O documento discute o tema do suicídio de três perspectivas: 1) as causas do suicídio como fugir da dor, incapacidade de resolver problemas e desequilíbrios; 2) as consequências do suicídio como continuar sofrendo em maior nível e locação em regiões de sofrimento; 3) a profilaxia do Espiritismo que fortalece a fé, esclarece os sofrimentos pós-morte e nos impulsiona a orar pelos suicidas.
3. Tereis piedade de um pobre
miserável que passa de há muito
por cruéis torturas?! Oh! o vácuo...
o Espaço... despenho-me... caio...
morro... Acudam-me! Deus, eu tive
uma existência tão miserável...
Pobre diabo, sofri fome muitas
vezes na velhice; e foi por isso que
me habituei a beber, a ter vergonha
e desgosto de tudo.
4. Quis morrer, e atirei-me... Oh! meu
Deus! Que momento! E para que tal
desejo, quando o termo estava tão
próximo? Orai, para que eu não
veja incessantemente este vácuo
debaixo de mim... Vou despedaçar-
me de encontro a essas pedras! Eu
vo-lo suplico, a vós que conheceis
as misérias dos que não mais
pertencem a esse mundo.
5. Não me conheceis, mas eu sofro
tanto... Para que mais provas? Sofro!
Não será isso o bastante? Se eu
tivera fome, em vez deste sofrimento
mais terrível e aliás imperceptível
para vós, não vacilaríeis em aliviar-
me com uma migalha de pão. Pois eu
vos peço que oreis por mim... Não
posso permanecer por mais tempo
neste estado... (...). Orai por mim.
François-Simon Louvet
6. O Suicídio
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O Suicídio nas Obras Básicas:
6
Em O Livro
dos Espíritos,
nas perguntas
943 a 957,
Allan Kardec
discute o tema
apontando as
causas e as
consequências
deste ato
sinistro.
Em O
Evangelho
Segundo o
Espiritismo, no
capítulo V - Bem-
Aventurados os
Aflitos, analisa o
suicídio
juntamente com
a loucura.
Em O Céu e o
Inferno, no
capítulo V (2ª
parte), há relatos
dos próprios
suicidas sobre o
seu estado
infeliz na
erraticidade.
7. O Suicídio
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Referências Complementares:
7
No livro Memórias
de um Suicida,
fala-se do vale dos
suicidas, ou seja, o
lugar para onde
vão as almas
daqueles que
cometeram o
suicídio.
Em Mecanismos
da Mediunidade, o
Espírito André Luiz,
ao discutir sobre a
ideoplastia do
pensamento,
fornece-nos
elementos para a
nossa reflexão
sobre este tema.
9. O Suicídio
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Algumas “razões” para o suicídio:
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1. Fugir dos Sofrimentos
(não sofrer mais...)
2. Incapacidade de
resolver problemas
3. Desequilíbrios fisio-
psiquico-espirituais...
“A Falta de FéFalta de Fé é responsável pela quase
totalidade dos suicídios.”
(Emmanuel. O Consolador)
4. O Materialismo /
Desgosto pela vida...
“A incredulidade, a simples dúvida sobre o
futuro, as idéias materialistas, numa palavra,
são os maiores incitantes ao suicídio;
ocasionam a covardia moralcovardia moral.” (ESE, V, 16)
10. O Suicídio
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Suicídio: Desastrada Fuga
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“O auto-aniquilamento situa-
se como uma porta falsa em
que o indivíduo, julgando-se
libertar-se de seus males,
precipita-se em situação
muito pior.” (R. Simonetti. Quem
tem Medo da Morte?)
“O suicida é qual prisioneiro que se evade da prisão, antes de
cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente
tratado. O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às
misérias do presente e mergulha em desgraças maiores.” (ESE.,
Cap. XXVIII, 71)
12. O Suicídio
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Algumas consequências do suicídio:
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1. Continuação do
sofrimento em maior nível
2. Localização em regiões
de sofrimento.
3. Tormentos,
recordações, pesadelos...
4. Lesões a nível
perispiritual
5. Essas lesões podem se
refletir na reencarnação
6. Desperdício de tempo
valioso de progresso
13. O Suicídio
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Consequências do Suicídio
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957. Quais, em geral, com relação ao estado do Espírito,
as conseqüências do suicídio?
“Muito diversas são as conseqüências
do suicídio. Não há penas
determinadas e, em todos os casos,
correspondem sempre às causas que o
produziram. Há, porém, uma
conseqüência a que o suicida não pode
escapar; é o desapontamentodesapontamento. Mas, a
sorte não é a mesma para todos;
depende das circunstâncias. Alguns
expiam a falta imediatamente, outros
em nova existência, que será pior do
que aquela cujo curso interromperam.”
14. O Suicídio
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O suicida no pós-morte...
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• Pensa que “continua vivo”;
• Observa o seu corpo, e pode permanecer ligado a ele,
sentido-lhe a desagregação (ligação perispírito-corpo);
• Esse estado pode durar o tempo em que deveria ter vivido;
• Continua a sentir as agonias da morte, e sofrimentos
maiores do que os que quis evitar;
• Enorme perturbação espiritual, decorrente da consciência
culpada e da certeza íntima de ter transgredido a Lei Divina;
• Longo processo de reabilitação através da expiação, primeiro
nas zonas purgatoriais, e depois em nova encarnação.
Todo suicida presume
Que a morte é o fim do amargor,
Sem saber que o desespero
É porta para outra dor.
Quem sofre resignado,
Após a morte descansa
Quem luta, sem naufragar,
Verá decerto a bonança.
(Casimiro Cunha)
16. O Suicídio
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O vale dos suicidas...
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“Deduzimos, assim, que todos os redutos de sofrimento, além-
túmulo, não passam de largos porões do trabalho evolutivo da
alma, à feição de grandes hospitais carcerários para tratamento
das consciências envilecidas.”
(ANDRÉ LUIZ. Mecanismos da Mediunidade)
17. O Suicídio
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Atenuantes e agravantes...
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944 a) — Não é sempre voluntário o suicídio?
947. Pode ser considerado suicida aquele que, a braços
com a maior penúria, se deixa morrer de fome?
“Deus, que julga, pode, conforme a causa, abrandar os
rigores de sua justiça.” (LE, 948)
“O louco que se mata não sabe o que faz.”
“É um suicídio, mas os que lhe foram causa, ou que teriam
podido impedi-lo, são mais culpados do que ele, a quem a
indulgência espera. Todavia, não penseis que seja totalmente
absolvido, se lhe faltaram firmeza e perseverança e se não
usou de toda a sua inteligência para sair do atoleiro.”
18. O Suicídio
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Atenuantes e agravantes...
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949. Será desculpável o suicídio, quando tenha por fim
obstar a que a vergonha caia sobre os filhos, ou sobre a
família?
“as penas são proporcionadas sempre à consciência que
o culpado tem das faltas que comete.” (LE, 952)
“O que assim procede não faz
bem. Mas, como pensa que o
faz, Deus lhe leva isso em
conta, pois que é uma expiação
que ele se impõe a si mesmo. A
intenção lhe atenua a falta;
entretanto, nem por isso deixa
de haver falta.”
19. O Suicídio
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A profilaxia do Espiritismo:
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• Nos mostra que “a vida continua”;
• Fortalece a nossa Fé em Deus e no
futuro;
• Esclarece os sofrimentos decorrentes
do ato do suicídio;
• Faz com que os próprios suicidas
venham nos advertir;
• Nos impulsiona à necessidade de
“orar e vigiar”;
• Consolador prometido por Jesus...
“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a
vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma
serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o
suicídio.” (ESE, Cap. V, 14)
20. O Suicídio
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A profilaxia do Espiritismo:
“Por isso mesmo, considerável já é o número dos que têm sido,
pelo Espiritismo, obstados de suicidar-se, podendo daí concluir-
se que, quando todos os homens forem espíritas, deixará de
haver suicídios conscientes.” (ESE, V – 17)
21. O Suicídio
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Como podemos auxiliar os suicidas?
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“Sabemos, ó meu Deus, qual a
sorte que espera os que violam a
tua lei, abreviando
voluntariamente seus dias; mas,
também sabemos que infinita é a
tua misericórdia.
(ESE, XXVIII – 72)
Digna-te, pois, de estendê-la sobre a alma de N...
Possam as nossas preces e a tua comiseração
abrandar a acerbidade dos sofrimentos que ele está
experimentando, por não haver tido a coragem de
aguardar o fim de suas provas.
22. O Suicídio
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(ESE, XXVIII – 72)
Bons Espíritos, que tendes por missão assistir os
desgraçados, tomai-o sob a vossa proteção; inspirai-lhe o
pesar da falta que cometeu. Que a vossa assistência lhe dê
forças para suportar com mais resignação as novas provas por
que haja de passar, a fim de repará-la. Afastai dele os maus
Espíritos, capazes de o impelirem novamente para o mal e
prolongar-lhe os sofrimentos, fazendo-o perder o fruto de suas
futuras provas.
A ti, cuja desgraça motiva as nossas preces, nos dirigimos
também, para te exprimir o desejo de que a nossa
comiseração te diminua o amargor e te faça nascer no íntimo
a esperança de melhor porvir! Nas tuas mãos está ele; confia
na bondade de Deus, cujo seio se abre a todos os
arrependimentos e só se conserva fechado aos corações
endurecidos.
37. O Suicídio
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Bibliografia:
37
1. EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.
2. KARDEC, A. O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo. 22
ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
3. KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.
4. KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
5. XAVIER, F. C. Mecanismos da Mediunidade, pelo Espírito André Luiz. 8. ed., Rio
de Janeiro, FEB, 1977.
SITES CONSULTADOS:
http://www.sergiobiagigregorio.com.br/palestra/suicidio-e-espiritismo.htm
Fonte: CELD - Centro Espírita Luz