SlideShare a Scribd company logo
1 of 64
PRINCIPAIS TEORIAS DOPRINCIPAIS TEORIAS DO
DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
HUMANOHUMANO
Introdução
Professor(a), em seu trabalho diário com as
crianças, você deve sempre se perguntar:
- Como elas aprendem?
- Quais são as melhores intervenções para que elas
ampliem seus conhecimentos?
- Que práticas são as mais adequadas para que elas
aprendam?
Introdução
Há tanto para saber neste mundo! Matemática,
Linguagem... e tantos outros saberes.
O papel da escola é, sobretudo, ampliar a
sociabilidade das crianças, contribuindo para que
sejam pessoas ativas, falantes, que expressem suas
opiniões e que elaborem intervenções na
realidade, no sentido de transformá-la.
Introdução
Hoje, estudos e pesquisas apontam que o
desenvolvimento humano se dá como um
processo de apropriação da experiência
histórico-social pelo homem.
Mas,nem sempre foi assim. Essa visão é
resultado da evolução de várias teorias.
Teoria InatistaTeoria Inatista
Você já ouviu algumas destas frases:
“Filho de peixe, peixinho é.”
“Pau que nasce torto,
morre torto.”
“Quem nasceu para
burro nunca chega
para cavalo”
 Seu precursor foi o Filósofo Platão.
 Para ele o indivíduo nasce com cargas genéticas
isto é , com conhecimentos prévios como:
aptidões, conceitos,habilidades,conhecimentos e
qualidades.
Teoria InatistaTeoria Inatista
O Desenvolvimento na visãoO Desenvolvimento na visão
inatistainatista
 Os fatores hereditários são preponderantes para
o desenvolvimento da criança;
A experiência e a aprendizagem são deixadas em
segundo plano;
A inteligência e as aptidões individuais são
herdadas dos pais e estaria prédeterminada no
nascimento.
Consequências da Teoria
Inatista para a prática escolar
 Segundo esta teoria a escola não tem muito o que fazer, já
que o aprendizado vai depender dos traços que de
comportamento que a criança traz quando nasce.
 As características individuais da criança como agressividade,
sensibilidade ou dificuldade de aprendizagem, por exemplo,
são vistas como traços inatos, que não poderão ser
modificados pela educação escolar.
 A aprendizagem da criança dependia de seus dons. Se ela
não herdou o dom , nunca vai aprender, seria incapaz de
aprender.
Professor(a), em sua prática, você pode perceber
que não é assim que acontece. Embora
as crianças possam aprender de formas diferentes,
todas são capazes de aprender
Atividade 1
Você em seu cotidiano ou na sua vida escolar, encontra ou
encontrou alguma situação, ou até mesmos outras frases
que nos remetam a essa teoria? Você pode descrevê-las.
Teoria AmbientalistaTeoria Ambientalista
Você já ouviu essas frases:
O desenvolvimento do ser humano depende
principalmente do seu ambiente, dos estímulos do meio
em que ele vive, das experiências pelas quais ele passa.
O desenvolvimento do ponto
de vista da teoria
comportamentalista
 O homem nasce como uma folha em branco
 O ambiente e as experiências são fatores determinantes
do comportamento humano;
 A criança nasce sem características psicológicas, seria
como uma massa a ser modelada, estimulada e corrigida
pelo meio em que vive.
 O desenvolvimento seria resultado das múltiplas
aprendizagens acumuladas durante a vida;
O desenvolvimento do ponto
de vista da teoria
comportamentalista
 O professor é quem detém o saber, a verdade.
 O saber está com o(a) professor(a) e, portanto, ele(a)
precisa transmitir o conhecimento para a criança, que
recebe de forma passiva.
 O aprendizado é obtido por meio da cópia , seguido de
memorização.(Prática –quando se tornam hábitos).
 Educar alguém seria moldar o seu comportamento, seu
caráter, seu conhecimento, dando à criança tudo aquilo que
ela não tem.
 Teoria Ambientalista acredita que a criança aprende
através de TREINAMENTO.
 A prática pedagógica estaria voltada para aquisição de
determinados CONHECIMENTOS E VALORES PRÉ-
ESTABELECIDOS.
 O papel do(a) professor(a) seria ESTIMULAR A
CRIANÇA a responder aquilo que ele está pedindo,
SEM QUESTIONAMENTO.
 Essa teoria acredita que o meio é responsável pela
formação do sujeito, sendo o ADULTO QUEM VAI
CONTROLAR tudo o que a criança deve aprender.
 Através de TESTES, É AVALIADO se a criança
absorveu a informação corretamente
Consequência para a Educação:
- Organização das atividades através de pequenos passos;
- O reforço dado pelas notas;
- Distribuição de prêmios para os alunos exemplares.
- O professor é o detentor absoluto do conteúdo e pode
programa-lo;
- O aluno é passivo;.
Atividade 2
Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz:
– As crianças são como uma tela em branco. Nós,
professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende de
nós o quadro que será pintado nessa tela.
Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria
Ambientalista?
Atividade 2
Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz:
– As crianças são como uma tela em branco. Nós,
professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende de
nós o quadro que será pintado nessa tela.
Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria
Ambientalista?
A Teoria Ambientalista não foi suficiente para explicar o
desenvolvimento humano porque, ao considerar a criança como
passiva, podendo ser controlada ou manipulada pela situação,
desconsiderava sua capacidade de compreender, raciocinar, contestar,
deduzir, fantasiar, ter desejos, imaginar etc.
Teoria Interacionista
Valoriza a experiência.
Acredita que através dela a criança aprende a olhar as
situações de diferentes perspectivas.
Através da experiência a criança aprende a ir em frente na
busca por certos objetivos, considera a resposta do outro,
das pessoas com as quais interage, adulto ou criança, que
indicam sua posição ou ponto de vista.
Os interacionistas não concordam:
 com os inatistas porque estes desprezam o papel do
ambiente.
com os ambientalistas porque estes ignoram fatores
maturacionais.
Os interacionistas levam em conta tanto os aspectos
inatos quanto influências do ambiente no desenvolvimento
humano.
Para os interacionistas, é através da interação com outras
pessoas mais experientes que a criança vai construindo
suas características (sua maneira de pensar, sentir e
agir) e sua visão de mundo (seu conhecimento).
Atividade 3
Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina”
e o que estudamos sobre a Teoria Interacionista?
Atividade 3
Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina”
e o que estudamos sobre a Teoria Interacionista?
Na história “Pedro e Tina”escrita por Stephen Michael King
encontramos um exemplo clássico da teoria interacionista.
A troca de experiências das duas crianças resultou em uma
construção do desenvolvimento de cada uma.
Teoria InteracionistaTeoria Interacionista
ConstrutivistaConstrutivista
O estudioso Jean Piaget, tentando entender como a
criança aprende, pesquisou como se desenvolve o
pensamento humano desde o nascimento da criança até a
adolescência.
 Em suas pesquisas na área da Psicologia, Piaget buscava
responder a seguinte questão:
Como as pessoas passam de um estado de menorComo as pessoas passam de um estado de menor
conhecimento para um estado de maior conhecimento?conhecimento para um estado de maior conhecimento?
Piaget estudou como :
Nasce o PENSAMENTO
ABSTRATO:
um conhecimento
independente da ação do
homem sobre os objetos
como é gerado o
CONHECIMENTO LÓGICO,
mental.
Este projeto de estudo piagetiano é denominado
epistemologia genética
.
ESPISTEMOLOGIA GENÉTICA.
Piaget
pesquisou a origem do conhecimento
científico no homem.
O conhecimento não está pronto antes da relação do homem com
o meio, mas é construído nessa relação.
Por isso, sua teoria é denominada Construtivismo
CONCEITOS BÁSICOS DA
EPISTEMOLOGIA
GENÉTICA
Piaget apoia sua teoria em três grandes eixos:
 o processo de conhecimento e os objetos a serem
conhecidos adaptam-se uns aos outros;
O conhecimento é fruto de um processo de construção;
 O conhecimento nasce e é elaborado através dos
interações que o sujeito estabelece com o meio.
Esses eixos nos mostram que o ato de conhecer é
construído e estruturado a partir daquilo que se vivencia
com os objetos de conhecimento.
Mas de que maneira os objetos presentes no mundo podem ser
conhecidos? Para Piaget, isto ocorre através da ação do sujeito.
Essa ação procura fazer com que o sujeito se adapte ao meio
através de dois processos, chamados por ele de assimilação e
acomodação.
ADAPTAÇÃO
ASSIMILAÇÃO + ACOMODAÇÃO
ASSIMILAÇÃO
O sujeito procura conhecer o
objeto, trazendo-o para dentro de
seus referenciais e usando
competências que já possui, ainda
que sejam insuficientes para
responder ou “dar conta” da
situação nova.
é o movimento de buscar
incorporar o objeto novo às
estruturas de conhecimento
ACOMODAÇÃO
Quando o sujeito se modifica em
função do movimento assimilador,
tendo em vista superar o desafio
que o novo objeto traz.
É a mudança nessas estruturas
decorrente da tentativa de
assimilar o novo
Para Piaget, a relação do sujeito com os objetos do mundo
físico é uma relação de equilibração
Isto quer dizer que o processo de conhecer tem início com
o desequilíbrio entre o sujeito e a sua realidade.
Os objetos apresentam um problema ou desafio para o
sujeito, gerando um desequilíbrio.
Este desequilíbrio leva o sujeito a agir sobre o objeto
com o propósito de restabelecer o equilíbrio.
Piaget elaborou um modelo explicativo para o surgimento do
pensamento no início da vida do ser humano. Sua observação partiu
dos comportamentos reflexos.
Os reflexos possibilitam uma primeira adaptação do bebê ao
ambiente em que vive. É através deles que as crianças assimilam
objetos do cotidiano, como a mamadeira, o seio materno, os bichinhos
de pelúcia etc.
Esse contato com o meio vai transformando os reflexos, dando origem
aos esquemas de ação puxar, pegar, sugar, empurrar, etc.
É por meio da exploração ativa da criança em seu meio que o
desenvolvimento cognitivo tem início
os fatores que impulsionam o desenvolvimento segundo a teoria
piagetiana são:
Maturação orgânica: condição imprescindível porque permite o
aparecimento de novas condutas durante o desenvolvimento.
A experiência: A experiência física com os objetos nos permite obter
informações de suas propriedades
Transmissão social – as informações que nos são passadas por
diversos meios contribuem para modificar nossos esquemas,
permitindo que avancemos em nosso desenvolvimento intelectual.
Processo de equilibração – é o fator determinante que permite
explicar o desenvolvimento intelectual. Todos nós temos uma
tendência a buscar o equilíbrio nas trocas que fazemos com o meio
Desenvolvimento das
estruturas cognitivas
Para Piaget, o desenvolvimento humano se caracteriza por
uma série de equilibrações sucessivas que nos levam a
maneiras de pensar e agir cada vez mais complexas.
Esse processo apresenta estágios ou períodos que se
definem pela organização de uma estrutura e que se
sucedem em uma ordem fixa, de maneira que um estágio
sempre é integrado ao seguinte.
1º PERÍODO – SENSÓRIO-MOTOR ( do nascimento até aproximadamente 2 nos)1º PERÍODO – SENSÓRIO-MOTOR ( do nascimento até aproximadamente 2 nos)
- período da inteligência prática, anterior à linguagem.
- Caracteriza-se pela ação do sujeito sobre o meio (primeira ação para o próprio corpo e
depois para os objetos), tendo como recursos as sensações e os movimentos.
- O mundo é algo a experimentar e conhecer através dos órgãos do sentido e das ações
físicas/corporais sobre os objetos.
- não há representações, ou seja, imagens mentais das coisas que cercam a criança.
- A criança está presa à experiência imediata, a presença física dos objetos,
- Os modos de agir que se desenvolvem são todos esquemas de ação: olhar, agarrar,
morder, e assim por diante.
- predomina a assimilação
2º PERÍODO – PRÉ-POPERATÓRIO (aproximadamente entre 2 e 7 anos)
- caracteriza-se pelo aparecimento das primeiras representações/imagens mentais;
- é nesse período que tem início o processo de socialização da criança e a linguagem;
- a linguagem oral progride
- Entre 3 e 6 anos, mais ou menos, os antigos esquemas de ação são transformados em
esquemas representativos,
- - tem início a atividade simbólica, que se caracteriza pela capacidade da criança de tornar
presentes objetos e pessoas ausentes, através da imitação e do faz de conta.
- a lógica das percepções predomina sobre as operações mentais e a lógica mental nas crianças
de até 7 anos.
3º PERÍODO – OPERATÓRIO-CONCRETO (aproximadamente entre 7 e
11 anos)
- As operações lógicas são ações mentais que possibilitam as crianças
fazer constatações e construir explicações.
- Essas ações são regidas por regras, como é o caso da reversibilidade,
que é a capacidade de fazer o movimento inverso, voltando ao ponto de
partida.
- Essa capacidade marca a entrada da criança no período das operações
concretas.
- A percepção passa a ser regida pela lógica.
4º PERÍODO – OPERAÇÕES FORMAIS (a partir dos 12 anos)
- É somente a partir da adolescência que o ser humano adquire a
capacidade de pensar sobre os conceitos abstratos.
- as operações lógicas agora são aplicadas a hipóteses formuladas em
palavras.
- O adolescente não tem a necessidade de estar diante dos objetos
concretos para pensar sobre a realidade.
- Outra caraterística da adolescência é a metacognicação, ou seja,
capacidade de fazer uma reflexão sobre a capacidade de refletir.
As implicações das
descobertas de Jean Piaget
na sala de aula
- Revolucionou a noção de sujeito e aprendiz;
- Mostrou a importância da criança e do adolescente para
que haja construção do conhecimento;
- Mudou o modo de pensar e de fazer escola;
- Problematizou a questão do erro e do acerto;
- Mostrou que a escola é o lugar de aprender a perguntar
sobre os mistérios do mundo
- Trouxe consequências para a organização e planejamento das atividades escolares:
1) Os conceitos tem gênese, apropriá-los requer um longo processo que envolve a
ação dos sujeitos e tempo de elaboração.
2) O conhecimento é construído e, essa construção se dá no encontro com a
herança genética e com o meio.
3) Nem todo erro é igual:
- Erro comum (falta de informação)
- Erro construtivo (o próprio erro é fonte de construção de conhecimento) . Ele
mostra que a criança está seguindo suas próprias concepções a respeito da
realidade. É o esforço que esta faz para aprender.
O erro faz parte da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo.
4) A fala e a escrita são processos indispensáveis na construção o
conhecimento;
5) O aluno precisa ser imerso no conhecimento e não apenas repetir o
professor tem a dizer.
Atividade 4
Você seria capaz de identificar, em sua prática, um erro
construtivo? Tente descrevê-lo e explicar por que você o
considera um “erro construtivo”.
Teoria Sócio-Interacionista
Tem como principal representante Lev Vygotsky
 Vygotsky, em suas pesquisas na área da Psicologia,
buscava compreender como o sujeito torna-se capaz de
produzir símbolos, ou seja, a linguagem, que lhe permite
organizar-se na realidade e comunicar-se.
Desde seu nascimento, a partir de suas relações com o
outro, a criança vai se apropriando das significações
socialmente construídas.
Teoria Sócio-Interacionista
 Aprendemos a ser homens fazendo parte de uma cultura
humana.
 Consideram o ser humano como o resultado de uma
tensão permanente entre o que eles chamaram de linha de
desenvolvimento biológico, e linha de desenvolvimento
cultural.
O desenvolvimento biológico diz respeito a nossa herança
natural. Viemos ao mundo dotados de funções mentais
elementares.
Em um nível elementar, as funções mentais operam de forma
espontânea, sem intencionalidade e controle da vontade da
criança, como a memória, a inteligência prática, a percepção, a
atenção são exemplos dessas funções.
No curso do desenvolvimento, através da interação que o
sujeito tem com seu meio de cultura, essas funções vão
amadurecendo e se transformando em funções superiores.
Essas funções são processos psicológicos usados
intencionalmente, por todo ser humano, para desenvolver-se.
As ferramentas utilizadas no processo de mediação são os
instrumentos e os signos.
Instrumentos são criações humanas que auxiliam no processo
de significação do meio de cultura, assim como potencializam
as ações humanas em todos os momentos de nossa vida.
Exemplo: A enxada, o arado, as máquinas.
Signos são instrumentos internos, que servem para nos
comunicarmos uns com os outros, assim como para
categorizarmos e organizarmos o mundo. Exemplo: A
linguagem falada, os gestos, a escrita, a linguagem matemática.
Atividade 5
Analise essa história da Menina Lobo tomando como
referencial a discussão feita por Vygotsky sobre as relações
entre o desenvolvimento biológico e histórico-cultural.
Atividade
Analise essa história da Menina Lobo tomando como
referencial a discussão feita por Vygotsky sobre as relações
entre o desenvolvimento biológico e histórico-cultural.
O desenvolvimento é entendido por Vygotsky como um
processo de internalização dos modos de pensar e agir de
uma determinada cultura.
As aptidões biológicas estavam presentes na menina lobo,
mas, não foram desenvolvidas
.
A internalização é um processo pelo qual o que está externo ao
indivíduo (ações, reflexões), entre as pessoas (em um nível
interpsicológico), se transforma em algo interno (conceitos,
compreensão de si e do mundo), dentro da pessoa (em um
nível intrapsicológico).
Vygotsky instituiu dois níveis de desenvolvimento:
- O nível de desenvolvimento real, que são aquelas atividades
ou tarefas que a pessoa é capaz de realizar sozinha;
- O nível de desenvolvimento potencial, que são aquelas
atividades ou tarefas que a pessoa é capaz de realizar com a
ajuda de alguém mais experiente.
Vygotsky ressalta que a distância entre o nível real e o
potencial configura a zona de desenvolvimento proximal (onde
ocorrem as aprendizagens).
O que a criança hoje faz com ajuda, amanhã fará sozinha.
A aprendizagem precede e impulsiona o desenvolvimento,
criando o que ele denominou de zona de desenvolvimento
proximal, que seria a distância entre o que a criança pode fazer
sozinha e o que faz com a ajuda de outra pessoa.
Vygotsky não sugere estágios ou etapas através dos quais a
criança vai progredindo.
Seu olhar para o desenvolvimento não obedece a uma linha
reta
A criança é um ser social desde que nasce e, ao longo do
desenvolvimento.
Para nós, professores(as), o grande valor dos conceitos de
Vygotsky está nas interações sociais. A valorização das trocas
entre as crianças de um grupo e de grupos diferentes (de
diferentes idades e momentos evolutivos) serve como
incentivo no desenvolvimento de cada uma.
Teoria do desenvolvimentoTeoria do desenvolvimento
de Henry Wallonde Henry Wallon
Wallom buscava compreender a base orgânica e cerebral
das funções psíquicas que investigava. Interessava a ele
saber onde se localizava na mente material, no cérebro,
funções tais como a memória, a afetividade, o
comportamento social.
Segundo Wallon, para a compreensão do desenvolvimento infantil não bastam os
dados fornecidos pela psicologia genética.
É preciso recorrer a dados provenientes de outros campos de conhecimento como a
neurologia, psicopatologia, antropologia e a psicologia infantil, campos estes de
comparação, privilegiados por ele.
É por meio da emoção que se estabelecem as relações entre o organismo e o meio.
O componente orgânico depende do meio social para ser atendido em suas
necessidades de sobrevivência.
A emoção é orgânica, significa que é a primeira manifestação do psiquismo, que vai
realizar “a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva,
racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é social”
A partir das ideias elaboradas por Wallon, podemos entender
que, na base orgânica do corpo humano, o Sistema Nervoso, as
conexões cerebrais modificam-se à medida que o ser humano
relaciona-se socialmente.
propôs três centros que se entrelaçam diferentemente ao
longo do desenvolvimento da criança: a afetividade, a
motricidade e a cognição
Considerava que a escola deveria perceber a criança como um
ser total, concreto e ativo e de manter-se em contato com o
meio social.
Estágios do Desenvolvimento Mental
1º Estágio - Impulsivo-emocional (até 2 anos)
Num período inicial do desenvolvimento no recém-nascido,
predomina a afetividade (a inteligência ou cognição não se
separa da afetividade).
 a afetividade, isto é, a possibilidade de afetar e ser afetado nas
relações, predomina nesse momento.
Nesse processo, Wallon reconhece algo como um “diálogo
tônico”, ou seja, uma espécie de conversa entre o bebê e o
adulto por intermédio não só das palavras, mas do tônus
corporal, da expressão facial, dos gestos, do contato físico
Estágios do Desenvolvimento Mental
1º Estágio - Impulsivo-emocional (até 2 anos)
o bebê não discrimina o que é ele e o que é o mundo, a mãe, os
objetos. Aos poucos, mergulhado nas interações sociais, vai
surgindo uma diferenciação. Quando o adulto se relaciona com o
bebê dizendo “você é esse”, quando brinca de sumir e
reaparecer atrás de um pano, quando nomeia as coisas e ações
do bebê, quando o toca, olha e sorri, contribui na sua
discriminação naquela realidade – o que é o bebê, o que é o
mundo (objetos, mãe, pai etc.)
2º Estágio -Sensório-motor e projetivo: vai até os 3 anos.
O deslocamento do corpo no espaço com cada vez mais
desenvoltura e segurança, gera o ato mental.
As primeiras ideias mentais das crianças nascem em seus
movimentos.
a intensa motricidade vai sendo inibida pelo ato mental, pelo
funcionamento cognitivo. Na verdade, o ato interioriza-se, desloca-
se de fora, do motor, ligado aos objetos físicos, para o mental,
ligado à atividade interna da criança.
Ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O
termo projetivo refere-se ao fato da ação do pensamento precisar
dos gestos para se exteriorizar.
O ato mental "projeta-se" em atos motores.
3º Estágio - Personalismo: dos 3 aos 6 anos.
Desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as
interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas
pessoas;
◦ Construção da consciência de si pela interação social (é a
diferenciação psíquica da criança em relação ao outro);
◦ Necessidade de manifestação expressiva (espaço e permissão
para a ação);
◦ A criança já se auto denomina “eu”, “mim”;
◦ Marcada por 3 fases:
 Oposição - A criança precisa se opor ao outro para demarcar
seu espaço, em busca da afirmação de si.
 Sedução - criança sente necessidade de ser admirada
 Imitação - criança busca incorporar o outro imitando-o
4º Estágio - Categorial: (6-11 anos) cognitivo – construção do real
Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as
coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior;
◦ Pensamento pré-categorial até os 9-10 anos;
◦ Capacidade de autodisciplina mental (atenção);
◦ Inteligência discursiva;
◦ A formação de categorias intelectuais possibilita à criança a
identificação, a análise, a definição e a classificação dos
objetos ou acontecimentos .
◦ Aquisição da capacidade conceitual.
5º Estágio - Predominância funcional: Adolescência (11-12
anos) afetivo – construção de si
◦Ocorrência de modificações fisiológicas impostas pelo
amadurecimento sexual;
◦Necessidade de reorganização do esquema corporal;
◦Nova definição dos contornos da personalidade;
◦Envolve questões pessoais, morais e existenciais.
A Emoção na teoria de Wallon
A afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas
cognitivas e as possibilita, daí a afirmação de que estimular a
afetividade é nutrir a inteligência;
A emoção, tipo particular de manifestação afetiva, é o primeiro
recurso de que o ser humano dispõe para comunicar-se e
interagir com o outro;
As emoções são expressivas e contagiosas;
As emoções são antagônicas às atividades reflexivas: “A razão
nasce da emoção e sobrevive de sua morte”
O Movimento na teoria de Wallon
As necessidades de movimento, e as necessidades posturais são
imprescindíveis ao desenvolvimento infantil;
“Quem sustenta o pensamento no início é a motricidade, que
será depois inibida por ele.” (DANTAS, 1990);
A redução da motricidade exterior e o progressivo ajustamento
do movimento ao mundo físico está ligada, também, à
possibilidade de controle voluntário sobre o ato motor.
O controle da criança sobre suas próprias ações, o que Wallon
denominou de “autodisciplinas mentais”, é um processo lento e
gradual que depende de fatores orgânicos e sociais.
Contribuições da teoria de Wallon na Educação
O meio, que inclui os objetos físicos e as relações
humanas, é de extrema importância para o
desenvolvimento da pessoa.
O papel do outro na construção do conhecimento é
indiscutível. Dessa forma, as interações da criança
com a professora e com as outras crianças tornam-se
condição para a construção não só de conhecimentos,
mas da sua personalidade como um todo.
O professor deixa de ser o agente exclusivo de informação e
formação das crianças, uma vez que a interação com as outras
crianças também assume um papel fundamental no
desenvolvimento e aprendizagem de cada uma delas. Seu papel,
contudo, é de extrema importância já que é ele quem irá
possibilitar e mediar as interações das crianças entre si e delas
com os objetos de conhecimento;
A prática pedagógica precisa ser pautada nas necessidades das
crianças como um todo e promover o seu desenvolvimento em
todos os aspectos: afetivo, cognitivo e motor.
Atividade 6
Na leitura do texto “Menino a bico de pena” de Clarice
Lispector, que relações podemos fazer com o que Wallon
fala sobre o processo de diferenciação da criança? Nestas
cenas do conto, como o bebê vai reconhecendo a si
mesmo e o mundo em volta?

More Related Content

What's hot

Teorias de aprendizagem
Teorias de aprendizagemTeorias de aprendizagem
Teorias de aprendizagemnormaquilino
 
Psicologia da Educação
Psicologia da Educação Psicologia da Educação
Psicologia da Educação Carlos Caldas
 
Pensamanto e linguagem - Vygotsky
Pensamanto e linguagem - VygotskyPensamanto e linguagem - Vygotsky
Pensamanto e linguagem - VygotskyAmábile Piacentine
 
Psicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimentoPsicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimentoruibraz
 
Quadro comparativo das concepções de aprendizagem entre os teóricos piaget, v...
Quadro comparativo das concepções de aprendizagem entre os teóricos piaget, v...Quadro comparativo das concepções de aprendizagem entre os teóricos piaget, v...
Quadro comparativo das concepções de aprendizagem entre os teóricos piaget, v...LD35
 
14 piaget vygotsky e wallon ...
14 piaget vygotsky e wallon ...14 piaget vygotsky e wallon ...
14 piaget vygotsky e wallon ...Karina Reimberg
 
Psicologia da aprendizagem
Psicologia da aprendizagemPsicologia da aprendizagem
Psicologia da aprendizagemna educação
 
Atividade 1 teorias de aprendizagem - puc-rs - PowerPoint
Atividade 1   teorias de aprendizagem - puc-rs - PowerPointAtividade 1   teorias de aprendizagem - puc-rs - PowerPoint
Atividade 1 teorias de aprendizagem - puc-rs - PowerPointMárcio Emílio
 
Teorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemTeorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemThais1976
 
Epistemologia genética de jean piaget primeira parte
Epistemologia genética de jean piaget primeira parteEpistemologia genética de jean piaget primeira parte
Epistemologia genética de jean piaget primeira parteAnaí Peña
 
Introdução a neuropsicopedagogia
Introdução a neuropsicopedagogiaIntrodução a neuropsicopedagogia
Introdução a neuropsicopedagogiaRochelle Arruda
 

What's hot (20)

Teorias de aprendizagem
Teorias de aprendizagemTeorias de aprendizagem
Teorias de aprendizagem
 
Psicopedagogia
PsicopedagogiaPsicopedagogia
Psicopedagogia
 
Psicologia da Educação
Psicologia da Educação Psicologia da Educação
Psicologia da Educação
 
Pensamanto e linguagem - Vygotsky
Pensamanto e linguagem - VygotskyPensamanto e linguagem - Vygotsky
Pensamanto e linguagem - Vygotsky
 
Psicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimentoPsicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimento
 
Vygotsky
VygotskyVygotsky
Vygotsky
 
Quadro comparativo das concepções de aprendizagem entre os teóricos piaget, v...
Quadro comparativo das concepções de aprendizagem entre os teóricos piaget, v...Quadro comparativo das concepções de aprendizagem entre os teóricos piaget, v...
Quadro comparativo das concepções de aprendizagem entre os teóricos piaget, v...
 
14 piaget vygotsky e wallon ...
14 piaget vygotsky e wallon ...14 piaget vygotsky e wallon ...
14 piaget vygotsky e wallon ...
 
Aula sobre vygotsky
Aula sobre vygotskyAula sobre vygotsky
Aula sobre vygotsky
 
Psicologia da aprendizagem
Psicologia da aprendizagemPsicologia da aprendizagem
Psicologia da aprendizagem
 
Psicomotricidade - 1
Psicomotricidade - 1Psicomotricidade - 1
Psicomotricidade - 1
 
Atividade 1 teorias de aprendizagem - puc-rs - PowerPoint
Atividade 1   teorias de aprendizagem - puc-rs - PowerPointAtividade 1   teorias de aprendizagem - puc-rs - PowerPoint
Atividade 1 teorias de aprendizagem - puc-rs - PowerPoint
 
Jean Piaget
Jean PiagetJean Piaget
Jean Piaget
 
Teorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemTeorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagem
 
Teoria de piaget (slides)
Teoria de piaget (slides)Teoria de piaget (slides)
Teoria de piaget (slides)
 
Epistemologia genética de jean piaget primeira parte
Epistemologia genética de jean piaget primeira parteEpistemologia genética de jean piaget primeira parte
Epistemologia genética de jean piaget primeira parte
 
Henry wallon
Henry wallonHenry wallon
Henry wallon
 
Introdução a neuropsicopedagogia
Introdução a neuropsicopedagogiaIntrodução a neuropsicopedagogia
Introdução a neuropsicopedagogia
 
Apresentação: Fundamentos da Psicopedagogia
Apresentação: Fundamentos da PsicopedagogiaApresentação: Fundamentos da Psicopedagogia
Apresentação: Fundamentos da Psicopedagogia
 
Behaviorismo
BehaviorismoBehaviorismo
Behaviorismo
 

Similar to 1. teorias do desenvolvimento

26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroeKualo Kala
 
Piaget Escola Construtivista X Escola Tradicional
Piaget Escola Construtivista X Escola TradicionalPiaget Escola Construtivista X Escola Tradicional
Piaget Escola Construtivista X Escola Tradicionalmariosouzza
 
Piaget,vygotsky e wallon
Piaget,vygotsky e wallonPiaget,vygotsky e wallon
Piaget,vygotsky e wallonLuciana Almeida
 
Referencial -teorico_-_piaget
Referencial  -teorico_-_piagetReferencial  -teorico_-_piaget
Referencial -teorico_-_piagetangelafreire
 
Referencial -teorico_-_piaget
Referencial  -teorico_-_piagetReferencial  -teorico_-_piaget
Referencial -teorico_-_piagetangelafreire
 
09 aula5 5º construtivismo jean piaget
09 aula5 5º construtivismo  jean piaget09 aula5 5º construtivismo  jean piaget
09 aula5 5º construtivismo jean piagetfsoliveira
 
O que é um esquema.docx
O que é um esquema.docxO que é um esquema.docx
O que é um esquema.docxDiego Lino
 
AULA INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA PARA PEDAGOGIA.pptx
AULA INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA PARA PEDAGOGIA.pptxAULA INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA PARA PEDAGOGIA.pptx
AULA INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA PARA PEDAGOGIA.pptxpsimikhaele
 
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)Márcia Franco
 
Desenvolvimento humano
Desenvolvimento humanoDesenvolvimento humano
Desenvolvimento humano842203966
 
Desenvolvimento humano
Desenvolvimento humanoDesenvolvimento humano
Desenvolvimento humano842203966
 
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagemPsicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagemDébora Silveira
 

Similar to 1. teorias do desenvolvimento (20)

26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
 
Piaget completo
Piaget completoPiaget completo
Piaget completo
 
Piaget Escola Construtivista X Escola Tradicional
Piaget Escola Construtivista X Escola TradicionalPiaget Escola Construtivista X Escola Tradicional
Piaget Escola Construtivista X Escola Tradicional
 
Psicologia
Psicologia Psicologia
Psicologia
 
Piaget,vygotsky e wallon
Piaget,vygotsky e wallonPiaget,vygotsky e wallon
Piaget,vygotsky e wallon
 
Psicologia da edc.
Psicologia da edc.Psicologia da edc.
Psicologia da edc.
 
Movimento wallon
Movimento wallonMovimento wallon
Movimento wallon
 
Jean piaget 1
Jean piaget  1Jean piaget  1
Jean piaget 1
 
Jean piaget
Jean piagetJean piaget
Jean piaget
 
Referencial -teorico_-_piaget
Referencial  -teorico_-_piagetReferencial  -teorico_-_piaget
Referencial -teorico_-_piaget
 
Referencial -teorico_-_piaget
Referencial  -teorico_-_piagetReferencial  -teorico_-_piaget
Referencial -teorico_-_piaget
 
09 aula5 5º construtivismo jean piaget
09 aula5 5º construtivismo  jean piaget09 aula5 5º construtivismo  jean piaget
09 aula5 5º construtivismo jean piaget
 
O que é um esquema.docx
O que é um esquema.docxO que é um esquema.docx
O que é um esquema.docx
 
AULA INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA PARA PEDAGOGIA.pptx
AULA INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA PARA PEDAGOGIA.pptxAULA INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA PARA PEDAGOGIA.pptx
AULA INTRODUÇÃO A PSICOLOGIA PARA PEDAGOGIA.pptx
 
Construtivismo na educação
Construtivismo na educaçãoConstrutivismo na educação
Construtivismo na educação
 
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01 (1)
 
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01
Psicologiadaaprendizagem 140124113741-phpapp01
 
Desenvolvimento humano
Desenvolvimento humanoDesenvolvimento humano
Desenvolvimento humano
 
Desenvolvimento humano
Desenvolvimento humanoDesenvolvimento humano
Desenvolvimento humano
 
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagemPsicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
 

More from Claudinéia da Silva de Oliveira

Diferencças entre dificuldades, transtornos e deficies de aprendizagem
Diferencças entre dificuldades, transtornos e deficies de aprendizagemDiferencças entre dificuldades, transtornos e deficies de aprendizagem
Diferencças entre dificuldades, transtornos e deficies de aprendizagemClaudinéia da Silva de Oliveira
 

More from Claudinéia da Silva de Oliveira (20)

Diferencças entre dificuldades, transtornos e deficies de aprendizagem
Diferencças entre dificuldades, transtornos e deficies de aprendizagemDiferencças entre dificuldades, transtornos e deficies de aprendizagem
Diferencças entre dificuldades, transtornos e deficies de aprendizagem
 
Impacto da neurociência na sala de aula
Impacto da neurociência na sala de aulaImpacto da neurociência na sala de aula
Impacto da neurociência na sala de aula
 
Neurociencia como-ela-ajuda-a-entender-a-aprendizagem
Neurociencia como-ela-ajuda-a-entender-a-aprendizagemNeurociencia como-ela-ajuda-a-entender-a-aprendizagem
Neurociencia como-ela-ajuda-a-entender-a-aprendizagem
 
Distúrbios de fala
Distúrbios de falaDistúrbios de fala
Distúrbios de fala
 
Deficiencia fisica
Deficiencia fisicaDeficiencia fisica
Deficiencia fisica
 
Deficiencia aee
Deficiencia aeeDeficiencia aee
Deficiencia aee
 
Livro educação inclusiva
Livro educação inclusivaLivro educação inclusiva
Livro educação inclusiva
 
Deficiencia auditiva
Deficiencia auditivaDeficiencia auditiva
Deficiencia auditiva
 
A hora vez da familia
A hora vez da familiaA hora vez da familia
A hora vez da familia
 
DPAC
DPACDPAC
DPAC
 
Tdah
TdahTdah
Tdah
 
Disortografia
DisortografiaDisortografia
Disortografia
 
Disgrafia
DisgrafiaDisgrafia
Disgrafia
 
Discalculia
DiscalculiaDiscalculia
Discalculia
 
Síndrome de Aspenge
Síndrome de AspengeSíndrome de Aspenge
Síndrome de Aspenge
 
Dislexia0001
Dislexia0001Dislexia0001
Dislexia0001
 
Dislexia0001
Dislexia0001Dislexia0001
Dislexia0001
 
Lidando com as diferenças - Discalculia
Lidando com as diferenças - DiscalculiaLidando com as diferenças - Discalculia
Lidando com as diferenças - Discalculia
 
Cados de dificuldades de aprendizagem
Cados de dificuldades de aprendizagemCados de dificuldades de aprendizagem
Cados de dificuldades de aprendizagem
 
Dificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagemDificuldades de aprendizagem
Dificuldades de aprendizagem
 

Recently uploaded

Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxLeonardoGabriel65
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...DirceuNascimento5
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...Francisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 

Recently uploaded (20)

Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 

1. teorias do desenvolvimento

  • 1. PRINCIPAIS TEORIAS DOPRINCIPAIS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO HUMANOHUMANO
  • 2. Introdução Professor(a), em seu trabalho diário com as crianças, você deve sempre se perguntar: - Como elas aprendem? - Quais são as melhores intervenções para que elas ampliem seus conhecimentos? - Que práticas são as mais adequadas para que elas aprendam?
  • 3. Introdução Há tanto para saber neste mundo! Matemática, Linguagem... e tantos outros saberes. O papel da escola é, sobretudo, ampliar a sociabilidade das crianças, contribuindo para que sejam pessoas ativas, falantes, que expressem suas opiniões e que elaborem intervenções na realidade, no sentido de transformá-la.
  • 4. Introdução Hoje, estudos e pesquisas apontam que o desenvolvimento humano se dá como um processo de apropriação da experiência histórico-social pelo homem. Mas,nem sempre foi assim. Essa visão é resultado da evolução de várias teorias.
  • 5. Teoria InatistaTeoria Inatista Você já ouviu algumas destas frases: “Filho de peixe, peixinho é.” “Pau que nasce torto, morre torto.” “Quem nasceu para burro nunca chega para cavalo”
  • 6.  Seu precursor foi o Filósofo Platão.  Para ele o indivíduo nasce com cargas genéticas isto é , com conhecimentos prévios como: aptidões, conceitos,habilidades,conhecimentos e qualidades. Teoria InatistaTeoria Inatista
  • 7. O Desenvolvimento na visãoO Desenvolvimento na visão inatistainatista  Os fatores hereditários são preponderantes para o desenvolvimento da criança; A experiência e a aprendizagem são deixadas em segundo plano; A inteligência e as aptidões individuais são herdadas dos pais e estaria prédeterminada no nascimento.
  • 8. Consequências da Teoria Inatista para a prática escolar  Segundo esta teoria a escola não tem muito o que fazer, já que o aprendizado vai depender dos traços que de comportamento que a criança traz quando nasce.  As características individuais da criança como agressividade, sensibilidade ou dificuldade de aprendizagem, por exemplo, são vistas como traços inatos, que não poderão ser modificados pela educação escolar.  A aprendizagem da criança dependia de seus dons. Se ela não herdou o dom , nunca vai aprender, seria incapaz de aprender.
  • 9. Professor(a), em sua prática, você pode perceber que não é assim que acontece. Embora as crianças possam aprender de formas diferentes, todas são capazes de aprender
  • 10. Atividade 1 Você em seu cotidiano ou na sua vida escolar, encontra ou encontrou alguma situação, ou até mesmos outras frases que nos remetam a essa teoria? Você pode descrevê-las.
  • 11. Teoria AmbientalistaTeoria Ambientalista Você já ouviu essas frases: O desenvolvimento do ser humano depende principalmente do seu ambiente, dos estímulos do meio em que ele vive, das experiências pelas quais ele passa.
  • 12. O desenvolvimento do ponto de vista da teoria comportamentalista  O homem nasce como uma folha em branco  O ambiente e as experiências são fatores determinantes do comportamento humano;  A criança nasce sem características psicológicas, seria como uma massa a ser modelada, estimulada e corrigida pelo meio em que vive.  O desenvolvimento seria resultado das múltiplas aprendizagens acumuladas durante a vida;
  • 13. O desenvolvimento do ponto de vista da teoria comportamentalista  O professor é quem detém o saber, a verdade.  O saber está com o(a) professor(a) e, portanto, ele(a) precisa transmitir o conhecimento para a criança, que recebe de forma passiva.  O aprendizado é obtido por meio da cópia , seguido de memorização.(Prática –quando se tornam hábitos).  Educar alguém seria moldar o seu comportamento, seu caráter, seu conhecimento, dando à criança tudo aquilo que ela não tem.
  • 14.  Teoria Ambientalista acredita que a criança aprende através de TREINAMENTO.  A prática pedagógica estaria voltada para aquisição de determinados CONHECIMENTOS E VALORES PRÉ- ESTABELECIDOS.  O papel do(a) professor(a) seria ESTIMULAR A CRIANÇA a responder aquilo que ele está pedindo, SEM QUESTIONAMENTO.  Essa teoria acredita que o meio é responsável pela formação do sujeito, sendo o ADULTO QUEM VAI CONTROLAR tudo o que a criança deve aprender.  Através de TESTES, É AVALIADO se a criança absorveu a informação corretamente
  • 15. Consequência para a Educação: - Organização das atividades através de pequenos passos; - O reforço dado pelas notas; - Distribuição de prêmios para os alunos exemplares. - O professor é o detentor absoluto do conteúdo e pode programa-lo; - O aluno é passivo;.
  • 16. Atividade 2 Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz: – As crianças são como uma tela em branco. Nós, professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende de nós o quadro que será pintado nessa tela. Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria Ambientalista?
  • 17. Atividade 2 Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz: – As crianças são como uma tela em branco. Nós, professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende de nós o quadro que será pintado nessa tela. Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria Ambientalista? A Teoria Ambientalista não foi suficiente para explicar o desenvolvimento humano porque, ao considerar a criança como passiva, podendo ser controlada ou manipulada pela situação, desconsiderava sua capacidade de compreender, raciocinar, contestar, deduzir, fantasiar, ter desejos, imaginar etc.
  • 18. Teoria Interacionista Valoriza a experiência. Acredita que através dela a criança aprende a olhar as situações de diferentes perspectivas. Através da experiência a criança aprende a ir em frente na busca por certos objetivos, considera a resposta do outro, das pessoas com as quais interage, adulto ou criança, que indicam sua posição ou ponto de vista.
  • 19. Os interacionistas não concordam:  com os inatistas porque estes desprezam o papel do ambiente. com os ambientalistas porque estes ignoram fatores maturacionais. Os interacionistas levam em conta tanto os aspectos inatos quanto influências do ambiente no desenvolvimento humano. Para os interacionistas, é através da interação com outras pessoas mais experientes que a criança vai construindo suas características (sua maneira de pensar, sentir e agir) e sua visão de mundo (seu conhecimento).
  • 20. Atividade 3 Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina” e o que estudamos sobre a Teoria Interacionista?
  • 21. Atividade 3 Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina” e o que estudamos sobre a Teoria Interacionista? Na história “Pedro e Tina”escrita por Stephen Michael King encontramos um exemplo clássico da teoria interacionista. A troca de experiências das duas crianças resultou em uma construção do desenvolvimento de cada uma.
  • 22. Teoria InteracionistaTeoria Interacionista ConstrutivistaConstrutivista O estudioso Jean Piaget, tentando entender como a criança aprende, pesquisou como se desenvolve o pensamento humano desde o nascimento da criança até a adolescência.  Em suas pesquisas na área da Psicologia, Piaget buscava responder a seguinte questão: Como as pessoas passam de um estado de menorComo as pessoas passam de um estado de menor conhecimento para um estado de maior conhecimento?conhecimento para um estado de maior conhecimento?
  • 23. Piaget estudou como : Nasce o PENSAMENTO ABSTRATO: um conhecimento independente da ação do homem sobre os objetos como é gerado o CONHECIMENTO LÓGICO, mental. Este projeto de estudo piagetiano é denominado epistemologia genética .
  • 24. ESPISTEMOLOGIA GENÉTICA. Piaget pesquisou a origem do conhecimento científico no homem.
  • 25. O conhecimento não está pronto antes da relação do homem com o meio, mas é construído nessa relação. Por isso, sua teoria é denominada Construtivismo
  • 26. CONCEITOS BÁSICOS DA EPISTEMOLOGIA GENÉTICA Piaget apoia sua teoria em três grandes eixos:  o processo de conhecimento e os objetos a serem conhecidos adaptam-se uns aos outros; O conhecimento é fruto de um processo de construção;  O conhecimento nasce e é elaborado através dos interações que o sujeito estabelece com o meio. Esses eixos nos mostram que o ato de conhecer é construído e estruturado a partir daquilo que se vivencia com os objetos de conhecimento.
  • 27. Mas de que maneira os objetos presentes no mundo podem ser conhecidos? Para Piaget, isto ocorre através da ação do sujeito. Essa ação procura fazer com que o sujeito se adapte ao meio através de dois processos, chamados por ele de assimilação e acomodação.
  • 28. ADAPTAÇÃO ASSIMILAÇÃO + ACOMODAÇÃO ASSIMILAÇÃO O sujeito procura conhecer o objeto, trazendo-o para dentro de seus referenciais e usando competências que já possui, ainda que sejam insuficientes para responder ou “dar conta” da situação nova. é o movimento de buscar incorporar o objeto novo às estruturas de conhecimento ACOMODAÇÃO Quando o sujeito se modifica em função do movimento assimilador, tendo em vista superar o desafio que o novo objeto traz. É a mudança nessas estruturas decorrente da tentativa de assimilar o novo
  • 29. Para Piaget, a relação do sujeito com os objetos do mundo físico é uma relação de equilibração Isto quer dizer que o processo de conhecer tem início com o desequilíbrio entre o sujeito e a sua realidade. Os objetos apresentam um problema ou desafio para o sujeito, gerando um desequilíbrio. Este desequilíbrio leva o sujeito a agir sobre o objeto com o propósito de restabelecer o equilíbrio.
  • 30. Piaget elaborou um modelo explicativo para o surgimento do pensamento no início da vida do ser humano. Sua observação partiu dos comportamentos reflexos. Os reflexos possibilitam uma primeira adaptação do bebê ao ambiente em que vive. É através deles que as crianças assimilam objetos do cotidiano, como a mamadeira, o seio materno, os bichinhos de pelúcia etc. Esse contato com o meio vai transformando os reflexos, dando origem aos esquemas de ação puxar, pegar, sugar, empurrar, etc. É por meio da exploração ativa da criança em seu meio que o desenvolvimento cognitivo tem início
  • 31. os fatores que impulsionam o desenvolvimento segundo a teoria piagetiana são: Maturação orgânica: condição imprescindível porque permite o aparecimento de novas condutas durante o desenvolvimento. A experiência: A experiência física com os objetos nos permite obter informações de suas propriedades Transmissão social – as informações que nos são passadas por diversos meios contribuem para modificar nossos esquemas, permitindo que avancemos em nosso desenvolvimento intelectual. Processo de equilibração – é o fator determinante que permite explicar o desenvolvimento intelectual. Todos nós temos uma tendência a buscar o equilíbrio nas trocas que fazemos com o meio
  • 32. Desenvolvimento das estruturas cognitivas Para Piaget, o desenvolvimento humano se caracteriza por uma série de equilibrações sucessivas que nos levam a maneiras de pensar e agir cada vez mais complexas. Esse processo apresenta estágios ou períodos que se definem pela organização de uma estrutura e que se sucedem em uma ordem fixa, de maneira que um estágio sempre é integrado ao seguinte.
  • 33. 1º PERÍODO – SENSÓRIO-MOTOR ( do nascimento até aproximadamente 2 nos)1º PERÍODO – SENSÓRIO-MOTOR ( do nascimento até aproximadamente 2 nos) - período da inteligência prática, anterior à linguagem. - Caracteriza-se pela ação do sujeito sobre o meio (primeira ação para o próprio corpo e depois para os objetos), tendo como recursos as sensações e os movimentos. - O mundo é algo a experimentar e conhecer através dos órgãos do sentido e das ações físicas/corporais sobre os objetos. - não há representações, ou seja, imagens mentais das coisas que cercam a criança. - A criança está presa à experiência imediata, a presença física dos objetos, - Os modos de agir que se desenvolvem são todos esquemas de ação: olhar, agarrar, morder, e assim por diante. - predomina a assimilação
  • 34. 2º PERÍODO – PRÉ-POPERATÓRIO (aproximadamente entre 2 e 7 anos) - caracteriza-se pelo aparecimento das primeiras representações/imagens mentais; - é nesse período que tem início o processo de socialização da criança e a linguagem; - a linguagem oral progride - Entre 3 e 6 anos, mais ou menos, os antigos esquemas de ação são transformados em esquemas representativos, - - tem início a atividade simbólica, que se caracteriza pela capacidade da criança de tornar presentes objetos e pessoas ausentes, através da imitação e do faz de conta. - a lógica das percepções predomina sobre as operações mentais e a lógica mental nas crianças de até 7 anos.
  • 35. 3º PERÍODO – OPERATÓRIO-CONCRETO (aproximadamente entre 7 e 11 anos) - As operações lógicas são ações mentais que possibilitam as crianças fazer constatações e construir explicações. - Essas ações são regidas por regras, como é o caso da reversibilidade, que é a capacidade de fazer o movimento inverso, voltando ao ponto de partida. - Essa capacidade marca a entrada da criança no período das operações concretas. - A percepção passa a ser regida pela lógica.
  • 36. 4º PERÍODO – OPERAÇÕES FORMAIS (a partir dos 12 anos) - É somente a partir da adolescência que o ser humano adquire a capacidade de pensar sobre os conceitos abstratos. - as operações lógicas agora são aplicadas a hipóteses formuladas em palavras. - O adolescente não tem a necessidade de estar diante dos objetos concretos para pensar sobre a realidade. - Outra caraterística da adolescência é a metacognicação, ou seja, capacidade de fazer uma reflexão sobre a capacidade de refletir.
  • 37. As implicações das descobertas de Jean Piaget na sala de aula - Revolucionou a noção de sujeito e aprendiz; - Mostrou a importância da criança e do adolescente para que haja construção do conhecimento; - Mudou o modo de pensar e de fazer escola; - Problematizou a questão do erro e do acerto; - Mostrou que a escola é o lugar de aprender a perguntar sobre os mistérios do mundo
  • 38. - Trouxe consequências para a organização e planejamento das atividades escolares: 1) Os conceitos tem gênese, apropriá-los requer um longo processo que envolve a ação dos sujeitos e tempo de elaboração. 2) O conhecimento é construído e, essa construção se dá no encontro com a herança genética e com o meio. 3) Nem todo erro é igual: - Erro comum (falta de informação) - Erro construtivo (o próprio erro é fonte de construção de conhecimento) . Ele mostra que a criança está seguindo suas próprias concepções a respeito da realidade. É o esforço que esta faz para aprender. O erro faz parte da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo.
  • 39.
  • 40. 4) A fala e a escrita são processos indispensáveis na construção o conhecimento; 5) O aluno precisa ser imerso no conhecimento e não apenas repetir o professor tem a dizer.
  • 41. Atividade 4 Você seria capaz de identificar, em sua prática, um erro construtivo? Tente descrevê-lo e explicar por que você o considera um “erro construtivo”.
  • 42. Teoria Sócio-Interacionista Tem como principal representante Lev Vygotsky  Vygotsky, em suas pesquisas na área da Psicologia, buscava compreender como o sujeito torna-se capaz de produzir símbolos, ou seja, a linguagem, que lhe permite organizar-se na realidade e comunicar-se. Desde seu nascimento, a partir de suas relações com o outro, a criança vai se apropriando das significações socialmente construídas.
  • 43. Teoria Sócio-Interacionista  Aprendemos a ser homens fazendo parte de uma cultura humana.  Consideram o ser humano como o resultado de uma tensão permanente entre o que eles chamaram de linha de desenvolvimento biológico, e linha de desenvolvimento cultural. O desenvolvimento biológico diz respeito a nossa herança natural. Viemos ao mundo dotados de funções mentais elementares.
  • 44. Em um nível elementar, as funções mentais operam de forma espontânea, sem intencionalidade e controle da vontade da criança, como a memória, a inteligência prática, a percepção, a atenção são exemplos dessas funções. No curso do desenvolvimento, através da interação que o sujeito tem com seu meio de cultura, essas funções vão amadurecendo e se transformando em funções superiores. Essas funções são processos psicológicos usados intencionalmente, por todo ser humano, para desenvolver-se.
  • 45. As ferramentas utilizadas no processo de mediação são os instrumentos e os signos. Instrumentos são criações humanas que auxiliam no processo de significação do meio de cultura, assim como potencializam as ações humanas em todos os momentos de nossa vida. Exemplo: A enxada, o arado, as máquinas. Signos são instrumentos internos, que servem para nos comunicarmos uns com os outros, assim como para categorizarmos e organizarmos o mundo. Exemplo: A linguagem falada, os gestos, a escrita, a linguagem matemática.
  • 46. Atividade 5 Analise essa história da Menina Lobo tomando como referencial a discussão feita por Vygotsky sobre as relações entre o desenvolvimento biológico e histórico-cultural.
  • 47. Atividade Analise essa história da Menina Lobo tomando como referencial a discussão feita por Vygotsky sobre as relações entre o desenvolvimento biológico e histórico-cultural. O desenvolvimento é entendido por Vygotsky como um processo de internalização dos modos de pensar e agir de uma determinada cultura. As aptidões biológicas estavam presentes na menina lobo, mas, não foram desenvolvidas
  • 48. . A internalização é um processo pelo qual o que está externo ao indivíduo (ações, reflexões), entre as pessoas (em um nível interpsicológico), se transforma em algo interno (conceitos, compreensão de si e do mundo), dentro da pessoa (em um nível intrapsicológico). Vygotsky instituiu dois níveis de desenvolvimento: - O nível de desenvolvimento real, que são aquelas atividades ou tarefas que a pessoa é capaz de realizar sozinha; - O nível de desenvolvimento potencial, que são aquelas atividades ou tarefas que a pessoa é capaz de realizar com a ajuda de alguém mais experiente.
  • 49. Vygotsky ressalta que a distância entre o nível real e o potencial configura a zona de desenvolvimento proximal (onde ocorrem as aprendizagens). O que a criança hoje faz com ajuda, amanhã fará sozinha. A aprendizagem precede e impulsiona o desenvolvimento, criando o que ele denominou de zona de desenvolvimento proximal, que seria a distância entre o que a criança pode fazer sozinha e o que faz com a ajuda de outra pessoa.
  • 50. Vygotsky não sugere estágios ou etapas através dos quais a criança vai progredindo. Seu olhar para o desenvolvimento não obedece a uma linha reta A criança é um ser social desde que nasce e, ao longo do desenvolvimento. Para nós, professores(as), o grande valor dos conceitos de Vygotsky está nas interações sociais. A valorização das trocas entre as crianças de um grupo e de grupos diferentes (de diferentes idades e momentos evolutivos) serve como incentivo no desenvolvimento de cada uma.
  • 51. Teoria do desenvolvimentoTeoria do desenvolvimento de Henry Wallonde Henry Wallon Wallom buscava compreender a base orgânica e cerebral das funções psíquicas que investigava. Interessava a ele saber onde se localizava na mente material, no cérebro, funções tais como a memória, a afetividade, o comportamento social.
  • 52. Segundo Wallon, para a compreensão do desenvolvimento infantil não bastam os dados fornecidos pela psicologia genética. É preciso recorrer a dados provenientes de outros campos de conhecimento como a neurologia, psicopatologia, antropologia e a psicologia infantil, campos estes de comparação, privilegiados por ele. É por meio da emoção que se estabelecem as relações entre o organismo e o meio. O componente orgânico depende do meio social para ser atendido em suas necessidades de sobrevivência. A emoção é orgânica, significa que é a primeira manifestação do psiquismo, que vai realizar “a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é social”
  • 53. A partir das ideias elaboradas por Wallon, podemos entender que, na base orgânica do corpo humano, o Sistema Nervoso, as conexões cerebrais modificam-se à medida que o ser humano relaciona-se socialmente. propôs três centros que se entrelaçam diferentemente ao longo do desenvolvimento da criança: a afetividade, a motricidade e a cognição Considerava que a escola deveria perceber a criança como um ser total, concreto e ativo e de manter-se em contato com o meio social.
  • 54. Estágios do Desenvolvimento Mental 1º Estágio - Impulsivo-emocional (até 2 anos) Num período inicial do desenvolvimento no recém-nascido, predomina a afetividade (a inteligência ou cognição não se separa da afetividade).  a afetividade, isto é, a possibilidade de afetar e ser afetado nas relações, predomina nesse momento. Nesse processo, Wallon reconhece algo como um “diálogo tônico”, ou seja, uma espécie de conversa entre o bebê e o adulto por intermédio não só das palavras, mas do tônus corporal, da expressão facial, dos gestos, do contato físico
  • 55. Estágios do Desenvolvimento Mental 1º Estágio - Impulsivo-emocional (até 2 anos) o bebê não discrimina o que é ele e o que é o mundo, a mãe, os objetos. Aos poucos, mergulhado nas interações sociais, vai surgindo uma diferenciação. Quando o adulto se relaciona com o bebê dizendo “você é esse”, quando brinca de sumir e reaparecer atrás de um pano, quando nomeia as coisas e ações do bebê, quando o toca, olha e sorri, contribui na sua discriminação naquela realidade – o que é o bebê, o que é o mundo (objetos, mãe, pai etc.)
  • 56. 2º Estágio -Sensório-motor e projetivo: vai até os 3 anos. O deslocamento do corpo no espaço com cada vez mais desenvoltura e segurança, gera o ato mental. As primeiras ideias mentais das crianças nascem em seus movimentos. a intensa motricidade vai sendo inibida pelo ato mental, pelo funcionamento cognitivo. Na verdade, o ato interioriza-se, desloca- se de fora, do motor, ligado aos objetos físicos, para o mental, ligado à atividade interna da criança. Ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O termo projetivo refere-se ao fato da ação do pensamento precisar dos gestos para se exteriorizar. O ato mental "projeta-se" em atos motores.
  • 57. 3º Estágio - Personalismo: dos 3 aos 6 anos. Desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas pessoas; ◦ Construção da consciência de si pela interação social (é a diferenciação psíquica da criança em relação ao outro); ◦ Necessidade de manifestação expressiva (espaço e permissão para a ação); ◦ A criança já se auto denomina “eu”, “mim”; ◦ Marcada por 3 fases:  Oposição - A criança precisa se opor ao outro para demarcar seu espaço, em busca da afirmação de si.  Sedução - criança sente necessidade de ser admirada  Imitação - criança busca incorporar o outro imitando-o
  • 58. 4º Estágio - Categorial: (6-11 anos) cognitivo – construção do real Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior; ◦ Pensamento pré-categorial até os 9-10 anos; ◦ Capacidade de autodisciplina mental (atenção); ◦ Inteligência discursiva; ◦ A formação de categorias intelectuais possibilita à criança a identificação, a análise, a definição e a classificação dos objetos ou acontecimentos . ◦ Aquisição da capacidade conceitual.
  • 59. 5º Estágio - Predominância funcional: Adolescência (11-12 anos) afetivo – construção de si ◦Ocorrência de modificações fisiológicas impostas pelo amadurecimento sexual; ◦Necessidade de reorganização do esquema corporal; ◦Nova definição dos contornos da personalidade; ◦Envolve questões pessoais, morais e existenciais.
  • 60. A Emoção na teoria de Wallon A afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas cognitivas e as possibilita, daí a afirmação de que estimular a afetividade é nutrir a inteligência; A emoção, tipo particular de manifestação afetiva, é o primeiro recurso de que o ser humano dispõe para comunicar-se e interagir com o outro; As emoções são expressivas e contagiosas; As emoções são antagônicas às atividades reflexivas: “A razão nasce da emoção e sobrevive de sua morte”
  • 61. O Movimento na teoria de Wallon As necessidades de movimento, e as necessidades posturais são imprescindíveis ao desenvolvimento infantil; “Quem sustenta o pensamento no início é a motricidade, que será depois inibida por ele.” (DANTAS, 1990); A redução da motricidade exterior e o progressivo ajustamento do movimento ao mundo físico está ligada, também, à possibilidade de controle voluntário sobre o ato motor. O controle da criança sobre suas próprias ações, o que Wallon denominou de “autodisciplinas mentais”, é um processo lento e gradual que depende de fatores orgânicos e sociais.
  • 62. Contribuições da teoria de Wallon na Educação O meio, que inclui os objetos físicos e as relações humanas, é de extrema importância para o desenvolvimento da pessoa. O papel do outro na construção do conhecimento é indiscutível. Dessa forma, as interações da criança com a professora e com as outras crianças tornam-se condição para a construção não só de conhecimentos, mas da sua personalidade como um todo.
  • 63. O professor deixa de ser o agente exclusivo de informação e formação das crianças, uma vez que a interação com as outras crianças também assume um papel fundamental no desenvolvimento e aprendizagem de cada uma delas. Seu papel, contudo, é de extrema importância já que é ele quem irá possibilitar e mediar as interações das crianças entre si e delas com os objetos de conhecimento; A prática pedagógica precisa ser pautada nas necessidades das crianças como um todo e promover o seu desenvolvimento em todos os aspectos: afetivo, cognitivo e motor.
  • 64. Atividade 6 Na leitura do texto “Menino a bico de pena” de Clarice Lispector, que relações podemos fazer com o que Wallon fala sobre o processo de diferenciação da criança? Nestas cenas do conto, como o bebê vai reconhecendo a si mesmo e o mundo em volta?