SlideShare a Scribd company logo
1 of 31
Download to read offline
MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS
PLANAS
Profª. Me. Ludimilla da Silveira Ferreira
▪ INTRODUÇÃO
• Porque estudarmos as propriedades das figuras planas?
➢ As tensões podem ser escritas em função do esforço
solicitante e de alguma propriedade da seção transversal;
➢ Essas podem ser áreas e momentos de inércia de áreas.
▪ DEFINIÇÃO
• Para uma figura plana qualquer, definimos:
➢ Área da figura 𝑆:
▪ DEFINIÇÃO
• Momento estático de 𝑆:
▪ DEFINIÇÃO
• Momento de Inércia de 𝑆:
▪ DEFINIÇÃO
• Momento de Inércia de 𝑆:
onde 𝑟 é a posição radial da área infinitesimal 𝑑𝐴,
ou seja 𝑟² = 𝑦² + 𝑧².
▪ PROPRIEDADES DO MOMENTO ESTÁTICO
• Considere o problema da figura.
• Para haver equilíbrio ao redor de 𝑧, temos:
IMPORTANTE: 𝑑i tem sinal!
▪ PROPRIEDADES DO MOMENTO ESTÁTICO
• Se estendermos o mesmo conceito para um sólido de
densidade 𝛾 e espessura 𝑡 constante:
Logo, para haver equilíbrio: 𝑀z = 0
▪ PROPRIEDADES DO MOMENTO ESTÁTICO
• Agora, não é todo o eixo que apresenta a propriedade
anteriormente descrita.
• É fácil ver na figura que 𝑀z’ ≠ 0
▪ BARICENTRO DE UMA FIGURA PLANA
• O baricentro (G) é o centro de
massa da figura.
• Por ele passam dois eixos
principais que satisfazem:
▪ BARICENTRO DE UMA FIGURA PLANA
• Observando a figura:
• Assim, o momento estático em
relação ao eixo 𝑧 pode ser escrito
como:
▪ BARICENTRO DE FIGURAS COMPOSTAS
com 𝐴 = ∑ 𝐴i.
• Para determinar o baricentro de
figuras compostas:
• Logo:
▪ Exemplo: Retângulo
• Vamos fazer os cálculos para
determinar o baricentro do retângulo:
▪ BARICENTRO
• Nota importante: o baricentro sempre está sobre os eixos de
simetria da área!
▪ BARICENTRO OU CENTROIDE
▪ BARICENTRO OU CENTROIDE
▪ BARICENTRO OU CENTROIDE
▪ MOMENTOS DE INÉRCIA
• Os momentos de inércia são importantes para a flexão →
Determinam a rigidez a flexão (com o módulo de elasticidade do
material determinam quão rígido uma barra é em relação à
Flexão).
▪ Exemplo – Momento de Inércia: Retângulo
• Para o retângulo que vimos
anteriormente, vamos calcular os
momentos de inércia em relação aos
eixos 𝑦 e 𝑧.
▪ Exemplo – Momento de Inércia: Retângulo
• Como pode ser visto, os momentos
de inércia em relação aos eixos que
passam pelo baricentro não são
nulos, porém são mínimos!
• Como relacionar os momentos de
inércia dos dois sistemas?
▪ TEOREMA DE STEINER
• Vamos analisar a relação entre os
eixos 𝑧 e 𝑠. Podemos escrever a
relação entre as distâncias medidas
entre a área infinitesimal e os eixos
como:
▪ TEOREMA DE STEINER
• Assim, podemos escrever o
momento de inércia em relação ao
eixo 𝑧 como:
▪ TEOREMA DE STEINER
• Se o eixo 𝑠 coincidir com o eixo que
passa pelo baricentro 𝑧0 (ou seja, 𝑀z0 =
0):
• Se a figura é composta, é possível obter
o baricentro da figura composta
transportando todos os momentos de
inércia para o eixo do baricentro da figura
composta:
▪ Momento de Inércia: Triângulo
• É possível demonstrar que:
▪ Momento de Inércia: Círculo
• É possível demonstrar que:
▪ Momento de Inércia de Figuras Geométricas Comuns
▪ Momento de Inércia de Figuras Geométricas Comuns
▪ Momento de Inércia de Figuras Geométricas Comuns
Aula 02 - Momento de Inércia de Figuras Planas.pdf
Aula 02 - Momento de Inércia de Figuras Planas.pdf

More Related Content

What's hot

Estudo de demandas do sistema de abastecimento de água
Estudo de demandas do sistema de abastecimento de águaEstudo de demandas do sistema de abastecimento de água
Estudo de demandas do sistema de abastecimento de água
Carlos Elson Cunha
 
Fenômenos de transporte mecânica dos fluidos e da transferência de calor
Fenômenos de transporte   mecânica dos fluidos e da transferência de calorFenômenos de transporte   mecânica dos fluidos e da transferência de calor
Fenômenos de transporte mecânica dos fluidos e da transferência de calor
Gabriela Silva Moreira
 

What's hot (20)

mecanica dos fluidos
mecanica dos fluidosmecanica dos fluidos
mecanica dos fluidos
 
Hidrodinamica (1)
Hidrodinamica (1)Hidrodinamica (1)
Hidrodinamica (1)
 
08 aula pressão e manômetros
08 aula pressão e manômetros08 aula pressão e manômetros
08 aula pressão e manômetros
 
Apresentação vertedores
Apresentação vertedoresApresentação vertedores
Apresentação vertedores
 
flambagem
flambagemflambagem
flambagem
 
Fluidos problemas resolvidos e propostos
Fluidos problemas resolvidos e propostosFluidos problemas resolvidos e propostos
Fluidos problemas resolvidos e propostos
 
Lista de resistência dos materiais
Lista de resistência dos materiaisLista de resistência dos materiais
Lista de resistência dos materiais
 
Hidrostática hidrodinâmica
Hidrostática hidrodinâmicaHidrostática hidrodinâmica
Hidrostática hidrodinâmica
 
Aula 05 cinematica
Aula 05 cinematicaAula 05 cinematica
Aula 05 cinematica
 
Estudo de demandas do sistema de abastecimento de água
Estudo de demandas do sistema de abastecimento de águaEstudo de demandas do sistema de abastecimento de água
Estudo de demandas do sistema de abastecimento de água
 
Resistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
Resistência dos materiais - Exercícios ResolvidosResistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
Resistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
 
flexão composta
flexão compostaflexão composta
flexão composta
 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
 
Tabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisTabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integrais
 
Escoamento Laminar e turbulento
Escoamento Laminar e turbulentoEscoamento Laminar e turbulento
Escoamento Laminar e turbulento
 
E flexao pura
E   flexao puraE   flexao pura
E flexao pura
 
Fenômenos de transporte mecânica dos fluidos e da transferência de calor
Fenômenos de transporte   mecânica dos fluidos e da transferência de calorFenômenos de transporte   mecânica dos fluidos e da transferência de calor
Fenômenos de transporte mecânica dos fluidos e da transferência de calor
 
Apostila de isostática
Apostila de isostáticaApostila de isostática
Apostila de isostática
 
96893253 tabela-centroides-de-areas
96893253 tabela-centroides-de-areas96893253 tabela-centroides-de-areas
96893253 tabela-centroides-de-areas
 
Mecanica geral
Mecanica geralMecanica geral
Mecanica geral
 

Similar to Aula 02 - Momento de Inércia de Figuras Planas.pdf (14)

PEF – 3202 – Figuras Planas.pdf
PEF – 3202  – Figuras Planas.pdfPEF – 3202  – Figuras Planas.pdf
PEF – 3202 – Figuras Planas.pdf
 
2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas2. forças que atuam nas estruturas
2. forças que atuam nas estruturas
 
Engrenagens1
Engrenagens1Engrenagens1
Engrenagens1
 
Engrenagens1
Engrenagens1Engrenagens1
Engrenagens1
 
Engrenagens1
Engrenagens1Engrenagens1
Engrenagens1
 
Engrenagens1
Engrenagens1Engrenagens1
Engrenagens1
 
Geologia estrutural dobras
Geologia estrutural   dobrasGeologia estrutural   dobras
Geologia estrutural dobras
 
Apos eletro fisica
Apos eletro fisicaApos eletro fisica
Apos eletro fisica
 
Momento inercia
Momento inerciaMomento inercia
Momento inercia
 
Arquimedes.ppt.pptx
Arquimedes.ppt.pptxArquimedes.ppt.pptx
Arquimedes.ppt.pptx
 
Material de estudo Engenharia Agrônomica.CRA-RM.ppt
Material de estudo Engenharia Agrônomica.CRA-RM.pptMaterial de estudo Engenharia Agrônomica.CRA-RM.ppt
Material de estudo Engenharia Agrônomica.CRA-RM.ppt
 
ELEMAQ.ppt
ELEMAQ.pptELEMAQ.ppt
ELEMAQ.ppt
 
Elementos de fixação Parafusos e pinos rebites.pdf
Elementos de fixação Parafusos e pinos rebites.pdfElementos de fixação Parafusos e pinos rebites.pdf
Elementos de fixação Parafusos e pinos rebites.pdf
 
Mecsolos
MecsolosMecsolos
Mecsolos
 

Recently uploaded

SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptxSEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
avaseg
 

Recently uploaded (8)

CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADECONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
CONCEITOS BÁSICOS DE CONFIABILIDADE COM EMBASAMENTO DE QUALIDADE
 
treinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plásticatreinamento de moldagem por injeção plástica
treinamento de moldagem por injeção plástica
 
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptxProposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
Proposta de dimensionamento. PROJETO DO CURSO 2023.pptx
 
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsxST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
ST 2024 Apresentação Comercial - VF.ppsx
 
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdfATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
ATIVIDADE 1 - FSCE - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II - 52_2024.pdf
 
Normas Técnicas para aparelho de solda oxi-acetileno.pdf
Normas Técnicas para aparelho de solda oxi-acetileno.pdfNormas Técnicas para aparelho de solda oxi-acetileno.pdf
Normas Técnicas para aparelho de solda oxi-acetileno.pdf
 
Planejamento e controle da Produção_Lustosa.pdf
Planejamento e controle da Produção_Lustosa.pdfPlanejamento e controle da Produção_Lustosa.pdf
Planejamento e controle da Produção_Lustosa.pdf
 
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptxSEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
SEG NR 18 - SEGURANÇA E SAÚDE O TRABALHO NA INDUSTRIA DA COSTRUÇÃO CIVIL.pptx
 

Aula 02 - Momento de Inércia de Figuras Planas.pdf

  • 1. MOMENTO DE INÉRCIA DE FIGURAS PLANAS Profª. Me. Ludimilla da Silveira Ferreira
  • 2. ▪ INTRODUÇÃO • Porque estudarmos as propriedades das figuras planas? ➢ As tensões podem ser escritas em função do esforço solicitante e de alguma propriedade da seção transversal; ➢ Essas podem ser áreas e momentos de inércia de áreas.
  • 3. ▪ DEFINIÇÃO • Para uma figura plana qualquer, definimos: ➢ Área da figura 𝑆:
  • 4. ▪ DEFINIÇÃO • Momento estático de 𝑆:
  • 5. ▪ DEFINIÇÃO • Momento de Inércia de 𝑆:
  • 6. ▪ DEFINIÇÃO • Momento de Inércia de 𝑆: onde 𝑟 é a posição radial da área infinitesimal 𝑑𝐴, ou seja 𝑟² = 𝑦² + 𝑧².
  • 7. ▪ PROPRIEDADES DO MOMENTO ESTÁTICO • Considere o problema da figura. • Para haver equilíbrio ao redor de 𝑧, temos: IMPORTANTE: 𝑑i tem sinal!
  • 8. ▪ PROPRIEDADES DO MOMENTO ESTÁTICO • Se estendermos o mesmo conceito para um sólido de densidade 𝛾 e espessura 𝑡 constante: Logo, para haver equilíbrio: 𝑀z = 0
  • 9. ▪ PROPRIEDADES DO MOMENTO ESTÁTICO • Agora, não é todo o eixo que apresenta a propriedade anteriormente descrita. • É fácil ver na figura que 𝑀z’ ≠ 0
  • 10. ▪ BARICENTRO DE UMA FIGURA PLANA • O baricentro (G) é o centro de massa da figura. • Por ele passam dois eixos principais que satisfazem:
  • 11. ▪ BARICENTRO DE UMA FIGURA PLANA • Observando a figura: • Assim, o momento estático em relação ao eixo 𝑧 pode ser escrito como:
  • 12. ▪ BARICENTRO DE FIGURAS COMPOSTAS com 𝐴 = ∑ 𝐴i. • Para determinar o baricentro de figuras compostas: • Logo:
  • 13.
  • 14. ▪ Exemplo: Retângulo • Vamos fazer os cálculos para determinar o baricentro do retângulo:
  • 15. ▪ BARICENTRO • Nota importante: o baricentro sempre está sobre os eixos de simetria da área!
  • 16. ▪ BARICENTRO OU CENTROIDE
  • 17. ▪ BARICENTRO OU CENTROIDE
  • 18. ▪ BARICENTRO OU CENTROIDE
  • 19. ▪ MOMENTOS DE INÉRCIA • Os momentos de inércia são importantes para a flexão → Determinam a rigidez a flexão (com o módulo de elasticidade do material determinam quão rígido uma barra é em relação à Flexão).
  • 20. ▪ Exemplo – Momento de Inércia: Retângulo • Para o retângulo que vimos anteriormente, vamos calcular os momentos de inércia em relação aos eixos 𝑦 e 𝑧.
  • 21. ▪ Exemplo – Momento de Inércia: Retângulo • Como pode ser visto, os momentos de inércia em relação aos eixos que passam pelo baricentro não são nulos, porém são mínimos! • Como relacionar os momentos de inércia dos dois sistemas?
  • 22. ▪ TEOREMA DE STEINER • Vamos analisar a relação entre os eixos 𝑧 e 𝑠. Podemos escrever a relação entre as distâncias medidas entre a área infinitesimal e os eixos como:
  • 23. ▪ TEOREMA DE STEINER • Assim, podemos escrever o momento de inércia em relação ao eixo 𝑧 como:
  • 24. ▪ TEOREMA DE STEINER • Se o eixo 𝑠 coincidir com o eixo que passa pelo baricentro 𝑧0 (ou seja, 𝑀z0 = 0): • Se a figura é composta, é possível obter o baricentro da figura composta transportando todos os momentos de inércia para o eixo do baricentro da figura composta:
  • 25. ▪ Momento de Inércia: Triângulo • É possível demonstrar que:
  • 26. ▪ Momento de Inércia: Círculo • É possível demonstrar que:
  • 27. ▪ Momento de Inércia de Figuras Geométricas Comuns
  • 28. ▪ Momento de Inércia de Figuras Geométricas Comuns
  • 29. ▪ Momento de Inércia de Figuras Geométricas Comuns