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SUMÁRIO
Introdução.......................................................................................................................... 02
ETAPA 1 .......................................................................................................................... 03
ETAPA 2 .......................................................................................................................... 08
Conclusão .......................................................................................................................... 15
Referências ........................................................................................................................ 16
2
INTRODUÇÃO
Este presente trabalho tem como finalidade de nos proporcionar uma visão as práticas
de desenvolvimento humano, reconhecendo suas dimensões, com o escopo de nos mostrar
como devemos calcular e entender o que é preciso para um país ou uma região ser
desenvolvido economicamente e socialmente.
Também vamos entender um pouco sobre os BRICS, que são, e o futuro dos mesmos
na economia mundial.
3
ETAPA 1
Conceito de Produto Interno Bruto (PIB)
PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores
monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante
um período determinado. O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia, e
tem o objetivo principal de mensurar a atividade econômica de uma região. Na contagem do
PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo
intermediários.
Para analisar o comportamento do PIB de um país é preciso diferenciar PIB nominal
do PIB real. Vejamos as diferenças:
PIB nominal: calcula a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e
comercializado.
PIB real: é calculado a preços constantes, onde é escolhido um ano-base para eliminar o
efeito da inflação, e o PIB real é o mais indicado para análises.
O PIB pode ser calculado a partir de três óticas:
A ótica da despesa – o valor do PIB é calculado a partir das despesas efetuadas pelos
diversos agentes econômicos em bens e serviços para a utilização final, e corresponderá à
despesa interna, que inclui a despesa das famílias e do Estado em bens de consumo e a,
despesa das empresas em investimentos.
A ótica da oferta – o valor do PIB é calculado a partir do valor gerado em cada uma
das empresas que operam na economia.
A ótica do rendimento – o valor do PIB é calculado a partir dos rendimentos de
fatores produtivos distribuídos pelas empresas, ou seja, a soma dos rendimentos do fator
trabalho com os rendimentos de outros fatores produtivos.
O índice do PIB foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amatia Sem e Mahbub
ul Haq, e vem sendo utilizado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento no seu relatório anual.
Cálculo do PIB
O PIB pode ser calculado de três formas diferentes: pela ótica da oferta, pela ótica da
demanda ou pela ótica do rendimento. Do PIB não deve variar de acordo com o método de
cálculo utilizado, os três diferentes métodos de cálculo do PIB devem sempre apresentar o
mesmo resultado.
4
Desde 1990, o cálculo e a divulgação do PIB brasileiro são realizados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – órgão federal subordinado ao Ministério do
Planejamento.
O cálculo do PIB de uma determinada região utiliza-se a seguinte fórmula: PIB = C + I
+ G + X + M – onde, C (consumo privado), I (investimentos totais feitos na região), G (gastos
dos governos), X (exportações) e M (importações).
PIB Brasileiro
Segundo as últimas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil deve
se manter como a sétima maior economia mundial e, 2014. O país deve produzir US$ 2,215
trilhões em produtos e serviços até o final do ano, mantendo-se atrás do Reino Unido (US$
2,827 trilhões) e à frente da Itália (US$ 2,171 trilhões).
A tendência porém, diante do ritmo de crescimento atual, é que o Brasil caia para a
oitava posição no ranking em 2018, cedendo a sétima colocação para a Índia, que ocupa
atualmente a décima posição entre as maiores economias do planeta.
Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,3%. A última estimativa
do FMI divulgada em abril aponta que a atividade econômica do país crescerá 1,8% em 2014,
bem abaixo da média de crescimento mundial, de 3,6%.
PREVISÃO DE CRESCIMENTO DO PIB
5
PIB PER CAPITA
O cálculo do PIB per capita é o resultado da divisão do valor do PIB no ano pela
população, de cerca de 200 milhões de habitantes.
O PIB per capita ficou em R$ 24.065, com alta de 1,4% em relação a 2012. Confira no
quadro abaixo o PIB per capta dos brasileiros em relação ao de outros países do mundo.
Quem calcula o PIB?
No Brasil, o cálculo do PIB é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), instituição federal subordinada ao Ministério do Planejamento, desde 1990. Antes
disso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) era responsável pela medição.
ÍNDICE GINI
O índice Gini é uma medida de concentração ou desigualdade desenvolvida pelo
estatístico italiano Corrado Gini, em 1912, para suprir a necessidade de uma medida que
tomasse como pressuposto a desigualdade distributiva da renda, criando uma escala
comparável desse grau de desigualdade.
O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a
desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda, quanto mais próximo
do um, maior a concentração de renda num país.
O Índice Gini é apresentado em pontos percentuais (coeficiente x 100).
GRÁFICO DE ÍNDICE GINI BRASILEIRO DE 1960 A 2012.
6
Em seu primeiro relatório sobre desenvolvimento humano para a América Latina e
Caribe em que aborda especificamente a distribuição de renda, o Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) constatou que a região continua sendo a mais desigual
do planeta, dos 15 países do mundo nos quais a distância entre ricos e pobres é maior, 10
estão na América Latina e Caribe.
O Brasil tem o terceiro pior Índice de Gini — que mede o nível de desigualdade e,
quanto mais perto de 1, mais desigual — do mundo, com 0,56, empatando nessa posição com
o Equador.
ÍNDICE DE GINI DE OUTROS PAÍSES:
Argentina 49 2007
China 47 2007
Alemanha 27 2006
México 47,9 2006
Paraguai 56,8 2008
Noruega 25 2008
Portugal 38,5 2008
7
Estados Unidos 45 2007
França 32,7 2008
A CURVA DE LORENZ
A curva Lorenz é uma curva que expressa à relação entre a proporção de pessoas com
renda pelo menos tão elevada do que determinado valor e a proporção de renda recebida por
essas pessoas.
A curva de Lorenz é uma representação gráfica construída a partir da ordenação da
população pela renda. Em termos práticos, para obter a Curva de Lorenz, seguem-se os
seguintes passos:
a) Ordena-se a população por renda domiciliar per capita;
b) No eixo horizontal, acumula-se a porcentagem da população de 0% a 100%;
c) No eixo vertical, acumula-se a porcentagem da renda detida pela população.
A curva de Lorenz pode ser complementada com o Índice de Gini, o qual quantifica o
grau de concentração dos rendimentos.
IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
8
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização
das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população.
Os critérios utilizados para calcular o IDH são:
Grau de escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e expectativa de
vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada;
Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de
compra dos habitantes. Esse item tinha por base o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, no
entanto, a partir de 2010, ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que
avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB, no entanto, a RNB também considera os
recursos financeiros oriundos do exterior;
Nível de saúde: baseia-se na expectativa de vida da população, reflete as condições de
saúde e dos serviços de saneamento ambiental.
O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1,
maior o IDH de um local.
O número de cidades brasileiras com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alto
saltou de nenhuma em 1991 para 1.889 em 2010, o equivalente a 33,9% de municípios do
país.
Esse progresso permitiu que o Índice de Desenvolvimento Humano das cidades
brasileiras subisse da classificação “MUITO BAIXA” para “ALTO”, indica o Atlas do
Desenvolvimento Humano no Brasil 2013.
O estudo foi elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), que calcula o IDH por países no mundo todo, e pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea) a partir dos dados dos censos de 1991, 2000 e 2001.
ETAPA 2
BRICS
O BRICS é um agrupamento econômico atualmente composto por cinco países: Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul. Não se trata de um bloco econômico ou uma instituição
internacional, mas de um mecanismo internacional na forma de um agrupamento informal, ou
seja, não registrado burocraticamente com estatuto e de carta de princípios.
Em 2001, o economista Jim O’Neil formulou a expressão BRICs (com s minúsculo no
final para designar o plural de BRIC), utilizando as iniciais dos quatro países considerados
emergentes, que possuíam potencial econômico para superar as grandes potências mundiais
em período de, no máximo, cinquenta anos.
9
O que era, no início, apenas uma classificação utilizada por economistas e cientistas
políticos para designar um grupo de países com características econômicas em comum,
passou, a partir de 2006, a ser um mecanismo internacional. Isso porque Brasil, Rússia, Índia
e China decidiram dar um caráter diplomático a essa expressão na 61º Assembléia Geral das
Nações Unidas, o que propiciou a realização de ações econômicas coletivas por parte desses
países, bem como uma maior comunicação entre eles.
A partir do ano de 2011, a África do Sul também foi oficialmente incorporada ao
BRIC, que passou então a se chamar BRICS, com o “S” maiúsculo no final para designar o
ingresso do novo membro (o “S” vem do nome do país em Inglês: South Africa).
Atualmente, os BRICS são detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o
grupo de países que mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da população
mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do mundo. Destacam-se
também pela abundância de suas riquezas nacionais e as condições favoráveis que atualmente
apresentam para explorá-las.
O Brasil vem apresentando bons resultados econômicos e sociais nos últimos anos e o
IDH vêm aumentando. A expectativa de vida em nosso país também tem aumentado,
colaborando para a melhoria do IDH.
O programa de transferência de renda do Brasil, o bolsa família, é citado pela ONU
como exemplo ao mundo para a melhoria do IDH.
O Brasil está no grupo de países com alto desempenho de IDH, a expectativa de vida
ao nascer é de 73,44 anos, a média de escolaridade é de 8,8 em 2012.
A economia da Rússia possui importantes recursos naturais e humanos, que
constituem forte potencial de desenvolvimento econômico.
Quase duas décadas após o colapso da União Soviética, em 1991, a Rússia continua a
tentar estabelecer uma economia de mercado moderna e de fato tem conseguido altas taxas de
crescimento econômico. Ao longo da década de 2000, a economia russa registrou taxas de
crescimento acima de 7% em 2000 (10%), 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007 (8,1%). Em 2005
teve alta de 6,4 e, em 2006, de 6,8%. Em 2008, a Rússia cresceu 6% e foi a 9ª economia do
mundo.
O ministro russo do Desenvolvimento Econômico, Alexei Ulyukaev, disse que o país
entrou em um período de “estagnação” econômica, mas não de recessão. Ele se pronunciou
após a divulgação de que a economia do país deve crescer 2,4%, e não 3,6% em 2014, como
previsto inicialmente.
10
ÍNDIA E CHINA em termos de IDE, Índia e China estão em posições distintas dentro
do BRIC. A China é o país que mais recebe investimentos externos direto dentro do bloco
(US$ 108 bilhões em 2008, sendo o terceiro país que mais recebeu IDE no mundo), enquanto
no mesmo ano a Índia recebeu US$ 42 bilhões, a Rússia recepcionou US$ 70 bilhões e o
Brasil US$ 45 bilhões.
A Índia, apesar do menor volume de recursos recebidos, apresentou avanço
considerável nos seus investimentos externos. Os investimentos feitos por empresas indianas
no exterior cresceram de menos de 1% dos investimentos originários em países
desenvolvimento no ano de 2000 para 6% em 2008, movimento marcado pelas empresas
indianas adquirindo e se fundindo com empresas estrangeiras.
Muitas vezes, adquirindo ativos no exterior em volume superior ao seu próprio
patrimônio líquido, com ênfase na compra de empresas em países desenvolvidos.
A China, por sua vez, apresenta números superlativos em termos de investimento
externo. Com taxas médias de crescimento em torno de 10% ao ano nos últimos anos, o
gigante asiático atingiu a posição de um dos principais pólos mundiais de atração de
investimentos, passando a exercer influência em todos os mercados globais.
Juntamente com o rápido do comércio exterior e a maior absorção de tecnologia e
recursos de grandes empresas estrangeiras, a China se destacou por aprofundar o processo de
internacionalização das suas principais corporações.
O sistema educacional nos dois países ainda é precário, as universidades só são
acessíveis as classes mais privilegiadas, mesmo assim formam técnicos e investem em
institutos de pesquisa.
A Africa do Sul é o país mais rico do continente Africano, é o maior produtor de
minérios do planeta como o ouro, platina, grande parte da sua receita vem de exportações, e
estes produtos são exportados para países de primeiro mundo como os Estados Unidos,
Alemanha, Reino Unido e outros. Com tanta matéria prima de alto valor monetário ela ocupa
a posição de número 45 no Fórum Econômico Mundial. Na Africa do Sul também se destaca
as indústrias de montadoras de automóveis, metalúrgicas, máquinas, têxteis e produtores
químicos.
O setor primário é uma grande parcela de emprego da população, devido a solos
férteis juntamente com o clima temperado permitem que se tenha uma colheita de forma
abundante. Com 106 toneladas por ano, seu maior produto é o milho.
Seu atrativo turístico principal como maior safári do mundo que atrai milhares de
pessoas ao ano gera uma renda no país que é muito importante.
11
Características comuns destes países:
- Economia estabilizada recentemente;
- Situação política estável;
- Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação;
- Níveis de produção e exportação em crescimento;
- Boas reservas de recursos minerais;
- Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas
hidrelétricas, etc);
- PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento;
- Índices sociais em processo de melhorias;
- Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais;
- Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como, por exemplo, celulares
e Internet (inclusão digital);
- Mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros;
- Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia.
PIB dos países BRICS:
- Brasil: R$ 4,84 trilhões ou US$ 2,07 trilhões (ano de 2013);
- Rússia: US$ 2,50 trilhões (2012);
- Índia: US$ 4,78 trilhões (2012);
- China: US$ 8,28 trilhões (2012);
- África do Sul: US$ 578,6 bilhões (2012).
Futuro
Economistas afirmam que, mantidas as situações atuais (descritas acima), os países do
BRICS poderão se tornar grandes economias num futuro próximo.
Dentre estes países, destacam a China, em função do rápido desenvolvimento
econômico (crescimento do PIB em torno de 10% ao ano) e elevada população.
Cúpulas:
A Quinta Cúpula do BRICS aconteceu nos dias 26 e 27 de março de 2013, na cidade
de Durban (África do Sul). Participaram da reunião os cinco chefes de estados dos países
integrantes.
O tema do evento foi: "Brics e África: Parceria para o Desenvolvimento, Integração e
Industrialização". A sexta edição do evento deverá ocorrer no Brasil, em de julho de 2014.
A INFLUÊNCIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO
DOS PAÍSES DO BRICS.
12
Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão injetando novos recursos, vitalidade
e inovação nos esforços para melhorar a saúde dos países mais pobres do mundo. Num
momento em vários doadores tradicionais reduzem ou diminuem o ritmo de seus gastos, e a
crescente influência dos BRICS na saúde e no desenvolvimento global.
Apesar dos cinco países do BRICS estarem, há decadas, envolvidos em cooperação
internacional, demonstra que o tamanho e o âmbito de seus esforços crescerem rapidamente,
junto com suas economias.
Além dos programas de cooperação, inovadores dos setores públicos e privado os
BRICS estão produzindo tecnologias de saúde de alta qualidade e baixo custo, revolucionando
o acesso à saúde entre as populações pobres.
Ainda que a Índia seja, atualmente, o maior produtor de remédios e vacinas de baixo
custo, cada um dos BRICS está investindo fortemente em ciência e tecnologia, incluindo
pesquisa e desenvolvimento de 1,3% do PIB em 2005 para 2,5 % do PIB até 2020, e o
governo chinês trabalha com fabricantes de vacinas para aumentar a produção para o mercado
global. A Rússia em 2012 anunciou um investimento de US$ 4 bilhões em desenvolvimento
farmacêutico.
OS REFLEXOS DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL
O Brasil é o país que tem a maior carga tributária entre os BRICS (grupo formato por
Brasil, Rússia, Índia e China). O total de impostos, tributos e contribuições recolhidos no País
é de 34% do Produto Interno Bruto (PIB). Na Rússia, a carga é de 23% do PIB, na China é de
20% e na Índia, país cuja estrutura tributária é a mais parecida com a brasileira, o total da
arrecadação corresponde a 12,1% do PIB.
A Índia tem baixa capacidade de arrecadação e isso faz com que o país tenha um
déficit fiscal da ordem de 10% em relação ao PIB. No Brasil, que tem uma população de cerca
de 185 milhões de habitantes, o número de contribuintes é de 20 milhões, enquanto na Índia,
com 1,1 bilhão de habitantes, há 40 milhões de contribuintes para o Fisco.
Outra grande diferença entre Brasil e Índia aparece nos gastos com assistência
previdenciária. No Brasil, os benefícios pagos chegam a 12% do PIB, enquanto na Índia
atinge apenas 0,6%. De comum entre os dois países com maior semelhança na estrutura
tributária está a tributação dos serviços. Como no Brasil, afirma Peixoto, na Índia é muito
difícil distinguir o que é serviço e o que é produto na hora da tributação. Este é um
componente a mais, que gera guerra fiscal entre os Estados nos dois países.
13
Apesar de o Brasil ter a carga tributária mais elevada entre os BRICS, isso não
significa que a estrutura seja pior. Mas também não é reflexo de crescimento, já que a Índia
tem uma carga tributária menor e também tem apresentado taxas expressivas de crescimento.
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) LOCAL
Segundo relatório divulgado, em 2013, pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil cresceu 0,5% em
relação ao último levantamento, porém, ocupa apenas a 85ª posição em um ranking com
outros 187 países. Na pontuação, que pode alcançar no máximo 1, o Brasil alcança 0,73.
Entre os países considerados emergentes, os chamados BRICS, o Brasil foi o que
apresentou a menor evolução de 2011 para 2012. A China cresceu 1,4%, Índia e África do Sul
1,2% e a Rússia 0,7%. Apesar disso, entre essas nações, apenas a Rússia, que ocupa a 55ª
colocação, tem IDH maior que o do Brasil.
Se compararmos o Índice de Desenvolvimento brasileiro com o restante do continente
sul-americano, o Brasil só é superior a Venezuela e Paraguai. Entre os principais países do
continente nesse quesito, destaques para o Chile e para a Argentina, 40º e 45º no ranking,
respectivamente.
Noruega, Austrália e Estados Unidos têm hoje, os mais elevados índices de
desenvolvimento humano do planeta. O país nórdico soma 0,955 do total de 1, os
australianos, o mais bem rankeado do hemisfério sul, vem na sequência, com 0,938 e os
americanos fecham os três melhores com 0,937.
INFLUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR NO BRICS
Mão de obra qualificada, produção do conhecimento, produção cientifica e inovação,
são esses os principais reflexos de uma boa estrutura educacional, principalmente aquela
relativa ao ensino superior.
Entre os países do BRICS, os maiores produtores de inovação, surpreendentemente
são os que têm os maiores níveis de analfabetismo, mas isso não quer dizer que as suas
produções sejam menos qualificada.
O investimento público em educação varia muito entre países do BRICS, para efeito
de comparação, é necessário entender o investimento tento em termos de porcentagem do PIB
quanto em valores reais, já que as economias desses países têm crescido a passos largos nos
últimos anos, o Brasil está com investimento médio de 5,0 % do PIB em educação.
14
DESENVOLVIMENTO DO BRICS COM RELAÇÃO À ECONOMIA MUNDIAL
Quando a capacidade produtiva de uma nação está sendo utilizada em sua plena
capacidade, gera por um período muito curto de tempo um crescimento econômico do país.
Porém este crescimento, não segue em frente se não for muito bem acompanhado,
simultaneamente, por novos investimentos na produção deste país.
A China hoje é um dos países que mais tem crescido e se desenvolvido nas últimas
décadas, e sempre olhada com um pouco de inveja pelos demais países, ela (a China),
manteve uma taxa de crescimento médio considerável entre 1991 e 2003, bem acima da media
mundial que foi de 4,41% e do nosso Brasil que alcançou apenas 1,98% ao ano. E desde estes
ótimos resultados, o aumento nas taxas não param de subir.
Se compararmos o Brasil e a China, fica evidente o porquê o Brasil não cresce como a
China, no ano de 2007 o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recalculou as
taxas de investimentos no Brasil, e o resultado deixa muito a desejar, girando em torno de
16,8% do PIB em 2000 a 16,3% em 2005, sendo então, quase a metade das taxas Chinesas,
que tem atingindo patamares acima dos 40%, em média.
15
CONCLUSÃO
Verificamos que o desenvolvimento implica no processo da atuação de certas forças,
que operam durante um longo período de tempo e representam modificações em determinadas
variáveis, esse processo varia sob condições diversas no espaço e no tempo, mas não obstante,
há algumas características comuns básicas e seu resultado desse processo é o crescimento do
produto nacional de uma economia que, em si própria, é uma variação à longo prazo.
Observamos que um desenvolvimento econômico com qualidade é aquele que visa
uma distribuição igualitária e justa de que traz seus frutos, que propicia a redução da pobreza,
que eleva o poder de compra do salário do trabalhador, que traz melhores condições de
trabalho e moradia.
16
REFERÊNCIAS
CHINA.ORG. BRICS meeting issues Sanya Declaration. 2011. Disponível em:
<http://www.china.org.cn/business/2011-04/14/content_22358908.htm> Acesso em:
11/05/2014.
COSTA, Gilberto; De VIZIA, Bruno. O tempo do BRIC. 2010. Disponível em: <
http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/60/pdfs/rd60not03.pdf> Acesso em: 11 maio
de 2014.
COUNCIL ON FOREIGN RELATIONS. BRICS Summit: Delhi Declaration. 2012.
Disponível em:<http://www.cfr.org/brazil/brics-summit-delhi-declaration/p27805> Acesso
em: 11 maio 2014.
GLOBAL SHERPA. China in Africa: South Africa Joins BRICs Summit. 2011.
Disponível em: <http://www.globalsherpa.org/china-africa-brics> Acesso em 11 maio 2014.
LUNDVALL, B.-A. Explaining interfirm cooperation and innovation: limits of the
transaction-costapproach. In G. Grahber (ed.), The Embedded Firm - On the Socio-
economics of Industrial Networks, London: Routledge: 1993.
ZUCOLOTO, G. F. Inovação Tecnológica na Indústria Brasileira: Uma Análise Setorial.
Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo. 2004.
SALVATO, Márcio Antônio; MESQUITA, Leonardo Almeida; ARAÚJO Jr., Ari Francisco
de.Crescimento pró-pobre: uma análise usando unidades de desenvolvimento humano
selecionadas. IBMEC/MG, 2008. Disponível em:http://www.ceaee.ibmecmg.br/wp/wp46.pdf
Acesso em 11 de maio de 2014.

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  • 1. 1 SUMÁRIO Introdução.......................................................................................................................... 02 ETAPA 1 .......................................................................................................................... 03 ETAPA 2 .......................................................................................................................... 08 Conclusão .......................................................................................................................... 15 Referências ........................................................................................................................ 16
  • 2. 2 INTRODUÇÃO Este presente trabalho tem como finalidade de nos proporcionar uma visão as práticas de desenvolvimento humano, reconhecendo suas dimensões, com o escopo de nos mostrar como devemos calcular e entender o que é preciso para um país ou uma região ser desenvolvido economicamente e socialmente. Também vamos entender um pouco sobre os BRICS, que são, e o futuro dos mesmos na economia mundial.
  • 3. 3 ETAPA 1 Conceito de Produto Interno Bruto (PIB) PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, e representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado. O PIB é um dos indicadores mais utilizados na macroeconomia, e tem o objetivo principal de mensurar a atividade econômica de uma região. Na contagem do PIB, considera-se apenas bens e serviços finais, excluindo da conta todos os bens de consumo intermediários. Para analisar o comportamento do PIB de um país é preciso diferenciar PIB nominal do PIB real. Vejamos as diferenças: PIB nominal: calcula a preços correntes, ou seja, no ano em que o produto foi produzido e comercializado. PIB real: é calculado a preços constantes, onde é escolhido um ano-base para eliminar o efeito da inflação, e o PIB real é o mais indicado para análises. O PIB pode ser calculado a partir de três óticas: A ótica da despesa – o valor do PIB é calculado a partir das despesas efetuadas pelos diversos agentes econômicos em bens e serviços para a utilização final, e corresponderá à despesa interna, que inclui a despesa das famílias e do Estado em bens de consumo e a, despesa das empresas em investimentos. A ótica da oferta – o valor do PIB é calculado a partir do valor gerado em cada uma das empresas que operam na economia. A ótica do rendimento – o valor do PIB é calculado a partir dos rendimentos de fatores produtivos distribuídos pelas empresas, ou seja, a soma dos rendimentos do fator trabalho com os rendimentos de outros fatores produtivos. O índice do PIB foi desenvolvido em 1990 pelos economistas Amatia Sem e Mahbub ul Haq, e vem sendo utilizado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual. Cálculo do PIB O PIB pode ser calculado de três formas diferentes: pela ótica da oferta, pela ótica da demanda ou pela ótica do rendimento. Do PIB não deve variar de acordo com o método de cálculo utilizado, os três diferentes métodos de cálculo do PIB devem sempre apresentar o mesmo resultado.
  • 4. 4 Desde 1990, o cálculo e a divulgação do PIB brasileiro são realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – órgão federal subordinado ao Ministério do Planejamento. O cálculo do PIB de uma determinada região utiliza-se a seguinte fórmula: PIB = C + I + G + X + M – onde, C (consumo privado), I (investimentos totais feitos na região), G (gastos dos governos), X (exportações) e M (importações). PIB Brasileiro Segundo as últimas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil deve se manter como a sétima maior economia mundial e, 2014. O país deve produzir US$ 2,215 trilhões em produtos e serviços até o final do ano, mantendo-se atrás do Reino Unido (US$ 2,827 trilhões) e à frente da Itália (US$ 2,171 trilhões). A tendência porém, diante do ritmo de crescimento atual, é que o Brasil caia para a oitava posição no ranking em 2018, cedendo a sétima colocação para a Índia, que ocupa atualmente a décima posição entre as maiores economias do planeta. Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,3%. A última estimativa do FMI divulgada em abril aponta que a atividade econômica do país crescerá 1,8% em 2014, bem abaixo da média de crescimento mundial, de 3,6%. PREVISÃO DE CRESCIMENTO DO PIB
  • 5. 5 PIB PER CAPITA O cálculo do PIB per capita é o resultado da divisão do valor do PIB no ano pela população, de cerca de 200 milhões de habitantes. O PIB per capita ficou em R$ 24.065, com alta de 1,4% em relação a 2012. Confira no quadro abaixo o PIB per capta dos brasileiros em relação ao de outros países do mundo. Quem calcula o PIB? No Brasil, o cálculo do PIB é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), instituição federal subordinada ao Ministério do Planejamento, desde 1990. Antes disso, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) era responsável pela medição. ÍNDICE GINI O índice Gini é uma medida de concentração ou desigualdade desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, em 1912, para suprir a necessidade de uma medida que tomasse como pressuposto a desigualdade distributiva da renda, criando uma escala comparável desse grau de desigualdade. O coeficiente varia entre 0 e 1, sendo que quanto mais próximo do zero menor é a desigualdade de renda num país, ou seja, melhor a distribuição de renda, quanto mais próximo do um, maior a concentração de renda num país. O Índice Gini é apresentado em pontos percentuais (coeficiente x 100). GRÁFICO DE ÍNDICE GINI BRASILEIRO DE 1960 A 2012.
  • 6. 6 Em seu primeiro relatório sobre desenvolvimento humano para a América Latina e Caribe em que aborda especificamente a distribuição de renda, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) constatou que a região continua sendo a mais desigual do planeta, dos 15 países do mundo nos quais a distância entre ricos e pobres é maior, 10 estão na América Latina e Caribe. O Brasil tem o terceiro pior Índice de Gini — que mede o nível de desigualdade e, quanto mais perto de 1, mais desigual — do mundo, com 0,56, empatando nessa posição com o Equador. ÍNDICE DE GINI DE OUTROS PAÍSES: Argentina 49 2007 China 47 2007 Alemanha 27 2006 México 47,9 2006 Paraguai 56,8 2008 Noruega 25 2008 Portugal 38,5 2008
  • 7. 7 Estados Unidos 45 2007 França 32,7 2008 A CURVA DE LORENZ A curva Lorenz é uma curva que expressa à relação entre a proporção de pessoas com renda pelo menos tão elevada do que determinado valor e a proporção de renda recebida por essas pessoas. A curva de Lorenz é uma representação gráfica construída a partir da ordenação da população pela renda. Em termos práticos, para obter a Curva de Lorenz, seguem-se os seguintes passos: a) Ordena-se a população por renda domiciliar per capita; b) No eixo horizontal, acumula-se a porcentagem da população de 0% a 100%; c) No eixo vertical, acumula-se a porcentagem da renda detida pela população. A curva de Lorenz pode ser complementada com o Índice de Gini, o qual quantifica o grau de concentração dos rendimentos. IDH – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
  • 8. 8 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é um dado utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para analisar a qualidade de vida de uma determinada população. Os critérios utilizados para calcular o IDH são: Grau de escolaridade: média de anos de estudo da população adulta e expectativa de vida escolar, ou tempo que uma criança ficará matriculada; Renda: Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, baseada na paridade de poder de compra dos habitantes. Esse item tinha por base o PIB (Produto Interno Bruto) per capita, no entanto, a partir de 2010, ele foi substituído pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita, que avalia praticamente os mesmos aspectos que o PIB, no entanto, a RNB também considera os recursos financeiros oriundos do exterior; Nível de saúde: baseia-se na expectativa de vida da população, reflete as condições de saúde e dos serviços de saneamento ambiental. O Índice de Desenvolvimento Humano varia de 0 a 1, quanto mais se aproxima de 1, maior o IDH de um local. O número de cidades brasileiras com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) alto saltou de nenhuma em 1991 para 1.889 em 2010, o equivalente a 33,9% de municípios do país. Esse progresso permitiu que o Índice de Desenvolvimento Humano das cidades brasileiras subisse da classificação “MUITO BAIXA” para “ALTO”, indica o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. O estudo foi elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que calcula o IDH por países no mundo todo, e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir dos dados dos censos de 1991, 2000 e 2001. ETAPA 2 BRICS O BRICS é um agrupamento econômico atualmente composto por cinco países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Não se trata de um bloco econômico ou uma instituição internacional, mas de um mecanismo internacional na forma de um agrupamento informal, ou seja, não registrado burocraticamente com estatuto e de carta de princípios. Em 2001, o economista Jim O’Neil formulou a expressão BRICs (com s minúsculo no final para designar o plural de BRIC), utilizando as iniciais dos quatro países considerados emergentes, que possuíam potencial econômico para superar as grandes potências mundiais em período de, no máximo, cinquenta anos.
  • 9. 9 O que era, no início, apenas uma classificação utilizada por economistas e cientistas políticos para designar um grupo de países com características econômicas em comum, passou, a partir de 2006, a ser um mecanismo internacional. Isso porque Brasil, Rússia, Índia e China decidiram dar um caráter diplomático a essa expressão na 61º Assembléia Geral das Nações Unidas, o que propiciou a realização de ações econômicas coletivas por parte desses países, bem como uma maior comunicação entre eles. A partir do ano de 2011, a África do Sul também foi oficialmente incorporada ao BRIC, que passou então a se chamar BRICS, com o “S” maiúsculo no final para designar o ingresso do novo membro (o “S” vem do nome do país em Inglês: South Africa). Atualmente, os BRICS são detentores de mais de 21% do PIB mundial, formando o grupo de países que mais crescem no planeta. Além disso, representam 42% da população mundial, 45% da força de trabalho e o maior poder de consumo do mundo. Destacam-se também pela abundância de suas riquezas nacionais e as condições favoráveis que atualmente apresentam para explorá-las. O Brasil vem apresentando bons resultados econômicos e sociais nos últimos anos e o IDH vêm aumentando. A expectativa de vida em nosso país também tem aumentado, colaborando para a melhoria do IDH. O programa de transferência de renda do Brasil, o bolsa família, é citado pela ONU como exemplo ao mundo para a melhoria do IDH. O Brasil está no grupo de países com alto desempenho de IDH, a expectativa de vida ao nascer é de 73,44 anos, a média de escolaridade é de 8,8 em 2012. A economia da Rússia possui importantes recursos naturais e humanos, que constituem forte potencial de desenvolvimento econômico. Quase duas décadas após o colapso da União Soviética, em 1991, a Rússia continua a tentar estabelecer uma economia de mercado moderna e de fato tem conseguido altas taxas de crescimento econômico. Ao longo da década de 2000, a economia russa registrou taxas de crescimento acima de 7% em 2000 (10%), 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007 (8,1%). Em 2005 teve alta de 6,4 e, em 2006, de 6,8%. Em 2008, a Rússia cresceu 6% e foi a 9ª economia do mundo. O ministro russo do Desenvolvimento Econômico, Alexei Ulyukaev, disse que o país entrou em um período de “estagnação” econômica, mas não de recessão. Ele se pronunciou após a divulgação de que a economia do país deve crescer 2,4%, e não 3,6% em 2014, como previsto inicialmente.
  • 10. 10 ÍNDIA E CHINA em termos de IDE, Índia e China estão em posições distintas dentro do BRIC. A China é o país que mais recebe investimentos externos direto dentro do bloco (US$ 108 bilhões em 2008, sendo o terceiro país que mais recebeu IDE no mundo), enquanto no mesmo ano a Índia recebeu US$ 42 bilhões, a Rússia recepcionou US$ 70 bilhões e o Brasil US$ 45 bilhões. A Índia, apesar do menor volume de recursos recebidos, apresentou avanço considerável nos seus investimentos externos. Os investimentos feitos por empresas indianas no exterior cresceram de menos de 1% dos investimentos originários em países desenvolvimento no ano de 2000 para 6% em 2008, movimento marcado pelas empresas indianas adquirindo e se fundindo com empresas estrangeiras. Muitas vezes, adquirindo ativos no exterior em volume superior ao seu próprio patrimônio líquido, com ênfase na compra de empresas em países desenvolvidos. A China, por sua vez, apresenta números superlativos em termos de investimento externo. Com taxas médias de crescimento em torno de 10% ao ano nos últimos anos, o gigante asiático atingiu a posição de um dos principais pólos mundiais de atração de investimentos, passando a exercer influência em todos os mercados globais. Juntamente com o rápido do comércio exterior e a maior absorção de tecnologia e recursos de grandes empresas estrangeiras, a China se destacou por aprofundar o processo de internacionalização das suas principais corporações. O sistema educacional nos dois países ainda é precário, as universidades só são acessíveis as classes mais privilegiadas, mesmo assim formam técnicos e investem em institutos de pesquisa. A Africa do Sul é o país mais rico do continente Africano, é o maior produtor de minérios do planeta como o ouro, platina, grande parte da sua receita vem de exportações, e estes produtos são exportados para países de primeiro mundo como os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e outros. Com tanta matéria prima de alto valor monetário ela ocupa a posição de número 45 no Fórum Econômico Mundial. Na Africa do Sul também se destaca as indústrias de montadoras de automóveis, metalúrgicas, máquinas, têxteis e produtores químicos. O setor primário é uma grande parcela de emprego da população, devido a solos férteis juntamente com o clima temperado permitem que se tenha uma colheita de forma abundante. Com 106 toneladas por ano, seu maior produto é o milho. Seu atrativo turístico principal como maior safári do mundo que atrai milhares de pessoas ao ano gera uma renda no país que é muito importante.
  • 11. 11 Características comuns destes países: - Economia estabilizada recentemente; - Situação política estável; - Mão-de-obra em grande quantidade e em processo de qualificação; - Níveis de produção e exportação em crescimento; - Boas reservas de recursos minerais; - Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc); - PIB (Produto Interno Bruto) em crescimento; - Índices sociais em processo de melhorias; - Diminuição, embora lenta, das desigualdades sociais; - Rápido acesso da população aos sistemas de comunicação como, por exemplo, celulares e Internet (inclusão digital); - Mercados de capitais (Bolsas de Valores) recebendo grandes investimentos estrangeiros; - Investimentos de empresas estrangeiras nos diversos setores da economia. PIB dos países BRICS: - Brasil: R$ 4,84 trilhões ou US$ 2,07 trilhões (ano de 2013); - Rússia: US$ 2,50 trilhões (2012); - Índia: US$ 4,78 trilhões (2012); - China: US$ 8,28 trilhões (2012); - África do Sul: US$ 578,6 bilhões (2012). Futuro Economistas afirmam que, mantidas as situações atuais (descritas acima), os países do BRICS poderão se tornar grandes economias num futuro próximo. Dentre estes países, destacam a China, em função do rápido desenvolvimento econômico (crescimento do PIB em torno de 10% ao ano) e elevada população. Cúpulas: A Quinta Cúpula do BRICS aconteceu nos dias 26 e 27 de março de 2013, na cidade de Durban (África do Sul). Participaram da reunião os cinco chefes de estados dos países integrantes. O tema do evento foi: "Brics e África: Parceria para o Desenvolvimento, Integração e Industrialização". A sexta edição do evento deverá ocorrer no Brasil, em de julho de 2014. A INFLUÊNCIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES DO BRICS.
  • 12. 12 Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estão injetando novos recursos, vitalidade e inovação nos esforços para melhorar a saúde dos países mais pobres do mundo. Num momento em vários doadores tradicionais reduzem ou diminuem o ritmo de seus gastos, e a crescente influência dos BRICS na saúde e no desenvolvimento global. Apesar dos cinco países do BRICS estarem, há decadas, envolvidos em cooperação internacional, demonstra que o tamanho e o âmbito de seus esforços crescerem rapidamente, junto com suas economias. Além dos programas de cooperação, inovadores dos setores públicos e privado os BRICS estão produzindo tecnologias de saúde de alta qualidade e baixo custo, revolucionando o acesso à saúde entre as populações pobres. Ainda que a Índia seja, atualmente, o maior produtor de remédios e vacinas de baixo custo, cada um dos BRICS está investindo fortemente em ciência e tecnologia, incluindo pesquisa e desenvolvimento de 1,3% do PIB em 2005 para 2,5 % do PIB até 2020, e o governo chinês trabalha com fabricantes de vacinas para aumentar a produção para o mercado global. A Rússia em 2012 anunciou um investimento de US$ 4 bilhões em desenvolvimento farmacêutico. OS REFLEXOS DA CARGA TRIBUTÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL O Brasil é o país que tem a maior carga tributária entre os BRICS (grupo formato por Brasil, Rússia, Índia e China). O total de impostos, tributos e contribuições recolhidos no País é de 34% do Produto Interno Bruto (PIB). Na Rússia, a carga é de 23% do PIB, na China é de 20% e na Índia, país cuja estrutura tributária é a mais parecida com a brasileira, o total da arrecadação corresponde a 12,1% do PIB. A Índia tem baixa capacidade de arrecadação e isso faz com que o país tenha um déficit fiscal da ordem de 10% em relação ao PIB. No Brasil, que tem uma população de cerca de 185 milhões de habitantes, o número de contribuintes é de 20 milhões, enquanto na Índia, com 1,1 bilhão de habitantes, há 40 milhões de contribuintes para o Fisco. Outra grande diferença entre Brasil e Índia aparece nos gastos com assistência previdenciária. No Brasil, os benefícios pagos chegam a 12% do PIB, enquanto na Índia atinge apenas 0,6%. De comum entre os dois países com maior semelhança na estrutura tributária está a tributação dos serviços. Como no Brasil, afirma Peixoto, na Índia é muito difícil distinguir o que é serviço e o que é produto na hora da tributação. Este é um componente a mais, que gera guerra fiscal entre os Estados nos dois países.
  • 13. 13 Apesar de o Brasil ter a carga tributária mais elevada entre os BRICS, isso não significa que a estrutura seja pior. Mas também não é reflexo de crescimento, já que a Índia tem uma carga tributária menor e também tem apresentado taxas expressivas de crescimento. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) LOCAL Segundo relatório divulgado, em 2013, pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil cresceu 0,5% em relação ao último levantamento, porém, ocupa apenas a 85ª posição em um ranking com outros 187 países. Na pontuação, que pode alcançar no máximo 1, o Brasil alcança 0,73. Entre os países considerados emergentes, os chamados BRICS, o Brasil foi o que apresentou a menor evolução de 2011 para 2012. A China cresceu 1,4%, Índia e África do Sul 1,2% e a Rússia 0,7%. Apesar disso, entre essas nações, apenas a Rússia, que ocupa a 55ª colocação, tem IDH maior que o do Brasil. Se compararmos o Índice de Desenvolvimento brasileiro com o restante do continente sul-americano, o Brasil só é superior a Venezuela e Paraguai. Entre os principais países do continente nesse quesito, destaques para o Chile e para a Argentina, 40º e 45º no ranking, respectivamente. Noruega, Austrália e Estados Unidos têm hoje, os mais elevados índices de desenvolvimento humano do planeta. O país nórdico soma 0,955 do total de 1, os australianos, o mais bem rankeado do hemisfério sul, vem na sequência, com 0,938 e os americanos fecham os três melhores com 0,937. INFLUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR NO BRICS Mão de obra qualificada, produção do conhecimento, produção cientifica e inovação, são esses os principais reflexos de uma boa estrutura educacional, principalmente aquela relativa ao ensino superior. Entre os países do BRICS, os maiores produtores de inovação, surpreendentemente são os que têm os maiores níveis de analfabetismo, mas isso não quer dizer que as suas produções sejam menos qualificada. O investimento público em educação varia muito entre países do BRICS, para efeito de comparação, é necessário entender o investimento tento em termos de porcentagem do PIB quanto em valores reais, já que as economias desses países têm crescido a passos largos nos últimos anos, o Brasil está com investimento médio de 5,0 % do PIB em educação.
  • 14. 14 DESENVOLVIMENTO DO BRICS COM RELAÇÃO À ECONOMIA MUNDIAL Quando a capacidade produtiva de uma nação está sendo utilizada em sua plena capacidade, gera por um período muito curto de tempo um crescimento econômico do país. Porém este crescimento, não segue em frente se não for muito bem acompanhado, simultaneamente, por novos investimentos na produção deste país. A China hoje é um dos países que mais tem crescido e se desenvolvido nas últimas décadas, e sempre olhada com um pouco de inveja pelos demais países, ela (a China), manteve uma taxa de crescimento médio considerável entre 1991 e 2003, bem acima da media mundial que foi de 4,41% e do nosso Brasil que alcançou apenas 1,98% ao ano. E desde estes ótimos resultados, o aumento nas taxas não param de subir. Se compararmos o Brasil e a China, fica evidente o porquê o Brasil não cresce como a China, no ano de 2007 o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recalculou as taxas de investimentos no Brasil, e o resultado deixa muito a desejar, girando em torno de 16,8% do PIB em 2000 a 16,3% em 2005, sendo então, quase a metade das taxas Chinesas, que tem atingindo patamares acima dos 40%, em média.
  • 15. 15 CONCLUSÃO Verificamos que o desenvolvimento implica no processo da atuação de certas forças, que operam durante um longo período de tempo e representam modificações em determinadas variáveis, esse processo varia sob condições diversas no espaço e no tempo, mas não obstante, há algumas características comuns básicas e seu resultado desse processo é o crescimento do produto nacional de uma economia que, em si própria, é uma variação à longo prazo. Observamos que um desenvolvimento econômico com qualidade é aquele que visa uma distribuição igualitária e justa de que traz seus frutos, que propicia a redução da pobreza, que eleva o poder de compra do salário do trabalhador, que traz melhores condições de trabalho e moradia.
  • 16. 16 REFERÊNCIAS CHINA.ORG. BRICS meeting issues Sanya Declaration. 2011. Disponível em: <http://www.china.org.cn/business/2011-04/14/content_22358908.htm> Acesso em: 11/05/2014. COSTA, Gilberto; De VIZIA, Bruno. O tempo do BRIC. 2010. Disponível em: < http://desafios2.ipea.gov.br/sites/000/17/edicoes/60/pdfs/rd60not03.pdf> Acesso em: 11 maio de 2014. COUNCIL ON FOREIGN RELATIONS. BRICS Summit: Delhi Declaration. 2012. Disponível em:<http://www.cfr.org/brazil/brics-summit-delhi-declaration/p27805> Acesso em: 11 maio 2014. GLOBAL SHERPA. China in Africa: South Africa Joins BRICs Summit. 2011. Disponível em: <http://www.globalsherpa.org/china-africa-brics> Acesso em 11 maio 2014. LUNDVALL, B.-A. Explaining interfirm cooperation and innovation: limits of the transaction-costapproach. In G. Grahber (ed.), The Embedded Firm - On the Socio- economics of Industrial Networks, London: Routledge: 1993. ZUCOLOTO, G. F. Inovação Tecnológica na Indústria Brasileira: Uma Análise Setorial. Dissertação de mestrado. Universidade de São Paulo. 2004. SALVATO, Márcio Antônio; MESQUITA, Leonardo Almeida; ARAÚJO Jr., Ari Francisco de.Crescimento pró-pobre: uma análise usando unidades de desenvolvimento humano selecionadas. IBMEC/MG, 2008. Disponível em:http://www.ceaee.ibmecmg.br/wp/wp46.pdf Acesso em 11 de maio de 2014.