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REDES DE INTERAÇÃO CIENTÍFICA:
identificação de comunidades de autores na UFRJ
Roberto Mario Lovón Canchumani
Universidade Federal do Rio de Janeiro
IBICT-UFRJ
ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO
1. Introdução: contexto da pesquisa e objetivos
2. Metodologia
3. Resultados
4. Considerações Finais
1. INTRODUÇÃO
1. INTRODUÇÃO
◼ Pesquisas no campo de redes complexas tem apresentado, nas
últimas décadas, significativos avanços na descrição e análise de
traços topológicos e dinâmicos de redes de tipo social, biológica ou
tecnológica (Barabási et al., 2002).
◼ Nesse cenário, um dos aspectos que tem concentrado particular
atenção tem sido a existência de subconjuntos de nós fortemente
entrelaçados, às vezes conectados e outras vezes desconectados
da rede. Neste último caso nos deparamos com agrupamentos ou
comunidades (clusters) que se encontram ligados ou não à rede
(Fortunato, 2010).
◼ Essas comunidades cumprem papel relevante nas propriedades de
estruturas complexas. Identificar e analisar a natureza das
comunidades aí ocultas é uma importante tarefa para revelar a
organização informal e a natureza dos fluxos de informação que
acontecem dentro desses sistemas complexos (Palla et al., 2005)
1. INTRODUÇÃO: Objetivos
◼ Diversas abordagens foram desenvolvidas para identificar
comunidades, nas quais se adotam funções específicas para
descrever características dos grupos a serem determinados
(Canchumani et al., 2017; Barbosa et al., 2011).
◼ Este trabalho apresenta os resultados de uma proposta de
identificação de comunidades de autores realizado na Universidade
Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
◼ O objetivo do estudo foi identificar a tendência de agrupamento
de autores da instituição ao longo do tempo, assim como
também observar características específicas das principais
comunidades de autores identificadas.
2. METODOLOGIA
2. METODOLOGIA: Base de Dados e Termo de Busca
◼ Foi realizado o levantamento da produção bibliográfica, envolvendo
artigos publicados em periódicos no período de 2001 a 2012, na base
de dados institucional SIGMA.UFRJ.
◼ Criada em 1998, as informações da base SIGMA.UFRJ foram
utilizadas até 2012 nos processos de avaliação dos programas de pós-
graduação da instituição (Coleta CAPES).
◼ A busca na base SIGMA.UFRJ considerou os seguintes critérios:
◼ Produção intelectual => artigos completos publicados em
periódicos => autores.
2. METODOLOGIA: Recorte
◼ A partir destes critérios, foi possível extrair:
◼ 44.233 registros da produção da UFRJ de artigos publicados
em periódicos no período de 2001 a 2012.
◼ Os registros com suas informações foram exportados para matrizes
multidimensionais. No processo de tratamento dos dados foi utilizado:
◼ Excel, para cruzamento de dados
◼ Gephi, para geração/visualização de redes/mapas
◼ A interação entre os autores foi analisada a partir das informações de
coautoria e as métricas de grau e modularidade/transitividade.
3. RESULTADOS
3. RESULTADOS
Total de artigos = 44.233
Artigos com um único autor = 14.019
Artigos com dois ou mais autores = 30.214
◼ A população identificada na produção acadêmica no período
2001-2012 é de 28.248 autores com vinculo formal com a UFRJ
2001-2012:
Nas redes de
interação de
coautoria, em
média, cada
autor da UFRJ
mantém
colaboração
com 6,73
pesquisadores.
Mapa de interação dos autores com vinculo formal com a UFRJ, de artigos em periódicos no período
2001-2012. (O total de autores é 28.248; e as coautorias estão representadas por arestas na cor azul).
3. RESULTADOS
2001-2003 2004-2006
2007-2009 2010-2012
Métricas
2001-2003
Grau médio= 4,33
Transitividade = 0,76
2004-2006
Grau médio= 4,87
Transitividade = 0,77
2007-2009
Grau médio= 5,12
Transitividade = 0,78
2010-2012
Grau médio= 5,57
Transitividade = 0,79
Mapa de interação dos autores com vinculo formal com a UFRJ, de artigos em periódicos
por triênios (O total de autores é 28.248, distribuídos por triênios; e as coautorias estão
representadas por arestas na cor azul).
3. RESULTADOS: 2001-2003 (comunidades)
Triênio 2001-2003: a rede de coautoria da UFRJ é composta por 5.695 autores.
- Identificação de agrupamentos dessa população (algoritmo Blondel et al, 2008):
- 40 comunidades identificadas, contendo 3.736 nós (autores) e 11.304
relações (colaborações).
Grau médio = 6,05
Transitividade = 0,76
Grafo que mostra as 40 comunidades de autores da UFRJ identificadas no
período 2001-2003
Triênio 2001-2003 – Maior comunidade: contém 236 autores (o que representa 7,04%
do total de autores das 40 comunidades) e 689 relacionamentos
(arestas).
Grau médio = 5,24
Transitividade = 0,79
Grafo que destaca a maior comunidade de autores da UFRJ identificada no
período 2001-2003
3. RESULTADOS: 2001-2003 (maior comunidade)
Triênio 2001-2003 – Maior comunidade: os vinte autores que apresentam
as maiores medidas de centralidade de grau.
* Tipos de Vínculo: D (Docente); P (Discente de Pós-graduação); exP
(Egresso Discente de Pós-graduação); T (Técnico); O (Outros)
3. RESULTADOS: 2001-2003 (maior comunidade)
3. RESULTADOS: 2010-2012 (comunidades)
Triênio 2010-2012: a rede de coautoria da UFRJ é composta por 7.503 autores.
- Identificação de agrupamentos dessa população (algoritmo Blondel et al, 2008):
- 40 comunidades identificadas, contendo 5.169 nós (autores) e 19.328
conexões (colaborações).
Grau médio = 7,47
Transitividade = 0,78
Grafo que mostra as 40 comunidades de autores da UFRJ identificadas no
período 2010-2012
Triênio 2010-2012 – Maior comunidade: contém 396 autores (o que representa 7,66%
do total de autores das 40 comunidades) e 1.607 relacionamentos
(arestas).
Grau médio = 8,12
Transitividade = 0,81
3. RESULTADOS: 2010-2012 (maior comunidade)
Grafo que destaca a maior comunidade de autores da UFRJ identificada no
período 2010-2012
Triênio 2010-2012 – Maior comunidade: os vinte autores que apresentam
as maiores medidas de centralidade de grau.
* Tipos de Vínculo: D (Docente); P (Discente de Pós-graduação)
3. RESULTADOS: 2010-2012 (maior comunidade)
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
◼ A maior parte das redes do mundo real caracteriza-se por conter
comunidades muito entrelaçadas e ocultas, nas quais seus membros
formam subgrupos, configurando uma imbricada rede entre todos eles.
◼ A identificação de comunidades possibilita definir e melhor conhecer os
subgrupos em função da estrutura de escolha de seus enlaces.
◼ As métricas de grau e de transitividade mostraram que, ao longo do
período analisado, a tendência dos autores da UFRJ se agruparem
aumenta.
◼ O estudo das comunidades de autores pode ser utilizado na gestão
institucional, por exemplo, para determinar os principais pesquisadores,
número de publicações por grupo, produtividade em relação ao
tamanho do grupo, visibilidade e colaboração com outros grupos, assim
como também a dinâmica de interação dos grupos de autores ao longo
do tempo.
REFERÊNCIAS
BARABÁSI, A.; JEONG, H; NÉDA, Z.; RAVASZ, E; SCHUBERT, A; VICSEK, T. Evolution of the social
network of scientific collaborations. Physica A, 311, p. 590‐614, 2002.
BARBOSA, D.; AVELINO, L; SOUZA, R.; OLIVEIRA, C.; JUSTEL, C. Medidas de centralidade e detecção
de comunidades em rede de co-autoria. In: XLIII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESQUISA
OPERACIONAL, Ubatuba. [Anais...]. Ubatuba, 2011. p. 1-10.
BLONDEL, V; GUILLAUME, J.; LAMBIOTTE, R; LEFEBVRE, E. Fast unfolding of communities in large
networks. J. Stat. Mech, p.100-08, 2008.
CANCHUMANI, R.M.L; LETA, J; FIGUEIREDO, A.M.D. Domínios Científicos: mapeamento de áreas do
conhecimento da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Inf. & Soc: Est, v.27, n.2, p.199-218, 2017.
FORTUNATO, S. Community detection in graphs. Physics Reports, 486, pp. 75-174, 2010.
PALLA, G.; DERÉNYI, I.; FARKAS, I.; VICSEK, T. Uncovering the overlapping community structure of
complex networks in nature and society. Nature, 435, p. 814‐818, 2005.
OBRIGADO!
Dr. Roberto Mario Lovón Canchumani
e-mail: rlovon@gmail.com

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REDES DE INTERAÇÃO CIENTÍFICA: identificação de comunidades de autores na UFRJ

  • 1. REDES DE INTERAÇÃO CIENTÍFICA: identificação de comunidades de autores na UFRJ Roberto Mario Lovón Canchumani Universidade Federal do Rio de Janeiro IBICT-UFRJ
  • 2. ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO 1. Introdução: contexto da pesquisa e objetivos 2. Metodologia 3. Resultados 4. Considerações Finais
  • 4. 1. INTRODUÇÃO ◼ Pesquisas no campo de redes complexas tem apresentado, nas últimas décadas, significativos avanços na descrição e análise de traços topológicos e dinâmicos de redes de tipo social, biológica ou tecnológica (Barabási et al., 2002). ◼ Nesse cenário, um dos aspectos que tem concentrado particular atenção tem sido a existência de subconjuntos de nós fortemente entrelaçados, às vezes conectados e outras vezes desconectados da rede. Neste último caso nos deparamos com agrupamentos ou comunidades (clusters) que se encontram ligados ou não à rede (Fortunato, 2010). ◼ Essas comunidades cumprem papel relevante nas propriedades de estruturas complexas. Identificar e analisar a natureza das comunidades aí ocultas é uma importante tarefa para revelar a organização informal e a natureza dos fluxos de informação que acontecem dentro desses sistemas complexos (Palla et al., 2005)
  • 5. 1. INTRODUÇÃO: Objetivos ◼ Diversas abordagens foram desenvolvidas para identificar comunidades, nas quais se adotam funções específicas para descrever características dos grupos a serem determinados (Canchumani et al., 2017; Barbosa et al., 2011). ◼ Este trabalho apresenta os resultados de uma proposta de identificação de comunidades de autores realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. ◼ O objetivo do estudo foi identificar a tendência de agrupamento de autores da instituição ao longo do tempo, assim como também observar características específicas das principais comunidades de autores identificadas.
  • 7. 2. METODOLOGIA: Base de Dados e Termo de Busca ◼ Foi realizado o levantamento da produção bibliográfica, envolvendo artigos publicados em periódicos no período de 2001 a 2012, na base de dados institucional SIGMA.UFRJ. ◼ Criada em 1998, as informações da base SIGMA.UFRJ foram utilizadas até 2012 nos processos de avaliação dos programas de pós- graduação da instituição (Coleta CAPES). ◼ A busca na base SIGMA.UFRJ considerou os seguintes critérios: ◼ Produção intelectual => artigos completos publicados em periódicos => autores.
  • 8. 2. METODOLOGIA: Recorte ◼ A partir destes critérios, foi possível extrair: ◼ 44.233 registros da produção da UFRJ de artigos publicados em periódicos no período de 2001 a 2012. ◼ Os registros com suas informações foram exportados para matrizes multidimensionais. No processo de tratamento dos dados foi utilizado: ◼ Excel, para cruzamento de dados ◼ Gephi, para geração/visualização de redes/mapas ◼ A interação entre os autores foi analisada a partir das informações de coautoria e as métricas de grau e modularidade/transitividade.
  • 10. 3. RESULTADOS Total de artigos = 44.233 Artigos com um único autor = 14.019 Artigos com dois ou mais autores = 30.214 ◼ A população identificada na produção acadêmica no período 2001-2012 é de 28.248 autores com vinculo formal com a UFRJ 2001-2012: Nas redes de interação de coautoria, em média, cada autor da UFRJ mantém colaboração com 6,73 pesquisadores. Mapa de interação dos autores com vinculo formal com a UFRJ, de artigos em periódicos no período 2001-2012. (O total de autores é 28.248; e as coautorias estão representadas por arestas na cor azul).
  • 11. 3. RESULTADOS 2001-2003 2004-2006 2007-2009 2010-2012 Métricas 2001-2003 Grau médio= 4,33 Transitividade = 0,76 2004-2006 Grau médio= 4,87 Transitividade = 0,77 2007-2009 Grau médio= 5,12 Transitividade = 0,78 2010-2012 Grau médio= 5,57 Transitividade = 0,79 Mapa de interação dos autores com vinculo formal com a UFRJ, de artigos em periódicos por triênios (O total de autores é 28.248, distribuídos por triênios; e as coautorias estão representadas por arestas na cor azul).
  • 12. 3. RESULTADOS: 2001-2003 (comunidades) Triênio 2001-2003: a rede de coautoria da UFRJ é composta por 5.695 autores. - Identificação de agrupamentos dessa população (algoritmo Blondel et al, 2008): - 40 comunidades identificadas, contendo 3.736 nós (autores) e 11.304 relações (colaborações). Grau médio = 6,05 Transitividade = 0,76 Grafo que mostra as 40 comunidades de autores da UFRJ identificadas no período 2001-2003
  • 13. Triênio 2001-2003 – Maior comunidade: contém 236 autores (o que representa 7,04% do total de autores das 40 comunidades) e 689 relacionamentos (arestas). Grau médio = 5,24 Transitividade = 0,79 Grafo que destaca a maior comunidade de autores da UFRJ identificada no período 2001-2003 3. RESULTADOS: 2001-2003 (maior comunidade)
  • 14. Triênio 2001-2003 – Maior comunidade: os vinte autores que apresentam as maiores medidas de centralidade de grau. * Tipos de Vínculo: D (Docente); P (Discente de Pós-graduação); exP (Egresso Discente de Pós-graduação); T (Técnico); O (Outros) 3. RESULTADOS: 2001-2003 (maior comunidade)
  • 15. 3. RESULTADOS: 2010-2012 (comunidades) Triênio 2010-2012: a rede de coautoria da UFRJ é composta por 7.503 autores. - Identificação de agrupamentos dessa população (algoritmo Blondel et al, 2008): - 40 comunidades identificadas, contendo 5.169 nós (autores) e 19.328 conexões (colaborações). Grau médio = 7,47 Transitividade = 0,78 Grafo que mostra as 40 comunidades de autores da UFRJ identificadas no período 2010-2012
  • 16. Triênio 2010-2012 – Maior comunidade: contém 396 autores (o que representa 7,66% do total de autores das 40 comunidades) e 1.607 relacionamentos (arestas). Grau médio = 8,12 Transitividade = 0,81 3. RESULTADOS: 2010-2012 (maior comunidade) Grafo que destaca a maior comunidade de autores da UFRJ identificada no período 2010-2012
  • 17. Triênio 2010-2012 – Maior comunidade: os vinte autores que apresentam as maiores medidas de centralidade de grau. * Tipos de Vínculo: D (Docente); P (Discente de Pós-graduação) 3. RESULTADOS: 2010-2012 (maior comunidade)
  • 19. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ◼ A maior parte das redes do mundo real caracteriza-se por conter comunidades muito entrelaçadas e ocultas, nas quais seus membros formam subgrupos, configurando uma imbricada rede entre todos eles. ◼ A identificação de comunidades possibilita definir e melhor conhecer os subgrupos em função da estrutura de escolha de seus enlaces. ◼ As métricas de grau e de transitividade mostraram que, ao longo do período analisado, a tendência dos autores da UFRJ se agruparem aumenta. ◼ O estudo das comunidades de autores pode ser utilizado na gestão institucional, por exemplo, para determinar os principais pesquisadores, número de publicações por grupo, produtividade em relação ao tamanho do grupo, visibilidade e colaboração com outros grupos, assim como também a dinâmica de interação dos grupos de autores ao longo do tempo.
  • 20. REFERÊNCIAS BARABÁSI, A.; JEONG, H; NÉDA, Z.; RAVASZ, E; SCHUBERT, A; VICSEK, T. Evolution of the social network of scientific collaborations. Physica A, 311, p. 590‐614, 2002. BARBOSA, D.; AVELINO, L; SOUZA, R.; OLIVEIRA, C.; JUSTEL, C. Medidas de centralidade e detecção de comunidades em rede de co-autoria. In: XLIII SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PESQUISA OPERACIONAL, Ubatuba. [Anais...]. Ubatuba, 2011. p. 1-10. BLONDEL, V; GUILLAUME, J.; LAMBIOTTE, R; LEFEBVRE, E. Fast unfolding of communities in large networks. J. Stat. Mech, p.100-08, 2008. CANCHUMANI, R.M.L; LETA, J; FIGUEIREDO, A.M.D. Domínios Científicos: mapeamento de áreas do conhecimento da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Inf. & Soc: Est, v.27, n.2, p.199-218, 2017. FORTUNATO, S. Community detection in graphs. Physics Reports, 486, pp. 75-174, 2010. PALLA, G.; DERÉNYI, I.; FARKAS, I.; VICSEK, T. Uncovering the overlapping community structure of complex networks in nature and society. Nature, 435, p. 814‐818, 2005.
  • 21. OBRIGADO! Dr. Roberto Mario Lovón Canchumani e-mail: rlovon@gmail.com