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PÚBLICO, SÁB 11 JAN 2014 | 47

Português
com sotaque

A venda
dos seguros
YASUYOSHI CHIBA/AFP

Debate Língua portuguesa
Elísio Estanque

Debate Crise e empresas públicas
Pedro Lains

ntre o português do Brasil e o
de Portugal abundam, como
é sabido, as diferenças entre
expressões e palavras, sobretudo
na oralidade. E não há acordo
ortográfico que possa impedilo. Se a língua de Camões é a
grande referência, precisamos de
saber conjugar o cânone clássico
com a criatividade inventiva
das suas múltiplas pronúncias e usos (na
Europa, em África ou no Brasil), em vez de
tentar impor um padrão único a todos os
seus falantes. Ao longo de um ano em que
deambulei pelo Brasil, deparei-me com
múltiplas situações dúbias relacionadas com
as nuances da nossa língua comum. Seja pela
diferente sonoridade das falas, seja pelo
recurso a formulações estranhas para um
brasileiro, somos muitas vezes confrontados
com a súbita interjeição: “Oi?...”, que quer
dizer: “O que é que você falou?”, “não
percebi nada!”. A referência à língua e aos
“sutaquis” de ambos os lados do Atlântico
é o pretexto para ilustrar as “desventuras”
de um “indígena” do Alentejo quando,
mergulhado em atmosferas tropicais, faz
uso de uma linguagem coloquial com o
som “lá da terrinha” (como eles dizem). E
o mesmo pode ser dito a propósito de um
“brazuca” quando viaja por Portugal em
busca das suas raízes lusitanas.
Entre autocarros e ônibus, bicas e
cafezinhos, comboios e trens, elétricos
e “bondjinhos”, fumantes e fumadores,
raparigas e moças, pequeno-almoço e café da
manhã, para além do “rato” (de computador),
que no Brasil se diz “mause” (imagine-se a
minha dificuldade quando entrei numa loja
de informática e pedi um “tapete de rato” e
mais tarde descobri que teria de perguntar
por um “ponto de mause”), ou da gíria do
futebol, onde o “guarda-redes” é o “goleiro”,
o “canto” é o “escanteio”, o “defesa” é
o “zagueiro”, etc., etc., sem esquecer os
nomes de produtos que por cá adquiriram
a designação das respetivas marcas (como
o “Band-Aid”, que é um penso-rápido) ou,
por exemplo, o pequeno apartamento onde
resido que aqui é um “kitnet”... Entre os
“caras” (sinónimo de rapaz, tipo, gajo) e
o “Ki-barato” (nome de uma lanchonete),
enfim, as subtilezas linguísticas podem
por vezes atrapalhar, mas em geral tudo se
resolve com risadas e curiosidades. E em
português nos entendemos.
Na poesia, no romance, na linguagem
popular e também através das gírias
e calões locais, o português readaptase e reinventa-se, como acontece com
qualquer língua viva. E ainda bem. Quem
experimente este contacto entre os modos
distintos de uso do português não deixa de
se surpreender com alguns mal-entendidos,

m entrevista recente à CNN, o
ministro das Finanças irlandês
respondeu ao jornalista curioso
que não vendia as empresas
do Estado em carteira
enquanto não aparecesse um
bom comprador, apesar do
programa de resgate financeiro
e da troika. E rematava: — Não
somos ideológicos em relação
a esse tema. O Governo português, ao
contrário, está a vender tudo e muito mais
do que seria objectivamente necessário.
Todas as vendas são polémicas mas umas
são-no mais do que outras. A venda da
participação da EDP já o foi, assim como
a dos CTT, entre outas. Mas a venda dos
seguros da Caixa Geral de Depósitos a uma
companhia de capitais chineses ultrapassa
muitas marcas. A companhia em
questão, a Fosun, segundo uma agência
de notação financeira, tem actualmente
a classificação de Ba3 e B1, ou seja,
contém “elementos especulativos e risco
significativo ou elevado”. É a esta empresa
que o Governo de Pedro Passos Coelho
está a vender 30% do
mercado segurador
nacional. Nada o
justifica. Trata-se de
vender um activo
público a um fundo
de investimento
de elevado risco
financeiro. O que se ganha com isso? A
Caixa precisará de vender os seguros por
razões de estabilização do seu negócio
bancário, mas a venda não é urgente a
este ponto. Noonan, o ministro irlandês,
falou de ideologia, mas é também preciso
falar de razões de ordem financeira
privada. Na verdade, neste mandato
governamental, pela primeira vez,
Portugal vende as empresas públicas
exclusivamente por meio de agentes
privados, contratados directamente pelo
Governo, e que ganham, naturalmente,
com as vendas. Há um enviesamento a
favor da realização da transacção dos
activos financeiros públicos, em benefício
dos agentes envolvidos. Trata-se de
um problema real. Um dia teremos um
Governo que não dê tanto de tantos a
tão poucos. Um Governo europeu que
proteja os interesses dos cidadãos, com
ganhos para todos. Todos, incluindo
os interesses financeiros legítimos e
amigos da economia. Assim, como Passos
Coelho e Albuquerque estão a fazer, não.
Definitivamente, não. Ou então estamos
todos muito enganados.

E

mas eles fazem
parte das pequenas
dessintonias
inerentes a uma
língua rica e
dinâmica. Certa vez,
enquanto principal
organizador de um
encontro académico
em Coimbra, irriteime com uma colega
acabada de chegar
do Brasil que me
chamou por “oi,
moço!”, como é
usual tratar-se
um empregado
de mesa. Porém,
desde que cheguei
ao Brasil, no início
de 2013, fui muitas
vezes interpelado
“do mesmo mesmo
jeito” (mais um
exemplo de
expressão típica de
cá), por “moço”,
“cara” e até “negão”
— mas também
por “querido”
— da parte de
desconhecidos, sem que daí transparecesse
qualquer falta de respeito ou intenção
maldosa. Tudo depende do contexto.
Por outro lado, não deixa igualmente de
ser curiosa a forma como brasileiros que
passaram pelo nosso país procuram glosar
a pronúncia do “português de Portugal”,
imitando a sua outra sonoridade. O relato
da conversa com um taxista mal humorado
em Lisboa, no seu vernáculo de vogais
fechadas e ar taciturno (ou atitude maleducada), pode ser um bom motivo de
risota, e é sem dúvida uma ajuda, no Brasil,
ao habitual anedotário em que o patético
Mané é posto a ridículo. Muitos brasileiros
estão convencidos que em Portugal toda
a gente se trata por “tu” e que o uso do
“pá” é generalizado, o que por vezes cria
situações um pouco embaraçosas, como
aquela em que um colega meu (do Brasil) foi

À parte o
(controverso)
acordo
ortográfico,
é a alteração
dos fluxos
migratórios
que mais
ajudam a
ampliar a
presença do
português no
mundo

entrevistar um alto diretor administrativo
em Portugal, e logo iniciou a conversa com
um “ó pá, tu sabes dizer-me se...”.
Na verdade, o que me parece francamente
ridículo é quando cada um dos dois
sotaques procura mimetizar o outro na
mesma conversa. Num diálogo entre
falantes de cada um dos nossos países, é
frequente o brasileiro colocar a ênfase no
“tu”, pensando que assim se torna mais
português, enquanto este usa e abusa do
“você” a fim de se aproximar da fórmula
brasileira. Por mim, dei-me bem fazendome entender com a pronuncia de Portugal,
embora, claro, tentando usar as expressões
mais ajustadas ao público brasileiro; e
quanto ao uso dos gerúndios não tive
nenhum problema, dadas as minhas raízes.
O encanto da língua reside na diversidade
das suas pronúncias e vocalidades, embora
haja quem se aproveite das diferenças para
justificar erros gramaticais inaceitáveis.
Porém, os brasileiros sabem apreciar o
estilo português de falar, desde que se
evite aquele rápido jargão de consoantes
(“ss” e plurais) entoados com “ch” final
ou as vogais fechadas; e os portugueses
podem perfeitamente “curtir” a sonoridade
cantada da pronúncia brasileira, desde que
se evite aquela língua enrolada de algumas
regiões onde o “rrs” guturais se confundem
com “ggs” e resultam numa pronúncia
estranha em frases como a “pogta vegde”...
Seja devido à presença de imigrantes, seja
por influência das novelas, ou, atualmente,
pela crescente chegada de jovens quadros
portugueses ao Brasil, a língua portuguesa
parece ganhar um novo protagonismo
no mundo. À parte o (controverso)
acordo ortográfico, é a alteração dos
fluxos migratórios e a recomposição dos
segmentos sociais que hoje atravessam o
Atlântico em ambas as direções, e é o papel
do Brasil na economia global, que mais
ajudam a ampliar a presença do português
no mundo. Dois sotaques, uma só língua.
Docente da Faculdade de Economia e
investigador do Centro de Estudos Sociais
da Universidade de Coimbra; professor
visitante da UNICAMP – Brasil

E

Historiador e professor de Economia do
ICS-Universidade de Lisboa

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Portugues com sotaque publico 2014-11jan_ee

  • 1. PÚBLICO, SÁB 11 JAN 2014 | 47 Português com sotaque A venda dos seguros YASUYOSHI CHIBA/AFP Debate Língua portuguesa Elísio Estanque Debate Crise e empresas públicas Pedro Lains ntre o português do Brasil e o de Portugal abundam, como é sabido, as diferenças entre expressões e palavras, sobretudo na oralidade. E não há acordo ortográfico que possa impedilo. Se a língua de Camões é a grande referência, precisamos de saber conjugar o cânone clássico com a criatividade inventiva das suas múltiplas pronúncias e usos (na Europa, em África ou no Brasil), em vez de tentar impor um padrão único a todos os seus falantes. Ao longo de um ano em que deambulei pelo Brasil, deparei-me com múltiplas situações dúbias relacionadas com as nuances da nossa língua comum. Seja pela diferente sonoridade das falas, seja pelo recurso a formulações estranhas para um brasileiro, somos muitas vezes confrontados com a súbita interjeição: “Oi?...”, que quer dizer: “O que é que você falou?”, “não percebi nada!”. A referência à língua e aos “sutaquis” de ambos os lados do Atlântico é o pretexto para ilustrar as “desventuras” de um “indígena” do Alentejo quando, mergulhado em atmosferas tropicais, faz uso de uma linguagem coloquial com o som “lá da terrinha” (como eles dizem). E o mesmo pode ser dito a propósito de um “brazuca” quando viaja por Portugal em busca das suas raízes lusitanas. Entre autocarros e ônibus, bicas e cafezinhos, comboios e trens, elétricos e “bondjinhos”, fumantes e fumadores, raparigas e moças, pequeno-almoço e café da manhã, para além do “rato” (de computador), que no Brasil se diz “mause” (imagine-se a minha dificuldade quando entrei numa loja de informática e pedi um “tapete de rato” e mais tarde descobri que teria de perguntar por um “ponto de mause”), ou da gíria do futebol, onde o “guarda-redes” é o “goleiro”, o “canto” é o “escanteio”, o “defesa” é o “zagueiro”, etc., etc., sem esquecer os nomes de produtos que por cá adquiriram a designação das respetivas marcas (como o “Band-Aid”, que é um penso-rápido) ou, por exemplo, o pequeno apartamento onde resido que aqui é um “kitnet”... Entre os “caras” (sinónimo de rapaz, tipo, gajo) e o “Ki-barato” (nome de uma lanchonete), enfim, as subtilezas linguísticas podem por vezes atrapalhar, mas em geral tudo se resolve com risadas e curiosidades. E em português nos entendemos. Na poesia, no romance, na linguagem popular e também através das gírias e calões locais, o português readaptase e reinventa-se, como acontece com qualquer língua viva. E ainda bem. Quem experimente este contacto entre os modos distintos de uso do português não deixa de se surpreender com alguns mal-entendidos, m entrevista recente à CNN, o ministro das Finanças irlandês respondeu ao jornalista curioso que não vendia as empresas do Estado em carteira enquanto não aparecesse um bom comprador, apesar do programa de resgate financeiro e da troika. E rematava: — Não somos ideológicos em relação a esse tema. O Governo português, ao contrário, está a vender tudo e muito mais do que seria objectivamente necessário. Todas as vendas são polémicas mas umas são-no mais do que outras. A venda da participação da EDP já o foi, assim como a dos CTT, entre outas. Mas a venda dos seguros da Caixa Geral de Depósitos a uma companhia de capitais chineses ultrapassa muitas marcas. A companhia em questão, a Fosun, segundo uma agência de notação financeira, tem actualmente a classificação de Ba3 e B1, ou seja, contém “elementos especulativos e risco significativo ou elevado”. É a esta empresa que o Governo de Pedro Passos Coelho está a vender 30% do mercado segurador nacional. Nada o justifica. Trata-se de vender um activo público a um fundo de investimento de elevado risco financeiro. O que se ganha com isso? A Caixa precisará de vender os seguros por razões de estabilização do seu negócio bancário, mas a venda não é urgente a este ponto. Noonan, o ministro irlandês, falou de ideologia, mas é também preciso falar de razões de ordem financeira privada. Na verdade, neste mandato governamental, pela primeira vez, Portugal vende as empresas públicas exclusivamente por meio de agentes privados, contratados directamente pelo Governo, e que ganham, naturalmente, com as vendas. Há um enviesamento a favor da realização da transacção dos activos financeiros públicos, em benefício dos agentes envolvidos. Trata-se de um problema real. Um dia teremos um Governo que não dê tanto de tantos a tão poucos. Um Governo europeu que proteja os interesses dos cidadãos, com ganhos para todos. Todos, incluindo os interesses financeiros legítimos e amigos da economia. Assim, como Passos Coelho e Albuquerque estão a fazer, não. Definitivamente, não. Ou então estamos todos muito enganados. E mas eles fazem parte das pequenas dessintonias inerentes a uma língua rica e dinâmica. Certa vez, enquanto principal organizador de um encontro académico em Coimbra, irriteime com uma colega acabada de chegar do Brasil que me chamou por “oi, moço!”, como é usual tratar-se um empregado de mesa. Porém, desde que cheguei ao Brasil, no início de 2013, fui muitas vezes interpelado “do mesmo mesmo jeito” (mais um exemplo de expressão típica de cá), por “moço”, “cara” e até “negão” — mas também por “querido” — da parte de desconhecidos, sem que daí transparecesse qualquer falta de respeito ou intenção maldosa. Tudo depende do contexto. Por outro lado, não deixa igualmente de ser curiosa a forma como brasileiros que passaram pelo nosso país procuram glosar a pronúncia do “português de Portugal”, imitando a sua outra sonoridade. O relato da conversa com um taxista mal humorado em Lisboa, no seu vernáculo de vogais fechadas e ar taciturno (ou atitude maleducada), pode ser um bom motivo de risota, e é sem dúvida uma ajuda, no Brasil, ao habitual anedotário em que o patético Mané é posto a ridículo. Muitos brasileiros estão convencidos que em Portugal toda a gente se trata por “tu” e que o uso do “pá” é generalizado, o que por vezes cria situações um pouco embaraçosas, como aquela em que um colega meu (do Brasil) foi À parte o (controverso) acordo ortográfico, é a alteração dos fluxos migratórios que mais ajudam a ampliar a presença do português no mundo entrevistar um alto diretor administrativo em Portugal, e logo iniciou a conversa com um “ó pá, tu sabes dizer-me se...”. Na verdade, o que me parece francamente ridículo é quando cada um dos dois sotaques procura mimetizar o outro na mesma conversa. Num diálogo entre falantes de cada um dos nossos países, é frequente o brasileiro colocar a ênfase no “tu”, pensando que assim se torna mais português, enquanto este usa e abusa do “você” a fim de se aproximar da fórmula brasileira. Por mim, dei-me bem fazendome entender com a pronuncia de Portugal, embora, claro, tentando usar as expressões mais ajustadas ao público brasileiro; e quanto ao uso dos gerúndios não tive nenhum problema, dadas as minhas raízes. O encanto da língua reside na diversidade das suas pronúncias e vocalidades, embora haja quem se aproveite das diferenças para justificar erros gramaticais inaceitáveis. Porém, os brasileiros sabem apreciar o estilo português de falar, desde que se evite aquele rápido jargão de consoantes (“ss” e plurais) entoados com “ch” final ou as vogais fechadas; e os portugueses podem perfeitamente “curtir” a sonoridade cantada da pronúncia brasileira, desde que se evite aquela língua enrolada de algumas regiões onde o “rrs” guturais se confundem com “ggs” e resultam numa pronúncia estranha em frases como a “pogta vegde”... Seja devido à presença de imigrantes, seja por influência das novelas, ou, atualmente, pela crescente chegada de jovens quadros portugueses ao Brasil, a língua portuguesa parece ganhar um novo protagonismo no mundo. À parte o (controverso) acordo ortográfico, é a alteração dos fluxos migratórios e a recomposição dos segmentos sociais que hoje atravessam o Atlântico em ambas as direções, e é o papel do Brasil na economia global, que mais ajudam a ampliar a presença do português no mundo. Dois sotaques, uma só língua. Docente da Faculdade de Economia e investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; professor visitante da UNICAMP – Brasil E Historiador e professor de Economia do ICS-Universidade de Lisboa