3. O que é que faz com que , segundo Kant, uma
acção seja moralmente boa?
Qual é o critério para avaliar as acções?
4. Ser humano e acção moral
Ser Humano
Natureza com os seus
fenómenos – âmbito da
necessidade
Mundo da acção humana
– âmbito da liberdade
Sensibilidade
Razão
•Domínio dos prazeres
•Realização de desejos
•Influência dos seus impulsos
•Determinação de leis morais
•Cumprimento de deveres
•Manifestação de autonomia
Vontade
Acção
5. CONCEITOS
Dever
Respeito
Respeito absoluto
absoluto
pela
pela lei
lei moral;
moral;
imperativo/ordem a
imperativo/ordem a
que o indivíduo se
que o indivíduo se
terá de submeter
terá de submeter
Intenção
Vontade
Determina
a
Determina
a
moralidade
da
moralidade
da
acção; somente o
acção; somente o
sujeito a conhece
sujeito a conhece
Faculdade do espírito
Faculdade do espírito
humano capaz de
humano capaz de
contrariar a força dos
contrariar a força dos
desejos e inclinações
desejos e inclinações
sensíveis
e
de
sensíveis
e
de
determinar a acção
determinar a acção
de acordo com o
de acordo com o
imperativo moral
imperativo moral
6. O corpo e a razão não têm as mesmas inclinações
A vontade fica sujeita a conflitos entre disposições
A vontade fica dividida entre o dever (motivações racionais) e o
prazer (inclinações sensíveis)
A vontade pode escolher (é o livre-arbítrio)
Nem sempre escolhe o dever (a moralidade)
7. Devido aos conflitos entre as disposições a vida ética é uma luta
Kant propõe como ideal moral o esforço para transformar a
vontade dividida e imperfeita numa vontade boa, isto é, numa
vontade que se determine a agir por dever
Só a escolha do dever por dever permite transformar a vontade
numa vontade boa
(págs. 154 a 156)
9. O dilema moral de Pedro
Dizer a verdade e
trair o amigo
Mentir e ajudar o
amigo
Ou
Qual o motivo de Pedro?
•Não quer ser visto pelos outros como
mentiroso
•Tem medo da polícia
•Tem pena do amigo
•Quer receber algo em troca
(favores, dinheiro, etc.)
Vontade
Intenção não é pura
ACÇÃO incorrecta
Só seria correcta se a vontade de Pedro não se deixasse influenciar pelas
inclinações sensíveis e se orientasse exclusivamente pela razão
10.
11. Como descobrir a validade moral de uma acção?
Pelo motivo que está na sua origem
Diferentes tipos de acções:
Acções contrárias ao
dever
Acções imorais, que não
cumprem as regras ou
normas morais e que
surgem sempre por
inclinação sensível
IMORALIDADE
ILEGALIDADE
Acções conformes ao dever
movidas por inclinações
sensíveis
Acções que cumprem as
regras ou normas morais,
mas que ocorrem por
interesse ou vantagem
pessoal ou por qualquer
sentimento
LEGALIDADE
Acções conformes ao dever
realizadas por puro respeito
pelo dever
(Ação por Dever)
Acções que cumprem as
regras ou normas morais e
que ocorrem por total
respeito pela lei moral;
decorrem de uma exigência
puramente racional
MORALIDADE
12. Kant caracteriza o domínio da moralidade e apresenta um critério
para avaliar a moralidade das acções (Fundamentação da Metafísica
dos Costumes)
Em que circunstâncias uma acção é boa?
Basta respeitar as regras?
Se o depositário de um bem (dinheiro) o devolve por ter medo de ser
descoberto, a acção ainda é moralmente boa?
Devolver o dinheiro será suficiente para se poder falar em moralidade?
(pág. 156)
14. O que é agir por dever?
É orientar-se pela disposição para a personalidade, e consiste na
elaboração de leis racionais a que a própria Razão se submete
(autonomia)
O dever é o respeito pela lei moral
15. As leis naturais são descritivas
dizem como a natureza
funciona
As leis morais são prescritivas
(normativas)
prescrevem um
comportamento;
são incondicionais e
absolutas;
são um imperativo categórico
(uma ordem incondicional).
17. HIPOTÉTICO
Ordena
CATEGÓRICO
que se cumpra É um mandamento que nos
determinada
acção
em indica universalmente como
concreto
para
atingir proceder, como devemos agir
determinado fim desejado
Diz respeito à forma e ao
“se queres A, deves fazer B”
princípio de que a acção deriva
(a lei moral)
“Se queres ser atleta, treina.”
18.
Significa a determinação de uma acção como
necessária em si mesma, i. é, absolutamente
desinteressada.
É uma espécie de mandamento que “obriga” o sujeito
moral a submeter-se ao dever.
(págs.158/9)
19. Age unicamente de acordo com a máxima que te faça
simultaneamente desejar a sua transformação em lei
universal
Ou
Age como se a máxima da tua acção devesse ser
instituída pela tua vontade como LEI UNIVERSAL DA
NATUREZA
20. MÁXIMA
(pág.156)
Princípio subjectivo de
acção, i. é, princípios
concretos que o sujeito
toma como válidos para a
sua vontade
LEI MORAL
Princípio objectivo, i. é,
válido para a vontade de
todos os seres racionais,
indicando a forma como
deve agir
Só possui valor moral a máxima que
puder ser universalizável
21. A
máxima ou princípio que orienta a minha
acção deve converter-se em lei universal?
Devem
todos os seres humanos aderir a essa
lei, caso estejam em circunstâncias
semelhantes?
Texto Kant (1)
22. Age de tal forma que trates a humanidade, tanto na tua
pessoa como na de qualquer outro, sempre
simultaneamente como um fim, e nunca como um meio.
Texto Kant (2)
23.
É a vontade que
escolhe agir em
função do dever.
Disposição para a
racionalidade, pois
enquanto
ser
racional
o
ser
humano
tem
exigências
autoimpostas pela razão:
Exigência
de
desprendimento
das
necessidades
e
inclinações sensíveis e
dos interesses pessoais;
Autonomia.
24. Propriedade da vontade
de se constituir como a sua
própria lei;
A razão deve ser
autónoma, i. é, criar as leis
a que deverá, depois,
submeter-se: só assim
haverá liberdade.
A autonomia da vontade
é o princípio supremo da
moralidade e o
fundamento da
dignidade e do respeito
devido ao ser moral ou
pessoa.
25. Perguntas
qual o
fundamento da
moralidade das
acções?
qual o critério
para avaliar a
moralidade das
acções?
Segundo Kant
O fundamento da moralidade é a
racionalidade, i.e. , a autonomia da
vontade
Isso implica:
cumprimento do dever por dever
independência face às disposições
sensíveis
opção pela personalidade
26. O critério para identificar uma acção como boa é o carácter
incondicional e universalizável da máxima que determina a
escolha, ou seja, o carácter racional da lei moral
27. Organograma conceptual
A ética racional de KANT
Ser Humano
Disposição para a Disposição para a
animalidade ►
◄
humanidade
acção legal
↓
cumpre a lei
o móbil são as inclinações sensíveis
acção por interesse, não por dever
►
◄
↓
Disposição para a
personalidade
lei moral racional
imperativo categórico
dever
acção moral (por dever)
autonomia
vontade boa
Ser Humano (pessoa)
fim em si mesmo