CONASS Debate - Inovação na Atenção Ambulatorial Especializada - Brasília, 6 de agosto de 2015
Apresentação da diretora do Núcleo de Descentralização do SUS da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, Marise Dalcuche, a respeito da implantação do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) no estado
2. Programa Estadual de Apoio aos Consórcios
Intermunicipais de Saúde do Paraná –
COMSUS
Implantado em 2012, nasceu com o objetivo de
qualificar a atenção ambulatorial secundária do
Estado para atender as necessidades de saúde da
população.
3. Objetivos Específicos do COMSUS
• Alinhar o modelo de atenção dos Consórcios Intermunicipais de Saúde
(CIS) de acordo com as redes de atenção à saúde prioritárias – Rede Mãe
Paranaense, Rede de Atenção à Saúde do Idoso, Rede de Atenção à
Pessoa com Deficiência e Rede de Atenção à Saúde Mental.
• Implantar incentivo de custeio para ampliar a oferta de serviços
especializados.
• Implantar incentivo de investimento para a melhoria da estrutura e de
equipamentos dos Centros de Especialidades Regional.
4. Objetivos Específicos do COMSUS
• Inserir os CIS nas Redes de Atenção à Saúde, integrados com a atenção
primária e atenção terciária.
• Operar com eficiência e efetividade.
• Preencher vazios assistenciais.
• Melhorar a qualidade da gerência dos consórcios.
5. COMSUS
- Componente de capacitação
Em 2014 foi realizado o Curso de Aperfeiçoamento em
Gerenciamento de Consórcios Intermunicipais de Saúde em parceria com
a ACISPAR (Associação dos Consórcios e Associações Intermunicipais de Saúde
do Paraná) . O Curso foi realizado pela PUC/PR, In Company.
6. Modelo de Atenção às Condições Crônicas –
A Experiência do Paraná na
15ª Região de Saúde de Maringá
6 de agosto de 2015
Brasilia - DF
7. Centros de Especialidades do Paraná
Premissas do Novo Modelo de Atenção à Saúde
•Ponto de Atenção à Saúde das RAS
•Atendimento especializado por equipe interprofissional (enfermeiro,
médico, nutricionista, assistente social, psicólogo, farmacêutico, educador
físico)
•Estratificação de risco – baixo risco, risco intermediário, alto risco, controle
metabólico ruim)
. Agendamento do usuário, pela APS, para atendimento (não somente para
consulta)
8. Centros de Especialidades do Paraná
Premissas do Novo Modelo de Atenção à Saúde
•Consulta contínua e exames no mesmo dia, sempre que
possível
•Atendimento sempre pela mesma equipe – vinculação
•Relacionamento direto entre as equipes da APS e AAE
•Compensação do usuário para retorno à APS com Plano de
Cuidado – sem efeito velcro
9. Locais definidos para a implantação do MACC
- CISAMUSEP – Ambulatório de Especialidades -15ª Região de
Saúde de Maringá ( 30 municípios)
- UAPS Céu Azul– Município de Maringá – UAPS Universo e
São Silvestre
- UAPS Tancredo Neves – Município de Munhoz de Mello
- Astorga, Mandaguari, Floresta, Atalaia, Iguaraçu e Ângulo
10. Critérios para participação do Centro de
Especialidades/Consórcio Intermunicipal de Saúde
. Equipe interdisciplinar
. Médico cardiologista e endocrinologista
. Aceitação e disponibilidade da equipe em implantar o
novo processo de trabalho
11. Critérios para implantação do Novo Modelo de
Atenção às Condições Crônicas
A implantação do novo modelo de atenção somente é possível
com a participação simultânea da Unidade de Atenção
Primária/Unidade de Saúde da Família e do Centro de
Especialidade/Consórcio Intermunicipal de Saúde
12. Critérios para participação da UAPS/UESF
•Estar vinculada a uma equipe de NASF
•Ter passado pelo processo de Tutoria ou estar em processo
para alcançar o Selo Bronze de Qualidade na UAPS/UESF
•Realizar estratificação de risco (gestantes, hipertensos,
diabéticos)
13. Tutoria na Atenção Primária à Saúde
• A SESA, em 2014, introduziu a tutoria na APS, com o
objetivo de apoiar as equipes no gerenciamento dos
micros e macroprocessos prioritários, para que
assumam a coordenação das Redes de Atenção à
Saúde.
• Objetivo: Desenvolver competência na
implementação dos macroprocessos da APS.
14. Tutoria na Atenção Primária à Saúde
• Para o desenvolvimento da tutoria, seguindo os fundamentos da APS e
da gestão da qualidade, foi estabelecido o Selo da Qualidade, como
estratégia motivacional para as equipes. O Selo da Qualidade é um
instrumento que apresenta três níveis:
• 1) o selo bronze que tem por objetivo aferir o gerenciamento de risco,
para garantir segurança ao cliente;
• 2) o selo prata que visa aferir o gerenciamento dos processos, para
garantir valor aos clientes finais;
• 3) o selo ouro que deve aferir os resultados, para garantir efetividade das
ações desenvolvidas pela equipe
• Instrumento agrega: Manual de Acreditação da Organização Nacional de
Acreditação (ONA), Programa de Melhoria da Qualidade do Ministério da Saúde
(PMAQ), Metas de Segurança da Qualidade da Organização Mundial da Saúde
(OMS) e as oficinas do APSUS, da SESA do Paraná.
• a sociedade.
15. Tutoria na Atenção Primária à Saúde
• A tutoria é o reconhecimento da complexidade da APS e da necessidade
de uma nova abordagem para as equipes de saúde, a partir da
personalização do processo de aprendizagem, da aplicação dos
fundamentos na prática cotidiana dos serviços e do monitoramento
desta aplicação em tempo real.
• Em 2014 foram certificadas 8 UAPS que atingiram 100% de
conformidades no Selo Bronze.
• A Tutoria na APS está dentro do planejamento da SESA para nos
próximos 3 anos ser implantada em 100% das UAPS e é um critério para
inclusão da UAPS no MACC.
16. 1º Passo da Implantação Gradual do MACC
• Visita e reuniões para apresentação da proposta:
• - com a equipe da 15ª Regional de Saúde
• - Na UAPS Tancredo Neves com a equipe – Município
de Munhoz de Mello
• Na UAPS Céu Azul e com a equipe – Município de
Maringá
• No Ambulatório do CISAMUSEP e com a equipe
17. Situação encontrada através das visitas e reuniões realizadas
•- as equipes da AAE e da APS não se conheciam;
•- as equipes da AAE e da APS não trabalhavam com estratificação de risco
dos usuários;
•- o usuário era encaminhado da APS para a AAE através do agendamento de
consultas, conforme disponibilidade de horário dos médicos;
•- não há vinculação do usuário ao médico ou à equipe;
•- o usuário era agendado sempre para uma consulta médica;
•- não há resolubilidade nas consultas;
•- o usuário era devolvido para a APS sem contrarreferência ou Plano de
Cuidados;
•- o usuário era devolvido para a APS para fazer exames complementares.
18. 2º Passo da Implantação do MACC -Cronograma
CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO GRADUAL DO MODELO DE ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS –
15ª REGIÃO DE SAÚDE DE MARINGÁ-PR, 2014
nº ATIVIDADE PÚBLICO ALVO DATA
1
Seminário para pactuação de
compromissos e definição de prazos com
os gestores; pactuação do início da
estratificação de risco, validação dos
processos para linhas de cuidado da
hipertensão arterial e diabetes
Gestores e equipes SMS,
Gerentes e equipes CIS
28 de julho
Inserir no processo de tutoria as UAPS
selecionadas
2
Capacitação das linhas guias /
estratificação de risco/ manejo da
hipertensão arterial
Equipes APS e CIS
18 de agosto
3
Capacitação para o manejo da Diabetes Equipes APS e CIS
1º de
setembro
4
Viagem a Santo Antonio do Monte - MG
Regional de Saúde,
Equipes APS e CIS
16, 17 e 18 de
setembro
5
Início do encaminhamento de usuários com
estratificação de risco
Equipes APS e CIS 1º de
outubro
6
Capacitação para demais tecnologias leves
de manejo clinico - consulta compartilhada,
auto-cuidado apoiado, grupo operativo
Equipes APS e CIS 13 e 14
novembro
19. 3º Passo – Desenvolvimento das atividades
- Reunião para pactuação de data para início das
atividades –
- Data pactuada 1º de outubro 2014
- Reuniões entre equipes da AE e APS para
estabelecer a forma de agendamento desses
usuários
20. 4º Passo para a implantação do MACC
- Alinhamento conceitual dos profissionais do CEP e das UAPS nas linhas
de cuidado da hipertensão arterial e diabetes mellitus
- Critérios de estratificação de risco
- Manejo da hipertensão arterial e diabetes mellitus
- 15ª Região de Saúde de Maringá –
- 18 de agosto – Linha de Cuidado da HA
- 1º de setembro – Linha de Cuidado DM
- Atualmente a capacitação dos profissionais da APS está sendo feita pelos
médicos do Ambulatório de Especialidades
23. 6º passo - Treinamento Tecnologias Leves
- Capacitação dos profissionais do CEP e das UAPS em
Tecnologias Aplicadas na atenção primária e secundária no
manejo das condições crônicas;
Autocuidado Apoiado
Atenção Compartilhada
Grupo operativo
Essa capacitação será feita para a região de saúde
24. 7º passo – Início do atendimento – Equipe multiprofissional do
AE - CISAMUSEP
25. Atenção Primária à
Saúde identifica a
população alvo
Atenção Primária à
Saúde identifica a
população alvo
Atendimento na
Atenção Primária à
Saúde do próprio
município
Atendimento na
Atenção Primária à
Saúde do próprio
município
População
alvo de alto
risco?
População
alvo de alto
risco?
NÃO SIM
Agendamento
no Centro de
Especialidades
Agendamento
no Centro de
Especialidades
FLUXOGRAMA DE AGENDAMENTO
Atenção Primária à
Saúde estratifica risco
Atenção Primária à
Saúde estratifica risco
26. PONTO DE
APOIO
PONTO DE
APOIO
RecepçãoRecepção
PLANO DE CUIDADOPLANO DE CUIDADO
Encaminhamento para o
atendimento
Encaminhamento para o
atendimento
Assistente SocialAssistente Social
ATENÇÃO
CONTÍNUA
(para hipertensos e diabéticos)
ATENÇÃO
CONTÍNUA
(para hipertensos e diabéticos)
EnfermeiroEnfermeiro
FisioterapeutaFisioterapeuta
PsicólogoPsicólogo CardiologistaCardiologista
NutricionistaNutricionista
Atendimento ao
pé diabético
Atendimento ao
pé diabético
AngiologistaAngiologista
OftalmologistaOftalmologista
EndocrinologistaEndocrinologista
Farmacêutico
clínico
Farmacêutico
clínico
Exames
complementares
Exames
complementares
PLANO DE CUIDADO
COMPLETO
PLANO DE CUIDADO
COMPLETO
Fluxograma de Atendimento
30. • Realizar consulta de enfermagem;
• Avaliar adesão ao tratamento;
• Monitorar intercorrência;
• Orientar sobre tratamento medicamentoso prescrito e não
medicamentoso;
• Encaminhar para demais avaliações médicas quando
necessário;
• Participar de atividades educativas;
• Pacientes diabéticos referiram nunca terem sido
submetidos a uma avaliação dos pés;
• Diferenças das orientações fornecidas entre Atenção
Primária e Atenção Secundária referentes ao manejo da
insulina;
ENFERMAGEM
34. • Orientar sobre alimentação saudável, controle glicêmico e
pressórico;
• Realizar avaliação nutricional e elaborar plano alimentar;
• Avaliação adesão ao tratamento dietético;
• Encaminhar usuários para grupos na APS;
• Participar de atividades educativas;
• Dificuldade no acompanhamento e monitoramento com a
nutricionista da Atenção Primária, pela demora ou pela
falta do profissional;
NUTRIÇÃO
36. • Avaliar o quadro motor e o pé diabético;
• Orientar sobre exercícios específicos;
• Encaminhar para o serviço de órtese, prótese e reabilitação,
quando necessário;
• Orientar sobre os cuidados com os pés, alongamento e reforço
muscular;
• Participar das atividades educativas.
FISIOTERAPIA
37. • Munhoz de Melo
Grupos de caminhada e ginástica (terceira idade);
Capoterapia;
• Céu Azul e Jardim Universo
Caminhada;
FISIOTERAPIA
39. • Realizar atendimento individual ou coletivo;
• Motivar para a adesão ao tratamento e às mudanças no estilo
de vida;
• Apoiar as atividades de educação em saúde;
• Realizar apoio matricial;
• Desenvolver habilidades para o autocuidado dos usuários;
• Participar de atividades educativas;
PSICOLOGIA
40. PSICOLOGIA
• Falta de trabalhos visando manter a motivação do paciente
para o tratamento;
• Pacientes jovens são mais resistentes;
• Importância dos grupos da 3ª idade, para motivação ao
tratamento.
42. SERVIÇO SOCIAL
•Identificar, através de Entrevista/Atendimento Social se há
questões sociais interferindo no Processo Saúde-Doença do
Paciente;
•Verificar se o usuário está recebendo o suporte necessário para
continuidade do tratamento dentro do SUS (medicamentos,
exames, acompanhamento adequado pela UBS).
•Com base nas demandas apresentadas pelo paciente, intervir
junto ao Município / Rede de Serviços para os encaminhamentos
necessários.
•Finalizar o atendimento MACC, reforçar a pactuação do Plano
de Cuidados junto com o paciente e acompanhante (quando o
caso), e agendar o dia do próximo atendimento junto com o
paciente.
46. • Encaminhado planilha mensalmente para as Unidades Básicas
para acompanhamento e monitoramento dos pacientes
atendidos no Cisamusep com o objetivo de facilitar a
integração entre a Atenção Secundária e Atenção Primária.
Monitoramento
52. CERTIFICADO
Certificamos que o senhor(a) ____________________ residente
no município de ____________________participou do Modelo
de Atenção às Condições Crônicas (MACC) onde alcançou
as metas propostas pela equipe multiprofissional
do Cisamusep. Pela busca de saúde e qualidade de vida,
continuar a pactuação do seu plano de cuidado na unidade
básica de saúde.
53.
54. Gestão
• A Gestão do AAE/Centro de Especialidades – CISAMUSEP
• 30 municípios da região
• População aproximada de 750.000 habitantes
• Contratualização com o Município de Maringá
• Convênio COMSUS com a SESA
55. Financiamento - Receita
• Rateio dos municípios (administrativo per capita e por
procedimento realizado).
• COMSUS: custeio (R$ 200.000,00), equipamentos (R$
680.000,00), obra (R$ 13.000.000,00)
• TFMAC/MS: custeio por procedimento realizado
56. Diferenciais da experiência da 15ª Região de Saúde do
Paraná
• COMSUS
• Engajamento das equipes de APS no inicio do processo
• Tutoria
• Relacionamento entre as equipes da APS e AE
• Envolvimento e dedicação da equipe do CISAMUSEP
• Atendimento multiprofissional
• Capacitação
• Curso de Aperfeiçoamento em Gerenciamento de Consórcios
Intermunicipais de Saúde
• Consultoria