Amália Rodrigues (1920-1999) foi a maior fadista portuguesa, nascida em Lisboa. Começou a cantar profissionalmente em 1939 e tornou-se uma estrela internacional, se apresentando em locais como Paris, Londres, Nova York e Hollywood. Ela ajudou a popularizar o fado em todo o mundo e recebeu muitos prêmios e honrarias por sua contribuição à música portuguesa.
2. Amália Rodrigues
Nasceu em 1920, no bairro da Mouraria, em
Lisboa. Os seus pais eram naturais da Beira
Baixa e foram para Lisboa, em busca de uma
melhor qualidade de vida. Amália foi a quinta
filha deste casal e tinha mais oito irmãos e
irmãs.
Em 1921 os seus pais regressaram à Beira
Baixa, por graves dificuldades económicas.
Amália ficou com os seus avós, e os seus pais
e irmãos partiram.
3. Amália Rodrigues
Em 1929 cantou pela primeira
vez. Este ano também é
marcado pelo regresso dos
seus pais a Lisboa, embora
Amália continue a viver com
os seus avós.
1932 começou a trabalhar
como bordadeira, depois de
sair da escola.
1934 voltou à casa dos seus
pais e irmãos, perto do Rio
Tejo, em Lisboa.
4. Amália Rodrigues
No ano de 1935, Amália começou a trabalhar com a
sua irmã Celeste e com a sua mãe na venda de
fruta. E, numa festa, cantou pela primeira vez, e
nunca mais deixou de o fazer!
Em 1938 competiu num concurso Da rainha do
Fado do Bairro mas, acabou por desistir pois as
restantes concorrentes ameaçaram a organização
que não cantavam, se Amália cantava. No mesmo
ano conheceu Francisco da Cruz com quem se
casou em 1940.
5. Amália Rodrigues
Em 1939 estreou-se no Retiro da Severa,
como fadista profissional. E é um sucesso.
Imediatamente passou a cabeça de cartaz.
Em 1940 estreou-se nos palcos no Teatro
Maria Vitória na revista Ora Vai Tu!. Amália
foi a atracção convidada. Inventa a fadista
vestida de negro com xaile negro.
6. Amália Rodrigues
1941 - Cantou na Cervejaria Luso,
recebeu um conto de réis por
actuação, quantia nunca antes
paga. Foi atracção da revista do
Teatro Variedades Espera de Toiros,
onde Amália interpreta três fados.
1942 – Estreou-se no Variedades da
revista Boa Nova, interpretou
quatro fados e cuja canção
–”Título” é mais um êxito.
7. Amália Rodrigues 1943 inicou a sua
carreira fora de
Portugal, em
Madrid, onde
conheceu, também,
a música flamenga,
a qual muito
gostou. Separou-se
de Francisco Cruz e
regressou a casa
dos seus pais.
Estreia do filme “Capas negras” (1947)
8. Em 1944 actuou pela primeira
vez no Brasil, no casino de
Copacabama. Estava prevista
uma estadia de seis semanas
e, com o sucesso que obteve,
ficou cerca de três meses.
Regressou a Portugal
somente com a promessa de
regressar no ano seguinte.
No ano de 1945 regressou ao
Brasil, onde foi a
protagonista de de “Boa
Nova”. Amália nesse ano os
seus primeiros discos, o que
não lhe era recomendado
pelo seu agente, em
Portugal, que preferia que
cantasse ao vivo.
9. Amália Rodrigues
Em 1946 regressou a
Portugal, a Lisboa.
Em 1947 participou na
revista “Se aquilo que a
gente sente” e no filme
“Capas Negras”.
Participou, também, em
Madrid num outro filme,
chamado “10 Fados”.
Em 1948 recebeu um
premio SNI por melhor
actriz no filme “História
de uma cantadeira”.
10. Amália Rodrigues
1949 cantou pela primeira
vez em Paris, (no Chez
Carrère), Londres (no Ritz),
Rio de Janeiro e S. Paulo.
1952 cantou em Nova
Iorque, na boite La Vie En
Rose, por cuatro meses .
Recibeu convites para
cantar na Broadway, em
inglês. Cantou, também, em
Genebra, Lausana e Madrid.
11. Amália Rodrigues
1953 cantou no México e foi a primeira
cantora portuguesa a aparecer na televisão
NBC em Nova York.
1954 cantou em Hollywood no Mocambo;
foi convidada para participar como actriz no
filme “Os amantes do Tejo”, um filme
francês e realizado em Lisboa e Lisboa. Em
Portugal o filme estreou em 1955. Nesse ano
Amália foi viver para a rua S. Bento onde
permaneceu até à sua morte.
12. Amália Rodrigues
Em 1956 cantou na Bélgica, Argélia, México e
Brasil e no ano de 1957 cantou em França,
Suécia, Suíça e Venezuela.
Em 1958 cantou pela primeira vez na
televisão portuguesa.
1959 recebeu uma medalha de honra na
cidade de Paris. Neste ano cantou em
França, Espanha, Tunísia, Argélia, Grécia e
Israel.
13. Amália Rodrigues
1961 casou-se o brasileiro
César Seabra, engenheiro,
que conheceu seis anos
antes. Nesse ano jurou que
se dedicava ao lar e que
deixava de cantar. Viveu 10
meses no Brasil.
Em 1962 participou em muitos outros filmes e
cantou novas canções como “Estranha Forma
de Vida”, “Povo Que lavas No Rio”.
14. Amália Rodrigues
Em 1966 participou num júri para o Festival da
Canção do Rio de Janeiro. Nesse ano, actuou em
Israel, Brasil, África do Sul, Angola e Moçambique.
Também cantou na inauguração da Ponte sobre o
Rio Tejo. Recebeu o prémio Pozal Domingues
pelo seu disco "Fandangueiro“
Em 1967 foi considerada a melhor cantora de
música ligeira pela enciclopédia Laurosse. Serge
Reggiani afirmou mesmo que Amália é alguém
que pertence aos portugueses, mas também
pertence ao mundo.
15. Amália Rodrigues
1968 cantou na Roménia, Espanha, França e
Canadá. Recebeu do estado espanhol a Ordem
de Isabel, a Católica, laço de dama.
Entre 1969 a 1985 continuou o seu percurso pelo
mundo, como Itália, Holanda, África do Sul,
Zimbabué, Argentina. Recebeu, igualmente,
muitos prémios, por exemplo, a medalha de
ouro da cidade de Lisboa e de França recebeu a
Ordem das Artes e das Letras. Em Toronto, o dia
de sua morte, 6 de Outubro, está consignado
como dia oficial de Amália Rodrigues.
16. Amália Rodrigues
Desde 1986 até 1995 gravou várias canções, que
contribuíram para o seu grande sucesso, como as
canções: “Cantigas da Boa Gente”, “Fado
Português”, “Oiça Lá ó Senhor Vinho”, “Amália”,
“Maldição”, “Cantigas numa Língua Antiga” .
Manteve o seu percurso artístico por todo o mundo,
por exemplo, Japão, Luxemburgo, Reino Unido.
Em 1996 encontrava-se bastante doente. Em 1997,
o seu marido, César Seabra, morreu, colocando fim
a um casamento de 36 anos.
17. Amália Rodrigues
Em 1999 Amália
Rodrigues morreu, em
Lisboa, no dia 6 de
Outubro, com 79 anos
de idade.