O documento descreve vários tipos de infecções das partes moles, incluindo abcessos, foliculite, furúnculos, carbúnculos, impétigo, ectima gangrenosa e celulite. Detalha os agentes etiológicos, sinais e sintomas e tratamento de cada uma dessas infecções superficiais e profundas.
2. SuperficiaisSuperficiais Circunscritas/focaisCircunscritas/focais
DifusasDifusas CeluliteCelulite
ErisipelaErisipela
Profundas (necrozantes)Profundas (necrozantes) Fasceíte necrosanteFasceíte necrosante
Miosite necrosanteMiosite necrosante
Outras:Outras: Úlcera de pressãoÚlcera de pressão
Úlcera de estase venosaÚlcera de estase venosa
Pé diabéticoPé diabético
Doença PilonidalDoença Pilonidal
Infeção do Local Cirúrgico (ILC)Infeção do Local Cirúrgico (ILC)
AbcessoAbcesso
FoliculiteFoliculite
FurúnculoFurúnculo
CarbúnculoCarbúnculo
ImpétigoImpétigo
Ectima gangrenosaEctima gangrenosa
LinfangiteLinfangite
LinfadeniteLinfadenite
Hidradenite supurativaHidradenite supurativa
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3. ABCESSO
Etiologia:
- Anaeróbios (+aeróbios);
- Staphylococcus aureus.
Sinais e sintomas:
Centro necrótico e edema periférico;Centro necrótico e edema periférico;
Tumefacção;Tumefacção;
Flutuação, com pús;Flutuação, com pús;
Eritema;Eritema;
Dor;Dor;
Febre;Febre;
Mal-estar;Mal-estar;
Arrepios;Arrepios;
Linfadenopatia regional;Linfadenopatia regional;
Fistulização e descarga purulenta...Fistulização e descarga purulenta...
Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
4. Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
ABCESSO
5. Fatores Predisponentes:
- Foliculite, furúnculo, carbúnculo, celulite;
- Trauma/queimaduras;
- Cateteres intravenosos...
Diagnóstico
- Clínico;
- Cultura da drenagem.
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ABCESSO
6. Tratamento:
- Incisão e Drenagem;
- Antimicrobianos.
Complicações:
- Extensão local da infeção;
- Gangrena;
- Extensão da infeção à corrente sanguínea.
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ABCESSO
7. Infeção e inflamação dos folículos pilosos.
Etiologia:
- Staphylococcus aureus (+++);
- Str. pyogenes, Ps. aeruginosa, Gram (-), fungos...
Sinais e sintomas:
- Pequena pápula eritematosa/ vesícula/ pústula;
- Queda do pêlo;
- Prurido ou dor.
Foliculite por St. aureus
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FOLICULITE
8. Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
FOLICULITE
Diagnóstico:
- Clínico – morfologia lesões.
Tratamento:
- Compressas quentes;
- Boa higiene;
- Antissépticos tópicos;
- Antimicrobianos.
Complicações:
- Furúnculo.
9. Infeção necrótica profunda do folículo piloso de uma área restrita.
Frequente drenagem espontânea à superfície da pele.
Etiologia:
- Staphylococcus aureus (foliculite++).
Sinais e sintomas:
- Frequente evolução: foliculite → furúncul → abcesso;
- Nódulo profundo e adjacente ao folículo piloso;
- Dor;
- Base eritematosa;
- Centro purulento e flutuante;
- Adenopatia regional.
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FURÚNCULO
10. Tratamento:
- Incisão e drenagem caso haja flutuação;
- Antimicrobianos.
Complicações:
- Furúnculo recorrente;
- Carbúnculo;
- Celulite;
- Gangrena;
- Fasceíte necrosante;
- Hidradenite supurativa;
- Flebite purulenta...
Infecções das Partes MolesInfecções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfecções das Partes MolesInfecções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
FURÚNCULO
11. Infecção profunda de um grupo de folículos contíguos que,
separados por septos, drenam por orifícios independentes.
Etiologia:
- Staphylococcus aureus;
- Bacillus anthracis.
Sinais e sintomas:
- Massa de trajectos fistulosos (entre folículos infectados);
- Dor, eritema, flutuação;
- Aberturas pustulares;
- Febre;
- Mal-estar;
- Mialgias e linfadenopatias.
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CARBÚNCULO
12. Infeção por Bacillus anthracis - Antraz
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CARBÚNCULO
13. Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
CARBÚNCULO
14. Tratamento:
- Incisão e drenagem caso haja flutuação;
- Antimicrobianos.
Complicações:
- Feblite purulenta;
- Septicemia.
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CARBÚNCULO
15. Etiologia:
- Staphylococcus aureus;
- Streptococcus pyogenes.
Sinais e sintomas:
- Eritema;
- Evolução pápulas → vesículas → pústulas;
- Ruptura espontânea → crosta seca amarela dourada;
- Prurido.
Fatores predisponentes:
- Queimaduras, picadas de insecto, humidade;
- Crianças em más condições de higiene e clima tropical.
Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
IMPÉTIGO
16. Tratamento:
- Cuidados higiénicos;
- Antibioterapia.
Complicações:
- Linfadenite/linfagite;
- Celulite;
- Bacteriemia;
- Glomerulonefrite.
Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
IMPÉTIGO
17. Etiologia
- Idiopática (50%);
- Mecanismos imunológicos.
Sinais e sintomas:
- Lesão pustular com centro necrótico característico;
- Contorno violáceo;
- Eritema;
- Dor;
- Libertação de exsudado purulento e hemorrágico;
- Febre, mal-estar, mialgias e artralgias.
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ECTIMA GANGRENOSA
18. Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
ECTIMA GANGRENOSA
19. Diagnóstico:
- Clínico – Doenças associadas (DII, AR, Hepatite crónica…);
- Morfologia lesões;
- Exame histológico – exclusão de outras etiologias.
Tratamento:
- Glicocorticóides;
- Antimicrobianos;
- Imunossupressores;
- Imunoglobulinas i.v.;
- Desbridamento.
Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
ECTIMA GANGRENOSA
20. Qualquer idadeQualquer idade
MembrosMembros
AgentesAgentes
- Streptococcus pyogenesStreptococcus pyogenes (2/3)(2/3)
- Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus (1/3)(1/3)
- Pseudomonas aeruginosaPseudomonas aeruginosa (mãos e pés)(mãos e pés)
- Haemophilus influenzaeHaemophilus influenzae (face de(face de
crianças)crianças)
Fatores predisponentesFatores predisponentes
- Lesões cutâneasLesões cutâneas
- MicosesMicoses
- DiabetesDiabetes
- AlcoolismoAlcoolismo
- ObesidadeObesidade
- GravidezGravidez
- Alterações da drenagem venosa ou linfáticaAlterações da drenagem venosa ou linfática
Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- SuperficiaisInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Superficiais- Superficiais
Celulite
21. Sinais e sintomasSinais e sintomas
- EritemaEritema
- EdemaEdema
- Aumento de temperatura localAumento de temperatura local
- DorDor
- BolhasBolhas
- AdenomegaliaAdenomegalia
- AbcedaçãoAbcedação
TerapêuticaTerapêutica
- AntibioterapiaAntibioterapia
- Elevação da área atingidaElevação da área atingida
- Evitar outros traumatismosEvitar outros traumatismos
- Fatores predisponentesFatores predisponentes
ComplicaçõesComplicações
- Linfangite e linfadeniteLinfangite e linfadenite
- SepticemiaSepticemia
CeluliteCelulite
22. Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- ProfundasInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- Profundas
Conjunto de várias doenças infecciosas distintas mas com
patofisiologia, apresentação clínica e abordagens terapêuticas
semelhantes
Fatores predisponentes:
- Doenças crónicas e/ou
imunossupressoras (diabetes mellitus,
obesidade grau III, cirrose hepática…);
- Alcoolismo e abuso de outras drogas;
- Neoplasias malignas;
- Úlceras isquémicas e de decúbito;
- Traumatismos cutâneos, cirurgias e
outras portas de entrada.
Sinais e sintomas precoces:
- Dor severa
- Febre sem outra causa
identificável
- Vesículas da pele
- Edema tenso
- Eritema
- Equimoses focais e/ou
isquemia
- Crepitações
- Parestesias
23. - Clinicamente semelhante à fasceíte
necrotizante mas a infecção é mais
superficial
- Envolve pele e gordura subcutânea
- Geralmente aparece nas 24h após uma
cirurgia
- A toxicidade não é tão grave como na
miosite necrotizante
- - Não necessita de terapêutica cirurgica
extensa, apenas de desbridamento
Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- ProfundasInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- Profundas
Celulite necrotizanteCelulite necrotizante
24. Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- ProfundasInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- Profundas
Miosite necrotizante (gangrena gasosa)
Mortalidade 25-100%Mortalidade 25-100%
♂♂:♀ 1:1:♀ 1:1
Incidência não varia com a idadeIncidência não varia com a idade
EtiopatogeniaEtiopatogenia
- Tecido muscular com massa desvitalizadaTecido muscular com massa desvitalizada
mínima (cirurgia, trauma)mínima (cirurgia, trauma)
- Colonização porColonização por ClostridiumClostridium ambientalambiental
- Produção de toxinasProdução de toxinas
- Necrose tecidularNecrose tecidular
- Toxicidade cardíacaToxicidade cardíaca
Clostridium perfringens
Clostridium septicum
Clostridium bifermentans
outros
EtiopatogeniaEtiopatogenia
- Tecido muscular aparentemente normalTecido muscular aparentemente normal
- Colonização porColonização por ClostridiumClostridium da PMNda PMN
intestinalintestinal
- Forte associação com neoplasias GIForte associação com neoplasias GI
- C. septicumC. septicum mais frequente e commais frequente e com
associação mais forte a neoplasiasassociação mais forte a neoplasias
25. - DorDor
- Febre ligeiraFebre ligeira
- ApatiaApatia
- Edema e exsudação serohemáticaEdema e exsudação serohemática
- Pele adquire tonalidade azul/negraPele adquire tonalidade azul/negra
- Vesículas e bolhas hemorrágicasVesículas e bolhas hemorrágicas
- CrepitaçõesCrepitações
- Odor adocicadoOdor adocicado
Sinais e sintomasSinais e sintomas
- Taquicardia pouco coerente comTaquicardia pouco coerente com
temperatura corporaltemperatura corporal
- HipotensãoHipotensão
- Falência renalFalência renal
- Melhoria paradoxal do estado deMelhoria paradoxal do estado de
consciênciaconsciência
- Choque cardiogénicoChoque cardiogénico
- HemóliseHemólise
Miosite necrotizante (gangrena gasosa)Miosite necrotizante (gangrena gasosa)
26. Miosite necrotizante (gangrena gasosa)Miosite necrotizante (gangrena gasosa)
Sinais e sintomas mais importantesSinais e sintomas mais importantes
- Dor intensaDor intensa
- EdemaEdema
- Vesículas e bolhas hemorrágicasVesículas e bolhas hemorrágicas
- CrepitaçõesCrepitações
- Taquicardia relativaTaquicardia relativa
- Alterações do estado mentalAlterações do estado mental
- Odor adocicadoOdor adocicado
Estudo analíticoEstudo analítico
Imagiologia (Rx eTAC)Imagiologia (Rx eTAC)
Exploração cirúrgicaExploração cirúrgica
28. Mortalidade em média 70%Mortalidade em média 70%
♂♂:♀ 3:1:♀ 3:1
38-44 anos38-44 anos
Raramente atinge criançasRaramente atinge crianças
EtiopatogeniaEtiopatogenia
- Fáscias profundas com algum grau deFáscias profundas com algum grau de
hipóxia (traumatismos, cirurgia recente,hipóxia (traumatismos, cirurgia recente,
comprometimento circulatório…)comprometimento circulatório…)
- Proliferação de bactérias aeróbias gram -Proliferação de bactérias aeróbias gram -
e anaeróbiase anaeróbias
- Comprometimento da função leucócitáriaComprometimento da função leucócitária
pela hipóxiapela hipóxia
- Produção de gases (hidrogénio, metano,Produção de gases (hidrogénio, metano,
azoto…)azoto…)
- Necrose dos tecidos envolventesNecrose dos tecidos envolventes
Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus
Bacteroides, Clostridium, PeptostreptococcusBacteroides, Clostridium, Peptostreptococcus
EnterobacteriaceaeEnterobacteriaceae
Bacteroides fragilisBacteroides fragilis
Escherichia coliEscherichia coli
Streptococcus pyogenesStreptococcus pyogenes grupo Agrupo A
Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- ProfundasInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- Profundas
Fasceíte necrotizanteFasceíte necrotizante
29. - Dor e edema sobre lesão inicialDor e edema sobre lesão inicial
- Pode não apresentar qualquerPode não apresentar qualquer
outro sintomaoutro sintoma
- Dor evolui para anestesiaDor evolui para anestesia
- Área eritematosa expansivaÁrea eritematosa expansiva
- Bordos mal definidosBordos mal definidos
- Mal estar geralMal estar geral
Sinais e sintomasSinais e sintomas
- Pele azulada, acastanhada ou enegrecidaPele azulada, acastanhada ou enegrecida
- NecroseNecrose
- Incisões revelam fáscia com aspecto verde amareladoIncisões revelam fáscia com aspecto verde amarelado
- Extensão muito rápidaExtensão muito rápida
- Produção de gás e crepitaçõesProdução de gás e crepitações
- ChoqueChoque
- Falência orgânica múltiplaFalência orgânica múltipla
FasceFasceííte Necrotizantete Necrotizante
30. Sinais e sintomas mais importantesSinais e sintomas mais importantes
- Necrose tecidularNecrose tecidular
- Descargas purulentasDescargas purulentas
- Dor intensaDor intensa
- Produção de gásProdução de gás
- Progressão rápida através deProgressão rápida através de
fásciasfáscias
- Ausência dos sinais inflamatóriosAusência dos sinais inflamatórios
clássicosclássicos
Estudo analíticoEstudo analítico
Imagiologia (TAC e RM)Imagiologia (TAC e RM)
Biópsia tecidularBiópsia tecidular
FasceFasceííte Necrotizantete Necrotizante
32. Forma de fasceíte necrotizanteForma de fasceíte necrotizante
Períneo, porções proximais dos MI e paredePeríneo, porções proximais dos MI e parede
abdominalabdominal
♂♂ 50-70 anos com comorbilidades50-70 anos com comorbilidades
Sinais e sintomasSinais e sintomas
- Prodromo de 2-7 dias com febre e letargiaProdromo de 2-7 dias com febre e letargia
- Aumento da dor, edema e eritemaAumento da dor, edema e eritema
- CrepitaCrepitaçção subcutâneaão subcutânea
- Gangrena e drenagem espontânea do conteGangrena e drenagem espontânea do conteúúdodo
purulentopurulento
TerapêuticaTerapêutica
- Especial atenEspecial atenççãoão àà anatomia doanatomia do
perperííneoneo
ComplicaComplicaççõesões
- Dor associada a erecDor associada a erecççõesões
Infeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- ProfundasInfeções das Partes MolesInfeções das Partes Moles - Profundas- Profundas
Gangrena de Fournier
33. Doença Pilonidal
Úlceras de Pressão
Úlceras de Estase
Pé Diabético
Infeção do Local Cirúrgico
Outras Infeções dos TecidosOutras Infeções dos TecidosOutras Infeções dos TecidosOutras Infeções dos Tecidos
34. Infeção adquirida
Abcesso/seio na região
sacrococcígea, que resulta do
crescimento de pêlos para
dentro da pele
Homens, brancos, 15-40 anos
Doença PilonidalDoença PilonidalDoença PilonidalDoença Pilonidal
37. Resultam de pressão
prolongada nos tecidos moles
sobre os ossos e consequente
necrose isquémica.
A maioria pode ser prevenida.
Úlceras de PressãoÚlceras de PressãoÚlceras de PressãoÚlceras de Pressão
38. Prevenção:
Os pontos de pressão devem ser aliviados;
Mudar de posição a cada 2 horas;
Camas com sistemas de flutuação.
Pesquisa diária de possíveis áreas eritematosas.
Úlceras de PressãoÚlceras de PressãoÚlceras de PressãoÚlceras de Pressão
39. Tratamento:
Difícil e prolongado
Desbridamento de todo o tecido desvitalizado
Recobrir
Locais cirurgicos devem ficar livres de pressão 2 a 3
semanas
Cura espontânea (úlceras pequenas)
Úlceras de PressãoÚlceras de PressãoÚlceras de PressãoÚlceras de Pressão
40. Aumento da
susceptibilidade a
infeções por:
Neuropatia diabética
Diminuição da sensibilidade
dolorosa
Deformidades ósseas (pé de
Charcot)
Doença arterial periférica
Isquemia crónica
Imunodeficiência
Pé DiabéticoPé DiabéticoPé DiabéticoPé Diabético
41. Profilaxia e tratamento
Controlo da diabetes
Uso de calçado adequado
Antibioterapia
Cirurgia
Pé DiabéticoPé DiabéticoPé DiabéticoPé Diabético
42. Resulta da contaminação bacteriana durante ou
após um procedimento cirúrgico.
Infeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local Cirúrgico
43. A maioria das feridas cirúrgicas é
contaminada.
A infeção raramente se desenvolve se:
a contaminação for mínima,
a lesão for pequena,
houver boa perfusão e oxigenação do tecido
subcutâneo,
não houver espaço morto.
Infeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local Cirúrgico
44. Risco de infeção:
Fatores de risco do
doente
Contaminação da ferida
Limpa (<2%)
Limpa-contaminada (2%-
5%)
Contaminada (5%-30%)
Infetada
Infeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local Cirúrgico
45. Clínica:
5º e 10º dias
Febre
Dor
Edema
Infeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local Cirúrgico
46. Prevenção:
Cirurgia cuidadosa e limpa;
Redução da contaminação;
Promover as defesas do doente.
Suturas.
Infeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local Cirúrgico
47. Tratamento:
Abrir a ferida e deixá-la drenar
Antibioterapia nas infeções invasivas
Prognóstico
Infeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local CirúrgicoInfeção do Local Cirúrgico
48. Abordagem do doenteAbordagem do doente
com infeção das partes molescom infeção das partes moles
Abordagem do doenteAbordagem do doente
com infeção das partes molescom infeção das partes moles
49. Modo de aparecimento;
Evolução cronológica;
Dor, prurido, alterações da sensibilidade;
Escorrências (supurativas, sanguinolentas, serosas);
Causa aparente…
História Clínica – Doença AtualHistória Clínica – Doença AtualHistória Clínica – Doença AtualHistória Clínica – Doença Atual
54. Atenuam a clínica, encobrindo a severidade da infeção:
A DM – estreptococcias e infecção do pé diabético;
A obesidade - infcção profunda com poucas manifestações cutâneas;
A cirrose hepática - infeção por V. vulnificus.
ComorbilidadesComorbilidadesComorbilidadesComorbilidades
55. A imunossupressão aumenta a vulnerabilidade à infeção, particularmente na
neutropenia e hospitalização recente:
Colonização por organismos multi-resistentes;
Pseudomonas - ectima gangrenosa (neutropenia).
ComorbilidadesComorbilidadesComorbilidadesComorbilidades
56. Possíveis alterações do quadro clínico:
Ausência de febre e leucocitose;
Hiperglicemia marcada e toxicidade sistémica
sugerem infecção agressiva/profunda;
Ausência de taquicardia;
História natural: aeróbios/anaeróbios →
estreptococcos do grupo B → grupo A;
Gás nos tecidos - infeção mista ou Clostridia (as
estreptococcias não produzem gás).
Diabetes MellitusDiabetes MellitusDiabetes MellitusDiabetes Mellitus
58. Exame físico cuidado e consulta precoce de cirurgia;
A variação da resistência aos antibióticos torna a terapia empírica ineficaz e exige
cultura e antibiograma seriados como guia;
A doença por Gram (-) em pessoas saudáveis é rara, mas bastante frequente nos
imunocomprometidos.
ComorbilidadesComorbilidadesComorbilidadesComorbilidades
59. A relação anatómica dos diferentes tipos de lesões;
Sinais inflamatórios:
Eritema, calor, dor e edema.
Sinais de infeção:
Flutuação;
Drenagem;
Odor…
Exame Físico - PeleExame Físico - PeleExame Físico - PeleExame Físico - Pele
64. Biopsia na celulite:
Só 20% das culturas é positivo;
A IF é muito sensível nas estreptococcias, mas cara e complicada.
BiópsiaBiópsiaBiópsiaBiópsia
65. Infeção não associada a lesão de entrada:
50% das fasceítes necrosantes e mionecroses estreptocóccica;
100% das gangrenas gasosas por C. Septicum;
Disseminação hematogénia com exteriorização cutânea tardia;
O dx e tx definitivo precoces reduzem a mortalidade e morbilidade;
A preparação extemporânea de biopsia cirúrgica reduz:
O tempo de dx de 6 dias → 21 horas;
Mortalidade de 72,7% → 12.5%.
BiópsiaBiópsiaBiópsiaBiópsia
69. Fasceíte necrosante complicada com mediastinite.Fasceíte necrosante complicada com mediastinite.
Tomografia ComputorizadaTomografia ComputorizadaTomografia ComputorizadaTomografia Computorizada
70. Ressonância Magnética NuclearRessonância Magnética NuclearRessonância Magnética NuclearRessonância Magnética Nuclear
Infeção do compartimentoInfeção do compartimento
dos adutores, complicadodos adutores, complicado
por Síndrome depor Síndrome de
Compartimento.Compartimento.
71. O apoio de Cirurgia pode ser crucial na presença de:
Sinais de toxicidade sistémica;
Bolhas arroxeadas, equimose ou epidermólise;
Sinais de necrose na TC ou RMN;
Trauma, cirurgia ou parto recentes;
Evidência de síndrome do compartimento;
Dor severa progressiva, mesmo se apirética;
Evidência clínica ou imagiológica de gás nos tecidos…
Diagnóstico CirúrgicoDiagnóstico CirúrgicoDiagnóstico CirúrgicoDiagnóstico Cirúrgico
72. Inspeção direta de fáscias e músculos;
Colheita de material de qualidade superior para:
Preparação extemporânea e coloração Gram;
Histopatologia;
Cultura;
Antiobiograma…
Desbridamento cirúrgico imediato do tecido necrótico;
Melhorar o prognóstico da lesão profunda grave, pouco sintomáticas
e tardiamente diagnosticada.
Diagnóstico CirúrgicoDiagnóstico CirúrgicoDiagnóstico CirúrgicoDiagnóstico Cirúrgico
73. A inflamação acompanha a infecção, mas é inespecífica e associa-se a
patologia não infecciosa (ex., alergias), podendo mimetizar ou ser causa
adjuvante da infeção;
A histopatologia (imunofluorescência) é útil no dx de processo não
infeccioso, mas a simetria no exame físico é um sinal forte.
Dx DiferencialDx DiferencialDx DiferencialDx Diferencial
74. OBJETIVOS E ALERTAS:
Obter (história clínica e exame físico) os elementos chave para
determinar a potencial causacausa da infecção;
Avaliar (exame físico) a profundidadeprofundidade e a severidadeseveridade da infeção;
Atentar no potencial de certas terapiasterapias e comorbilidadescomorbilidades alterarem
o quadro clínico clássico;
Realizar testes laboratoriaistestes laboratoriais para caracterizar e determinar a
etiologiaetiologia da infecção, e guiar a antibioterapiaantibioterapia empírica/definitiva;
Reconhecer os dados clínicos/laboratoriais de toxicidadetoxicidade
sistémicasistémica;
Reconhecer que as infecções das partes moles possuem etiologia
variada e podem ser confundidas com doenças não infecciosasconfundidas com doenças não infecciosas.
DiagnósticoDiagnósticoDiagnósticoDiagnóstico
75. Angeoedema;
Febre ou síndrome gripal;
Taquicardia (exagerada para a temperatura);
Hipotensão (basal ou ortostática);
Taquipneia;
Afundamento mental;
Progressão rápida da infeção;
Sinais de necrose: equimose, bolhas
violáceas, epidermólise, crepitações,
ulcerações;
HospitalizaçãoHospitalizaçãoHospitalizaçãoHospitalização
76. Linfangite;
Dor contínua, severa, evolutiva, fixa, de
difícil controlo;
Evidência de síndrome de compartimento;
Sinais de I.R.: creatinina e CPK elevadas,
hipoalbuminemia, acidose metabólica;
Hipocalcemia;
Hiperglicemia (marcada nos diabéticos);
Falência multi-orgânica…
HospitalizaçãoHospitalizaçãoHospitalizaçãoHospitalização
77. Obter o consentimento informado do paciente (ou responsável legal);
Assegurar a existência do ambiente domiciliário apropriado;
Acesso fácil e capacidade de recorrer a cuidados de saúde;
Disponibilidade de pessoal de enfermagem creditado na administração e.v.
e cuidados médicos 24h por dia…
AmbulatórioAmbulatórioAmbulatórioAmbulatório
79. Sem sinais sistémicos ou comorbilidades, usar antibioterapia anti
estafilococcica e estreptococcica:
Mediante baixo risco de MRSA:
Nafcilina/dicloxacilina e.v.;
Cefalosporina oral (cefuroxima, cefpodoxima, cefadroxil…);
Azitromicina/claritromicina e.v.;
Ampicilina/sulbactam e.v. e depois amoxicilina/clavulanato oral;
Nova fluroquinolona (levofloxacina, moxifloxacina…);
Clindamicina…
Tratamento EmpíricoTratamento EmpíricoTratamento EmpíricoTratamento Empírico
80. Mediante alto risco de MRSA:
Vancomicina e.v.;
Oxazolidinona (linezolido) e.v. ou oral;
Regime ambulatório:
Cefalosporina: ceftriaxona (1x dia) ou cefazolina (2x dia
ou 1x dia + probenecide oral);
Infusão de 24h com outros antibióticos, com acesso i.v.
adequado (ex. catéter venoso central);
Dar prioridade ao tx ambulatório sempre que possível.
Tratamento EmpíricoTratamento EmpíricoTratamento EmpíricoTratamento Empírico
81. Remoção cirúrgica da fáscia friável e músculo escurecido não
sangrante e sem abalos;
Alargar o desbridamento cirúrgico até atingir tecido viável;
Reparar possíveis danos vasculares.
Tratamento CirúrgicoTratamento CirúrgicoTratamento CirúrgicoTratamento Cirúrgico
82. Amputação:
Infeção invasiva e virulenta de comportamento maligno;
Inviabilidade tecidular por lesão vasculonervosa…
Tratamento CirúrgicoTratamento CirúrgicoTratamento CirúrgicoTratamento Cirúrgico
86. Na infeção grave com toxicidade sistémica:
Fluidoterapia na hipotensão, azotemia e acidose metabólica;
Hipertensores quando sem resposta aos fluidos;
Monitorização intensiva (UCI);
Oxigenoterapia;
Ventilação mecânica;
Hemodiálise (IRA);
Oxigénio hiperbárico;
Plasmaferese;
Imunoglobulinas IV;
PCR.
Terapia adjuvanteTerapia adjuvanteTerapia adjuvanteTerapia adjuvante
87. Prevenir a infeção secundária a lesão traumática;
Traumatismo ligeiro:
Queimaduras, escoriações, abrasões ou lesões de impacto;
Flora cutânea (S. aureus e estreptococcos do grupo A);
Limpeza simples com sabão bactericida é suficiente em
pessoas saudáveis.
Pé diabético:
Limpeza agressiva e antibioterapia;
Educar para lesões de causa neuropática, higiene, calçado
protetor, inspeção e tx precoce.
PrevençãoPrevençãoPrevençãoPrevenção
88. Lesão profundas (esmagamento ou fracturas expostas),
com lesão vascular ou contaminação evidente pelo solo
com:
Limpeza cirúrgica profunda da ferida;
Remoção de todo o material estranho;
Re-anastomose vascular;
Irrigação abundante com soro fisiológico;
Antibioterapia;
Deixar a ferida aberta;
Assegurar-se da imunização ativa contra o tetano…
PrevençãoPrevençãoPrevençãoPrevenção
89. Educar os pacientes com comorbilidades adjuvantes nas medidas
de higiene preventivas:
O pé diabético na DM;
Bypass da veia safena;
Linfedema crónico mastectomia, prostatectomia radical e
radioterapia;
Insuficiência venosa crónica;
Infecção fúngica crónica dos pés.
PrevençãoPrevençãoPrevençãoPrevenção
90. Avaliação cautelosa antes, durante e após o tx, procurando sinais de
recidiva:
Sinais de drenagem persistente;
Cultivar a drenagem para identificação do agente e antibiograma;
Rx ou TC para excluir infecção profunda, corpo estranho ou osteomielite;
A fisioterapia é vital na recuperação dos sobreviventes sujeitos a limpeza
radical ou amputação;
A consulta de medicina física e de reabilitação avalia a necessidade de
prótese, reabilitação, reaprendizagem…
SeguimentoSeguimentoSeguimentoSeguimento
Editor's Notes
A pluralidade etiológica e o dx diferencial (bactérias, fungos, parasitas, e vírus) exigem uma história clínica cuidadosa e detalhada quanto às exposições. (ex., história de mordedura de gato sugere infecção por P. multocida ).
A pluralidade etiológica e o dx diferencial (bactérias, fungos, parasitas, e vírus) exigem uma história clínica cuidadosa e detalhada quanto às exposições. (ex., história de mordedura de gato sugere infecção por P. multocida ).
(iatrogénica ou não)
Recorrer a exames laboratoriais e imagiológicos mesmo se a apresentação clínica não sugerir patologia grave.
(pele roxa/negra esverdeada)
A Gram guia o tx empírico e o dx de infecção grave de clínica frustre: Clostridia ou estreptococcus do grupo A; NOTA A cultura de pele superficial é ambígua devido à flora cutânea;
A fasceíte necrosante fulminante estreptococcica associam-se a 30%-70% de mortalidade e 50% não exibe uma porta de entrada evidente. A infecção parece começar profundamente por inoculação hematogénea de um trauma minor (contusão, rotura muscular, torção ligamentar…). A dor severa é a queixa inaugural frequente e motiva a prescrição de narcóticos, protelando o dx até à evidência de bolhas na pele, hipotensão e falência multi orgânica; Terapias:imunossupressão.
Remoção de toxinas e de citocinas inflamatórias (?) Substituição de factores plasmático Oxigénio hiperbárico Pressão a 3atm Poderá melhorar a resposta leucocitária Bacteriostático, inibidor do crescimento de anaeróbios e da produção de toxina alfa por Clostridium Pró-angiogénico Não deve adiar o tratamento cirurgico
Encerramento de lacerações sob tecido traumatizado (impacto, esmagamento ou fractura cominutiva exposta) aumenta o risco de infecção anaeróbia grave (gangrena gasosa por C. perfringens ); Lesões associadas com comprometimentoi vascular tem o risco mais elevado de infectar com Clostridia , e desenvolver gangrena gasosa.