3. Patrimônio Histórico Brasileiro
Pode ser definido como um bem
material, imaterial, natural ou imóvel
que possui significado e importância
artística,
cultural, religiosa, documental ou
estética para a sociedade.
Unesco: Organização das Nações
Unidas para Educação, Ciência e
Cultura.
Iphan:O Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan)
é uma instituição federal vinculada
ao Ministério da Cultura,
responsável por preservar, divulgar
e fiscalizar os bens culturais
brasileiros, além de garantir a
utilização desses bens pela atual e
futuras gerações.
4. Toda vez que algo passa a
fazer parte do patrimônio
histórico nacional ou da
humanidade , dizemos que
foi tombado.
O tombamento é um ato
administrativo realizado
pelo poder Público, com o
objetivo de preservar , por
intermédio da aplicação da
legislação específica, bens
de valor histórico, cultural,
arquitetônico, ambiental e
também de valor afetivo
para a população,
impedindo que venham a
ser destruídos ou
descaracterizados.
O Tombamento pode ser
aplicado aos bens móveis
e imóveis, de interesse
cultural ou ambiental,
quais sejam: fotografias,
livros, mobiliários,
utensílios, obras de arte ,
edifícios, ruas, praças,
cidades, regiões,
florestas, cascatas, etc.
Somente é aplicado aos
bens materiais de
interesse para a
preservação da memória
coletiva.
O que é
Tombamento?
O que pode ser
tombado?
5. Os Patrimônios da Humanidade no Brasil,
Tombados pela Unesco:
Ouro Preto -MG
Foz do Iguaçu-PR
Brasília- DF
Olinda-PE
Bom Jesus de
Matosinhos,
Congonhas-MG
Pelourinho-BA
Serra da Capivara-PI
Goiás Velho-GO
Alcântara-MA
Olinda-PE
Pelourinho-BA
Parati-RJ
Ouro Preto-MG
Anchieta –ES
Zona das Missões-
RS
Tiradentes-MG
Patrimônios Nacionais:
6. Bens culturais imateriais
Estão relacionados aos
saberes, às habilidades, às
crenças, às práticas, ao
modo de ser das pessoas.
Ex: A festa do Círio de nossa
senhora de Nazaré, a feira
de Caruaru, o frevo, a
capoeira, o modo artesanal
de fazer queijo de minas e as
matrizes do samba no Rio de
Janeiro.
Praça Tiradentes, Ouro Preto,
jun/1997
7.
8.
9. Arquitetura Colonial brasileira
É a arquitetura realizada no
Brasil desde 1500 , ano do
descobrimento pelos
portugueses , até a
independência em 1822.
Durante esse período, os
colonizadores importaram as
correntes da Europa á colônia,
com traços arquitetônicos
renascentistas, maneiristas,
barrocos, rococós e
neoclássicos.
Residências em Paraty-Rg e
Tiradentes Mg
10. O patrimônio material:
É formado por um conjunto
de bens culturais
classificados segundo sua
natureza: arqueológico,
paisagístico e etnográfico.
(Etnografia é o estudo
descritivo da cultura dos
povos, sua língua, raça,
religião, hábitos etc.),
histórico; belas artes; e
das artes aplicadas (arte
que seja útil).
Eles são divididos em BENS
MÓVEIS E IMÓVEIS.
11. Bens imóveis
Núcleos urbanos, sítios
arqueológicos e
paisagísticos e bens
individuais –
ex: os conjuntos
arquitetônicos de cidades
como Ouro Preto (MG),
Paraty (RJ), Olinda (PE) e
São Luís (MA) ou
paisagísticos, como Lençóis
(BA), Serra do Curral (Belo
Horizonte), Grutas do Lago
Azul e de Nossa Senhora
Aparecida (Bonito, MS) e o
Corcovado (Rio de Janeiro).
13. Bens Naturais
Os Sítios do Patrimônio Mundial Natural protegem áreas consideradas excepcionais
do ponto de vista da diversidade biológica e da paisagem. Neles, a proteção ao
ambiente, o respeito à diversidade cultural e às populações tradicionais são objeto
de atenção especial.
No Brasil, existem vários Sítios do Patrimônio Mundial Natural. O País é signatário
da Convenção dos Sítios do Patrimônio da Humanidade desde 1977:
Parque Nacional do Iguaçu, Mata Atlântica Reservas do Sudeste, Pantanal,
Anavilhanas, Complexo da Amazônia Central , Ilhas atlânticas brasileiras : Fernando
de Noronha e Atol das Rocas, Áreas Protegidas do Cerrado, Chapado dos Veadeiros
e Parque Nacional de Monte Pascoal, Bahia.
Abaixo: Cataratas do Iguaçu e Anavilhanas, Complexo da Amazônia Central.
14. Barroco no Brasil
O Barroco foi introduzido no Brasil
por intermédio dos jesuítas.
Inicialmente, no final do século XVI,
tratava-se de um movimento
apenas destinado à catequização.
A partir do século XVII, o Barroco
passa a se expandir para os centros
de produção açucareira,
especialmente na Bahia, por meio
das igrejas.
Assim, a função da igreja era ensinar
o caminho da religiosidade e da
moral a uma população que vivia
desregradamente.
Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil
em 1549, durante a Contrarreforma .
15. O Barroco brasileiro e o ciclo do ouro
Assim como em Portugal, o
Barroco no Brasil foi tarde em
relação á Europa.
No Brasil acompanhou a
descoberta do ouro em Minas
Gerais.
Teve forte influência nas cidades
litorâneas como Rio de
Janeiro,Recife e Salvador com
características mais europeias.
Em cidades como Vila Rica (hoje
Ouro Preto) ou Diamantina o
Barroco ganhou características
próprias, traços negros e mulatos
são comuns imagens de santos e
pinturas.
Detalhe da Virgem entregando o Menino Jesus
a Santo Antônio, de Mestre Ataíde
18. 1º fase: Período nacional português
de 1710 a 1730.
Nesse momento, a
influência barroca muda o
interior das igrejas, mas
não interfere no exterior,
mantendo as construções
modestas do começo do
período colonial, mas por
dentro as igrejas viraram
templos suntuosos.
Capela Nossa Senhora do
Ó, em Sabará 1719
19. * 2º Fase: Período Joanino, vai
de 1730 a 1760
Este período é marcado
pelo gosto italiano do rei
português, dom João V.
As estátuas integram-se á
madeira dos retábulos e os
caixotões desaparecem,
substituídos por pinturas,
obras de grandes
dimensões, que podem
recobrir todo o teto do
templo.
A arquitetura adota linhas
curvas, naves alongadas e
torres circulares.
Igreja Nossa senhora do
Rosário 1750, Ouro
Preto
21. *3º Fase: Período Rococó a partir de 1760 e vai até
aproximadamente 1800
Nesse período, as
fachadas das igrejas
ganham leveza e
audácia, com curvas,
torres redondas e
portadas com relevo
de pedra-sabão.
Os ambientes são
claros e arejados, e a
luz natural enfatiza a
ornamentação sobre
fundos caiados de
branco.
Templo projetado pelo pai
de Aleijadinho, como a
igreja de Nossa Senhora do
Carmo 1766 em Ouro
Preto.
22. Templo projetado pelo pai de Aleijadinho, como a
igreja de Nossa Senhora do Carmo 1766 em Ouro
Preto.
23. *Igreja de São Francisco de Assis, 1774, em
São João del Rey
24. O interior dessas
igrejas é
cuidadosamente
estudado pelos autores
de seus projetos.
Um dos principais
objetivos é fazer com
que a luz incida sobre
as pinturas internas,
destacando cores e o
jogo entre claro e
escuro, tudo é pensado
como uma sinfonia de
luz e cor.
Igreja de Nossa
Senhora do Pilar, Ouro
Preto.
25. A atração causada pelo ouro tornou Minas
Gerais a capitania mais populosa do Brasil.
A coroa confiscava um quinto do ouro
extraído.
A força de Minas também provocou
mudança no uso de materiais.
O azulejo não suportava a subida da serra
no lombo das mulas e foi por isso que o
Barroco mineiro abandonou a influência
lusitana muito presentes nas igrejas de
Salvador e Rio de Janeiro.
Os azulejos foram substituídos por painéis
pintados.
A pedra-sabão também foi usada e
substituta do mármore.
Igreja de São Francisco,
Ouro Preto
28. Aleijadinho
Antônio Francisco Lisboa, nasceu em Ouro
Preto em 1730, era filho bastardo do mestre
de obras português Manuel Francisco Lisboa
e da escrava africana da qual se sabe
apenas o nome Isabel.
Quando tinha 40 anos desenvolveu uma
doença degenerativa que lhe causava dores
intensas e lhe deformava o corpo e as
feições.
Perdeu os dedos dos pés, não conseguia
andar e locomovia-se de joelhos, para
continua trabalhando seus escravos
amarravam as ferramentas em suas mãos.
Por causa do seu aspecto ele não saia de
casa e dedicava-se totalmente ao trabalho,
embora tivesse escravos ganhou pouco
dinheiro, perto do fim da vida ficou pobre e
cego,morreu em 1814, aos 84 anos.
29. Aleijadinho / obras antes da doença
Conhecido como escultor,
também foi entalhador,
desenhista e arquiteto.
Aprendeu o ofício com o pai
e o tio.
Desenvolveu sua arte
através da madeira e pedra
sabão.
Sua obra foi dividida em
antes das doença, a obra é
marcada pela serenidade,
equilíbrio e clareza.
Ex:Igrejas de São Francisco
de Assis em Ouro Preto e
em São João Del Rei e a
capela mor da igreja Nossa
Senhora das Mercês e
perdões em Ouro Preto.
Igrejas de São Francisco de
Assis em São João Del Rei
30. Capela mor da igreja Nossa Senhora das Mercês e perdões
em Ouro Preto.
31. Aleijadinho / obras depois da doença
Suas principais obras
primas datam da fase em
que estava doente. É
nesses anos que
surgem elementos
góticos e
expressionistas.
Os trabalhos magistrais
dessa fase são as
figuras dos Passos da
Paixão e os Doze
Profetas
34. A Santa Ceia, Obra de Aleijadinho em Congonhas do
Campo
35.
36. Parte de um conjunto de doze Profetas: obras
que estão no Santuário do Bom Jesus de matosinhos em
Congonhas.
37. Santuário do Bom Jesus de matosinhos em
Congonhas
A construção teve início em 1757 e a do adro em 1763, a
construção demorou treze anos.
As esculturas são em pedras sabão de doze profetas: Isaías,
Jeremias, Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséias, Jonas, Abdias,
Habacuque, Amós e Naum. Cada um em uma posição diferente
e executam gestos que se coordenam, dando a impressão de
movimento.
38.
39.
40.
41.
42. Mestre Ataíde
Manuel da Costa Ataíde
nasceu no dia 18 de outubro
de 1762, em Mariana.
Começou seguindo carreira
militar e depois se revelou
como grande artista.
Retratava madonas, anjos e
santos como mestiços, ou seja,
provenientes de povos
africanos.
Usava cores vivas como o
azul(cor predileta)
Suas pinturas faziam com que
os fiéis acreditassem em outro
mundo acima.
Santa Ceia, Manuel da Costa
Ataíde (Mestre Ataíde), 1828
(Colégio do Caraça, Minas
Gerais)
43. Assunção de Nossa Senhora, de Manuel da Costa Ataíde, no teto da
igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto.
46. No Brasil, a arquitetura
religiosa foi o maior
expoente da arte barroca.
As igrejas eram
maravilhosamente
decoradas com entalhes em
madeira cobertos de ouro,
teto pintado com cenas
bíblicas, esculturas de
santos, altares com anjos,
colunas, flores e muitos
outros elementos
decorativos.
47.
48. Teto da igreja da Ordem
Terceira de São Francisco
De Assis, Ouro Preto
(1801-1812).
Mestre Ataíde