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Os contornos desta palestra
estão presentes
integralmente em meu
livro Predestinação,
Livre-Arbítrio e a
Escravidão da Vontade,
lançado pela
Editora Clube de Autores
e impresso pela
Editora AlphaGrafic
Professor
Rogério de Sousa
Formação
• Bacharel em Teologia
• Licenciado em Filosofia
• Especializado em Docência
do Ensino Superior
Paulo é o responsável inicial da polêmica calvinista,
pois foi ele, e somente ele, quem utilizou as palavras
gregas προώρισεν (proōrisen), προορίσας (proorisas)
e προορισθέντες (prooristhentes). Foram quatro
vezes em que ele diz haver uma “predestinação em
andamento” na obra de salvação. Não sabia ele que
este termo só pode ser entendido literalmente, ou
seja, destinado por antecipação ao próprio fim da
linha?
ATENÇÃO! Paulo escreveu 48% do Novo Testamento!
Leia Romanos 8.29:
ὅτι οὓς προέγνω, καὶ προώρισεν συμμόρφους
τῆς εἰκόνος τοῦ Υἱοῦ αὐτοῦ, εἰς τὸ εἶναι αὐτὸν
πρωτότοκον ἐν πολλοῖς ἀδελφοῖς
Porque os que dantes conheceu também os
predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos
Paulo não se equivocou, e não
houve erro de tradução.
Προώρισεν significa isto mesmo:
pro+horizen, ou seja, antes do
horizonte, antes do limite, antes da
fronteira, antes do destino.
• O termo “predestino”
[προορίζω] tem como sinônimos
“preordeno, predetermino”ou
“preestabeleço”.
• A “predestinação” abrange o
ensino bíblico acerca de todas as
determinações divinas ocorridas
na esfera da eternidade, desde o
propósito de cada criação até a
redenção humana.
• (ARAÚJO, 2012)
O Contraste entre a Teologia Cristã e
a Mitologia dos Gregos deve ser
percebido, quando lidamos com o
Assunto da Predestinação, pois para
os gregos que muito amavam a
Liberdade havia uma Tragédia a ser
vencida, que era o poder das Moiras
As moiras gregas [...] constituem a personificação do
destino de cada um. Encarnam uma lei que nem
mesmo os deuses podem transgredir. É a moira que
impede um deus de prestar socorro a um herói, num
campo de batalha, por exemplo, desde que sua hora
de morrer tenha chegado. São as três moiras:
Árropos, Cloto e Láquesis que regulam a duração da
vida de cada um por meio de um fio, que uma fia, a
outra emenda e a última corta.
(PATRÍCIO, 2006)
O Mito das Moiras favorece uma compreensão Trágica
e Cega da Sorte Final, afinal, elas giram a Roda do
Destino e obedecem aquilo que a sorte disser.
Elas não são prescientes.
Não conhecem as pessoas.
Eles seguem a Natureza de sua Missão.
Fiam, Emendam e Cortam o fio da vida das pessoas
sem entrarem em contato com ninguém!
Leia Romanos 8.29:
ὅτι οὓς προέγνω, καὶ προώρισεν συμμόρφους
τῆς εἰκόνος τοῦ Υἱοῦ αὐτοῦ, εἰς τὸ εἶναι αὐτὸν
πρωτότοκον ἐν πολλοῖς ἀδελφοῖς
Porque os que dantes conheceu também os
predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos
O crente simples não encontra dificuldades em crer
nas Escrituras, e não procura esvaziar o texto sagrado.
Se Paulo está escrevendo que Deus predestinou,
devemos ler “predestinou”. Não há rota de fuga! Não
podemos ceder ao racionalismo apregoado pelos
defensores da autonomia humana.
Você pode dizer: “não creio na predestinação”, mas
não pode dizer que “ela não é bíblica”. Pode assumir
que tem dificuldades em entender esta doutrina, mas
não pode dizer que ela não tenha sido ensinada por
Paulo.
Romanos 8.30
“E aos que predestinou a estes também chamou;
e aos que chamou a estes também justificou;
e aos que justificou a estes também glorificou”.
O chamado, a justificação e a glorificação vêm como
consequência da predestinação.
Somente os predestinados são chamados,
justificados e glorificados.
Nas palavras do grande pensador Michel Onfray [...] Só o
homem ateu pode ser livre, por que Deus é incompatível
com a liberdade humana. Deus pressupõe a existência de
uma providencia divina, o que nega a possibilidade de
escolher o próprio destino e inventar a própria existência.
Se Deus existe, eu não sou livre; por outro lado, se Deus
não existe, posso me libertar. A liberdade nunca é dada.
Ela se constrói no dia a dia.
Ora, o princípio fundamental do Deus do cristianismo, do
judaísmo e do islã é um entrave e um inibidor da
autonomia do homem.
(PEDREIRA, 2014)
É inegável que Paulo se considerava um predestinado,
separado desde o ventre de sua mãe e chamado pela
graça de Deus para pregar o evangelho (Gálatas 1:15).
Ele tudo sofria por amor dos escolhidos, para que
também eles alcançassem a salvação que está em Cristo
Jesus com glória eterna (2 Timóteo 2:10 ). Em seu
coração estava claro que Deus é o que opera tanto o
querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
(Filipenses 2:13), e que Deus nos elegeu em Cristo antes
da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em amor. E nos predestinou
para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo,
segundo o beneplácito de sua vontade (Efésios 1:4,5).
O Antigo Testamento desconhece o Livre-Arbítrio,
conforme defendem os humanistas e os arminianos.
Tudo ali é assistido por um Deus que sonda o homem
desde sua formação no ventre materno, ate sua
partida ao mundo dos mortos. E mesmo depois de
morto, o homem segue um destino controlado por
Deus. Ao criar o homem, um lugar pré-determinado
lhe foi destinado: o jardim no Éden. Suas tarefas
foram pré-determinadas: cuidar do mundo. Sua
alimentação foi pré-determinada: árvores do Jardim.
Uma proibição foi pré-determinada: não comer da
árvore do conhecimento.
Somente aos profetas da Antiga aliança, os quais
eram convictos de serem chamados inexoravelmente
por Deus? Somente aos apóstolos, cujos nomes estão
gravados nos fundamentos da Cidade Eterna, a Nova
Jerusalém, preparada para os benditos do Pai desde a
fundação do mundo? Será que nós somos salvos de
segunda mão? Nossa salvação é pela livre escolha,
enquanto a salvação dos eleitos se faz em amor,
mediante a predestinação? Somos mais excelentes
em nosso livre arbítrio que Jeremias e Paulo?
“Que o livre-arbítrio seja senhor de seus atos já é
suficientemente refutado por uma única afirmação
do apóstolo em Rm 6.20,22: “Éreis escravos do
pecado. Libertos, porém, do pecado, fostes
transformados em escravos da justiça.” Portanto,
quaisquer que sejam as circunstâncias da vida, somos
escravos ou da concupiscência ou do amor, pois o
livre arbítrio sempre será dominado por um deles.
Assim diz Cristo em Jo 8.34: “Quem pratica o pecado
é escravo do pecado.” Assim diz também Pedro em 2
Pe 2.19: “O vencido se torna escravo do vencedor”.
(LUTERO, 2004)
A maioria esmagadora de defensores do livre arbítrio
ignora por completo as raízes da controvérsia
arminiana contra o calvinismo, e não sabe que é
cúmplice de uma batalha do racionalismo contra a
doutrina da salvação pela graça somente. Não foi
simples aos reformadores cunharem esta insígnia
para batalharem contra a corrupção da igreja católica
romana. Foram mil anos de papismo cauterizando as
mentes dos católicos, submetendo a soterologia à
eclesiologia.
Em todas as controvérsias do livre arbítrio
contra a predestinação perde-se o fio de
prata da Reforma Protestante: a doutrina
da salvação pela graça somente! O debate
descentraliza-se da graça para as obras e as
amarguras impedem que o diálogo
prossiga para uma concórdia.
Ninguém cede!
Para redescobrir a graça, o “javali da floresta”, como o
chamou o papa Leão X, teve de fazer outras
descobertas, a princípio desconcertantes e, mais
tarde, alvissareiras. Lutero percebeu a miséria
humana: “Nós somos mendigos, essa é a verdade”. Tal
revolucionária e difícil redescoberta levou-o a outra:
“Cheguei, de fato, à firme conclusão de que ninguém
é capaz de justificar-se por suas obras [e] que é
preciso recorrer à graça divina, que pode ser obtida
por meio da fé em Jesus Cristo”. A partir dessas duas
redescobertas preliminares, ele chegou logo à graça...
(CÉSAR, 2006)
Como iremos retomar a doutrina paulina da salvação
pela graça somente sem os eleitos de todas as
confissões de fé? Se nos entrincheirarmos com os
calvinistas, perdemos a contribuição dos arminianos.
Se nos aliarmos aos arminianos perdemos a
profundidade do calvinismo. É neste ponto que
deixamos ambos e nos voltamos às Escrituras
Somente, outra divisa dos reformadores originais.
Não nos gloriamos mais nem em Lutero, Calvino ou
Arminius. Nem em Paulo, Agostinho ou Pelágio.
Deixamos de ser crentes emplacados e etiquetados
para sermos cristãos que examinam a Bíblia.
Por que acreditar na predestinação? Por causa de
Lutero? De Agostinho? Para contrariar os humanistas?
Não! Os reformadores levantaram a doutrina da
Eleição Incondicional com base nas Escrituras
Somente. Eles leram a bíblia em hebraico e grego.
Traduziram os oráculos de Deus diretamente dos
manuscritos copiados dos originais, mão a mão,
geração por geração, ao longo de três mil anos, até os
dias da Reforma.
• Lutero falou do deus absconditus e
da predestinação numa perspectiva
bem diferente da de Calvino – menos
em termos sistemáticos e, em vez
disso, mais em termos poimênicos. O
Deus obscuro, terrivelmente oculto,
de modo algum deve ser visto como
paralelo ao Deus revelado. Ele é,
antes, objeto de queixa, que só posso
dirigir ao Deus que se revelou em
Cristo e por meio dele permite que eu
lhe dirija a palavra. (BAYER, 2007)
Lutero e Erasmo travaram um importante
debate sobre este tema, tendo Lutero como um
teólogo reformador e Erasmo como um católico
humanista. O resultado foi o fortalecimento da
doutrina luterana de um Escravo-Arbítrio. O
homem pode aspirar a liberdade, mas não a
possui com força suficiente para escolher o bem
que Deus aprova. O que é bom para a o
homem, não corresponde ao bem de Deus.
• Para Lutero, é de importância
vital saber “se a vontade faz ou
não faz alguma coisa em
questões referentes a salvação
eterna”, e pensa que Erasmo
deveria esta ciente de que...
“esta é a questão cardeal entre
nós, o ponto em torno do qual
gira tudo nessa controvérsia.
Com efeito, o que estamos
fazendo é investigar o que a
livre escolha pode fazer, o que
ela já fez a esse respeito e qual a
sua relação com a graça de
Deus”. (GORDON e S, 2014)
Chegamos a um ponto crucial de nossa investigação.
A liberdade não pode ser concebida independente da
bondade, mas o livre-arbítrio pode. O Antigo
Testamento não concede liberdade ao homem, pois
este foi destituído de sua bondade original, aliás,
Deus somente reconhece por bondade original aquela
que ele criou originalmente para o homem. Uma vez
que Adão foi destituído da glória de Deus, nenhum
ato de bondade é suficientemente bom para agradar
a Deus, pois perdeu sua pureza original e está
contaminado com a maldade do pecado.
Lutero estava preocupado com o fato de a expressão
livre-arbítrio ser profundamente equivocada para a
maioria das pessoas. Seu significado comum é "a
capacidade humana de se virar livremente para
qualquer direção, seja para o bem ou para o mal".
Lutero chamava a expressão livre-arbítrio "grandiosa,
compreensiva e ofensiva demais". Ele conclui que
"esta falsa ideia do 'livre-arbítrio' é uma ameaça real à
salvação e uma desilusão carregada das mais
perigosas consequências". (BESSA, 2010)
Conclusão
Estamos num impasse: a vontade é escrava do pecado
ou está aliada com ele contra Deus? Ela é fraca e
enferma ou simula fraqueza para satisfazer suas
intenções de pecar? Matinho Lutero, seguindo a
lógica de Paulo, salva a vontade humana,
considerando-a vítima do pecado. Neste caso, o
problema não é de ordem ética (entre o bem e o mal),
mas de ordem ontológica (ela é impotente).
Arminius ensinava que a predestinação é um decreto
que fala da vontade graciosa de Deus em Jesus Cristo.
Nela, Deus determinou, desde a eternidade, dar fé
aos crentes, justificando-os e recebendo-os através do
dom da vida eterna. Cristo morreu por todos os seres
humanos e não só pelos eleitos; a graça não é
irresistível. Com esse ensinamento Arminius rompeu
com a doutrina calvinista da dupla predestinação de
seus dias.
(DREHER, 2007)
O Novo Testamento totalitariza nas mãos de
Cristo todo o poder que há nos céus e na terra.
Ele é o Verbo de Deus que desce ao mundo
vestido de um manto escurecido em pele e
carne. Não vem ostensivamente, e sim,
camuflado em menino pobre. Encarna-se e vive
oculto do mundo por trinta anos. Surge às
margens do Jordão e em menos de quatro anos
é morto pelo dono da terra: Cesar.
Em que momento Jesus se viu acuado pelo livre-
arbítrio dos homens? Quem passou a seguir Jesus
antes de ser chamado? Quem suportou o peso de sua
autoridade? Basta lermos o confronto de Cristo com
Pilatos, e logo cairemos vencidos pela doutrina da
Majestade Soberana de Deus. Ali, Pilatos representa
Cesar, o homem mais poderoso do mundo, cuja
autoridade é suficiente para dar vida ou morte a
qualquer pessoa.
E [Pilatos] entrou outra vez na audiência, e disse a Jesus:
De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-lhe,
pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que
tenho poder para te crucificar e tenho poder para te
soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra
mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me
entregou a ti maior pecado tem. Desde então Pilatos
procurava soltá-lo; mas os judeus clamavam, dizendo: Se
soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz
rei é contra César. Ouvindo, pois, Pilatos este dito, levou
Jesus para fora, e assentou-se no tribunal, no lugar
chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá.
João 19:9-13
Bibliografia
ARAÚJO, C. A. R. D. Os Decretos de Deus. São Paulo: AlphaGraphics, 2012.
PATRÍCIO, R. R. As Filhas de Pandora. Imagens de Mulher na Ficção de Sônia Coutinho.
Rio de Janeiro: 7 letras, 2006.
PEDREIRA, D. S. O Ateísmo & Os Ateus. São Paulo: Clube de Autores, 2014.
LUTERO, M. Martinho Lutero - Obras Selecionadas. São Leopoldo: Sinodal, v. I, 2004.
CÉSAR, E. M. L. Conversas com Lutero. Viçosa: Ultimato, 2006.
BAYER, O. A teologia de Martinho Lutero: uma atualização. São Leopoldo: Sinodal,
2007.
GORDON, E. R.; S, P. W. Lutero e Erasmo - Livre-Arbítrio e Salvação. São Paulo:
Reflexão, 2014.
BESSA, J. Martinho Lutero - Somos Cativos do Pecado - R. C. Sproul. Josemar Bessa,
2010. Disponível em: <http://www.josemarbessa.com/2010/11/martinho-lutero-
somos-cativos-do-pecado.html>. Acesso em: 29 setembro 2017.
Se você é um arminiano, continue arminiano,
não por força de um dogma, mas por uma
convicção apaixonada de que o homem pode
atender ao chamado do evangelho.
E se você é um calvinista, continue calvinista,
não por força de um dogma, mas por uma
convicção apaixonada de que o homem atende
eficazmente ao chamado do evangelho.
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Predestinação, Livre Arbítrio e a Escravidão da Vontade

  • 1. Os contornos desta palestra estão presentes integralmente em meu livro Predestinação, Livre-Arbítrio e a Escravidão da Vontade, lançado pela Editora Clube de Autores e impresso pela Editora AlphaGrafic
  • 2. Professor Rogério de Sousa Formação • Bacharel em Teologia • Licenciado em Filosofia • Especializado em Docência do Ensino Superior
  • 3. Paulo é o responsável inicial da polêmica calvinista, pois foi ele, e somente ele, quem utilizou as palavras gregas προώρισεν (proōrisen), προορίσας (proorisas) e προορισθέντες (prooristhentes). Foram quatro vezes em que ele diz haver uma “predestinação em andamento” na obra de salvação. Não sabia ele que este termo só pode ser entendido literalmente, ou seja, destinado por antecipação ao próprio fim da linha? ATENÇÃO! Paulo escreveu 48% do Novo Testamento!
  • 4. Leia Romanos 8.29: ὅτι οὓς προέγνω, καὶ προώρισεν συμμόρφους τῆς εἰκόνος τοῦ Υἱοῦ αὐτοῦ, εἰς τὸ εἶναι αὐτὸν πρωτότοκον ἐν πολλοῖς ἀδελφοῖς Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos
  • 5. Paulo não se equivocou, e não houve erro de tradução. Προώρισεν significa isto mesmo: pro+horizen, ou seja, antes do horizonte, antes do limite, antes da fronteira, antes do destino.
  • 6.
  • 7. • O termo “predestino” [προορίζω] tem como sinônimos “preordeno, predetermino”ou “preestabeleço”. • A “predestinação” abrange o ensino bíblico acerca de todas as determinações divinas ocorridas na esfera da eternidade, desde o propósito de cada criação até a redenção humana. • (ARAÚJO, 2012)
  • 8. O Contraste entre a Teologia Cristã e a Mitologia dos Gregos deve ser percebido, quando lidamos com o Assunto da Predestinação, pois para os gregos que muito amavam a Liberdade havia uma Tragédia a ser vencida, que era o poder das Moiras
  • 9. As moiras gregas [...] constituem a personificação do destino de cada um. Encarnam uma lei que nem mesmo os deuses podem transgredir. É a moira que impede um deus de prestar socorro a um herói, num campo de batalha, por exemplo, desde que sua hora de morrer tenha chegado. São as três moiras: Árropos, Cloto e Láquesis que regulam a duração da vida de cada um por meio de um fio, que uma fia, a outra emenda e a última corta. (PATRÍCIO, 2006)
  • 10.
  • 11. O Mito das Moiras favorece uma compreensão Trágica e Cega da Sorte Final, afinal, elas giram a Roda do Destino e obedecem aquilo que a sorte disser. Elas não são prescientes. Não conhecem as pessoas. Eles seguem a Natureza de sua Missão. Fiam, Emendam e Cortam o fio da vida das pessoas sem entrarem em contato com ninguém!
  • 12.
  • 13. Leia Romanos 8.29: ὅτι οὓς προέγνω, καὶ προώρισεν συμμόρφους τῆς εἰκόνος τοῦ Υἱοῦ αὐτοῦ, εἰς τὸ εἶναι αὐτὸν πρωτότοκον ἐν πολλοῖς ἀδελφοῖς Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos
  • 14. O crente simples não encontra dificuldades em crer nas Escrituras, e não procura esvaziar o texto sagrado. Se Paulo está escrevendo que Deus predestinou, devemos ler “predestinou”. Não há rota de fuga! Não podemos ceder ao racionalismo apregoado pelos defensores da autonomia humana. Você pode dizer: “não creio na predestinação”, mas não pode dizer que “ela não é bíblica”. Pode assumir que tem dificuldades em entender esta doutrina, mas não pode dizer que ela não tenha sido ensinada por Paulo.
  • 15. Romanos 8.30 “E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou”. O chamado, a justificação e a glorificação vêm como consequência da predestinação. Somente os predestinados são chamados, justificados e glorificados.
  • 16. Nas palavras do grande pensador Michel Onfray [...] Só o homem ateu pode ser livre, por que Deus é incompatível com a liberdade humana. Deus pressupõe a existência de uma providencia divina, o que nega a possibilidade de escolher o próprio destino e inventar a própria existência. Se Deus existe, eu não sou livre; por outro lado, se Deus não existe, posso me libertar. A liberdade nunca é dada. Ela se constrói no dia a dia. Ora, o princípio fundamental do Deus do cristianismo, do judaísmo e do islã é um entrave e um inibidor da autonomia do homem. (PEDREIRA, 2014)
  • 17. É inegável que Paulo se considerava um predestinado, separado desde o ventre de sua mãe e chamado pela graça de Deus para pregar o evangelho (Gálatas 1:15). Ele tudo sofria por amor dos escolhidos, para que também eles alcançassem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna (2 Timóteo 2:10 ). Em seu coração estava claro que Deus é o que opera tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. (Filipenses 2:13), e que Deus nos elegeu em Cristo antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor. E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade (Efésios 1:4,5).
  • 18. O Antigo Testamento desconhece o Livre-Arbítrio, conforme defendem os humanistas e os arminianos. Tudo ali é assistido por um Deus que sonda o homem desde sua formação no ventre materno, ate sua partida ao mundo dos mortos. E mesmo depois de morto, o homem segue um destino controlado por Deus. Ao criar o homem, um lugar pré-determinado lhe foi destinado: o jardim no Éden. Suas tarefas foram pré-determinadas: cuidar do mundo. Sua alimentação foi pré-determinada: árvores do Jardim. Uma proibição foi pré-determinada: não comer da árvore do conhecimento.
  • 19. Somente aos profetas da Antiga aliança, os quais eram convictos de serem chamados inexoravelmente por Deus? Somente aos apóstolos, cujos nomes estão gravados nos fundamentos da Cidade Eterna, a Nova Jerusalém, preparada para os benditos do Pai desde a fundação do mundo? Será que nós somos salvos de segunda mão? Nossa salvação é pela livre escolha, enquanto a salvação dos eleitos se faz em amor, mediante a predestinação? Somos mais excelentes em nosso livre arbítrio que Jeremias e Paulo?
  • 20. “Que o livre-arbítrio seja senhor de seus atos já é suficientemente refutado por uma única afirmação do apóstolo em Rm 6.20,22: “Éreis escravos do pecado. Libertos, porém, do pecado, fostes transformados em escravos da justiça.” Portanto, quaisquer que sejam as circunstâncias da vida, somos escravos ou da concupiscência ou do amor, pois o livre arbítrio sempre será dominado por um deles. Assim diz Cristo em Jo 8.34: “Quem pratica o pecado é escravo do pecado.” Assim diz também Pedro em 2 Pe 2.19: “O vencido se torna escravo do vencedor”. (LUTERO, 2004)
  • 21. A maioria esmagadora de defensores do livre arbítrio ignora por completo as raízes da controvérsia arminiana contra o calvinismo, e não sabe que é cúmplice de uma batalha do racionalismo contra a doutrina da salvação pela graça somente. Não foi simples aos reformadores cunharem esta insígnia para batalharem contra a corrupção da igreja católica romana. Foram mil anos de papismo cauterizando as mentes dos católicos, submetendo a soterologia à eclesiologia.
  • 22. Em todas as controvérsias do livre arbítrio contra a predestinação perde-se o fio de prata da Reforma Protestante: a doutrina da salvação pela graça somente! O debate descentraliza-se da graça para as obras e as amarguras impedem que o diálogo prossiga para uma concórdia. Ninguém cede!
  • 23. Para redescobrir a graça, o “javali da floresta”, como o chamou o papa Leão X, teve de fazer outras descobertas, a princípio desconcertantes e, mais tarde, alvissareiras. Lutero percebeu a miséria humana: “Nós somos mendigos, essa é a verdade”. Tal revolucionária e difícil redescoberta levou-o a outra: “Cheguei, de fato, à firme conclusão de que ninguém é capaz de justificar-se por suas obras [e] que é preciso recorrer à graça divina, que pode ser obtida por meio da fé em Jesus Cristo”. A partir dessas duas redescobertas preliminares, ele chegou logo à graça... (CÉSAR, 2006)
  • 24. Como iremos retomar a doutrina paulina da salvação pela graça somente sem os eleitos de todas as confissões de fé? Se nos entrincheirarmos com os calvinistas, perdemos a contribuição dos arminianos. Se nos aliarmos aos arminianos perdemos a profundidade do calvinismo. É neste ponto que deixamos ambos e nos voltamos às Escrituras Somente, outra divisa dos reformadores originais. Não nos gloriamos mais nem em Lutero, Calvino ou Arminius. Nem em Paulo, Agostinho ou Pelágio. Deixamos de ser crentes emplacados e etiquetados para sermos cristãos que examinam a Bíblia.
  • 25. Por que acreditar na predestinação? Por causa de Lutero? De Agostinho? Para contrariar os humanistas? Não! Os reformadores levantaram a doutrina da Eleição Incondicional com base nas Escrituras Somente. Eles leram a bíblia em hebraico e grego. Traduziram os oráculos de Deus diretamente dos manuscritos copiados dos originais, mão a mão, geração por geração, ao longo de três mil anos, até os dias da Reforma.
  • 26. • Lutero falou do deus absconditus e da predestinação numa perspectiva bem diferente da de Calvino – menos em termos sistemáticos e, em vez disso, mais em termos poimênicos. O Deus obscuro, terrivelmente oculto, de modo algum deve ser visto como paralelo ao Deus revelado. Ele é, antes, objeto de queixa, que só posso dirigir ao Deus que se revelou em Cristo e por meio dele permite que eu lhe dirija a palavra. (BAYER, 2007)
  • 27. Lutero e Erasmo travaram um importante debate sobre este tema, tendo Lutero como um teólogo reformador e Erasmo como um católico humanista. O resultado foi o fortalecimento da doutrina luterana de um Escravo-Arbítrio. O homem pode aspirar a liberdade, mas não a possui com força suficiente para escolher o bem que Deus aprova. O que é bom para a o homem, não corresponde ao bem de Deus.
  • 28. • Para Lutero, é de importância vital saber “se a vontade faz ou não faz alguma coisa em questões referentes a salvação eterna”, e pensa que Erasmo deveria esta ciente de que... “esta é a questão cardeal entre nós, o ponto em torno do qual gira tudo nessa controvérsia. Com efeito, o que estamos fazendo é investigar o que a livre escolha pode fazer, o que ela já fez a esse respeito e qual a sua relação com a graça de Deus”. (GORDON e S, 2014)
  • 29. Chegamos a um ponto crucial de nossa investigação. A liberdade não pode ser concebida independente da bondade, mas o livre-arbítrio pode. O Antigo Testamento não concede liberdade ao homem, pois este foi destituído de sua bondade original, aliás, Deus somente reconhece por bondade original aquela que ele criou originalmente para o homem. Uma vez que Adão foi destituído da glória de Deus, nenhum ato de bondade é suficientemente bom para agradar a Deus, pois perdeu sua pureza original e está contaminado com a maldade do pecado.
  • 30. Lutero estava preocupado com o fato de a expressão livre-arbítrio ser profundamente equivocada para a maioria das pessoas. Seu significado comum é "a capacidade humana de se virar livremente para qualquer direção, seja para o bem ou para o mal". Lutero chamava a expressão livre-arbítrio "grandiosa, compreensiva e ofensiva demais". Ele conclui que "esta falsa ideia do 'livre-arbítrio' é uma ameaça real à salvação e uma desilusão carregada das mais perigosas consequências". (BESSA, 2010)
  • 31. Conclusão Estamos num impasse: a vontade é escrava do pecado ou está aliada com ele contra Deus? Ela é fraca e enferma ou simula fraqueza para satisfazer suas intenções de pecar? Matinho Lutero, seguindo a lógica de Paulo, salva a vontade humana, considerando-a vítima do pecado. Neste caso, o problema não é de ordem ética (entre o bem e o mal), mas de ordem ontológica (ela é impotente).
  • 32. Arminius ensinava que a predestinação é um decreto que fala da vontade graciosa de Deus em Jesus Cristo. Nela, Deus determinou, desde a eternidade, dar fé aos crentes, justificando-os e recebendo-os através do dom da vida eterna. Cristo morreu por todos os seres humanos e não só pelos eleitos; a graça não é irresistível. Com esse ensinamento Arminius rompeu com a doutrina calvinista da dupla predestinação de seus dias. (DREHER, 2007)
  • 33. O Novo Testamento totalitariza nas mãos de Cristo todo o poder que há nos céus e na terra. Ele é o Verbo de Deus que desce ao mundo vestido de um manto escurecido em pele e carne. Não vem ostensivamente, e sim, camuflado em menino pobre. Encarna-se e vive oculto do mundo por trinta anos. Surge às margens do Jordão e em menos de quatro anos é morto pelo dono da terra: Cesar.
  • 34. Em que momento Jesus se viu acuado pelo livre- arbítrio dos homens? Quem passou a seguir Jesus antes de ser chamado? Quem suportou o peso de sua autoridade? Basta lermos o confronto de Cristo com Pilatos, e logo cairemos vencidos pela doutrina da Majestade Soberana de Deus. Ali, Pilatos representa Cesar, o homem mais poderoso do mundo, cuja autoridade é suficiente para dar vida ou morte a qualquer pessoa.
  • 35. E [Pilatos] entrou outra vez na audiência, e disse a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta. Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem. Desde então Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus clamavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César. Ouvindo, pois, Pilatos este dito, levou Jesus para fora, e assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá. João 19:9-13
  • 36. Bibliografia ARAÚJO, C. A. R. D. Os Decretos de Deus. São Paulo: AlphaGraphics, 2012. PATRÍCIO, R. R. As Filhas de Pandora. Imagens de Mulher na Ficção de Sônia Coutinho. Rio de Janeiro: 7 letras, 2006. PEDREIRA, D. S. O Ateísmo & Os Ateus. São Paulo: Clube de Autores, 2014. LUTERO, M. Martinho Lutero - Obras Selecionadas. São Leopoldo: Sinodal, v. I, 2004. CÉSAR, E. M. L. Conversas com Lutero. Viçosa: Ultimato, 2006. BAYER, O. A teologia de Martinho Lutero: uma atualização. São Leopoldo: Sinodal, 2007. GORDON, E. R.; S, P. W. Lutero e Erasmo - Livre-Arbítrio e Salvação. São Paulo: Reflexão, 2014. BESSA, J. Martinho Lutero - Somos Cativos do Pecado - R. C. Sproul. Josemar Bessa, 2010. Disponível em: <http://www.josemarbessa.com/2010/11/martinho-lutero- somos-cativos-do-pecado.html>. Acesso em: 29 setembro 2017.
  • 37. Se você é um arminiano, continue arminiano, não por força de um dogma, mas por uma convicção apaixonada de que o homem pode atender ao chamado do evangelho. E se você é um calvinista, continue calvinista, não por força de um dogma, mas por uma convicção apaixonada de que o homem atende eficazmente ao chamado do evangelho.
  • 38. Os contornos desta palestra estão presentes integralmente em meu livro Predestinação, Livre-Arbítrio e a Escravidão da Vontade, lançado pela Editora Clube de Autores e impresso pela Editora AlphaGrafic