2. Pré Operatório
A avaliação pré-operatória tem
como objetivo otimizar a
condição clínica do paciente
candidato a cirurgias com vistas a
reduzir a morbimortalidade
perioperatória.
5. Pré Operatório
Hoje é sabido que
baterias de testes não
substituem a anamnese e
o exame físico acurados.
6. Pré Operatório
O procedimento deve considerar o
pré, o per e o pós-operatório.
A anamnese e o exame físico bem
feitos ainda são a melhor forma de se
fazer o screening das doenças.
8. Definição
A delineação do risco começa
com uma boa história e exame
físico e termina por definir que
pacientes necessitam de
intervenções perioperatórias
9.
10.
11. BASES PREPARO PRÉ OPERATÓRIO
ANAMNESE E EXAME FISICO
• Ex. Complementares
AVALIAÇÃO FUNCIONAL PRÉ-OPERATÓRIA
• Classificação de Risco
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
PREPARO E CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS
12. ANAMNESE E EXAME FÍSICO
Melhor forma de “screening” de doenças
Aparelho cardiovascular – prioridade
• Não esquecer Pulmonar e Renal
“Pacotes” de exames padronizados: DEVEM SER
DESESTIMULADOS.
• Má identificação das patologias
• Gastos desnecessários
13. ANAMNESE E EXAME FISICO
História da doença atual e de seu tratamento.
Tolerância ao exercício.
Última visita ao clínico.
Medicações em uso e história de alergia.
História social (incluindo drogas ilícitas, álcool e tabaco).
Qualquer condição de doença crônica.
14. ANAMNESE E EXAME FISICO
Antecedentes anestésicos e cirúrgicos.
Sangramentos e cicatrização.
Via aérea – Condições de intubação (Mallampati).
História anestésica familiar – complicações.
Acesso venoso, local das punções.
Exames laboratoriais.
Necessidade de consultoria (Avaliações).
15. FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NO
RESULTADO DA CIRURGIA
Relacionados ao paciente
Idade
• Tendência a aumento do risco cirúrgico > após 70 anos
Estado Geral
• Incapacidade de aumentar FC (até 99 bpm)
• Incapacidade de tolerar o exercício
Obesidade
• DOENÇA CRÔNICA
• Associado a diabetes
• Disfunção cardíaca e pulmonar
• Maior incidência de trombose venosa
• Infecções cirúrgicas
• Hérnia incisional
• Dificuldades técnicas intra-operatórias
16. FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR NO
RESULTADO DA CIRURGIA
Relacionados ao paciente
Tabagismo
• Complicações pulmonares
• Complicações circulatórias
• Infecção de sítio cirúrgico
Doenças associadas:
• Doença coronariana;
• Arritmias;
• Insuficiência cardíaca;
• Doença pulmonar obstrutiva crônica;
• Diabete;
• Insuficiência renal;
• Coagulopatias
• Hipertensão;
19. TIPOS DE PROCEDIMENTOS
CIRÚRGICOS
Considerando-se ainda os pacientes
assintomáticos, aqueles submetidos a
procedimentos do tipo A não precisam
submeter-se a exames laboratoriais.
Já no que diz respeito aos procedimentos dos
tipos B ou C, os exames laboratoriais são
freqüentemente necessários.
20. Avaliação funcional pré-operatória
As complicações de origem cardiovascular
são responsaveis por grande parte da
morbidade e mortalidade perioperatórias.
Nos EUA estimasse que ocorra de 4-10% de
complicações cardiovasculares.
Vamos detectar a necessidade de Risco
cirúrgico Cardiológico detalhado
31. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
A resposta orgânica ao trauma é mediada por citocinas
pró-inflamatórias (TNF-alfa, IL-1, IL-6), hormônios contra-
reguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol) e outros
mediadores (prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos)
que produzem diversas alterações metabólicas tais como
aumento de proteínas de fase aguda positiva (proteína C-
reativa), diminuição de proteínas de fase aguda negativas
(albumina e pré-albumina, transferrina), edema,
proteólise, lipólise e resistência periférica a insulina que
leva a hiperglicemia.
35. PREPARO E CUIDADOS PRÉ-
OPERATÓRIOS
Compensação e Prevenção de
complicações
36. PREPARO E CUIDADOS PRÉ-
OPERATÓRIOS
Planejamento da operação
• Marcar centro cirurgico.
• Solicitar material a ser utilizado previamente.
• Reserva de sangue, serviço de radiologia,
laboratorio.
• Orientar o paciente e familiares sobre a
programação cirurgica.
• Discutir com equipe cirurgica e estabelecer a
proposta cirurgica.
37. PREPARO E CUIDADOS PRÉ-
OPERATÓRIOS
Medidas gerais na véspera e dia da operação
• Preparo psicológico
• Jejum
• Interrupção de medicamentos
• Preparo intestinal
• Pré-anestésico
• Sondas
• Esvaziamento vesical
• Higiene pessoal
• Tricotomia
40. EXAMES COMPLEMENTARES
Um a cada 300 pacientes ficam alarmados com
exames alterados que não significam doença.
Um a cada 1746 pacientes se beneficiam com
tal descoberta.
Testes com resultados normais ou limítrofes
são inúteis.
43. EXAMES COMPLEMENTARES
HEMOGRAMA - > 50 anos
• Pacientes sintomáticos e extremos de idade.
• Cirurgias de médio e grande porte (B e C)
• Comorbidade hepática ou renal
• Cirurgia cardiovascular
• História de anemia, sangramento ou outro distúrbio
hematológico
Níveis aceitáveis :
• Hb > 8 g/dl
• Leucócitos – 2400 e 16000 mm3
44. EXAMES COMPLEMENTARES
Eletrólitos, Uréia, Creatinina e
Glicemia
• Pacientes acima de 65 anos, renal crônico,
hipertenso e diabéticos.
Transaminases
• Hepatopatias, alcoolistas e preocupação com
problemas ligados à icterícia pós anestésica.
45. EXAMES COMPLEMENTARES
Coagulograma (RNI, TAP, KPTT,
plaquetas)
•História de sangramentos
•Coagulopatias, Nefropatias,
Hepatopatias,
•Uso de anticoagulantes e terapias
alternativas,
•Cirurgias de médio e grande porte.
47. EXAMES COMPLEMENTARES
ECG
• Homens acima 45 anos – procedimentos de
médio e grande porte.
• Mulheres acima 55 anos – procedimentos de
médio e grande porte.
• Repetir se realizado há mais de 2 meses.
48. EXAMES COMPLEMENTARES
RX DE TÓRAX
•Mais 75 anos
•Sintomáticos
•Fatores de risco para DPOC,
tabagistas, cir. Neoplasias.
49. EXAMES COMPLEMENTARES
Tempo dos exames pré
operatórios:
•Até 6 meses se a história do paciente
não mudou substancialmente
•Menor tempo se a história mudou ou
quando são importantes na escolha da
técnica anestésica
66. Considerações adicionais
Avaliação Hematológica
• Transfusão sanguinea pré operatória
• Hb < 6
• HB 6-10 + comorbidades ou previsão de sangramento
• Transfusão de plaquetas
• História de sangramento prévio (DVW)
• Plaquetopenia < 50.000
• Prevenção TVP e TEP
• Deambulação precoce, meias compressivas e Heparina
67. Parar de fumar por pelo menos 8 semanas antes da cirurgia.
Reduzir o peso.
Limitar o tempo cirúrgico em menos de 3h.
Controlar agressivamente a dor no pós-operatório. Utilizar
analgesia peridural sempre que possível.
Iniciar mobilização precoce.
68. Realizar recrutamento sobre as vias aéreas.
Realizar fisioterapia perioperatória, respiração com pressão
positiva intermitente, pressão positiva contínua na via aérea.
Sempre que possível, empregar anestesia espinhal.
Usar relaxantes musculares de curta duração.
71. CONCLUSÕES
Pacientes hígidos, com idade inferior a 40
anos, sem fatores de risco detectados na
anamnese e no exame físico, a serem
submetidos a cirurgias de pequeno porte,
após a avaliação clínica básica poderão
ser encaminhados à cirurgia sem a
realização de exames complementares.
72. CONCLUSÕES
Estudos não demonstraram
benefício ou custo-efetividade
com a realização de “bateria” de
exames para todos os pacientes e
a realização dos mesmos não leva
a modificação do manejo clínico.
73. CONCLUSÕES
As recomendações são para que
os exames laboratoriais sejam
indicados baseados na história e
avaliação clínica do paciente,
individualizados e com indicações
específicas.
76. CONCLUSÕES
Não esquecer de solicitar o
preenchimento do Termo
de consentimento
informado antes do
procedimento cirúrgico
Editor's Notes
Um bom preparo pré-operatório é fundamental para o sucesso de qualquer cirurgia.
Ex. Cardio com imã para cirurgia em portador de marcapasso – evitar a interação entre o bisturi eletrico e o marcapasso
Visa controlar fatores com impacto na evolução da cirurgia
Não estou falando do Lula, mensalão
Quando se fala em pré operatório, já se pensa em realização de exames e encaminhamento para o cardiologista e anestesista
Tema Negligenciado – Quem faz o risco cirúrgico
Cirurgião só precisa saber operar, risco quem faz é o cardiologista
Peri operatório – ate 48h do pós operatório
Pós operatório tardio – após 48h até 30 dias após a cirurgia
Os exames solicitados estão relacionados a idade, tipo de cirurgia e comorbidades
O Paciente pode ser operado agora: Sim, Talvez ou Não
Dar exemplos Jovem com hernia ambulatorial– Sim
Idoso – acamado, sequelado AVC, CF <4 METs com colelitíase assintomatica – Não
Meia idade – Aneurisma Aorta – Solic. Risco cirúrgico e fazer preparo (investigar melhor) Será solicitado os exames complementares de acordo com a necessidade
Com base a isso vamos poder realizar intervenções perioperatorias que vão alterar a evolução do paciente.
Isso é o que se busca com uma boa avaliação pre operatoria
Pós IAM – 6 meses nas cirurgias eletivas
4 pilares básicos
Ex. complementares deixaremos por ultimo
Já vimos que a anamnese e exame físico detalhado é o melhor método de screening de doenças
Os médicos pensam que solicitar exames irá eximir a sua responsabilidade sobre as intercorrências – FALSO (existe respaldo na literatura)
Professor como vamos medir a tolerância ao exercicio
De acordo com as informações será solicitado de forma individualizada os exames complementares necessários
5 fatores: Idade, estado geral, obesidade, tabagismo e doenças associadas
Estes fatores e o porte da cirurgia é que irá nortear o médico para a solicitação dos exames
De acordo principalmente com o grau de agressão, trauma tecidual e perdas sangüíneas , os procedimentos cirúrgicos são distribuídos nas seguintes categorias
exemplos
Agora é o segundo, após a anamnese e ex fisico
Porque é importante realizar uma boa avaliação funcional
Quem tem bom coração tem boa capacidade funcional
Todos são índices clínicos de risco com pontuação que tentam prever a probabilidade de complicações cardíacas no período perioperatório.
Exemplos – I, nada, nada II, tabagista, etilismo social, gravidez e obesidade não morbida, III, obesidade mórbida, abuso alcool, malf. Cardiaca congenita
Nesta sala da para contar nos dedos a quantidade de ASA I
ASA I pomba filhorte - fica na terra,
ASA II, A asa da pomba tá crescendo, mas não tem penas,
ASA III, dependendo o cirurgião, abre a porta da gaiola e a pomba voa,
ASA IV, pomba dormindo, melhor não mexer, que se acordar ele sobe direto pro céu
Chance de o paciente desenvolver uma complicação
IRCR < 2 cirurgia
IRCR > ou = 2 verificar a Capacidade Funcional
CF > 4 METs indicado cirurgia
CF < 4 METs indicado teste de Stres famacologico, se normal – indicado cirurgia
De acordo com a capacidade funcional Risco Cardiovascular
Fleisher e
IRCR (Índice Risco Cardíaco Revisado) - Baixo, intermediário e alto.
Se o paciente tem uma ruim capacidade funcional, será necessário avaliação cardiovascular pormenorizada – solic. Av. Cardíaca.
Contemplamos todos ate agora
Terceiro
Perda de massa magra, agravando a desnutrição e o risco de complicações
ADEQUAÇÂO DE PESO
Identificou que aproximadamente 50% dos pacientes da rede pública de saúde (SUS) encontravam-se desnutridos de forma moderada a grave
Métodos para cálculo do peso ideal/teórico/estimado:
a) PI(IMCm) = A2(m) x IMC médio
Onde: IMC médio homens = 22kg/m2 e IMC médio mulheres = 21kg/m2
Mais adiante iremos complementar as possibilidades de tratamento
Vamos para o Quarto e ultimo
Não adiante chega no CC e ficar nervoso e jogar pinça que o material não vai cair do céu – tem que se organizar antes
Com relação aos medicamentos, sondas, tricotomia discutiremos mais adiante nas considerações adicionais
Lembra dos exames complementares, chegou a hora
Não quiz trazer a do Sabiston – não iria caber no slide
2 a 10% dos pacientes submetidos a screenings têm alterações laboratoriais que em 80% dos casos são desprovidas de significado.
Faz a conta – de cada 100 – 10 alterados – somente 2 com significado clinico
Ta mais facil ganhar na mega
Isso aqui é pro cara que não tem nada
Estava passeando na praça fim de semana e você olhou na barriga do cara e disse: tem uma hérnia ai, passa amanha lá no hospital que vou te operar
De acordo com a história clinica obtida, será necessário solicitar exames
Evitar o Pacotão
Master of surgery – harrison - swuartz
Não há dados que confirmem que o tratamento pré operatório da anemia leve a moderada altere a morbimortalidade per operatória
Cirurgia ocular, cardiovascular, neurocirurgia
Usem o bom senso, jovem de 30 anos vai realizar um procedimento de neurocirurgia – pode sangrar e se sangrar vai morrer...tem que solicitar hmg e coagulograma
Sintomáticos
Próteses, manipulação trato renal, gestantes com bacteriúria assintomática
ECG, quando anormal em um paciente de alto risco triplica o risco perioperatório.
Já um ECG normal em pacientes de baixo risco tem pouco valor.
American Colege of Cadiology sugere que o melhor teste pré-operatório para estratificação do risco cardíaco é o teste ergométrico.
Carga tabágica de mais de 30 maços por ano
Cirurgia cardíaca ou torácica
Considerações adicionais
Cumarinico – Transfusão de plasma fresco 15ml por kg 1h antes + vit K
HNF – Protamina 1mg para cada 100u HNF
AINES 3 dias antes
Metformina 24h antes – Função renal – aumenta o risco de acidose láctica no perioperatório.
Manter entre 140-180
Hiperglicemia aumenta o risco de deiscencia e infecção por oportunista.
E os que tenho que manter
Tabela prática
Na sala de cirurgia
Vesical - Monitorar perfusão, Procedimento longo, Cirúrgia pélvica e urológica
SNG – Esvaziamento gástrico lento, estenose de pilôro, obstrução intestinal, cirurgia de andar superior e na emergência.
Prevenir infecção, não para tratar infecção
Diferenciar antibioticoterapia de profilaxia
Atenção para exceções (proteses e cirurgias de alto risco) cirurgias ortopédicas, neurocirurgias e cardiacas, pois não podem infectar – sempre esta indicado antibioticoprofilaxia
Telas hernioplastias.
Aumenta incidência de deiscência de suturas e hérnias
Pre albumina – mais sensível
Melhor – albumina
Enteral melhora 4 semanas
Parenteral 7-10 dias – complicações: hipertrigliceridemia, hiperglicemia, infecção e sepse (atrofia dos enterócitos)
Renal cronico tem que entrar para cirurgia com Hb > 12 (risco de sangramento, não produz eritropoietina
DVW – ADH intranasal (vasopressina)
Palquetopenia transfusão de plaquetas
Escolher somente pacientes novinhos e sem problemas cardiopulmonar