Série de interpretações sobre a "Alegoria da Caverna", de Platão, realizada pelas minhas alunas e alunos de Filosofia da Educação, do curso de Pedagogia da Faculdade Sumaré, São Paulo, capital.
3. Imaginemos uma caverna separada do mundo externo por um muro alto. Entre o muro e o chão da caverna há uma fresta por onde passa um fino feixe de luz exterior, deixando a caverna na obscuridade quase completa. Desde o nascimento, geração após geração, seres humanos encontram-se ali, de costas para a entrada, acorrentados sem poder mover a cabeça nem se locomover, forçados a olhar apenas a parede do fundo, vivendo sem nunca ter visto o mundo exterior nem a luz do sol, sem jamais ter efetivamente visto uns aos outros nem a si mesmos, mas apenas as sombras dos outros e de si mesmos por que estão no escuro e imobilizados.
4. Abaixo do muro, do lado de dentro da caverna, há um fogo que ilumina vagamente o interior sombrio e faz com que as coisas que se passam do lado de fora sejam projetadas como sombras nas paredes do fundo da caverna. Do lado de fora, pessoas passam conversando e carregando nos ombros figuras ou imagens de homens, mulheres e animais cujas sombras também são projetadas na parede da caverna. Os prisioneiros julgam que as sombras de coisas e pessoas, os sons de suas falas e as imagens que transportam nos ombros são as próprias coisas externas, e que os artefatos projetados são seres vivos que se movem e falam...
5. Um dos prisioneiros, inconformado com a condição em que se encontra, decide abandoná-la. Fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões e sai da caverna. Ao permanecer no exterior o prisioneiro, aos poucos se habitua a luz e começa a ver o mundo. Encanta-se, tem a felicidade de ver as próprias coisas, descobrindo que estivera prisioneiro a vida toda e que em sua prisão vira apenas sombras.
6. No entanto não pode deixar de lastimar a sorte dos outros prisioneiros e, por fim, toma a difícil decisão de regressar ao subterrâneo sombrio para contar aos demais o que viu e convencê-los a se libertarem também. Só que os demais prisioneiros zombam dele, não acreditando em suas palavras e, se não conseguem silenciá-lo com suas caçoadas, tentam fazê-lo espancando-o. Se mesmo assim ele teima em afirmar o que viu e os convida a sair da caverna, certamente acabam por matá-lo.
7. Sem liberdade para questionar a professora, os alunos voltaram para casa com muitas dúvidas. Somente um aluno teve a coragem de perguntar a seu pai o que era essa tal Alegoria da Caverna e quem era Platão.
8. O pai pergunta ao filho como a professora contou a história. O filho responde dizendo que a professora usou palavras difíceis, lia muito rápido e não queria ser interrompida por nenhum aluno que tivesse dúvidas... O pai então decide contar a história com detalhes.
9. Passaram se alguns meses e o pai repensou no ensino que seu filho estava tendo já que ele não tinha nenhum diálogo com a professora e voltava para casa sempre com dúvidas. Então decide trocá-lo de escola.
10. É preciso enfrentar o medo e quebrar as correntes, porque é através do conhecimento, persistência e sabedoria que conseguiremos sair da caverna e enxergar o mundo a nossa volta.
11. Depois de algum tempo o filho volta para sua antiga escola para contar suas experiências boas e ruins aos seus colegas e sua antiga professora.
12. Infelizmente suas experiências não foram agradáveis, pois o medo de uma nova realidade assombrou a todos. “Negar os próprios impulsos é negar aquilo que nos torna humano” Matrix
13. “ A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original.” Albert Einstein