SlideShare a Scribd company logo
1 of 8
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUIMICA 
IQU-709 QUÍMICA ANALÍTICA AVANÇADA 
Professora: Viviane Gomes Teixeira 
Descrição do Tratamento Termodinâmico 
para o Equilíbrio Químico 
Marcello Ribeiro Santos 
Felipe Gustavo Camacho 
Junho de 2014
1. Conceitos Fundamentais 
Através dos conceitos da termodinâmica pode ser previsto se uma reação pode ou não 
ocorrer, podendo também ser determinada a sua composição no equilíbrio. Em ambos os 
casos segundo uma condição prévia, salientando que a cinética química das reações ou o 
conhecimento do equilíbrio cinético não podem ser avaliados. 
Nas investigações termodinâmicas considera-se sistema a parte em que estamos 
interessados a investigar e vizinhanças são a parte externa do sistema onde se faz as 
observações. 
Os tipos de sistema são classificados de acordo com as características da fronteira entre o 
sistema e suas vizinhanças. Isolados quando eles não podem efetuar troca de energia ou 
matéria com suas vizinhanças; Abertos quando ambos, energia e matéria, podem ser 
trocados com as vizinhanças, e Fechados quando a energia, porém não a matéria, pode ser 
trocada com as vizinhanças. 
As propriedades dos sistemas são ditas como sendo extensivas se elas dependem da 
quantidade de matéria do sistema (isto é, volume, massa), e intensivas quando elas não 
dependem (isto é, densidade, temperatura, pressão). 
2. Primeira Lei da Termodinâmica 
A primeira lei da termodinâmica trata do conceito da conservação de energia e pode ser 
expressa como “Energia não pode ser criada nem destruída, apenas transferida de uma 
para a outra” 
a. ENERGIA INTERNA (U) 
A energia total de um sistema, na termodinâmica, é denominada energia interna, U. Essa 
energia é a soma das energias cinética e potencial das moléculas que compõem o sistema. A 
variação de energia interna quando um sistema passa do estado inicial i, com energia 
interna Ui, para o estado final f, com energia interna Uf, é simbolizada por ΔU: 
Δ푈 = 푈푓 − 푈푖 [1] 
A energia interna é uma função de estado, pois seu valor depende exclusivamente do 
estado em que está o sistema e não depende da forma pela qual o sistema chegou a esse 
estado. A energia interna é uma propriedade extensiva.
A energia interna pode ser alterada, seja pelo trabalho efetuado sobre o sistema, seja pelo 
aquecimento do sistema. O calor e o trabalho são maneiras equivalentes de se alterar a 
energia interna de um sistema: 
푑푈 = d푞 + d푤 [2] 
Sendo assim a eq. 2 é o enunciado matemático da Primeira Lei da Termodinâmica, pois 
resume a equivalência entre o calor e o trabalho e mostra que a energia interna é constante 
num sistema isolado (para o qual q = 0 e w = 0). 
b. TRABALHO (w) 
Diz-se que, para a expressão geral do trabalho, o trabalho para deslocar um corpo de uma 
distância dz, na direção de uma força de magnitude F que se opõe ao deslocamento, é dado 
por: 
d푤 = −퐹dz [3] 
Onde o sinal negativo nos informa que, quando o sistema desloca o corpo contra a força 
que se opõe ao deslocamento, a energia interna dos sistema que efetua o trabalho diminui. 
Considerando um sistema no qual o trabalho é de expansão, sendo que este trabalho é 
realizado por um gás e a parede do sistema um pistão, a força F que atua nesse sistema, 
contra a expanção e sobre o pistão, é a pressão externa pex. Sendo a magnitude da desta 
força F = pexA, o w se torna 
d푤 = −푝푒푥 Adz 
sendo Adz a variação de volume, dV, na expansão 
d푤 = −푝푒푥 dV [4] 
No caso do calor, sua origem está no movimento aleatório dos átomos de um sistema em 
relação ao outro, no qual há troca de energia até que se igualem. 
A diferença molecular fundamental entre trabalho e calor é que, quando a energia é 
transferida na forma de trabalho, o sistema movimenta moléculas da vizinhança em uma 
direção definida (movimento organizado), mas durante a transferencia de energia na forma 
de calor as moléculas da vizinhança movem-se caóticamente (movimento desorganizado). 
Como a maioria dos processos experimentais que ocorrem no ambiente é realizado a 
pressão constante em vez de volume constante, apenas o trabalho volume é utilizado e as 
expressões [2] e [4] podem ser combinadas gerando:
Δ푈 = 푞 − 푝Δ푉 [5] 
c. ENTALPIA (H) 
A variação de energia interna não é igual à energia transferida na forma de calor quando 
o volume não for constante. A partir da equação de energia interna [5] se obtém a 
equação de estado de outra propriedade extensiva do sistema, a entalpia (H): 
Δ푈 = 푞 − 푝Δ푉 
푈2 − 푈1 = 푞 − 푝(푉2 − 푉1 ) 
푈2 + 푝푉2 = 푞 + 푝푉1 + 푈1 
푞 = (푈2 + 푝푉2 ) − (푈1 + 푝푉1 ) 
푞 = 퐻2 − 퐻1 
Δ퐻 = 푞 
Sendo assim, a equação da entalpia é dada por: 
Δ퐻 = Δ푈 + 푝푉 [6] 
Como U, p, V são funções de estado, a entalpia também é uma função do estado. É 
importante compreender que a entalpia não é uma medida da Energia do sistema no mesmo 
sentido fundamental de energia interna (U). É na verdade um instrumento para acompanhar 
e explicar os efeitos da mudança de volume durante troca de calor a pressão constante. 
3. Segunda Lei da Termodinâmica 
A primeira lei da termodinâmica nos diz que, se uma reação ocorre, a energia total do 
universo (o sistema e sua vizinhança) permanece inalterado, ou seja, a energia do universo 
é constante.Como a primeira lei não trata da espontanêdade de um processo, ela utiliza a 
energia interna para identificar as mudanças permitidas, a segunda lei se relaciona com a 
possibilidade de um processo químico ou físico ocorrer espontaneamente ou não. A 
segunda lei usará a entropia para identificar as mudanças espontâneas entre as mudanças 
permitidas. 
a. ENTROPIA (S)
A entropia é definida como a quantidade de energia na forma de calor transferida em um 
sistema à uma temperatura T. A definição termodinâmica da entropia está baseada na 
expressão 
d푆 = d푞 
푇 
[7] 
ou 
Δ푆 = Δ푞 
푇 
[8] 
Onde dq é a troca de calor associada a um processo reversível. 
Para um processo espontâneo qf > qi, ou seja, Δq > 0. Nesse processo a variação de entropia 
é positiva, ΔS > 0. 
A entropia em um processo natural é sempre igual ou maior que zero, do ponto de vista do 
sistema 
d푆푠푖푠푡 ≥ 
d푞푠푖푠푡 
푇 
≥ 0 
sendo assim, 
d푆푠푖푠푡 ≥ d 푞푠푖푠푡 
푇 
[9] 
Sendo esta expressão conhecida como a desigualdade de Clausius, de grande importância 
para discussão da espontaniedade das reações químicas. 
b. ENERGIA DE GIBBS (G) 
Entretanto a entropia não é suficiente para definir a condição de equilíbrio, surgindo então 
as funções de estado energia livre de gibbs (G) e Helmholtz (A). Sendo a energia de 
Helmholtz para sistemas isotérmicos de composição e volume constantes, e a energia de 
gibbs para sistemas isotérmicos de composição e pressão constantes (uma condição mais 
comum encontrada no ambiente). 
Podemos chegar a energia de Gibbs combinando a expressão de Clausius [9] (conforme as 
condições do sistema, pressão constante) com a equação de energia interna [2]: 
[9]: d푆푠푖푠푡 ≥ d푞푠푖푠푡 
푇 
→ 푇d푆 ≥ d푞 
[2]: 푑푈 = d푞 + d푤 → d푞 = d푈 − d푤
Combinando, então temos: 
푇d푆 ≥ d푈 − d푤 
d푈 ≤ 푇d푆 + d푤 [10] 
utilizando dw = - pdV, temos: 
d푈 ≤ 푇d푆 − 푝d푉 [11] 
sob as condições de T e p constantes, dp = 0 e dT = 0, para introduzirmos dp e dT na 
equação, adicionamos e subtraimos SdT e Vdp: 
d푈 ≤ 푇d푆 − 푝d푉 + 푆d푇 − 푆d푇 + 푉d푝 − 푉d푝 
d푈 ≤ d(푇푆) − 푆d푇 − d(푝푉) + 푉d푝 
d(푈 + 푝푉 − 푇푆) ≤ −푆d푇 + 푉d푝 
sendo U + pV = H, temos: 
d(퐻 − 푇푆) ≤ −푆d푇 + 푉d푝 [12] 
se tratando de um sistema de T e p constantes, nós temos que: 
d(퐻 − 푇푆) ≤ 0 
onde o sinal de igualdade segura o equilíbrio. 
Sendo H – TS uma função de estado, esta chamada de energia livre de Gibbs (G), temos: 
퐺 = 퐻 − 푇푆 
e, pela equação [12]: 
d퐺 = 푉d푝 − 푆d푇 [13] 
ΔG = 0 → sistema em equilíbrio 
ΔG < 0 → processo espontâneo 
ΔG > 0 → processo não espontâneo 
Uma série de reações, competitivas, podem ser comparadas com respeito a ΔG, onde a 
reação de ΔG mais negativo será mais favorecida do ponto de vista termodinâmico. Assim 
como U, V e S são propriedades extensivas, G também é um propriedade extensiva.
c. POTENCIAL QUÍMICO (μ) 
Como foi estabelecido que para energia de Gibbs o sistema é de composição constante, isto 
implica que a composição de um sistema deve exercer certa influência. Sendo a energia 
interna de um sistema afetada pela quantidade de material presente, esta quantidade 
presente é medida em termos de mols e designados como n1, n2, n3, ... ni, onde o subscrito 
define o componente. E esta composição deve ser especificada, já que o aumento também 
será afetado pela substância que é adicionada, uma vez que a energia livre por mol 
(conhecida como potencial químico, μ) é uma propriedade da substância. 
Assim sendo, a equação da energia livre de Gibbs [13] deve ser estendida para incluir o 
efeito destes componentes, o que resulta em: 
d퐺 = 푉d푝 − 푆d푇 + Σ푖 μ푖푑푖 [14] 
onde μi é o potencial químico, definido como: 
μ푖 = ( 휕퐺 
휕푛푖 
) 
푇,푝,푛푗≠푖 
[15] 
Que também pode ser expresso em termos de atividade: 
표 + R푇 ln 푎푖 [16] 
μ푖 = μ푖 
표 é o potencial químico no estado padrão do componente e 푎푖 é a atividade do 
Onde μ푖 
componente, proporcional à concentração e um coeficiente de atividade. 
4. Equilíbrio Químico 
O equilíbrio químico é uma das aplicações mais importantes da termodinâmica. Quando se 
diz que o sistema está em equilíbrio, isto quer dizer que os processos dinâmicos ocorrem 
continuamente, isto é, para qualquer processo as velocidades no sentido direto e inverso são 
semelhantes, o que assegura que a composição total do sistema não se altera. 
A primeira e segunda lei da termodinâmica indica que um sistema tende a caminhar para 
um estado de minima energia e máxima entropia. Estas condições devem ser, portanto, 
satisfeitas para um sistema atingir o equilíbrio. 
Um sistema em equilíbrio não pode ser submetido a variações espontâneas, portanto a 
variação de entropia deve ser zero (ΔS=0), assim como a energia livre de Gibbs deve ser 
zero para qualquer processo em equilíbrio (ΔG=0). 
Na condição de equilíbrio o somatório do potencial químico das espécies vezes o 
coeficiente estequipmétrico da reação deve ser igual zero, o que gera a seguinte equação:
푑퐺 = Σ푖 μ푖d푛푖 = 0 [17] 
Pela equação [16], para uma reação quimica geral como: 
푎퐴 + 푏퐵 ←→ 푐퐶 + 푑퐷 
Logo 
μ퐴 = μ퐴0 
푎 ; μ퐵 = μ퐵0 
+ 푅푇 ln 푎퐴 
+ 푅푇 ln 푎퐵푏 
μ퐶 = μ퐶0 
+ 푅푇 ln 푎퐶푐 
; μ퐷 = μ퐷0 
+ 푅푇 ln 푎퐷푑 
Sendo no equilíbrio 
푎μ퐴 + 푏μ퐵 = 푐μ퐶 + 푑μ퐷 [18] 
Logo, 
μ퐴0 
+ μ퐵0 
푎 + 푎퐵푏 
+ 푅푇 ln(푎퐴 
) = μ퐶0 
+ μ퐷0 
+ 푅푇 ln(푎퐶푐 
+ 푎퐷푑 
) 
μ퐴0 
+ μ퐵0 
− μ퐶0 
− μ퐷0 
푎퐶푐 
= 푅푇 ln ( 
. 푎퐷푑 
푎 . 푎퐵푏 
푎퐴 
) 
Sendo (푎퐶푐 
.푎퐷푑 
푎퐴푎 
.푎퐵푏 
) = K e (μ퐴0 
+ μ퐵0 
− μ퐶0 
− μ퐷0 
) = - ΔGº, temos: 
ΔGº = −RT ln 퐾 [19] 
Ou 
(−Δ퐺º 
퐾 = 푒푅푇 
) 
[20] 
Assim a constante de equilíbrio é definida como dependente apenas da temperatura e do 
potencial padrão das espécies. 
5. Referência Bibliográfica 
ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-química. Editora LTC, Vol. 1, 8ª ed., 2008. 
LEVINE, IRA N. Physical Chemistry. McGraw-Hill, 6ª ed., 2009. 
LAVORENTI, A. Publicação Destinada ao Ensino de Ciências – Química. ESALQ/USP, 
2002.

More Related Content

What's hot

Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaTeorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaVictor Said
 
Introdução às leis da termodinâmica
Introdução às leis da termodinâmicaIntrodução às leis da termodinâmica
Introdução às leis da termodinâmicaHelder Guerreiro
 
Aprendendo física em casa as três leis da termodinâmica
Aprendendo física em casa  as três leis da termodinâmicaAprendendo física em casa  as três leis da termodinâmica
Aprendendo física em casa as três leis da termodinâmicaPaulo Ferreira
 
Aula02 bioqi
Aula02 bioqiAula02 bioqi
Aula02 bioqiuendell
 
Aula de equilíbrio quimico
Aula de equilíbrio quimicoAula de equilíbrio quimico
Aula de equilíbrio quimicoIsabele Félix
 
Cinetica quimica
Cinetica quimicaCinetica quimica
Cinetica quimicaLiana Maia
 
Termodinâmica (módulo F5)
Termodinâmica (módulo F5)Termodinâmica (módulo F5)
Termodinâmica (módulo F5)stair735alcino
 
Conceitos de cinética química
Conceitos de cinética químicaConceitos de cinética química
Conceitos de cinética químicaHugo Félix Félix
 
Primeira lei da termodinâmica
Primeira lei da termodinâmicaPrimeira lei da termodinâmica
Primeira lei da termodinâmicaJamilly Andrade
 
Estudo dos gases site
Estudo dos gases siteEstudo dos gases site
Estudo dos gases sitefisicaatual
 

What's hot (19)

Termodinamica
TermodinamicaTermodinamica
Termodinamica
 
Termodinâmica
TermodinâmicaTermodinâmica
Termodinâmica
 
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmicaTeorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
Teorema de Nernst - terceira lei da termodinâmica
 
Termodinâmica
TermodinâmicaTermodinâmica
Termodinâmica
 
Introdução às leis da termodinâmica
Introdução às leis da termodinâmicaIntrodução às leis da termodinâmica
Introdução às leis da termodinâmica
 
Aprendendo física em casa as três leis da termodinâmica
Aprendendo física em casa  as três leis da termodinâmicaAprendendo física em casa  as três leis da termodinâmica
Aprendendo física em casa as três leis da termodinâmica
 
Entalpia
EntalpiaEntalpia
Entalpia
 
Ensaio-termodinamica ambiental
Ensaio-termodinamica ambiental Ensaio-termodinamica ambiental
Ensaio-termodinamica ambiental
 
Aula02 bioqi
Aula02 bioqiAula02 bioqi
Aula02 bioqi
 
Aula de equilíbrio quimico
Aula de equilíbrio quimicoAula de equilíbrio quimico
Aula de equilíbrio quimico
 
Aula 2 equilíbrio químico
Aula 2  equilíbrio químicoAula 2  equilíbrio químico
Aula 2 equilíbrio químico
 
Introdução às Reações Orgânicas
Introdução às Reações OrgânicasIntrodução às Reações Orgânicas
Introdução às Reações Orgânicas
 
Ap termodinamica
Ap termodinamicaAp termodinamica
Ap termodinamica
 
Cinetica quimica
Cinetica quimicaCinetica quimica
Cinetica quimica
 
Termodinâmica (módulo F5)
Termodinâmica (módulo F5)Termodinâmica (módulo F5)
Termodinâmica (módulo F5)
 
Pedro Fisica 1
Pedro Fisica 1Pedro Fisica 1
Pedro Fisica 1
 
Conceitos de cinética química
Conceitos de cinética químicaConceitos de cinética química
Conceitos de cinética química
 
Primeira lei da termodinâmica
Primeira lei da termodinâmicaPrimeira lei da termodinâmica
Primeira lei da termodinâmica
 
Estudo dos gases site
Estudo dos gases siteEstudo dos gases site
Estudo dos gases site
 

Similar to Descrição do tratamento da constante de equilíbrio K

Termodinâmica segunda e terceira lei, gases reais
Termodinâmica   segunda e terceira lei, gases reaisTermodinâmica   segunda e terceira lei, gases reais
Termodinâmica segunda e terceira lei, gases reaisPaula Fabiana
 
Termodinâmica primeira lei
Termodinâmica   primeira leiTermodinâmica   primeira lei
Termodinâmica primeira leiPaula Fabiana
 
termodinamica Escola.pptx, aulas, física
termodinamica Escola.pptx, aulas, físicatermodinamica Escola.pptx, aulas, física
termodinamica Escola.pptx, aulas, físicassuserb11a6b
 
Conceitos Fundamentais Termodinãmica.pptx
Conceitos Fundamentais Termodinãmica.pptxConceitos Fundamentais Termodinãmica.pptx
Conceitos Fundamentais Termodinãmica.pptxAnselmo Fabris
 
Termoquímica 2o ano
Termoquímica  2o anoTermoquímica  2o ano
Termoquímica 2o anoKarol Maia
 
Termodinâmica (parte 2)
Termodinâmica (parte 2)Termodinâmica (parte 2)
Termodinâmica (parte 2)Charlesguidotti
 
FíSica Aula 4 Primeira Lei Da TermodinâMica
FíSica Aula 4   Primeira Lei Da TermodinâMicaFíSica Aula 4   Primeira Lei Da TermodinâMica
FíSica Aula 4 Primeira Lei Da TermodinâMicaeducacao f
 
Resumao de termodinamica calor e gases do responde ai
Resumao de termodinamica calor e gases do responde aiResumao de termodinamica calor e gases do responde ai
Resumao de termodinamica calor e gases do responde aiLeonardo Abreu
 
1ªlei datermodinamica (anexo santa_cruz_jb 68. jpg).
1ªlei datermodinamica (anexo santa_cruz_jb 68. jpg).1ªlei datermodinamica (anexo santa_cruz_jb 68. jpg).
1ªlei datermodinamica (anexo santa_cruz_jb 68. jpg).Fernanda Katiusca Santos
 
Apostila de termodinamica
Apostila de termodinamicaApostila de termodinamica
Apostila de termodinamicaWeslei Mazza
 
Termodinamica fundamentos
Termodinamica   fundamentosTermodinamica   fundamentos
Termodinamica fundamentosWagner Branco
 

Similar to Descrição do tratamento da constante de equilíbrio K (20)

Termodinâmica segunda e terceira lei, gases reais
Termodinâmica   segunda e terceira lei, gases reaisTermodinâmica   segunda e terceira lei, gases reais
Termodinâmica segunda e terceira lei, gases reais
 
PQI5821-aula-01.pdf
PQI5821-aula-01.pdfPQI5821-aula-01.pdf
PQI5821-aula-01.pdf
 
Termodinâmica primeira lei
Termodinâmica   primeira leiTermodinâmica   primeira lei
Termodinâmica primeira lei
 
1 leitermodinâmica.ppt
1 leitermodinâmica.ppt1 leitermodinâmica.ppt
1 leitermodinâmica.ppt
 
termodinamica Escola.pptx, aulas, física
termodinamica Escola.pptx, aulas, físicatermodinamica Escola.pptx, aulas, física
termodinamica Escola.pptx, aulas, física
 
Transmissão de calor
Transmissão de calorTransmissão de calor
Transmissão de calor
 
Energia livre
Energia livreEnergia livre
Energia livre
 
Conceitos Fundamentais Termodinãmica.pptx
Conceitos Fundamentais Termodinãmica.pptxConceitos Fundamentais Termodinãmica.pptx
Conceitos Fundamentais Termodinãmica.pptx
 
Termoquímica 2o ano
Termoquímica  2o anoTermoquímica  2o ano
Termoquímica 2o ano
 
Termoquímica
TermoquímicaTermoquímica
Termoquímica
 
Gases =d
Gases =dGases =d
Gases =d
 
Ensaio - Termodinâmica Ambiental
Ensaio - Termodinâmica Ambiental Ensaio - Termodinâmica Ambiental
Ensaio - Termodinâmica Ambiental
 
Termodinâmica (parte 2)
Termodinâmica (parte 2)Termodinâmica (parte 2)
Termodinâmica (parte 2)
 
FíSica Aula 4 Primeira Lei Da TermodinâMica
FíSica Aula 4   Primeira Lei Da TermodinâMicaFíSica Aula 4   Primeira Lei Da TermodinâMica
FíSica Aula 4 Primeira Lei Da TermodinâMica
 
Termodinâmica (2017)
Termodinâmica (2017)Termodinâmica (2017)
Termodinâmica (2017)
 
Resumao de termodinamica calor e gases do responde ai
Resumao de termodinamica calor e gases do responde aiResumao de termodinamica calor e gases do responde ai
Resumao de termodinamica calor e gases do responde ai
 
1ªlei datermodinamica (anexo santa_cruz_jb 68. jpg).
1ªlei datermodinamica (anexo santa_cruz_jb 68. jpg).1ªlei datermodinamica (anexo santa_cruz_jb 68. jpg).
1ªlei datermodinamica (anexo santa_cruz_jb 68. jpg).
 
Apostila de termodinamica
Apostila de termodinamicaApostila de termodinamica
Apostila de termodinamica
 
Energia
EnergiaEnergia
Energia
 
Termodinamica fundamentos
Termodinamica   fundamentosTermodinamica   fundamentos
Termodinamica fundamentos
 

Recently uploaded

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfSlide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfeupedrodecostas
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusVini Master
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAnglica330270
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoEduardoBarreto262551
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGabbyCarvalhoAlves
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...Universidade Federal de Sergipe - UFS
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoAlessandraRaiolDasNe
 

Recently uploaded (18)

REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdfSlide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
Slide As células: unidade da vida, e organelas celulares.pdf
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos ViniciusO Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
O Modelo Atômico de Dalton - Carlos Vinicius
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxxAula 1 Psico Social ensino superior xxxx
Aula 1 Psico Social ensino superior xxxx
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulaoTeorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
Teorias da Evolução e slides sobre darwnismo e evoulao
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V25_...
 
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do MarGeologia Marinha - Variação do Nível do Mar
Geologia Marinha - Variação do Nível do Mar
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
 
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro anoRevisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
Revisão ENEM ensino médio 2024 para o terceiro ano
 

Descrição do tratamento da constante de equilíbrio K

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUIMICA IQU-709 QUÍMICA ANALÍTICA AVANÇADA Professora: Viviane Gomes Teixeira Descrição do Tratamento Termodinâmico para o Equilíbrio Químico Marcello Ribeiro Santos Felipe Gustavo Camacho Junho de 2014
  • 2. 1. Conceitos Fundamentais Através dos conceitos da termodinâmica pode ser previsto se uma reação pode ou não ocorrer, podendo também ser determinada a sua composição no equilíbrio. Em ambos os casos segundo uma condição prévia, salientando que a cinética química das reações ou o conhecimento do equilíbrio cinético não podem ser avaliados. Nas investigações termodinâmicas considera-se sistema a parte em que estamos interessados a investigar e vizinhanças são a parte externa do sistema onde se faz as observações. Os tipos de sistema são classificados de acordo com as características da fronteira entre o sistema e suas vizinhanças. Isolados quando eles não podem efetuar troca de energia ou matéria com suas vizinhanças; Abertos quando ambos, energia e matéria, podem ser trocados com as vizinhanças, e Fechados quando a energia, porém não a matéria, pode ser trocada com as vizinhanças. As propriedades dos sistemas são ditas como sendo extensivas se elas dependem da quantidade de matéria do sistema (isto é, volume, massa), e intensivas quando elas não dependem (isto é, densidade, temperatura, pressão). 2. Primeira Lei da Termodinâmica A primeira lei da termodinâmica trata do conceito da conservação de energia e pode ser expressa como “Energia não pode ser criada nem destruída, apenas transferida de uma para a outra” a. ENERGIA INTERNA (U) A energia total de um sistema, na termodinâmica, é denominada energia interna, U. Essa energia é a soma das energias cinética e potencial das moléculas que compõem o sistema. A variação de energia interna quando um sistema passa do estado inicial i, com energia interna Ui, para o estado final f, com energia interna Uf, é simbolizada por ΔU: Δ푈 = 푈푓 − 푈푖 [1] A energia interna é uma função de estado, pois seu valor depende exclusivamente do estado em que está o sistema e não depende da forma pela qual o sistema chegou a esse estado. A energia interna é uma propriedade extensiva.
  • 3. A energia interna pode ser alterada, seja pelo trabalho efetuado sobre o sistema, seja pelo aquecimento do sistema. O calor e o trabalho são maneiras equivalentes de se alterar a energia interna de um sistema: 푑푈 = d푞 + d푤 [2] Sendo assim a eq. 2 é o enunciado matemático da Primeira Lei da Termodinâmica, pois resume a equivalência entre o calor e o trabalho e mostra que a energia interna é constante num sistema isolado (para o qual q = 0 e w = 0). b. TRABALHO (w) Diz-se que, para a expressão geral do trabalho, o trabalho para deslocar um corpo de uma distância dz, na direção de uma força de magnitude F que se opõe ao deslocamento, é dado por: d푤 = −퐹dz [3] Onde o sinal negativo nos informa que, quando o sistema desloca o corpo contra a força que se opõe ao deslocamento, a energia interna dos sistema que efetua o trabalho diminui. Considerando um sistema no qual o trabalho é de expansão, sendo que este trabalho é realizado por um gás e a parede do sistema um pistão, a força F que atua nesse sistema, contra a expanção e sobre o pistão, é a pressão externa pex. Sendo a magnitude da desta força F = pexA, o w se torna d푤 = −푝푒푥 Adz sendo Adz a variação de volume, dV, na expansão d푤 = −푝푒푥 dV [4] No caso do calor, sua origem está no movimento aleatório dos átomos de um sistema em relação ao outro, no qual há troca de energia até que se igualem. A diferença molecular fundamental entre trabalho e calor é que, quando a energia é transferida na forma de trabalho, o sistema movimenta moléculas da vizinhança em uma direção definida (movimento organizado), mas durante a transferencia de energia na forma de calor as moléculas da vizinhança movem-se caóticamente (movimento desorganizado). Como a maioria dos processos experimentais que ocorrem no ambiente é realizado a pressão constante em vez de volume constante, apenas o trabalho volume é utilizado e as expressões [2] e [4] podem ser combinadas gerando:
  • 4. Δ푈 = 푞 − 푝Δ푉 [5] c. ENTALPIA (H) A variação de energia interna não é igual à energia transferida na forma de calor quando o volume não for constante. A partir da equação de energia interna [5] se obtém a equação de estado de outra propriedade extensiva do sistema, a entalpia (H): Δ푈 = 푞 − 푝Δ푉 푈2 − 푈1 = 푞 − 푝(푉2 − 푉1 ) 푈2 + 푝푉2 = 푞 + 푝푉1 + 푈1 푞 = (푈2 + 푝푉2 ) − (푈1 + 푝푉1 ) 푞 = 퐻2 − 퐻1 Δ퐻 = 푞 Sendo assim, a equação da entalpia é dada por: Δ퐻 = Δ푈 + 푝푉 [6] Como U, p, V são funções de estado, a entalpia também é uma função do estado. É importante compreender que a entalpia não é uma medida da Energia do sistema no mesmo sentido fundamental de energia interna (U). É na verdade um instrumento para acompanhar e explicar os efeitos da mudança de volume durante troca de calor a pressão constante. 3. Segunda Lei da Termodinâmica A primeira lei da termodinâmica nos diz que, se uma reação ocorre, a energia total do universo (o sistema e sua vizinhança) permanece inalterado, ou seja, a energia do universo é constante.Como a primeira lei não trata da espontanêdade de um processo, ela utiliza a energia interna para identificar as mudanças permitidas, a segunda lei se relaciona com a possibilidade de um processo químico ou físico ocorrer espontaneamente ou não. A segunda lei usará a entropia para identificar as mudanças espontâneas entre as mudanças permitidas. a. ENTROPIA (S)
  • 5. A entropia é definida como a quantidade de energia na forma de calor transferida em um sistema à uma temperatura T. A definição termodinâmica da entropia está baseada na expressão d푆 = d푞 푇 [7] ou Δ푆 = Δ푞 푇 [8] Onde dq é a troca de calor associada a um processo reversível. Para um processo espontâneo qf > qi, ou seja, Δq > 0. Nesse processo a variação de entropia é positiva, ΔS > 0. A entropia em um processo natural é sempre igual ou maior que zero, do ponto de vista do sistema d푆푠푖푠푡 ≥ d푞푠푖푠푡 푇 ≥ 0 sendo assim, d푆푠푖푠푡 ≥ d 푞푠푖푠푡 푇 [9] Sendo esta expressão conhecida como a desigualdade de Clausius, de grande importância para discussão da espontaniedade das reações químicas. b. ENERGIA DE GIBBS (G) Entretanto a entropia não é suficiente para definir a condição de equilíbrio, surgindo então as funções de estado energia livre de gibbs (G) e Helmholtz (A). Sendo a energia de Helmholtz para sistemas isotérmicos de composição e volume constantes, e a energia de gibbs para sistemas isotérmicos de composição e pressão constantes (uma condição mais comum encontrada no ambiente). Podemos chegar a energia de Gibbs combinando a expressão de Clausius [9] (conforme as condições do sistema, pressão constante) com a equação de energia interna [2]: [9]: d푆푠푖푠푡 ≥ d푞푠푖푠푡 푇 → 푇d푆 ≥ d푞 [2]: 푑푈 = d푞 + d푤 → d푞 = d푈 − d푤
  • 6. Combinando, então temos: 푇d푆 ≥ d푈 − d푤 d푈 ≤ 푇d푆 + d푤 [10] utilizando dw = - pdV, temos: d푈 ≤ 푇d푆 − 푝d푉 [11] sob as condições de T e p constantes, dp = 0 e dT = 0, para introduzirmos dp e dT na equação, adicionamos e subtraimos SdT e Vdp: d푈 ≤ 푇d푆 − 푝d푉 + 푆d푇 − 푆d푇 + 푉d푝 − 푉d푝 d푈 ≤ d(푇푆) − 푆d푇 − d(푝푉) + 푉d푝 d(푈 + 푝푉 − 푇푆) ≤ −푆d푇 + 푉d푝 sendo U + pV = H, temos: d(퐻 − 푇푆) ≤ −푆d푇 + 푉d푝 [12] se tratando de um sistema de T e p constantes, nós temos que: d(퐻 − 푇푆) ≤ 0 onde o sinal de igualdade segura o equilíbrio. Sendo H – TS uma função de estado, esta chamada de energia livre de Gibbs (G), temos: 퐺 = 퐻 − 푇푆 e, pela equação [12]: d퐺 = 푉d푝 − 푆d푇 [13] ΔG = 0 → sistema em equilíbrio ΔG < 0 → processo espontâneo ΔG > 0 → processo não espontâneo Uma série de reações, competitivas, podem ser comparadas com respeito a ΔG, onde a reação de ΔG mais negativo será mais favorecida do ponto de vista termodinâmico. Assim como U, V e S são propriedades extensivas, G também é um propriedade extensiva.
  • 7. c. POTENCIAL QUÍMICO (μ) Como foi estabelecido que para energia de Gibbs o sistema é de composição constante, isto implica que a composição de um sistema deve exercer certa influência. Sendo a energia interna de um sistema afetada pela quantidade de material presente, esta quantidade presente é medida em termos de mols e designados como n1, n2, n3, ... ni, onde o subscrito define o componente. E esta composição deve ser especificada, já que o aumento também será afetado pela substância que é adicionada, uma vez que a energia livre por mol (conhecida como potencial químico, μ) é uma propriedade da substância. Assim sendo, a equação da energia livre de Gibbs [13] deve ser estendida para incluir o efeito destes componentes, o que resulta em: d퐺 = 푉d푝 − 푆d푇 + Σ푖 μ푖푑푖 [14] onde μi é o potencial químico, definido como: μ푖 = ( 휕퐺 휕푛푖 ) 푇,푝,푛푗≠푖 [15] Que também pode ser expresso em termos de atividade: 표 + R푇 ln 푎푖 [16] μ푖 = μ푖 표 é o potencial químico no estado padrão do componente e 푎푖 é a atividade do Onde μ푖 componente, proporcional à concentração e um coeficiente de atividade. 4. Equilíbrio Químico O equilíbrio químico é uma das aplicações mais importantes da termodinâmica. Quando se diz que o sistema está em equilíbrio, isto quer dizer que os processos dinâmicos ocorrem continuamente, isto é, para qualquer processo as velocidades no sentido direto e inverso são semelhantes, o que assegura que a composição total do sistema não se altera. A primeira e segunda lei da termodinâmica indica que um sistema tende a caminhar para um estado de minima energia e máxima entropia. Estas condições devem ser, portanto, satisfeitas para um sistema atingir o equilíbrio. Um sistema em equilíbrio não pode ser submetido a variações espontâneas, portanto a variação de entropia deve ser zero (ΔS=0), assim como a energia livre de Gibbs deve ser zero para qualquer processo em equilíbrio (ΔG=0). Na condição de equilíbrio o somatório do potencial químico das espécies vezes o coeficiente estequipmétrico da reação deve ser igual zero, o que gera a seguinte equação:
  • 8. 푑퐺 = Σ푖 μ푖d푛푖 = 0 [17] Pela equação [16], para uma reação quimica geral como: 푎퐴 + 푏퐵 ←→ 푐퐶 + 푑퐷 Logo μ퐴 = μ퐴0 푎 ; μ퐵 = μ퐵0 + 푅푇 ln 푎퐴 + 푅푇 ln 푎퐵푏 μ퐶 = μ퐶0 + 푅푇 ln 푎퐶푐 ; μ퐷 = μ퐷0 + 푅푇 ln 푎퐷푑 Sendo no equilíbrio 푎μ퐴 + 푏μ퐵 = 푐μ퐶 + 푑μ퐷 [18] Logo, μ퐴0 + μ퐵0 푎 + 푎퐵푏 + 푅푇 ln(푎퐴 ) = μ퐶0 + μ퐷0 + 푅푇 ln(푎퐶푐 + 푎퐷푑 ) μ퐴0 + μ퐵0 − μ퐶0 − μ퐷0 푎퐶푐 = 푅푇 ln ( . 푎퐷푑 푎 . 푎퐵푏 푎퐴 ) Sendo (푎퐶푐 .푎퐷푑 푎퐴푎 .푎퐵푏 ) = K e (μ퐴0 + μ퐵0 − μ퐶0 − μ퐷0 ) = - ΔGº, temos: ΔGº = −RT ln 퐾 [19] Ou (−Δ퐺º 퐾 = 푒푅푇 ) [20] Assim a constante de equilíbrio é definida como dependente apenas da temperatura e do potencial padrão das espécies. 5. Referência Bibliográfica ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-química. Editora LTC, Vol. 1, 8ª ed., 2008. LEVINE, IRA N. Physical Chemistry. McGraw-Hill, 6ª ed., 2009. LAVORENTI, A. Publicação Destinada ao Ensino de Ciências – Química. ESALQ/USP, 2002.