A berne ou dermatobiose é uma infecção causada pela larva da mosca-varejeira que infecta animais. A larva penetra na pele do hospedeiro e causa lesões dolorosas ao se movimentar dentro delas por até 40 dias. Os sintomas incluem nódulos avermelhados com secreção e inchaço, podendo levar à perda de peso ou morte do animal. O tratamento envolve remover cirurgicamente a larva ou forçá-la a sair, dependendo se o hospedeiro é humano ou
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
Berne
1.
2.
3. Berne ou dermatobiose é uma infecção produzida
por um estágio larval, tipo de doença conhecida da
mosca
Dermatobiahominis,
popularmente
conhecida no Brasil como mosca-varejeira, que
infecta diversos animais, principalmente bois. Esta
infecção é um tipo de miíase, porém a lesão
causada
por
esta
larva
é
diferente.
4. Esta mosca possui um hábito de ovoposição
distinto das outras, pois ela necessita de outro
inseto, que geralmente é também outra espécie
de mosca, para levar seus ovos até um
hospedeiro.
5. Quando o inseto veiculador
pousa sobre o animal, as
larvas imediatamente se
projetam para fora do
ovo, caminham por entre os
pelos até atingirem a pele. Ali
criam
uma
pequena
perfuração
por
onde
penetram. É nesse local que a
larva irá se desenvolver.
6. As larvas nos seus diferentes estágios possuem
espinhos ao longo do corpo e ao se
movimentarem de forma retrátil, alcançando
constantemente o orifício de abertura para
respirarem, provocam dores e irritação, em que
o animal se torna irrequieto e estressado.
7. Após
uma
semana
de parasitismo, a larva já
aumentou em oito vezes o seu
tamanho, podendo permanecer
por até 40 dias ou mais na pele
do hospedeiro, crescendo de
forma contínua. O orifício por
onde houve a penetração da
larva continua aberto, para que
a larva respire.
8. Após a penetração, começa a
formar-se
uma
lesão
nodular, avermelhada, com um
orifício central, por onde é
eliminada
secreção
aquosa
(exsudato), levemente amarelada
ou sanguinolenta. Podem ser uma
ou mais lesões e atingir qualquer
área da pele, inclusive o couro
cabeludo. A doença provoca dor em
fisgada e, em alguns casos, coceira.
9. Uma característica clínica que define o
diagnóstico pode ser notada observando-se
atentamente o orifício central da lesão. De
tempos em tempos a larva sobe ao orifício para
respirar e esta movimentação pode ser
percebida claramente. Com a evolução, que
pode durar entre 30 a 70 dias, a larva tende a
deixar o orifício.
10. Em infestações altas, há um emagrecimento, perda da
capacidade
produtiva
e
eventualmente
a
morte,
principalmente
se
for
jovem.
No caso de hospedeiro humano, a remoção da larva
baseia-se em impedir a respiração da larva e fazer a
sua retirada cirúrgica. O berne deve ser morto antes
de ser removido. Após, normalmente são procedidas
a aplicação de éter iodoformado na cobertura da
lesão. É indicado o uso de vacina antitetânica.
11. Quando for o caso de animais, um médico
veterinário
deve
realizar
o
procedimento, espremendo de modo correto
para
forçá-la
a
sair;
em
certas
situações, dependendo de sua localização pode
ser necessário que se faça a aplicação
de sedativos nos animais para que estes possam
suportar
a
dor.