto possibilidade de que escolhas políticas produzam resultados adversos no poder exercido pelos membros-chave dentro de uma coalização governante LAMBORN
  • 16. Filosofia Política – Maquiavel (O Príncipe) Conceitos Chave – Virtú e Fortuna Análise com prescrições para a ação política bem sucedida Maquiavel sempre considera os riscos que a atividade política traz para os príncipes Imperfeição perpétua: a vitória sempre traz a sua cota de problemas e riscos MAQUIAVEL
  • 17.  Decomposição e Reconstituição (Análise e Síntese)  Papel dos Atores Políticos – Dentro e fora do governo  Contextualização – Estrutura e Conjuntura  Relações Internacionais: O Risco Político emerge em diferentes regiões  Globalização – Intensificação do Risco Político: Comunicações e Transportes  Efeito de Contágio  Ex.: ISIS, Grande Oriente Médio e Europa A ANÁLISE DO RISCO POLÍTICO
  • 18. 1 - Instabilidade Política nos países em Desenvolvimento  Legado histórico, descolonização e GF, intervenção das grandes potências e emergência das massas.  Ex.: Revolução Xiita (1979) e Primavera Árabe 2 – Dependência Energética  Produtores globais usam o petróleo como arma política  China e da Índia entram pesado no mercado consumidor global  Todos os consumidores buscam diminuir os riscos  Políticos da dependência energética 3 – Mercados Emergentes  Realidades Políticas domésticas impactam no funcionamento dos mercados  Cálculos Puramente Econômicos mascaram problemas políticos internos  Ex.: Crise da Rússia no final dos anos 90 PRINCIPAIS CAUSAS DE RISCO POLÍTICO
  • 19. 4 – Transformações Tecnológicas  Tecnologias Disruptivas geram riscos políticos – competição econômica e desemprego  Barateamento tecnológico gera risco político – grupos e governos com acesso a tecnologias com potencial de destruição de bens e vidas 5 - Declínio dos EUA  Vácuo de poder em algumas regiões do mundo  Novas potências serão fiadoras da estabilidade política internacional? 6 – Instabilidades econômicas e disputas políticas internas nos países desenvolvidos  ARP “reversa”  Europa – Grécia e Alemanha  EUA – Congresso x Executivo? Orçamento federal de 2013 PRINCIPAIS CAUSAS DE RISCO POLÍTICO
  • 20. A – Risco Político Doméstico (estabilidade) B – Risco Político Externo – Risco Geopolítico – Possibilidade de ameaça existencial C – Risco Político e Mercado de Capitais D – Risco Político e Regulação TIPOS DE RISCOS POLÍTICOS
  • 21. Incertezas – Riscos – Riscos Manipuláveis Empresas – Identificar os Riscos Políticos em época de Globalização Ex.: Credit Suisse Sociedade Civil – Sindicatos organizam lobbies junto ao executivo e ao parlamento Ex.: Regulamentação das atividades terceirizadas no Brasil (2015) PARTE 4 – ADMINISTRANDO O RISCO POLÍTICO
  • 22. Governos – Máquina pública deve ser montada para lidar com riscos internos e externos Domesticamente: base partidária, ministérios, aliança com governos locais Maximizar o alcance das políticas públicas Garantir condições de governabilidade Democracias liberais: presença de um contexto de competição política permanente, que fica mais acirrada em alguns momentos ADMINISTRANDO O RISCO POLÍTICO
  • 23. A Administração do Risco Político não previne todas as perdas, e não garante os melhores resultados O que garante: um mínimo de coerência, previsibilidade, resiliência e adaptabilidade dos atores políticos e do sistema como um todo. ADMINISTRANDO O RISCO POLÍTICO
  • 24.  Elemento importante na Análise de Risco Político  Evidencia os aspectos dinâmicos e inquantificáveis da ação política  Análise de Conjuntura Política implica na Leitura da Realidade em Movimento  Deve-se levar em conta elementos imprevisíveis na ação política. Ex.: Campanhas eleitorais com um candidato francamente favorito  Importante: a ACP objetiva ter uma utilidade prática, que é subsidiar a atividade dos atores políticos  Identificar as condições da ação política para a realização dos objetivos estratégicos dos atores políticos PARTE 5 - A ANÁLISE DE CONJUNTURA POLÍTICA
  • 25. A Análise de Conjuntura Política pode ser posicionada, já que um dos seus objetivos é influenciar o rumo dos acontecimentos políticos O analista deve olhar os acontecimentos do ponto de vista do demandante E dos outros atores que integram o momento. Ex.: Análise da Conjuntura Política Israelense feita por um observador do governo brasileiro ANÁLISE DE CONJUNTURA POLÍTICA
  • 26.  Subcampo das Ris e da Ciência Política  Abordagem multi e interdisciplinar  Busca explicar o comportamento da política externa de um país  Observando sistematicamente os tomadores de decisão e os desdobramentos de suas ações  Análise de Política Externa observa a) Os atores domésticos (executivo, burocracia, parlamento, sociedade civil, atores econômicos) b) O Sistema Internacional PARTE 6 – ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
  • 27.  Análise de Política Externa busca observar o Sistema Internacional  Observar o que ocorre no interior dos Estados  Construir explicações multicausais  Utilizar criticamente conceitos e teorias de várias áreas do conhecimento  Desenvolver explicações sobre o comportamento específico de certo ator  Observar atentamente o processo de tomada de decisão  Observar as Elites decisórias e as instituições  Explicar as conjunturas  Construir Cenários (o mesmo ocorre em vários ramos das ciências sociais) ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
  • 28.  Ex.: A Política Externa do Governo Lula (2003-2010)  Evento: tentativa de mediar um acordo sobre o programa nuclear iraniano  APEx busca entender a motivação e o processo desse evento a) Quais os interesses brasileiros em jogo? Qual o contexto conjuntural doméstico na época? b) Quais são os componentes do processo decisório em política externa no Governo Lula? c) Quais os interesses brasileiros nesse jogo? ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
  • 29. d) Quais instituições tomaram parte nas decisões? (Presidência e MRE), Ministérios econômicos (?), Defesa (?) e) Quais grupos buscaram influenciar esse evento? (assessores, partidos, empresários) f) Como a personalidade e a visão de mundo dos principais líderes influenciou no processo e nas decisões? (Carisma de Lula, Visão de Celso Amorim, posicionamento de Marco Aurélio Garcia e de Samuel Pinheiro Guimarães) g) Como a imprensa brasileira comportou-se naquele momento? ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
  • 30. h) Como a imprensa internacional interpretou esse movimento? i) Como os líderes estrangeiros interpretaram esse movimento? j) Qual o interesse de vários países do sistema internacional que foram afetados em termos de Ganhos e Perdas pela tentativa de mediação? k) Qual o papel das instituições internacionais, como a ONU? ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA
  • 31. Quais as considerações de Risco Político que estiveram presentes? Na mente dos decisores durante a tentativa de mediação? Decisão e Decisões (Implementação) Riscos de Impasse Micro-decisões Não-decisões RISCO POLÍTICO – GOVERNO LULA
  • 32.  Identificação de padrões de decisão e comportamento em Política Externa  Identificação de Estruturas e de Conjunturas  Identificação de Tendências  Identificação de rupturas  Análise das principais personalidades decisoras  Busca de subsídios para a identificação de sinais e alertas antecipados  Minimizar os riscos políticos  Identificar janelas de oportunidades e ganhos  Construção de Cenários futuros – Prós e contras ARP E APEX
  • 33. As Negociações em torno do programa nuclear Iraniano – Comparar a tentativa de mediação brasileira (2010) com a negociação liderada pelos EUA (2015). Objetivo: Ressaltar a importância da consideração do Risco Político na Análise Política Personalidades – Drama – Declarações Ideia inicial: pessoas em posição de comando ponderam, decidem e implementam levando em consideração os riscos políticos de suas ações. PARTE 7 -EXERCÍCIO – ESTUDO DE CASO – PROCEDIMENTOS
  • 34. 1. O que sabemos sobre as negociações, disputas e problemas cercando o programa nuclear iraniano? 2. Quais fatores (variáveis) influenciaram a decisão brasileira de mediar a negociação? Quais fatores (variáveis) influenciaram a decisão norte-americana de liderar a negociação (2015)? 3. Quem são os principais participantes da negociação? (indivíduos, organizações, ministérios, partidos políticos, etc) 4. Qual a visão de mundo (sistema de crenças) dos principais decisores? QUESTÕES DO EXERCÍCIO COMPARATIVO
  • 35. 5. Há posições em disputa dentro dos governos? P.ex., um grupo é a favor da negociação, outro é contra? 6. Por que o Brasil tomou a iniciativa de tentar mediar essa controvérsia naquele momento? Por que os EUA torpedearam o acordo? Por que o Brasil manteve o processo de negociação mesmo quando as grandes potências sinalizaram que não apoiariam a mediação? 7. Qual o contexto regional (Grande Oriente Médio) na época da negociação brasileira e qual o atual? QUESTÕES - CONTINUAÇÃO
  • 36. 8. Quais os contextos domésticos dos governos brasileiro e americano durante os dois processos de negociação? (pense sempre na questão do Risco Político) 9. Em sua avaliação, o governo brasileiro tomou as melhores decisões? O governo americano tomou as melhores decisões? 10. Quais seriam as alternativas que vocês sugeririam para os respectivos governos, caso fossem parte dos grupos decisores?