O documento apresenta os resultados da qualidade da água de rios da bacia do Paraopeba em janeiro de 2020, mostrando: 1) Concentrações elevadas de metais como manganês devido ao aumento das chuvas e vazões; 2) O modelo preditivo está sendo constantemente recalibrado para melhor representar a nova dinâmica da bacia; 3) O formato do relatório semanal será modificado para melhor comunicar as informações coletadas.
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Avalição das análises de água superficial para Mn, Al, Fe total nos
pontos RB-01, RB-02, PT-57, CE-02, JRB-01, JRB-02 e TM-01 e
TM-02, TM-03, TM-05 (braço São Francisco), TM-06 e TM-07
considerando profundidades distintas no reservatório de Retiro
Baixo e Três Marias para o período entre 01 de outubro/2019 e 29
de janeiro/2020
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❑ Com reação aos metais traços Os parâmetros Pb (t), Hg (t), Ni (t) não foram identificados
na região de Retiro Baixo desde Janeiro de 2019. Outros metais como Cd (d), Cu (d), Hg
(t), As (t), Co (t), Cr (t) também não foram constatados ou estiveram em concentrações
abaixo do valor máximo permitido.
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❑ Em síntese, a bacia hidrográfica e a extensão do rio Paraopeba como um todo, estão submetidas a
uma condição de chuvas e vazões em uma ordem de grandeza superior ao período chuvoso anterior.
❑ No dia 25 de janeiro de 2020, na estação Ponte nova do Paraopeba, foi atingida uma vazão superior
a 25 anos de período de retorno, equivalente a 996,42 m³/s. Caracterizando-se como o quarto maior
evento de toda série histórica.
❑ Essa condição hidrológica implica em alterações de qualidade da água que não apenas estejam
associadas aos rejeitos depositados na calha do rio e mais evidentes nos trechos próximos à
confluência com o ribeirão Ferro-Carvão, mas também aos arrastes hidráulicos de materiais da área
de contribuição da bacia em geral, uma vez que se percebem alterações com padrões iguais ou
superiores, inclusive, no trecho de montante (ponto PT-52).
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❑ Especificamente para o trecho a jusante do reservatório da UHE Retiro Baixo, as alterações
observadas podem estar associadas a vários fatores combinados que abrangem:
▪ O avanço de partículas de rejeitos sedimentadas no rio Paraopeba, cuja movimentação está intrinsicamente
relacionada ao incremento do arraste hidráulico proporcionado pelo aumento substancial das chuvas e, por
conseguinte, da vazão no rio;
▪ As alterações sazonais em toda a extensão da bacia do rio Paraopeba (em porções de montante e jusante),
advindas do aumento do escoamento superficial das áreas de drenagem da bacia e das vazões fluviais, com
o carreamento de material e que estão sendo detectadas com elevado grau de detalhe uma vez que se
acumula um conjunto substancial de dados com alta frequência de monitoramento;
▪ Condições peculiares do comportamento do reservatório da UHE Retiro Baixo que favorecem a
disponibilização de parâmetros e o aumento de teores, dada sua capacidade de retenção de material,
estratificação no perfil de profundidade e regra de operação hidráulica da qual derivam o turbinamento e
vertimento da estrutura;
▪ Eventuais contribuições do tributário ribeirão dos Gomes, cuja fisiografia da bacia e suas características de
uso e ocupação do solo podem favorecer o carreamento de materiais para o rio Paraopeba.
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❑ Não há clareza das contribuições relativas a cada um dos fatores anteriormente citados, uma vez que
se verificam comportamentos de violação em toda a bacia, inclusive em ponto de monitoramento de
montante do rio Paraopeba (PT-52) em trecho não impactado.
❑ Deve ser considerado que o monitoramento atual (frequência diária) é significativamente mais
abrangente e detalhado que o monitoramento pretérito oficial disponível do Igam (frequência
trimestral) e, possivelmente, estão sendo observados comportamentos ainda não detectados na
bacia.
❑ Vale ressaltar que ao longo do ano de 2019, especificamente durante os meses de estiagem, a pluma
originária do rompimento da barragem B1, ora contida no reservatório da UHE Retiro Baixo, dissipou-
se em função de sedimentação, diluição e outros fatores de atenuação, cujos teores da maior parte
dos parâmetros retomaram condições similares ou inferiores ao baseline (Igam – 2009 a 2018) entre
julho e setembro.
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ModelodeQualidade–Paraopeba
Modelo advectivo-
difusivo em duas
unidades de análise:
1. Rio Paraopeba
(trecho entre Juatuba
e a UHE Retiro
Baixo), modelo
unidimensional.
2. Reservatório de Três
Marias, incluindo o
trecho do rio
Paraopeba desde a
UHE Retiro Baixo,
modelo em esquema
bidimensional.
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RelaçãodevazõeseconcentraçõesdemetaisnaestaçãoPonteNovado
ParaopebaenopontoPT-15–PróximoàcidadedeJuatuba-MG
ManganêsTotal
Faixa inicialmente adotada
Relação em Novembro e
Dezembro de 2019
Nova tendência dos
eventos de
Janeiro de 2020
As relações entre vazões e concentrações dos metais na bacia do Paraopeba está
em constante mudança. Em janeiro de 2020 observa-se que para vazões maiores
as concentrações dos metais tem sido inferiores às observadas no ano de 2019.
A relação concentração versus vazão é o input para os prognósticos, considera-se
que a relação atualmente adotada (linhas azuis) é conservadora ao que está
ocorrendo em Janeiro.
O modelo é constantemente será reavaliado em virtude dos novos dados.