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INTRODUÇÃO     O presente enfoque visou analisar a categoria região, sua externalidade perrouxiana e a economia globalizada dentro do contexto do  Nordeste brasileiro  com relação ao estudo de caso da Azaléia Nordeste S/A.   O termo região, como categoria geográfica, foi compreendido dentro das concepções do pensamento geográfico, objetivando assim, a análise do espaço, como unidade totalizante e do processo de regionalização em meio aos processos econômicos de polarização e globalização.   Essa leitura surgiu a seguinte indagação: será que a instalação industrial no Brasil segue a lógica teórico-metodológica proposta por François Perroux (1967)? Consequentemente verifica-se que as indústrias brasileiras se localizam onde existem incentivos ficais. A fim de justificar tais pontos pretende-se analisar as externalidades existentes na região Nordeste do Brasil em função do grupo Azaléia Nordeste S/A e verificar como a lógica do capital influência nos investimentos e incentivos públicos para a localização industrial. As atividades desse grupo foram iniciadas no Nordeste em 1998, ocorrendo as primeiras vendas, conforme Andrade (2001) no final do primeiro trimestre do ano. A concretização efetiva do projeto, porém, só foi alcançada no ano 2000, com a utilização de 70% de sua capacidade de produção. São produzidos atualmente 32.000 pares/dia, dos quais 19.600 calçados esportivos e 12.400 sandálias. Refletindo a consolidação do projeto, a evolução dos impostos e encargos sociais gerados também é bastante significativa, com aumento de 2.350% entre 1998 e 2000. Neste mesmo ano, esses impostos e encargos gerados (R$ 15,9 milhões) já superaram o total das receitas do Município de Itapetinga em 1999 (R$ 11,6 milhões). O mercado interno é o principal destino das vendas da empresa, com 96,57%. Todavia, o projeto mostra-se ainda muito dependente das matérias-primas vindas de outros estados, com 81,14%. O Estado do Rio Grande do Sul concentra o fornecimento com 80% do total. No próprio Estado da Bahia, o projeto se abastece com apenas 17,44% de suas matérias-primas, indicando possibilidade de melhorias no sistema de logística e potencial de mercado para a instalação de fábricas de componentes nesse Estado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Deste modo, o grupo da Azaléia, mesmo tendo uma matriz irradiadora de influência, ou seja, mesmo sendo um pólo de irradiação produtivo e distributivo, suas filiais, onde se localizam também se tornam empresas centralizadoras e geradoras de externalidades perrouxianas. Todavia, essas empresas não são fixas, mas flexíveis, fato que justifica as indústrias calçadistas serem também instaladas nas regiões em consonância à dinâmica própria do movimento capitalista, negando, portanto, os pressupostos locacionais dos Pólos de Crescimento e Desenvolvimento de Perroux (1961). Sendo que, esse movimento capitalista fundamenta-se, nas palavras de Karl Marx na destruição e absorção de modos não-capitalista de produção, “ ao mesmo tempo que os utiliza para criar espaço novo para a acumulação de capital”  (HARVEY, 2006, p.58). REFERÊNCIAS ANDRADE, J. E. P. de, et. al.  O CASO DA AZALÉIA NORDESTE:  Uma experiência de Benefícios Sócios Gerados em Projetos Privados. Setor Calçado, Maio de 2001. CONTADOR, C. R.  Avaliação social de projetos.  São Paulo, Atlas, 1981. HARVEY, D.  A produção capitalista do Espaço.  São Paulo, Annablume, 2005. PERROUX, F.  A economia do século XX.  ED. Herder, Lisboa, 1967. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA PROEX/PPG XI CONPEX Fonte: IBGE, 2008. Figura 01. Localização da área de Estudo AS EXTERNALIDADES PERROUXIANAS DO GRUPO AZALÉIA NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL (2000) Diana Mendonça de Carvalho (Mestranda, NPGEO) Delza Rodrigues de Carvalho (Doutoranda, NPGEO)   MATERIAL E MÉTODOS .   Fora realizada uma pesquisa de abordagem geográfica, a partir de métodos qualitativo e quantitativo, trazendo uma metodologia que análise o desenvolvimento regional nordestino, a partir do grupo Azaléia Nordeste S/A, baseado na teoria econômica dos Pólos de Crescimento de François Perroux (1967). O mesmo fundamentou-se em leituras, exposições e resenhas, as quais buscaram apresentar uma reflexão sobre a existência de externalidades regionais no nordeste brasileiro, definidas por alguma atividade polarizante.   RESULTADOS E DISCUSSÕES  Através deste trabalho verificou-se que, a instalação de atividade polarizadora ocorre quando, por exemplo, o governo ajuda e subsidia na implantação de alguma atividade econômico-industrial, ou ainda, através de créditos subsidiado, que segundo Contador (1981), mostra que esta medida assume várias formas no Brasil, desde o financiamento à taxas de juros nominais fixos e abaixo do mercado, ou “ até o esquema de correção monetária limitada em 20% nos empréstimos concebidos a setores considerados básicos  (CONTADOR, 1981, p. 29). Estas medidas foram verificadas e expostas quando da análise do Grupo Azaléia Nordeste.   O Grupo Azaléia é uma empresa nacional situada entre as cinco maiores organizações calçadistas do mundo. Sua história advém segundo Andrade (2001), de uma pequena fábrica, conduzida pelos cinco sócios fundadores e suas respectivas esposas, que iniciou seu funcionamento no 2º semestre de 1958, em Parobé, Rio Grande do Sul, produzindo calçados femininos, que viria a se constituir na base para a consolidação do grupo industrial em formação.    Passados mais de 40 anos, aquela pequena fábrica foi transformada no Grupo Azaléia, cuja produção distribui-se entre a seguintes cidades: Parobé/ RS, São Sebastião do Caí/RS, Novo Hamburgo/RS, Uruguaiana/RS, Itapetinga/Ba (figura 02) e Itaporanga D’Ajuda/SE (figura 03), agregando, segundo dados do ano 2000, 13.809 empregados e tendo como Valor do Ativo Total, R$ 593.3 milhões de reais. Figura 02. Azaléia em Itapetinga. Fonte:  http://rolapote.floguxo.com.br  (01/09/08). Figura 03. Azaléia em Itaporanga D`Ajuda. Fonte: destaknews.blogspot.com   (01/09/08).

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Externalidades do grupo_azaléia

  • 1. INTRODUÇÃO O presente enfoque visou analisar a categoria região, sua externalidade perrouxiana e a economia globalizada dentro do contexto do Nordeste brasileiro com relação ao estudo de caso da Azaléia Nordeste S/A. O termo região, como categoria geográfica, foi compreendido dentro das concepções do pensamento geográfico, objetivando assim, a análise do espaço, como unidade totalizante e do processo de regionalização em meio aos processos econômicos de polarização e globalização. Essa leitura surgiu a seguinte indagação: será que a instalação industrial no Brasil segue a lógica teórico-metodológica proposta por François Perroux (1967)? Consequentemente verifica-se que as indústrias brasileiras se localizam onde existem incentivos ficais. A fim de justificar tais pontos pretende-se analisar as externalidades existentes na região Nordeste do Brasil em função do grupo Azaléia Nordeste S/A e verificar como a lógica do capital influência nos investimentos e incentivos públicos para a localização industrial. As atividades desse grupo foram iniciadas no Nordeste em 1998, ocorrendo as primeiras vendas, conforme Andrade (2001) no final do primeiro trimestre do ano. A concretização efetiva do projeto, porém, só foi alcançada no ano 2000, com a utilização de 70% de sua capacidade de produção. São produzidos atualmente 32.000 pares/dia, dos quais 19.600 calçados esportivos e 12.400 sandálias. Refletindo a consolidação do projeto, a evolução dos impostos e encargos sociais gerados também é bastante significativa, com aumento de 2.350% entre 1998 e 2000. Neste mesmo ano, esses impostos e encargos gerados (R$ 15,9 milhões) já superaram o total das receitas do Município de Itapetinga em 1999 (R$ 11,6 milhões). O mercado interno é o principal destino das vendas da empresa, com 96,57%. Todavia, o projeto mostra-se ainda muito dependente das matérias-primas vindas de outros estados, com 81,14%. O Estado do Rio Grande do Sul concentra o fornecimento com 80% do total. No próprio Estado da Bahia, o projeto se abastece com apenas 17,44% de suas matérias-primas, indicando possibilidade de melhorias no sistema de logística e potencial de mercado para a instalação de fábricas de componentes nesse Estado. CONSIDERAÇÕES FINAIS Deste modo, o grupo da Azaléia, mesmo tendo uma matriz irradiadora de influência, ou seja, mesmo sendo um pólo de irradiação produtivo e distributivo, suas filiais, onde se localizam também se tornam empresas centralizadoras e geradoras de externalidades perrouxianas. Todavia, essas empresas não são fixas, mas flexíveis, fato que justifica as indústrias calçadistas serem também instaladas nas regiões em consonância à dinâmica própria do movimento capitalista, negando, portanto, os pressupostos locacionais dos Pólos de Crescimento e Desenvolvimento de Perroux (1961). Sendo que, esse movimento capitalista fundamenta-se, nas palavras de Karl Marx na destruição e absorção de modos não-capitalista de produção, “ ao mesmo tempo que os utiliza para criar espaço novo para a acumulação de capital” (HARVEY, 2006, p.58). REFERÊNCIAS ANDRADE, J. E. P. de, et. al. O CASO DA AZALÉIA NORDESTE: Uma experiência de Benefícios Sócios Gerados em Projetos Privados. Setor Calçado, Maio de 2001. CONTADOR, C. R. Avaliação social de projetos. São Paulo, Atlas, 1981. HARVEY, D. A produção capitalista do Espaço. São Paulo, Annablume, 2005. PERROUX, F. A economia do século XX. ED. Herder, Lisboa, 1967. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA PROEX/PPG XI CONPEX Fonte: IBGE, 2008. Figura 01. Localização da área de Estudo AS EXTERNALIDADES PERROUXIANAS DO GRUPO AZALÉIA NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL (2000) Diana Mendonça de Carvalho (Mestranda, NPGEO) Delza Rodrigues de Carvalho (Doutoranda, NPGEO) MATERIAL E MÉTODOS . Fora realizada uma pesquisa de abordagem geográfica, a partir de métodos qualitativo e quantitativo, trazendo uma metodologia que análise o desenvolvimento regional nordestino, a partir do grupo Azaléia Nordeste S/A, baseado na teoria econômica dos Pólos de Crescimento de François Perroux (1967). O mesmo fundamentou-se em leituras, exposições e resenhas, as quais buscaram apresentar uma reflexão sobre a existência de externalidades regionais no nordeste brasileiro, definidas por alguma atividade polarizante. RESULTADOS E DISCUSSÕES Através deste trabalho verificou-se que, a instalação de atividade polarizadora ocorre quando, por exemplo, o governo ajuda e subsidia na implantação de alguma atividade econômico-industrial, ou ainda, através de créditos subsidiado, que segundo Contador (1981), mostra que esta medida assume várias formas no Brasil, desde o financiamento à taxas de juros nominais fixos e abaixo do mercado, ou “ até o esquema de correção monetária limitada em 20% nos empréstimos concebidos a setores considerados básicos (CONTADOR, 1981, p. 29). Estas medidas foram verificadas e expostas quando da análise do Grupo Azaléia Nordeste. O Grupo Azaléia é uma empresa nacional situada entre as cinco maiores organizações calçadistas do mundo. Sua história advém segundo Andrade (2001), de uma pequena fábrica, conduzida pelos cinco sócios fundadores e suas respectivas esposas, que iniciou seu funcionamento no 2º semestre de 1958, em Parobé, Rio Grande do Sul, produzindo calçados femininos, que viria a se constituir na base para a consolidação do grupo industrial em formação. Passados mais de 40 anos, aquela pequena fábrica foi transformada no Grupo Azaléia, cuja produção distribui-se entre a seguintes cidades: Parobé/ RS, São Sebastião do Caí/RS, Novo Hamburgo/RS, Uruguaiana/RS, Itapetinga/Ba (figura 02) e Itaporanga D’Ajuda/SE (figura 03), agregando, segundo dados do ano 2000, 13.809 empregados e tendo como Valor do Ativo Total, R$ 593.3 milhões de reais. Figura 02. Azaléia em Itapetinga. Fonte: http://rolapote.floguxo.com.br (01/09/08). Figura 03. Azaléia em Itaporanga D`Ajuda. Fonte: destaknews.blogspot.com (01/09/08).