Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Tempo geológico
1. 1
Tempo Geológico é a representação da linha do tempo da formação da Terra até os dias de hoje.
Imagine se comprimissemos os 4,5 bilhões de anos da Terra em um só ano. Nesta escala, as rochas mais antigas
reconhecidas datam de março. Os seres vivos apareceram inicialmente nos mares em maio. As plantas e animais
terrestres surgiram no final de novembro e os pântanos, amplamente espalhados que formaram os depósitos de
carvão pensilvanianos, “floresceram” durante cerca de quatro dias no início de dezembro.
Os dinossauros dominaram nos meados de dezembro, mas desapareceram no dia 26, mais ou menos na época que
as montanhas rochosas se elevaram inicialmente. Criaturas humanóides apareceram em algum momento da noite de
31 de dezembro, e as recentes capas de gelo continentais começaram a regredir da área dos Grandes lagos e do
norte da Europa a cerca de 1 minuto e 15 segundos antes da meia-noite do dia 31. Roma governou o mundo
ocidental por 5 segundos, das 23h: 59mim: 45s até às 23h: 59mim: 50s. Colombo descobriu a América 3 segundos
antes da meia-noite, e a ciência da geologia nasceu com os escritos de James Hutton exatamente há mais que 1
segundo antes do final de nosso movimentado ano dos anos.
A divisão se dá baseada nos fenômenos geológicos de evolução da Terra, e foi estabelecida ainda no século XIX, está
dividida em graus hierárquicos cada vez menores da seguinte forma:
Éons (Hadeano, Arqueano, Proterozóico e Fanerozóico);
Eras (apenas no Éon Fanerozóico: Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica);
Períodos (para cada uma das eras do Fanerozóico);
Épocas (subdivisões existentes apenas para os períodos do Cenozóico).
Essas subdivisões foram estabelecidas ainda antes do desenvolvimento dos métodos de datação absoluta. As
subdivisões de tempo definidas, portanto, não representam intervalos de tempo equivalentes, mas refletem a
possibilidade de desvendar os detalhes da evolução geológica em todos os tempos. O registro geológico mais
recente é mais completo e apresenta maior número de fósseis, permitindo delimitar intervalos temporais menores.
O registro da evolução geológica antiga é muito mais fragmentado e com a ausência de fósseis possibilita apenas a
delimitação de intervalos de tempo maiores, marcados por grandes eventos globais.
2. 2
Pré-Cambriano ou Pré-Câmbrico: é o conjunto de modificações em que nosso planeta passa, na qual
proporcionou diversas características, como a formação dos oceanos, da lua, de muitos minerais, de sua
oxigenação, da formação de algumas vidas multicelulares e das placas tectônicas.
É o grande período de tempo na história da Terra antes do Éon Fanerozóico, é considerado um Superéon, e é
dividido em vários éons da escala de tempo geológico. É assim chamado, pois precede o Cambriano, o
primeiro período do Éon Fanerozóico, que é nomeado após Cambria, o nome clássico para o País de Gales,
onde as rochas dessa idade foram estudadas pela primeira vez.
O Pré-cambriano é responsável por 88% do tempo geológico, inicia a cerca de aproximadamente de 4,5
bilhões de anos com o início da Terra e terminou com o surgimento dos fósseis , quando os animais
macroscópicos de carapaça dura apareceram pela primeira vez em abundância. Neste éon temos as divisões
entre os períodos:
o Hadeano: seu nome vem do grego hades, que significa "inferno", e foi cunhado pelo geólogo Preston
Cloud para o período sobre o qual se tem pouca ou nenhuma informação geológica. Não é
reconhecido pela Comissão Internacional sobre Estratigrafia da União Internacional de Ciências
Geológicas no seu quadro estratigráfico
internacional, por não haver rochas tão antigas,
mas é um conceito amplamente aceito por outras
fontes.
O Hadeano é o éon mais antigo, e iniciou há cerca
de 4,57 bilhões de anos, com o princípio do
processo de formação dos planetas do Sistema
Solar, e terminou, na Terra, há aproximadamente
3,85 bilhões de anos, quando surgiram as primeiras
rochas, marcando o início do éon Arqueano.
Suas subdivisões não são oficiais, devido a falta de evidências, não existem muitos vestígios
geológicos deste período na Terra, porém, várias das principais divisões da escala de tempo
geológico lunar ocorreram no Hadeano, por isso, muitas vezes são usadas para referir-se aos
mesmos períodos de tempo na Terra.
Críptica: não é reconhecida pela Comissão Internacional de
Estratigrafia, assim como nenhuma subdivisão Hadeica. É a
Era mais antiga da evolução geológica da Terra e da Lua,
começou há cerca de 4.570 milhões de anos, quando se
formaram a Terra e a Lua. Não existem nenhuma definição
concreta da transição entre a era Críptica e a era Grupos
Basin, ainda que usualmente se estabeleça a sua finalização
há 4.150 Ma.
Grupos Basin: é a era do hadeano, entre 3,92 e 4,15 bilhões de anos atrás. Período de
atividades vulcânicas constantes, e impactos de meteoros, tanto na terra quanto na lua.
Provavelmente nesta Era se formou o Ácido Ribonucleico.
3. 3
Nectárico: escala de tempo geológico lunar, entre 3,85 e 3,92 bilhões de anos atrás, também
é utilizado como era geológica do éon Hadeano em trabalhos científicos.
Ímbrico: é uma época geológica que vai de 3850 a 3800 milhões de anos antes do presente,
aproximadamente. Coincide com o fim do intenso bombardeio tardio do sistema solar. O
impacto que criou a enorme bacia do Mare Imbrium ocorreu no início dessa época. Remonta
ao Ímbrico Inferior a formação das bacias lunares mais recentes. As outras grande bacias que
dominaram o lado visível da Lua (como Crisium, Tranquilitatis, Serenitatis, Fecunditatis e
Procellarum) também se formaram nesse período. Posteriormente, ao longo do Ímbrico
Superior, essas bacias teriam sido enriquecidas de rochas basálticas.
o Arqueano ou Arcaiqueano: antes chamado Arqueozoico, é o éon que está compreendido
aproximadamente entre 3,85 bilhões de anos e 2,5 bilhões de anos atrás. O início do Arqueano é
marcado pelas primeiras formas de vida unicelulares da Terra.
Eoarqueano: é a primeira era do éon Arqueano, é marcado pelo início das primeiras formas
de vida unicelulares (Procariontes), entre 3 bilhões e 850 milhões atrás, aproximadamente.
A escassez generalizada de rochas do Eoarqueno é explicada
pela quantidade de detritos presentes dentro do sistema
solar inicial. A Terra estava coberta em sua maioria por com
água, vulcões e ilhas vulcânicas que surgiam por toda sua
extensão. Os oceanos eram verdes e ácidos, devido ao
compostos de ferro dissolvido e o céu era laranja por causa
da alta concentração de amônia, metano e dióxido de
carbono.
Paleoarqueano: é a era do éon Arqueano que está compreendida entre 3,6 e 3,2 bilhões de
anos atrás, aproximadamente. Durante o Paleoarqueano surgiram os primeiros continentes,
possivelmente devido a colisões entre arcos de ilhas, que se amalgamaram formando
pequenas massas continentais. Mais para o final desta era, pode ter se formado um
supercontinente, chamado Vaalbara.
A questão de se a atividade tectônica de placas existia ou não no Arqueano é uma área ativa
na pesquisa geocientífica moderna. Alguns cientistas pensam que no Paleoarqueano
provavelmente não existia uma litosfera completamente rígida, e por isso não operaria ainda
a Tectônica de Placas. Outros acham que, por causa da Terra ser mais quente, a atividade
tectônica de placas seria mais vigorosa que é hoje, resultando numa taxa muito maior de
reciclagem de material da crosta. Isso poderia ter evitado a cratonização e a formação de
continentes até que o manto esfriou e a convecção diminuiu. Outros ainda argumentam que
o manto litosférico subcontinental era flutuante demais para subduzir e que a falta de rochas
paleoarqueanas é em função da erosão por eventos tectônicos subseqüentes.
A mais antiga evidência de vida, as primeiras bactérias produtoras de oxigênio – fósseis bem
preservados de bactérias datadas em 3,46 bilhões de anos achadas na Austrália Ocide ntal.
4. 4
Mesoarqueano: é a era do éon Arqueano que está
compreendida entre 3 bilhões e 200 milhões e 2 bilhões e
800 milhões de anos atrás. Fósseis encontrados na
Austrália indicam que os estromatólitos, uma espécie de
rocha fóssil formada por atividades de microorganismos
em ambientes aquáticos, que quando acumulados no
fundo de mares rasos, formam uma espécie de recife.
Porém, a definição exata de estromatólito ainda é
discutida podendo, por exemplo, excluir estruturas como
oncólitos e trombólitos da lista dos estromatólitos. As
primeiras cyanobacterias proliferavam na Terra.
Neoarqueano: é a era do éon Arqueano que está compreendida entre 2 bilhões e 800
milhões e 2 bilhões e 500 milhões de anos atrás, aproximadamente.
Nesta era, supõem-se que, as atividades tectônicas de placas podem ter sido bastante
similares à da Terra moderna. Há bacias sedimentares bem preservadas e evidência de arcos
vulcânicos, rachaduras intracontinentais, colisões entre continentes e eventos orogênicos de
âmbito global bem disseminados, sugerindo a montagem e destruição de um e talvez vários
supercontinentes. A água líquida era prevalecente, e bacias oceânicas profundas são
conhecidas pela presença de formações de ferro em bandas, depósitos de chert, sedimentos
químicos e basaltos de travesseiro.
A fotossíntese oxigênica evoluiu primeiro nesta era, e foi responsável pela grande
proliferação de estromatólitos nos litorais do mundo, que foi iniciada desde o
Mesoarqueano. Acontece também a primeira glaciação.
o Proterozóico: do grego (proteros = anterior) + (zoikos = de animais), é o éon que está compreendido
entre 2,5 bilhões e 542 milhões de anos, abrangendo quase metade do tempo de existência da Terra.
Sendo o mais recente éon do Pré-Câmbrico, sucede o éon Arqueano e precede o éon Fanerozoico.
Divide-se em três eras.
Em algumas obras ainda se pode encontrar o termo Algônquico ou Algonquiano que, entretanto,
entrou em desuso.
Também é chamado de eón Pré-Cambriana ou Pré-Câmbrico, é o nome tradicional que se dá ao
conjunto de éons anteriores ao Fanerozóico: o Proterozóico, o Arqueano e o Hadeano. Apesar de
obsoleto, ainda consta do Quadro Estratigráfico Internacional da Comissão Internacional sobre
Estratigrafia da União Internacional de Ciências Geológicas. Já recebeu nomes como Azóico ("sem
vida") e Criptozóico ("vida oculta"), atualmente em desuso.
Paleoproterozoico: é a era do éon Proterozoico, na escala de tempo geológico, que está
compreendida entre 2 bilhões e 500 milhões e 1 bilhão e 600 milhões de anos atrás,
aproximadamente, é marcada pelo surgimento dos primeiros seres eucariontes. Divide-se
nos períodos Sideriano, Rhyaciano, Orosiriano e Statheriano, do mais antigo para o mais
recente.
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Sideriano: é o período da que está compreendido entre 2 bilhões e 500 milhões e 2
bilhões e 300 milhões de anos atrás, aproximadamente. Este período foi marcado
pela fotossíntese oxigenada. Como os outros períodos de seu éon, não se divide em
épocas.
Rhyaciano: é o período que está compreendido entre 2 bilhões e 300 milhões e 2
bilhões e 50 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Rhyaciano sucede
o período Sideriano e precede o período Orosiriano, ambos de sua era. Como os
outros períodos de seu éon, não se divide em épocas. É marcado pela Glaciação
Huroniana, a mais antiga da qual há vestígios, ocorreu há 2 400 a 2 100 milhões de
anos, durante os períodos Sideriano e Rhyaciano do Paleoproterozoico, após a
Catástrofe do Oxigênio. Foi uma das mais severas glaciações da história geológica da
Terra e alguns geólogos crêem que foi muito semelhante à da Terra bola de neve
ocorrida no Neoproterozoico.
Orosiriana: é o período que está compreendido entre 2 bilhões e 50 milhões e 1
bilhão e 800 milhões de anos atrás, aproximadamente. Sucede o período Rhyaciano
e precede o período Statheriano, ambos de sua era. Período no qual, a atmosfera
esta livre de oxigênio.
Statheriano: O período Statheriano sucede o período Orosiriano de sua era e
precede o período Calymmiano da era Mesoproterozóica de seu éon. Compreendido
entre 1 bilhão e 800 milhões e 1 bilhão e 600 milhões de anos atrás,
aproximadamente e como os demais períodos de seu éon, não se divide em épocas.
Neste período aconteceu a expansão dos depósitos supercontinentais.
Mesoproterozoico: é a era do éon Proterozóico, na escala do tempo geológico, que está
compreendida entre 1 bilhão e 600 milhões e 1 bilhão de anos atrás, aproximadamente. A
era Mesoproterozoica sucede a era Paleoproterozoica e precede a era Neoproterozoica,
ambas de seu éon. Divide-se nos períodos Calymmiano, Ectasiano e Steniano, do mais antigo
para o mais recente.
Calymmiano: é o período da era
Mesoproterozóica do éon Proterozóico que
está compreendido entre 1 bilhão e 600
milhões e 1 bilhão e 400 milhões de anos atrás,
aproximadamente. Este sucede o período
Statheriano da era Paleoproterozóica de seu
éon e precede o período Ectasiano de sua era.
Como os outros períodos de seu éon, não se
divide em épocas. É marcado pelo surgimento
das primeiras eucariontes.
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Ectasiano: período marcado pelo surgimento
das primeiras Rhodophytas, popularmente
conhecidas como "algas vermelhas", está
compreendido entre 1 bilhão e 400 milhões e
1 bilhão e 200 milhões de anos atrás,
aproximadamente. Sucede o período
Calymmiano e precede o período Steniano,
ambos de sua era. Como os outros períodos
de seu éon, não se divide em épocas.
Steniano: é o período que está compreendido entre 1 bilhão e 200 milhões e 1
bilhão de anos atrás, aproximadamente. Este período esta marcado pelo surgimento
dos primeiros animais, e assim como os outros períodos de seu éon, não é dividido
em épocas.
Neoproterozoico: é uma era do éon Proterozoico, na escala de tempo geológico, que está
compreendida entre 1 bilhão e 541 milhões de anos atrás, aproximadamente. A era
Neoproterozoica sucede a era Mesoproterozoica de seu éon e precede a era Paleozoica do
éon Fanerozoico. Divide-se nos períodos Toniano, Criogeniano e Ediacarano, do mais antigo
para o mais recente.
Toniano: é o período da era Neoproterozóica do éon Proterozóico que está
compreendido entre 1 bilhão e 850 milhões de anos atrás, aproximadamente. Foi no
período Toniano que a Terra começou a se congelar (hipótese da Terra bola de
neve). Como os outros períodos de seu éon, não se divide em épocas.
Criogeniano: é o período que está compreendido entre 850
milhões e 630 milhões de anos atrás, aproximadamente.
Um período com temperaturas muito baixas e com seu
oceano tendo uma capa de gelo que poderia ter em torno
de um quilômetro de profundidade, acredita-se que a
formação da Rodínia, um supercontinente que abrangia a
maior parte da porção continental da Terra, e que quebrou-se
em oito continentes cerca de 750 milhões de anos atrás
aconteceu durante este período.
Ediacarano: período compreendido entre 630 milhões e 542 milhões de anos atrás,
aproximadamente. No passado chamava-se Vendiano, proposto originalmente por
Sokolov em 1952, com base em observações na plataforma siberiana que revelaram
espetaculares achados fósseis, então chamados de Fauna Vendiana. No entanto, a
Comissão Internacional de Estratigrafia da União Internacional de Ciências
Geológicas preferiu renomeá-lo recentemente para Ediacarano, que provém das
Colinas Ediacara, no sul da Austrália – onde também foram encontrados fósseis
similares, que constituem a Biota ediacarana. Foi neste período em que surgiram os
7. 7
primeiros corais, acredita-se que a formação da Panótia, é um supercontinente
hipotético, descrito por Ian W. D. Dalziel em 1997, teria existido entre há 600
milhões de anos e até ao final do período Pré-cambriano há 540 milhões de anos.
o Fanerozoico: do grego phaneros, que significa “visível” e zoikos, “vida”, é o éon geológico que
abrange os últimos 542 milhões de anos. Tem início com o Cambriano na era Paleozoico com o
surgimento de vários animais de concha e é o éon ao longo do qual a abundância de vida é maior.
A fronteira entre o Fanerozoico e o Proterozoico não está claramente definida. No século XIX ela
coincidia com o aparecimento dos primeiros fósseis metazoários abundantes. Porém, foram
identificadas várias centenas de taxa de metazoários do Proterozoico desde o início de estudos
sistemáticos destes seres na década de 1950. A maioria dos geólogos e paleontólogos
provavelmente consideraria que a fronteira Fanerozoico-Proterozoico ocorre no ponto clássico em
que surgem as primeiras trilobites e Archaeocyatha; com a primeira aparição de complexas tocas de
alimentação (Trichophycus pedum); ou com a primeira aparição de um grupo de pequenas e
geralmente desarticuladas formas couraçadas designadas 'pequena fauna conquífera'. Estes três
diferentes pontos de fronteira encontram-se separados entre si por alguns milhões de anos.
Paleozoico: é a era do éon Fanerozoico que está compreendida entre 542 milhões e 245
milhões de anos atrás, aproximadamente. A era Paleozoica sucede a era Neoproterzoica do
éon Proterozoico e precede a era Mesozoica de seu éon. Divide-se nos períodos Cambriano,
Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano, do mais antigo para o mais
recente.
O Paleozoico corresponde praticamente a metade do Fanerozoico, com aproximadamente
300 milhões de anos. Durante esta era havia seis massas continentais principais, que
conheceram montanhas enormes ao longo de suas margens, e incursões e recuos dos mares
rasos através de seus interiores, como mares continentais. Muitas rochas paleozoicas são
economicamente importantes. Por exemplo, rochas calcárias para finalidades industriais de
construção civil, assim como os depósitos de carvão, que foram formadas durante o
paleozoico.
O Paleozoico é conhecido por dois dos eventos
mais importantes na história da vida animal. No
seu começo houve uma grande diversificação
evolutiva dos animais, a explosão cambriana,
em que quase todos os filos animais atuais e
vários outros extintos apareceram nos
primeiros milhões dos anos. Já no extremo
oposto do Paleozoico ocorreu a extinção
maciça, a maior da história da vida na Terra,
que extinguiu aproximadamente 90% de todas
as espécies animais marinhas. As causas de
ambos estes eventos ainda não são bem
conhecidas.
Também pode ser chamada de “Era Primária”, divisão do tempo geológico seguinte à Era
Proterozoica e a antecedente à Era Mesozoica. A sua duração foi de aproximadamente 380
milhões de anos. Embora a vida já se achasse presente na Era Proterozoica, é nos terrenos
mais antigos da Era Paleozoica que os vestígios de organismos se mostram mais abundantes.
8. 8
De acordo com os dados paleontológicos, no Cambriano achavam-se presentes todos os
grandes grupos de invertebrados. As formas ancestrais da fauna cambriana são
desconhecidas ou porque o elevado metamorfismo e os dobramentos a que foram sujeitas
as rochas da Era Proterozoica as destruíram, ou porque a erosão apagou grande parte dessa
documentação antes da deposição dos sedimentos cambrianos. Os animais do início da Era
Paleozoica viveram dominantemente em ambiente marinho: graptólitos, trilobites,
moluscos, briozoários, braquiópodes, equinodermos, corais, etc. Os peixes surgiram no
Ordoviciano, nas águas doces. As plantas terrestres mais antigas conhecidas datam do
Siluriano (Austrália). No Carbonífero e também no Permiano constituíram grandes florestas
das quais se originaram carvões em várias partes do mundo. Daí a designação de
Antracolítico dada em esses dois períodos conjuntamente. Especialmente curiosas foram as
Pteridospermae, vulgarmente conhecidas como "fetos com sementes". Os insetos mais
antigos datam do Devoniano. Os anfíbios surgiram no Devoniano e os répteis no
Carbonífero. Angiospermas, aves e mamíferos apareceram mais tarde, na Era Mesozoica.
A paleogeografia da Era Paleozoica é a matéria de controvérsia. As similaridades
demonstradas entre a geologia da parte meridional da América do Sul, África do Sul, Índia e
Austrália- flora fóssil comum, designada flora de Glossopteris, vestígios de glaciação tipo
inlandsis, aparentemente da mesma idade, levaria, segundo certos autores, à aceitação de
um antigo continente, Continente de Gonduana, reunindo tais regiões, ou, segundo outros, à
suposição de que elas estiveram diretamente unidas até o fim da Era Mesozoica (teoria de
Wegener). Dois ciclos orogenéticos importantes ocorreram na Era Paleozoica: dobramentos
coledonianos do Siluriano e dobramentos
hercinianos do Carbonífero. Vários grupos de
animais e de plantas foram privativos da Era
Paleozoica: Psilophytales, vegetais que
desapareceram no Devoniano; trilobites,
euripterídeos, granptólitos, corais dos grupos
tetracorais e tabulados; briozoários dos grupos
Trepostomados e Criptostomados;
foraminíferos da família dos Fusulinídeos;
equinodermos dos grupos cistoides, blastoides
e heterostelados; peixes dos grupos
Ostracodermas e Placodermas.
Cambriano ou Câmbrico: é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está
compreendido entre 542 milhões e 488 milhões de anos atrás, aproximadamente. O
período Cambriano sucede o período Ediacarano da era Neoproterozoica do éon
Proterozoico e precede o período Ordoviciano de sua era. Divide-se nas épocas
Cambriana Inferior, Cambriana Média e Cambriana Superior, da mais antiga para a
mais recente. O nome Cambriano vem de Cambria, que é a latinização de Cymru, o
nome pelo qual os povos antigos que habitavam o País de Gales chamavam suas
terras, onde foram encontrados os primeiros estratos rochosos deste período.
A Pangeia, o continente que, descrito pela deriva continental, existiu há 200 milhões
de anos, durante a era Paleozoica, porém, há relatos também de 540 milhões de
anos. A palavra origina-se do fato de todos os continentes estarem juntos (pan do
grego = todo, inteiro) e exprime a noção de totalidade, universalidade, formando um
único bloco de terra (gea) ou Geia, Gaia (mitologia) ou Ge como a Titã grega que
personificava a terra com todos os seus elementos.
9. 9
Milhões de anos se passaram até que a Pangeia se fragmentou, dando origem a dois
megacontinentes. Esta separação ocorreu lentamente e se desenvolveu deslocando
sobre um subsolo oceânico de basalto.
A parte correspondente à América do Sul, África, Austrália e Índia, denomina-se
Gondwana (região da Índia). O resto do continente, onde estava a América do Norte,
Europa, Ásia e o Ártico se denomina Laurásia. A Pangeia era cercada por um único
oceano Pantalassa.
Entre a comunidade cientifica foi inicialmente sugerida a hipótese no início do século
XX pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, criando uma grande polêmica entre
a classe científica da época. Wegener teve como ponto de partida de sua teoria os
contornos semelhantes da costa da América com a da África, os quais formariam um
encaixe quase perfeito. Entretanto, não foi utilizado este fato na sua fundamentação
científica, mas a comparação dos fósseis encontrados nas regiões brasileira e
africana. Como estes animais não seriam capazes de atravessar o oceano na época,
concluiu-se que eles teriam vivido em mesmos ambientes em tempos remotos.
Esta teoria não foi inicialmente aceita, sendo até ridicularizada pela classe científica.
Foi confirmada somente em 1940, após 10 anos da morte de Alfred Wegener.
Os locais onde se encontram rochas e fósseis deste período são relativamente raros,
sendo os principais o Folhelho Burgess, no Canadá, o Folhelho de Maotianshan (ou
biota de Chengjiang), na China e os argilitos de Emu Bay, na Austrália. É marcado
pelo aparecimento dos primeiros anelídeos, artrópodes, moluscos e trilobitas.
Durante o Cambriano, ocorre uma maior diversificação da vida, evento conhecido
como explosão cambriana, devido ao período de tempo relativamente curto em que
esta diversidade de espécies "surge". Dentre estas espécies, estão os graptólitos
dendróides, que surgem no Cambriano Superior, e os arqueociatos, que surgem no
Cambriano Inferior e extinguem-se no Cambriano Médio.
O Cambriano marca um ponto importante na história da vida na Terra, é o período
de tempo em que a maioria dos grupos principais de animais apareceram no registro
do fóssil. Por muito tempo se considerou os fósseis do Cambriano como os mais
antigos de nosso planeta, porém, atualmente foram encontrados fósseis mais
antigos, que datam do período Vendiano (a última das partes dos chamados tempos
Pré-Cambrianos).
Os animais mostraram uma diversificação dramática durante este período da
história da Terra. O maior registro de grupos animais ocorreu durante os estágios
Tomotiano e de Atdabaniano do Cambriano Superior, em um intervalo de tempo de
aproximadamente cinco milhões de anos, o que é extremamente curto para os
padrões geológicos, motivo que fazem surgir muitas dúvidas e especulações sobre a
explosão cambriana e é constantemente utilizado pelos opositores da teoria da
evolução para fundamentar suas criticas a esta. Os principais animais encontrados
em todo o mundo são os anelídeos, artrópodes, braquiópodes, equinodermos,
moluscos monoplacóforos, onicóforos, esponjas, e priapulídeos.
A primeira subdivisão do Cambriano Inferior, a idade Tomotiana, que recebeu este
nome devido a região da Sibéria onde suas rochas foram encontradas, viu a primeira
radiação principal dos animais, incluindo a primeira aparência de um grande taxa de
animais mineralizados tais como braquiópodes, trilobites, arqueociátos e
equinodermos.
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Ordoviciano ou Ordovícico: é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que
está compreendido entre 488 a 443 milhões de anos aproximadamente. O período
Ordoviciano sucede o período Cambriano e precede o período Siluriano, ambos de
sua era. Divide-se nas épocas Ordoviciana Inferior, Ordoviciana Média e Ordoviciana
Superior, da mais antiga para a mais recente.
Os limites do Ordoviciano são marcados pela ocorrência de graptozoários
planctônicos. As rochas são geralmente os argilitos escuros, orgânico que carregam
os restos dos graptólitos e podem ter sulfeto de ferro. Naquele período os
terremotos eram frequentes.
Durante o Ordoviciano, os invertebrados ainda
são as formas de vida animal dominantes,
porém com formas mais "semelhantes" às atuais
do que as do Cambriano. Os graptólitos
graptoloides surgem no Ordovícico inferior.
O Ordoviciano é o mais conhecido pela presença
de seus invertebrados marinhos diversos,
incluindo graptozoários, trilobites (estes
atingiram seu auge neste período) e
braquiópodes. Uma comunidade marinha típica conviveu com estes animais, algas
vermelhas e verdes, peixes primitivos, cefalópodes, corais, crinóides, e gastrópodes.
Mas recentemente, houve a evidência de esporos trietes que são similares àqueles
de plantas primitivas terrestres,
sugerindo que as plantas
invadiram a terra neste
período. A evolução dos pro-tocordados
desenvolveram os
primeiros peixes sem man-díbulas.
Entre os artrópodes
ocorre o surgimento dos es-corpiões
do mar.
Siluriano ou Silúrico: é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está
compreendido entre 443 milhões e 700 mil e 416 milhões de anos atrás,
aproximadamente. O período Siluriano sucede o período Ordoviciano e precede o
período Devoniano, ambos de sua era. Divide-se nas épocas Llandovery, Wenlock,
Ludlow e Pridoli, da mais antiga para a mais recente.
Neste período a fauna teve que se recuperar da extinção em massa do final do
Ordoviciano, porém ela manteve a predominância de invertebrados, principalmente
trilobites, crinóides, euriptéridos (escorpiões marinhos) e cefalópodes; embora os
peixes já estivessem se diversificando bastante. Com relação a flora, este período é
marcado pelo surgimento das primeiras plantas terrestres.
Devoniano ou Devónico: é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que está
compreendido entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás, aproximadamente. O
11. 11
período Devoniano sucede o período Siluriano e precede o período Carbonífero,
ambos de sua era. Divide-se nas épocas Devoniana Inferior, Devoniana Média e
Devoniana Superior, da mais antiga para a mais recente. Neste período se formaram
muitos depósitos de petróleo e gás natural que temos hoje.
Neste período os continentes de
Laurentia e Báltica colidem e formam o
continente de Euramérica, reduzindo o
número de continentes do mundo para
três (os outros dois são Sibéria, no norte,
e Gondwana, no sul). Os continentes
começam a se aproximar cada vez mais,
já indicando sua futura união para formar
Pangeia. O clima era quente e o nível dos
oceanos alto. o que fez com que muitas
terras fossem cobertas por mares rasos,
onde proliferavam grandes recifes de
coral.
Durante o Devoniano, ocorre a proliferação dos peixes, que dominam de vez os
ambientes aquáticos, motivo pelo qual o Devoniano é conhecido como "a idade dos
peixes"; Além dessa proliferação, surgem os primeiros peixes com mandíbula.
Surgem também os primeiros tubarões e os placodermos assumem o trono no topo
da cadeia alimentar, porém se extinguem
no final do período. Além disso, é neste
período que surgem os primeiros
anfíbios. Os graptólitos graptolóides
extinguem-se e os trilobites iniciam sua
decadência. Neste período também
surgem as primeira formas de
ammonoides, que só serão extintos no
final do período Cretáceo, junto com os
dinossauros. Com relação a vida
terrestre, esta permanece dominada por
artrópodes, dentre eles escorpiões e
centopeias.
Carbonífero ou Carbónico: é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico que
está compreendido entre 359 milhões e 245 milhões de anos atrás,
aproximadamente. O período Carbonífero sucede o período Devoniano e precede o
período Permiano, ambos de sua era. Na América do Norte o período é dividido em
dois, o Mississippiano (entre cerca de 360 milhões e 318 milhões de anos atrás) e o
Pennsylvaniano (entre cerca de 318 milhões e 299 milhões de anos atrás), sendo que
em alguns outros locais estes "períodos" são considerados como épocas e
consequentes subdivisões do período Carbonífero.
O Carbonífero tem este nome devido as grandes quantidades de carvão mineral
encontradas em formações rochosas da época na Inglaterra, onde foram datadas
pela primeira vez rochas deste período. Estas grandes formações de carvão tem
origem, segundo creem os especialistas, nas grandes florestas e pântanos que
cobriam a maior parte das terras imersas do período. Apesar disto, na América do
12. 12
Norte, a maioria das jazidas de carvão são datados do Pennsylvaniano, enquanto que
as formações do Mississippiano são formadas principalmente de rochas calcárias.
O início do Carbonífero foi marcado por um aumento do nível dos oceanos, que
alagou muitas terras baixas criando mares litorâneos rasos. Porém tal efeito se
reverteu em meados do período (cerca de 318 milhões de anos atrás). A mudança
nos níveis dos oceanos causou considerável extinção na fauna marinha,
principalmente entre crinóides (40% das espécies extintas) e ammonóides (80% das
espécies extintas).
Gondwana, o supercontinente do hemisfério sul, sofreu uma grande glaciação neste
período, porém isto parece não ter causado diferença no clima equatorial do
período, que se manteve tropical e propiciou o desenvolvimento de exuberantes
florestas e pântanos. No município de Salto, estado de São Paulo, o afloramento de
rocha Moutonnée, apresenta uma feição criada sobre a superfície rochosa de
granito, causada por abrasão glacial, ou seja, pela erosão da superfície da rocha pela
passagem de uma geleira que erode esta rocha, formando um perfil assimétrico,
menos inclinada no sentido de movimentação da geleira, é o único exemplar
conhecido na Bacia do Paraná. Sua descoberta, por Marger Gutmans em 1946, foi
um dos pontos mais importantes na comprovação da origem glacial das rochas do
Grupo Itararé, da Bacia do Paraná.
Também foi ao longo deste período que as massas de terra se uniram para formar o
supercontinente Pangeia, que resistiu como único continente mundial até a era dos
dinossauros.
Um dos aspectos marcantes do Carbonífero foi a proliferação das florestas e de
novas formas de vida vegetal, apesar de licopódios e samambaias ainda
predominarem (embora com uma diversidade incomparavelmente maior do que nos
períodos anteriores), merecendo destaque para as chamadas "samambaias com
sementes", hoje extintas. Também merece ressaltar que fora neste período que
ocorreu o desenvolvimento das cicadáceas. Algumas das árvores desse período
poderiam alcançar uma altura próxima aos 40 metros.
Entre os principais gêneros fósseis botânicos do Carbonífero podemos destacar
Calamites, Lepidodendron e Sigillaria.
Dentre os animais, se destaca a extinção total dos graptólitos e dos peixes mais
primitivos (como os placodermos, por exemplo). O período também merece
destaque pela proliferação dos animais terrestres, com grande variedade de
artrópodes e anfíbios, além do surgimento dos primeiros répteis (os primeiros
vertebrados totalmente terrestres a surgir em nosso planeta) e dos primeiros
animais com a capacidade de voar (insetos, muitos deles semelhantes a libélulas).
Ainda falando de artrópodes, merece destacar o grande tamanho de alguns (como,
por exemplo, Arthropleura e Archimylacris) comparado com os atuais, segundo
creem os cientistas, tal gigantismo destas criaturas seria consequência de uma maior
porcentagem de oxigênio na atmosfera do período (sendo que se considera que os
níveis de oxigênio na atmosfera naquele período superava os 35%, contra cerca de
21% da atualidade).
Permiano ou Pérmico: é um período geológico que se estende de 299,0 ± 0,8-251,0
± 0,4 milhões de anos. 5 É o último período da Era Paleozóica, após o Período
13. 13
Carbonífero e antes do Período Triássico do Mesozóico. O Termo foi introduzido pela
primeira vez em 1841 pelo geólogo Roderick Murchison, em homenagem a Krai de
Perm, na Rússia, onde estratos do período foram originalmente encontrados.
O Permiano testemunhou a diversificação dos amniotas iniciais até os grupos
ancestrais dos mamíferos, tartarugas, lepidossauros e arcossauros. O mundo na
época era dominada por um único supercontinente conhecido como Pangea,
cercado por um oceano global chamado Pantalassa. As florestas extensas do
Carbonífero havia desaparecido, deixando para trás vastas regiões de deserto árido
no interior continental. Répteis, que poderia lidar melhor com essas condições mais
secas, predominaram no lugar de seus ancestrais os anfíbios. O Período Permiano (e
a Era Paleozóica) terminou com a maior extinção em massa na história do planeta
Terra, em que cerca de 90% das espécies marinhas e 70% das espécies terrestres
desapareceram.
No Brasil, a Formação Irati pertence a este período. No Sudoeste do Rio Grande do
Sul há uma área com fósseis do Permiano que datam a 270 milhões de anos.
Merecendo destaque para o chamado Mesosaurus brasiliensis, um pequeno réptil
aquático encontrado pelo cientista alemão Alfred Wegener, em 1911, cuja
similaridade com a espécie sul-africana do fóssil o fez lançar as bases da teoria da
deriva continental.
O termo Permiano foi introduzido na geologia em 1841 por Roderick Murchison,
presidente da Sociedade Geológica de Londres, que identificou estratos típicos em
extensas áreas de explorações russas realizadas com Edouard de Verneuil. 7
Murchison afirmou em 1841 que ele chamou o seu "Sistema de Permiano ", em
homenagem ao antigo reino de Permia, e não por causa da pequena cidade de Perm,
como geralmente é assumido. A região encontra-se agora na Krai de Perm, na
Rússia.
No final deste período, ocorreu a conclusão
da formação do supercontinente Pangea,
devido à acreção das placas continentais
(facto resultante da ocorrência de forças
tectónicas). O desaparecimento dos mares
fez com que o clima se tornasse mais seco no
continente. Longe dos ventos que traziam a
umidade do mar, estas regiões converteram-se
em desertos colossais, o que
possivelmente dificultava muito a
sobrevivência de animais e plantas.
O clima mais seco também fez diminuir as grandes florestas e pântanos (abundantes
no Carbónico), assim os níveis de oxigênio da atmosfera também diminuíram até os
níveis actuais, ou talvez até mesmo um pouco inferiores.
A flora é caracterizada pelo surgimento e pela proliferação das coníferas, que se
tornam as plantas dominantes a partir deste período e se mantém até o período
Cretáceo, quando se dá a proliferação das angiospermas.
Outras plantas comuns da época incluem cicadáceas e as chamadas samambaias
com sementes, destas se destaca o gênero Glossopteris. O fóssil mais antigo
encontrado até hoje, do período Permiano, é de uma Glossopteris.
14. 14
Relativamente à fauna, se destacam o maior desenvolvimento e diversificação dos
répteis; que passam a dominar definitivamente o mundo, atingindo grandes porte
(ex. Moschops) e o topo da cadeia alimentar (ex. Dimetrodon); e a decadência dos
artrópodes gigantes; que se extinguem neste período. Com a queda do nível de
oxigênio da atmosfera, os artrópodes terrestres já não podiam manter o grande
porte, embora no início do Permiano algumas espécies ainda persistiam (ex.:
Apthoroblattina).
No permiano ainda não existiam lissanfíbios (anfíbios modernos), mamíferos,
tartarugas, lepidossáurios (lagartos), pterossauros e nem dinossauros, mas os
ancestrais de todos estes grupos já existiam, prontos para evoluir e lhes dar origem
durante o triássico.
A fauna terrestre do período se destacam um grupo de répteis que se acredita terem
sido os ancestrais dos mamíferos e inclusive compartilhavam mais características
com estes do que com os répteis atuais, os sinapsídeos, os quais se dividiam em dois
grupos principais: os pelicossáurios (mais primitivos e que se extinguiram ao final do
período) e os terapsídeos (que sobreviveram incluso a extinção massiva do final do
período).
Nas águas doces havia anfíbios gigantes e no mar, tubarões primitivos, moluscos
cefalópodes, braquiópodes, trilobitas (embora estes já estavam se extinguindo, se
tornado raros) e artrópodes gigantescos conhecidos como escorpiões marinhos. As
únicas criaturas voadoras do período eram insetos, muitos deles bem semelhantes
as atuais libélulas (ex.: Meganeuropsis permiana).
Mesozoico: é a era do éon Fanerozoico que está compreendida entre 251 milhões e 65,5
milhões de anos atrás, aproximadamente. A era Mesozoica sucede a era Paleozoica e
precede a era Cenozoica, ambas de seu éon. Divide-se nos períodos Triássico, Jurássico e
Cretáceo, do mais antigo para o mais recente.
O nome Mesozoico é de origem grega e refere-se a 'meio animal' sendo também
interpretado como "a idade medieval da vida". Esta era é especialmente conhecida pelo
aparecimento, domínio e desaparecimento dos dinossauros e amonites.
No início desta era, toda a superfície terrestre se concentrava num único continente
chamado Pangeia. Porém com o tempo este supercontinente começou a fragmentar-se em
dois continentes: a Laurásia para o Hemisfério Norte e o Gondwana para o Sul.
O clima no início do Mesozoico era predominantemente quente e seco, tornando-se mais
húmida no Jurássico (POPP, 1995, p. 283). As temperaturas elevadas não permitiam a
retenção de tanta água nos glaciares como atualmente, fazendo com que o nível do mar
fosse mais elevado, e havia também maior expansão das moléculas de água. A temperatura
e humidade estimularam a evolução de vegetação exuberante, provocando um grande
desenvolvimento dos herbívoros e, consequentemente, dos carnívoros.
Esta foi uma era dominada pelos répteis, como os dinossauros, pterossauros e plesiossauros.
Durante o Mesozoico estes animais conquistaram a Terra e desapareceram mais tarde de
forma misteriosa, sendo a causa mais provável a colisão de um meteorito com a Terra, sendo
estimada como a segunda maior extinção em massa da terra. (A maior ocorreu no final do
pérmico, estima-se que esta tenha extinguido 90% de todas as espécies que viviam na Terra.)
15. 15
Os primeiros mamíferos se desenvolveram, apesar de não serem maiores que ratos. As
primeiras aves apareceram durante o Jurássico, e embora a sua descendência seja motivo de
grande discussão entre os cientistas, grande parte aceita que tenham origem nos
dinossauros. As primeiras flores (Angiospérmicas) apareceram durante o período Cretáceo.
Após a extinção em massa do final do Paleozoico, seguiu-se a Era Mesozoica, durante a qual
a Terra voltou lentamente a enriquecer em vida. As florestas de fetos foram sendo
substituídas por florestas de árvores com pinhas, como as sequoias, e outras, como ginkgos e
palmeiras primitivas. No final desta era surgiram as plantas com flor. O Mesozoico foi a era
dos répteis, tendo estes dominado a Terra. Nesta era também apareceram os primeiros
mamíferos semelhantes a pequenos musaranhos. O clima era quente e nos mares
abundavam amonites, que se extinguiram no final do Mesozoico, juntamente com os
grandes répteis e a maioria de outras espécies.
Triássico: é um período geológico que se estende desde cerca de 250 a 200 Ma
(milhões de anos atrás). É o primeiro período da Era Mesozóica e fica entre o
Permiano e Jurássico. O início e o fim do período são marcados por eventos de
extinção em massa. O Triássico foi nomeado em 1834 por Friedrich Von Alberti, após
as três camadas de rochas distintas, tri significa “três” de que são encontrados em
toda a Alemanha e noroeste da Europa (Terra vermelha, tampado por giz, seguido
por folhelhos pretos) chamados Trias.
O Triássico começou com a Extinção do Permiano-Triássico, que deixou a biosfera da
Terra pobres; levaria muito tempo para a vida recuperar sua diversidade anterior.
Terapsídeos e arcossauros eram os principais vertebrados terrestres durante este
tempo. Um subgrupo especializado de arcossauros, os dinossauros, apareceram pela
primeira vez no Triássico, mas não se tornou dominante até o Jurássico. 4 Os
primeiros verdadeiros mamíferos também evoluíram durante este período, bem
como os primeiros vertebrados voadores, os pterossauros. O vasto supercontinente
Pangeia existiu até o Triássico, após começou gradualmente a fissura que separaria
as duas massas de terra, a Laurásia ao norte e Gondwana ao sul. O clima global
durante o Triássico era mais quente e seco, com desertos abrangendo grande parte
do interior da Pangeia. No entanto, o clima mudou e se tornou mais úmido, com a
separação da Pangeia. O final do período foi marcado por outra grande extinção em
massa, acabando com muitos grupos e permitindo que os dinossauros assumissem o
domínio no Jurássico.
Durante o Triássico, quase
toda a massa de terra do
planeta foi concentrada em
um único supercontinente
centrado mais ou menos na
linha do equador, chamado
Pangeia que significa “todas as
terras”. Ao leste de Pangaea
estava o mar de Tétis. Ali
existia o oceano PaleoTétis,
um oceano que existiu
durante a era Paleozóica. As margens restantes foram cercadas pelo imenso oceano
conhecido como Pantalassa, cujo significado é “todo o mar”. Todos os sedimentos
do fundo do mar estabelecidas durante o Triássico desapareceram através de
subducção das placas oceânicas, assim, muito pouco se sabe sobre o oceano aberto
do Triássico. O supercontinente Pangaea foi rifteado durante o Triássico,
especialmente no final do período, quando ainda não havia começado a separação.
16. 16
Os sedimentos não marinhos das primeiras fendas que marcaram a primeira ruptura
de Pangeia, que separou New Jersey do Marrocos, são da idade Triássico Superior.
Nos EUA, estes sedimentos grossos compõem o grupo Newark. Devido ao litoral
limitado do super-continente, depósitos marinhos do Triássico são relativamente
raros, apesar de sua proeminência na Europa Ocidental, onde o Triássico foi
estudado. Na América do Norte, depósitos marinhos são limitados a algumas
exposições no oeste. Assim a estratigrafia do Triássico se baseia principalmente em
organismos que viveram em lagoas e ambientes hipersalinos, como os crustáceos
Estheria.
No início da era Mesozóica, a África se juntou a outros continentes da Terra
formando Pangaea. A África compartilhava uma fauna relativamente uniformes em
todo o supercontinente, que foi dominado por terópodes, prossaurópodes e
ornitísquios primitivos até o final do período Triássico. Fósseis do Triássico Superior
são encontrados em toda a África, mas é mais comum no sul do que ao norte. O
advento que separa o Triássico do Jurássico e o impacto global da extinção, embora
haja estratos africanos deste período não foi minuciosamente estudado.
No Rio Grande do Sul, Brasil, foi encontrado o Estauricossauro um dos primeiros
dinossauros do planeta. Também foram encontrados os primeiros mamíferos
verdadeiros o Brasilitherium e o Brasilodon. A região possui vários sítios
paleontológicos, que pertence às camadas geológicas Formação Santa Maria e
Formação Caturrita.
Tomamos por base a Austrália de hoje como exemplo do que ocorria na Pangeia,
observe que é um grande continente cercado por um oceano, o clima nas bordas da
Austrália é mais razoável do que seu interior (região central), onde um imenso
deserto existe. A brisa oceânica consegue amenizar as temperaturas na borda da
Austrália, mas o efeito desta brisa diminui indo para o interior desta,
semelhantemente era isso que ocorria na Pangeia.
No Triássico o clima era muito mais quente e seco do que atualmente. A
temperatura média do planeta era quase o dobro da atual. Isso favorecia o
aparecimento de formações de arenito e evaporito. Perto de cada um dos polos, não
há nenhuma evidência de glaciação. O clima nesta região era ameno, favorecendo a
proliferação de florestas. Aparentemente, as regiões polares tinham um clima úmido
e temperado, ideal para os répteis. Se formos procurar onde eram os polos daquela
época, encontraremos vaporitos e paleodunas. Na região do Canadá existem
grandes quantidades de carvão.
Durante os períodos Permiano e Triássico, os registros de âmbar são escassos.7 A
partir do Triássico, pteridospermas são gradualmente substituídas por formas mais
evoluídas de gimnospermas – as coníferas.
Houve a expansão da vegetação de gimnospermas, espécies arborescentes com
flores, semente e estróbilos menos elaborados, portanto dispersas pelo vento (as
mais conhecidas são os pinheiros, ciprestes e cicas). Em terra, os resquícios de
vegetação que encontramos no Triássico são de Licófitas que viveram do Devoniano
ao Triássico. Seu auge foi no Carbonífero.
Atingem cerca de 30 a 40 metros de altura e as cicas surgem nesta época. Possuem
muita lignina. Os herbívoros tinham uma série de pedras no estômago, os
gastrólitos, para ajudar a digerir a celulose. Nas florestas, prosperavam samambaias,
17. 17
ginkgos e coníferas. Estas últimas vão dominar boa parte do mesozoico, pois eram
melhor adaptadas à intensa variação de temperatura.
Surge uma nova radiação em ambientes marinhos. Novos tipos de corais, os
hexacorais (Hexacorallia) surgem no Triássico inferior, formando, de maneira
modesta pequenas manchas de recifes, em comparação com sistemas de recifes de
coral atuais ou anteriores, como no Devoniano.
As amonites, um tipo de molusco marinho, escaparam por pouco da extinção total. A
fauna dos peixes que povoam mares e rios atualmente estão na mesma linha
evolutiva dos peixes do triássico, não foram extintos. Exemplo: Dipnoicos.
Neste período, surge a família Pteriidae, moluscos bivalves que possuem a
capacidade de produzir pérolas.
Os animais mais ferozes do mar são os répteis. Dominam os oceanos. A extinção do
Permiano-Triássico devastou a vida terrestre. A biodiversidade se recuperou
lentamente e a complexa diversidade levou 30 milhões de anos para se restabelecer.
Os anfíbios Temnospondyli estão entre os grupos que sobreviveram à extinção do
Permiano-Triássico, algumas linhagens (por exemplo trematossauros) tiveram uma
vida breve no Triássico Inferior, enquanto outros (por exemplo, capitossauros)
mantiveram-se bem sucedidos durante todo o período. Outros, apenas ganharam
destaque no final do Triássico (plagiossauros um exemplo de metopossauros). Os
primeiros anfíbios Lissanfíbios, caracterizados pelas rãs, são conhecidos desde o
Triássico inferior, mas o grupo só se tornou comum no Jurássico, quando os
temnospondylis se tornaram muito raros.
Répteis Archosauromorphas, progressivamente substituíram os sinapsídeos que
dominavam no Permiano, embora o Cynognathus fosse o principal predador do
Triássico inferior (Olenekiano e Anisiano) em Gondwana. Os dicinodontes
Kannemeyeriidae e os cinodontes gomphodontes permaneceram como importantes
herbívoros durante grande parte do período. Até o final do Triássico, os sinapsídeos
tiveram um papel pequeno. Durante o Carniano, os cinodontes tiveram alguns
avançados que deram origem aos primeiros mamíferos (Brasilitherium e Brasilodon).
O Ornithodira, que até então era um grupo pequeno e insignificante, evoluiu para os
pterossauros e uma variedade dos dinossauros. O Crurotarsi foi um outro clado de
dinossauros importantes, que no final do Triássico alcançou grande diversidade,
junto com vários outros grupos, incluindo os phytossauros, aetossauros, várias
linhagens distintas de Rauisuchia e os primeiros crocodilos (o Sphenosuchia). Os
atarracados rincossauros herbívoros e os pequenos e médios Prolacertiformes
(insetívoros ou piscívoros) foram importantes grupos basais Archosauromorphas
durante a maior parte do Triássico.
Entre outros répteis, as primeiras tartarugas, como Proganochelys e Proterochersis,
apareceram durante o Noriano. Os Lepidosauromorphas especificamente o
Sphenodontia foi o primeiro registro fóssil ocorrido no Carniano. Os
Procolophonidae foi um importante grupo de pequenos lagartos herbívoros.
Os Arcossauros inicialmente eram raros em relação aos terapsídeos que haviam
dominado os ecossistemas terrestres no Permiano, mas isso mudou no Triássico. 9
Esta mudança pode ter contribuído para a evolução dos mamíferos, forçando os
terapsídeos sucessores a mudarem sua forma mammaliaformes para viver como
18. 18
pequenos insetívoros noturnos. A vida noturna, provavelmente forçou os pequenos
mammaliaformes a desenvolver pele e maior taxa metabólica.
Jurássico: é o período da era Mesozoica do éon Fanerozoico que está compreendido
entre 199 milhões e 600 mil e 145 milhões e 500 mil anos atrás, aproximadamente.
O período Jurássico sucede o período Triássico e precede o período Cretácico, ambos
de sua era. Divide-se nas épocas Jurássica Inferior (ou Lias), Jurássica Média (ou
Dogger) e Jurássica Superior (ou Malm), da mais antiga para a mais recente. O nome
Jurássico é devido às montanhas Jura, situadas nos Alpes, que contêm grande
quantidade de rochas deste período.
Com o aumento do nível dos oceanos, terras baixas foram encobertas pelo mar, o
que dividiu Pangeia em dois continentes: Laurásia, ao norte, e Gondwana, ao sul.
Essa divisão também permitiu que a umidade vinda do mar atingisse regiões que
antes não atingia (por estarem no
interior de Pangeia), o que tornou
o clima mais úmido.
Durante o Jurássico, o clima quente
e úmido fez com que as florestas se
proliferassem, o que fez a
diversidade de plantas se tornar
muito maior que a do Triássico. As
plantas predominantes são
cicadáceas, ginkgos e coníferas
gigantescas (sequoias). Também é
neste período que surgem as
primeiras plantas com flores.
A fauna do Jurássico é marcada pela hegemonia dos répteis em todos os ambientes:
dinossauros na terra, pterossauros no ar e plesiossauros no mar. O período também
é marcado pelo surgimento das primeiras aves e dos primeiros mamíferos
verdadeiros. Nos oceanos, além dos plesiossauros, também existem crocodilos
marinhos, tubarões já muito parecidos com os atuais (ex.: Hybodus) e outros répteis
marinhos (ex.: ictiossauros). Começaram a surgir dinossauros mais evoluídos e
inteligentes, que eram superiores aos primitivos répteis do Triássico.
Em Portugal são conhecidos muitos dinossauros e mamíferos desta idade, sobretudo
da região da Lourinhã e Guimarota, respectivamente.
Cretáceo ou Cretácico: é o período da era Mesozoica do éon Fanerozoico que está
compreendido entre 145 milhões e 65 milhões e 500 mil anos atrás,
aproximadamente. O período Cretáceo sucede o período Jurássico de sua era e
precede o período Paleogeno da era Cenozoica de seu éon. Divide-se nas épocas
Cretáceo Inferior e Cretáceo Superior, da mais antiga para a mais recente.
O Cretácico Inferior está compreendido entre 145,5 milhões e 99,6 milhões anos
atrás, aproximadamente. A época Cretácea Inferior sucede a época Jurássica
Superior do período Jurássico de sua era e precede a época Cretácea Superior de seu
19. 19
período. Divide-se nas idades Berriasiana, Valanginiana, Hauteriviana, Barremiana,
Aptiana e Albiana, da mais antiga para a mais recente.
O Cretácico Superior está compreendido entre 99,6 milhões e 65,5 milhões anos
atrás, aproximadamente. A época Cretácea Superior sucede a época Cretácea
Inferior de seu período e precede a época Paleocena do período Paleogeno da era
Cenozoica de seu éon. Divide-se nas idades Cenomaniana, Turoniana, Coniaciana,
Santoniana, Campaniana e Maastrichtiana, da mais antiga para a mais recente.
Durante o Cretáceo, os dinossauros alcançam seu ápice na escala evolutiva (mais da
metade das espécies conhecidas viveram neste período), mas ao fim do período
ocorreu a extinção em massa desses grandes répteis e de diversas espécies de
animais da Terra (cerca de 60% deles foram extintos). A teoria mais aceita é a de que
a queda de um meteoro de grandes proporções (maior e com maior massa que o
Monte Everest - dimensões e massa atuais) na Península de Yucatán, no México,
gerou destruição em massa, em função do impacto:
A atmosfera entrou em combustão até algumas centenas de quilômetros do local do
impacto (a explosão foi equivalente a de milhares de bombas atômicas) Maremotos
e tsunamis
Na região diametralmente oposta (levando-se em consideração a ovalização da terra
nos polos), no que viria a ser a Sibéria, como resultado do impacto e das ondas de
choque resultantes, irrompeu um longo período de grande atividade vulcânica,
incluindo a formação de
supervulcões, o que culminou no
escurecimento da atmosfera e na
inviabilização da fotossíntese. Isso
levou ao desaparecimento dos
grandes herbívoros, e por
consequência, dos grandes
predadores; somente os pequenos
animais terrestres e os animais
aquáticos (na água as mudanças
climáticas impactam em tempos
diferentes) puderam sobreviver
(inclusive os mamíferos).
A era glacial que se seguiu, deveu-se ao "espessamento" das camadas intermediárias
da atmosfera, devido às cinzas vulcânicas que evitaram a passagem do Sol e
causando um resfriamento da temperatura média da Terra em alguns graus. Além
disso, há a teoria de que a Terra teria se deslocado da sua órbita original em alguns
milhões de quilômetros, se afastando do sol, por causa de alterações mínimas no
formato de sua órbita e variações no seu eixo de rotação. >> A era glacial ocorre por
causa das partículas de cinza vulcânica, que REFLETEM os raios solares, ANTES que
estes aqueçam a Terra e com isso há menos calor a ser retido pelo CO2 (dióxido de
carbono).
Durante o Cretáceo há a proliferação das plantas com flores e após a extinção dos
dinossauros houve a proliferação dos mamíferos placentários e surgimento da grama
e das plantas rasteiras. A deriva continental seguiu determinante na especiação.
Após a extinção dos dinossauros, houve e a diversificação dos mamíferos e das aves
(alguns tornaram-se enormes).
20. 20
Em 1822 o geólogo belga D'Omalius d'Halloy deu o nome de Terrain Cretace, para
determinadas rochas brancas da Bacia de Paris, e para depósitos semelhantes na
Bélgica e Holanda, Inglaterra e para o leste da Suécia e Polônia. Por causa disto,
posteriormente o termo "Cretáceo" veio a ser usado. Os famosos "Precipícios
Brancos" de Dover são constituídos de uma típica rocha deste período geológico,
assim como outros depósitos extensos que foram sedimentados na Europa e partes
da América do Norte. No caso a rocha esbranquiçada é um calcário formado por
conchas de micro-organismos.
Cenozoico: pertence à era do éon Fanerozoico que se inicia há cerca de 65 milhões e 500 mil
anos e se estende até o presente. A era Cenozoica sucede a era Mesozoica de seu éon.
Divide-se nos períodos Paleogeno, Neogeno e Quaternário; do mais antigo para o mais
recente. O princípio da Era Cenozoica marca a abertura do capítulo mais recente da história
da Terra. O nome desta era provém de duas palavras gregas que significavam "vida recente".
Durante a Era Cenozoica, a face da Terra assumiu sua forma atual. Houve muita atividade
vulcânica e formaram-se os grandes maciços montanhosos do mundo, como os Andes, os
Alpes e o Himalaia. A vida animal transformou-se lentamente no que hoje se conhece.
A Era Cenozoica tem sido um período de resfriamento a longo prazo. Em seu princípio, as
partículas ejectadas pelo impacto do evento K/T bloquearam a radiação solar. O K/T foi um
evento geológico ocorrido no final do Cretáceo que teve importantes consequências na
alteração das condições naturais do planeta. Depois da criação tectônica da Passagem de
Drake, quando a América se separou completamente da Antártida durante o Oligoceno, o
clima se resfriou consideravelmente devido a aparição da Corrente Circumpolar Antártica
que produziu um grande resfriamento do oceano Antártico.
No Mioceno se produziu um ligeiro aquecimento devido a liberação dos hidratos que
desprenderam do dióxido de carbono. Quando o continente Sul-americano se uniu ao Norte-americano
pela criação do Istmo do Panamá, a região do Ártico também se resfriou devido
ao fortalecimento das correntes de Humboldt e do Golfo e o fim da circulação de correntes
marinhas primitivas de águas quentes que atravessavam o planeta de leste a oeste, levando
ao último máximo glacial.
Por outro lado, um outro fator, ao lado do Ciclo de Milankovitch, contribuiu para as
variações climáticas ocorridas durante o Cenozoico: o Evento Azolla.
Com efeito a Era Cenozoica foi marcada pelo aparecimento de 28 ordens de mamíferos, 16
das quais ainda vivem. No paleoceno e no eoceno viveram mamíferos de tipo arcaico que no
fim do Eoceno e no Oligoceno foram substituídos, exceto na América do Sul, pelos ancestrais
dos mamíferos modernos. No decorrer de milhões e milhões de anos deu-se a modernização
das faunas que culminou na produção de mamíferos adiantados, especializados, do mundo
moderno. Os processos que conduziram à elaboração das faunas modernas datam do
Pleistoceno e do pós-Pleistoceno. Distingue-se a fauna atual da fauna do Pleistoceno,
principalmente pelo empobrecimento, advindo da extinção de várias formas.
A América do Sul achava-se unida à América do Norte no início da Era Cenozoica; tal união
manteve-se interrompida durante grande parte dessa era, voltando a ser restabelecida no
fim do Paleógeno. Isso explica certas peculiaridades faunísticas da América do Sul.
Por outro lado, a América do Norte manteve ligação com a Ásia através da região de Beríngia
(hoje interrompida pelo Estreito de Bering) durante grande parte da Era Cenozoica, o que
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explica o porquê da homogeneidade faunística da América do Norte, Ásia Setentrional e
Europa.
As peculiaridades faunística da Austrália, por sua vez, são devidas ao isolamento que
manteve desde o Cretáceo em relação à Ásia.
A forma ancestral do cavalo data do Eoceno e recebeu o nome de Eohippus; viveu no
hemisfério norte. O Equus, isto é, cavalo propriamente dito, surgiu na América do Norte bem
mais tarde, donde migrou para a Ásia, no Pleistoceno.
Foi na era Cenozoica que surgiram os primeiros onívoros. Formaram também as cadeias de
montanhas, e ocorreram as grandes glaciações, surgindo novas espécies de vida. Já no fundo
dos oceanos, houve o aparecimento de dorsais (cadeias de montanhas que são formadas nas
zonas aonde as placas dos continentes se separam).
No Pleistoceno, também chamado época Glacial ou Idade do Gelo, ocorreu uma vasta
glaciação no hemisfério norte. Glaciação de muito menores proporções deu-se também no
hemisfério sul.
Datam do Pleistoceno os mais antigos restos do homem (cerca de 450.000 anos). Acredita-se
que o mais antigo deles seja o Homo heidelbergensis . Há controvérsia sobre a idade do
Homo sapiens; segundo alguns autores o seu aparecimento deu-se há cerca de 250.000
anos, isto é, antes mesmo do Homo neanderthalensis. No Pleistoceno inferior vivem
hominídeos vários: Australopithecus, da África do Sul; Pithecanthropus erectus ou homem
de Java; Sinanthropus pekinensis ou homem de Pequim.
Inúmeras localidades brasileiras forneceram ossadas de mamíferos pleistocênicos.
Os achados mais famosos são os das grutas de Minas Gerais, pacientemente pesquisados por
Peter Lund no século passado. Outra localidade curiosa é a de Águas do Araxá, também em
Minas Gerais, onde parte do material obtido acha-se exposta. Aí foram descobertos cerca de
30 indivíduos de mastodontes fósseis (Haplomastodon waringi). Megatérios, gliptodontes,
tigres dentes-de-sabre (Smilodon) e toxodontes figuram entre os mamíferos pleistocênos
mais comuns.
A ligação entre as duas Américas no Pleistoceno trouxe como consequência uma imigração
de carnívoros que não existiam por aqui, os chamados tigres dente -de-sabre.
A antiguidade do homem no Brasil é matéria de controvérsia. Não foi ainda cabalmente
provada a Idade Pleistoceno do Homem de Lagoa Santa cujos ossos aparecem nas mesmas
grutas em que ocorrem animais extintos.
Paleogeno ou Paleogénico: é o período da era Cenozoica do éon Fanerozoico que está
compreendido entre 65 milhões e 500 mil e 23 milhões e 30 mil anos atrás,
aproximadamente. O período Paleogeno sucede ao período Cretáceo da era Mesozoica
de seu éon e precede o período Neogeno de sua era. Divide-se nas épocas Paleocena,
Eocena e Oligocena, da mais antiga para a mais recente.
A primeira época do período foi a época em que a Terra se recuperou da catástrofe que
extinguiu os dinossauros. Os pequenos mamíferos proliferaram e as aves assumiram o
topo da cadeia alimentar. O clima ainda era bem quente, e o mundo, de uma forma
geral, se assemelhava ao do final do Cretáceo.
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No início da época as aves ainda eram os predadores dominantes, porém com o tempo
mamíferos carnívoros se desenvolveram e as substituíram. Também surgiram os
primeiros grandes mamíferos. No início da época o clima tropical se espalhava até as
regiões polares; porém, ao final dessa época, o clima começa a se esfriar, a vegetação
próxima aos polos começa a se tornar semelhante às de tundra e taiga e tem início o
processo de congelamento dos polos. Estas alterações causam uma considerável
extinção, o que marcou o final desta época.
O clima começa a se tornar mais semelhante ao atual, embora ainda seja, em geral, mais
quente. O domínio dos mamíferos se confirma, com exceção das regiões mais isoladas. A
flora já se torna bem semelhante à atual.
A fauna do paleogénico se caracteriza pelos mamíferos primitivos (com parentesco
distante aos atuais) e pelas aves do terror. As aves do terror foram as primeiras a ocupar
o topo da cadeia alimentar após a extinção dos dinossauros, porém já em meados do
Neogénico mamíferos primitivos carnívoros, como os mesoniquíos e os creodontes, já as
haviam substituído na maior parte do mundo, exceto nas regiões mais isoladas do globo.
No tocante a flora do paleogénico, esta era, ainda, bem semelhante à predominante no
Cretáceo, embora se destaque um maior desenvolvimento das angiospermas.
Neogeno ou Neogénico: é o período da era Cenozoica do éon Fanerozoico que se inicia
há cerca de 23 milhões e 30 mil anos e se estende até o o Pleistoceno (1.8 Ma). O
período Neogeno sucede o período Paleogeno de sua era. Divide-se nas épocas Miocena
e Pliocena, da mais antiga para a mais recente.
Neste período, ocorreu a expansão dos mamíferos de grande porte e o aparecimento
dos hominídeos.
No Mioceno o clima volta a esquentar e pastos e savanas se tornam os ambientes mais
comuns. No final dessa época (cerca de 9 milhões de anos atrás) as Américas se unem
através do istmo do Panamá, causando um intercâmbio de fauna. No Plioceno a Terra já
começa a se tornar semelhante à que temos hoje.
A fauna e a flora desse período se mostra com grande grau de parentesco com a atual,
mais de 70% da fauna e flora dessas épocas sobreviveram até nossos dias[1]. Sobre a
fauna, vale salientar a grandiosidade dos animais, esta época possuí espécies de
mamíferos terrestres (ex.: Indricotherium), aves (ex.: Argentavis), lagartos
(ex.:Megalania), crocodilianos (ex.:Purusaurus) e tubarões (ex.:megalodonte) com
tamanhos nunca antes vistos e menores apenas que os maiores dinossauros. O período
também viu as últimas aves do terror, que subsistiram na América do Sul, enquanto esta
esteve isolada.
As épocas do Pleistoceno e Holoceno, são classificadas por alguns em um período
distinto, chamado Quaternário. Essa divisão por alguns e não por outros se dá porque
não há diferenciação entre os sedimentos marinhos do Neógeno e do Quaternário, mas
há entre os sedimentos terrestres.
Quaternário é o período da era Cenozoica do éon Fanerozoico que congregava as épocas
Pleistocena e Holocena.
Não integra mais o Quadro Estratigráfico Internacional da Comissão Internacional sobre
Estratigrafia da União Internacional de Ciências Geológicas.
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No pleistoceno a Terra já é bem semelhante ao atual, porém passa por períodos de
glaciação, aonde as calotas polares se estendem até as regiões próximas dos trópicos
(períodos conhecidos como "eras do gelo"), intercalados por períodos mais quentes. A
última dessas "eras do gelo" terminou em torno de 12.000 anos atrás dando início ao
Holoceno, que é a atual época em que vivemos atualmente, e extinguindo os animais
que se adaptaram a viver com essas eras do gelo.