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Ciências da Natureza e suas
    Tecnologias - Física
       Ensino Médio, 3ª Série
      RELATIVIDADE
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade


Sumário

1. Introdução: Motivações para uma nova teoria

2. Cinemática relativística
 2.1 Simultaneidade
 2.2 Conceito de espaço-tempo
 2.3 Transformações de Lorentz
 2.4 Contração de comprimentos
 2.5 Dilatação do tempo

3. Quantidade de movimento e massa relativística

4. Energia relativística

5. Neutrinos mais rápidos que a luz?
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

1. Introdução: Motivações para uma nova teoria




                                                                       1905



                                                                                   ... surge então a necessidade de ver
  A mecânica de Isaac Newton estava
                                                                                   a mecânica de uma nova forma, e
  bem estabelecida nas suas três leis
                                                                                   Albert Einstein cria a Teoria da
  e, juntamente com a eletrodinâmica
                                                                                   Relatividade Especial (ou restrita)
  e a termodinâmica, a física parecia
                                                                                   em 1905, propondo assim novos
  completa.    Entretanto,   existiam
                                                                                   conceitos     sobre     espaço     e
  problemas que tal mecânica não
                                                                                   tempo, sendo este último tratado
  conseguia explicar...
                                                                                   agora como uma nova dimensão.
 Imagens: (a) Sir Godfrey Kneller / Retrato de Sir Isaac Newton / Public Domain e (b) Fotografia de Albet Eintein / Doris Ulmann / Library of Congress, Prints
 & Photographs Division, [reproduction number LC-USZC4-4940] / Public Domain.
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

     Uma famosa inconsistência da mecânica clássica (newtoniana) mostrou-se no
      eletromagnetismo, pois tais equações não eram invariantes, mediante às
      transformações de Galileu:


                                                           Transformações de Galileu

                     y          y‟                                 x‟ = x – vt

                                     v                             y‟ = y

                                                                   z‟ = z

                                                                   t‟ = t (tempo)
                                                      x‟
                                         x

                              O referencial em verde se move com
        z                z‟   velocidade v, na direção-x, em relação
                              ao referencial em preto.
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

     A transformação de Galileu nos mostra que o tempo transcorrido de um evento
      arbitrário é o mesmo para qualquer referencial, isto é, na mecânica newtoniana
      todos os observadores são simultâneos.

Exemplo:

                                                                Suponha que o relógio
                                                                do      menino      que
                                                                observa o trem esteja
                                                                sincronizado com o do
                                                  v             seu amigo que viaja
                                                                no mesmo. Ambos
                                                                decidem cronometrar
                                                                a duração de uma
                                                                „‟bozinada‟‟ do trem. O
                                                                que se observa é que
                                                                no relógio de ambos
                                                                serão registrados os
                                                                mesmos valores !!
       Imagem: Mia5793 / Public Domain.
FÍSICA, 30 ano
Relatividade



   Voltando ao problema clássico, como as leis físicas devem valer em
    qualquer referencial inercial, tal como o eletromagnetismo, uma alternativa
    usada para explicar essa inconsistência foi o fato de que as ondas
    eletromagnéticas (a luz, por exemplo) propagavam-se num referencial
    privilegiado, um meio que preenchia todo universo denominado éter.

   Um meio material que se move com velocidade v em relação ao éter seria
    capaz de arrastar o mesmo. Assim, o problema do eletromagnetismo
    estaria resolvido, pois não depende mais de referencial, já que se propaga
    em um privilegiado.

   Porém, em 1887, os físicos A. A. Michelson e E. W. Morley questionaram a
    existência do éter, realizando um experimento que ficou conhecido como a
    Experiência de Michelson – Morley.

   Essa experiência tratava-se de medir a velocidade da terra em relação ao
    éter, usando um aparelho inventado por Michelson, denominado
    Interferômetro ótico.
FÍSICA, 30 ano
  Relatividade


                             Uma versão atual do interferômetro de Michelson




Imagens: (a) FL0 at de.wikipedia / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported e(b) Alex-engraver / Public Domain.
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

     De uma maneira bem sucinta, temos uma fonte que emite um feixe de luz
      concentrado, no qual é dividido em dois, no divisor de feixe. Eles seguem
      direções perpendiculares, onde são refletidos por espelhos, chegando ao
      detector.

     No Youtube, existem vários vídeos que reproduzem a experiência de Michelson –
      Morley, dentre eles:
      http://www.youtube.com/watch?v=r_EdsNf-ljM
      http://www.youtube.com/watch?v=4KFMeKJySwA&feature=related

     Se existisse o éter, haveria uma diferença no tempo de percurso dos feixes.
      Entretanto, observou-se que não! A partir disso desprezou-se a ideia da
      existência do éter.

     Outra inconsistência da mecânica newtoniana é o fato dela não prever respostas
      corretas quando é aplicada a partículas muito rápidas, com velocidades próximas
      a da luz. O que se mostra experimentalmente é que a velocidade de tais
      partículas nunca ultrapassa a velocidade da luz, enquanto na mecânica
      newtoniana não existe esse limite.
     Diante de tudo isso, surge a necessidade de uma nova teoria, e é Albert Einstein
      que propõe, em 1905, a famosa Teoria da Relatividade Especial.
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade


2. Cinemática relativística
     Einstein inicia seu desenvolvimento da teoria da relatividade enunciando os dois
famosos postulados da relatividade especial:



   “ As leis da física são as                      “ A velocidade da luz tem o
     mesmas em qualquer                             mesmo valor em qualquer
     referencial inercial.’’                           referencial inercial.”




                                                    Imagem: Fotografia de Albet Eintein /
                                                    Doris Ulmann / Library of Congress,

                                                    [reproduction number LC-USZC4-
                                                    Prints & Photographs Division,

                                                    4940] / Public Domain.
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

     A velocidade da luz foi medida experimentalmente, no vácuo, obtendo o valor c =
      3.108 m/s.



                        Como diz o segundo postulado, o valor c é
                         o mesmo para qualquer referencial inercial.
                         Isso quer dizer que se você pudesse viajar
                         com metade da velocidade de um pulso de
                         luz (c/2), no mesmo sentido, esse ainda iria
                         se mover com velocidade c em relação a
                         você, e não c/2, como diz a mecânica
                         clássica !!




     Um referencial inercial é aquele que está em repouso ou em movimento retilíneo
      uniforme (MRU) em relação a um dado observador. Por exemplo, a terra é um
      referencial inercial para eventos locais e com curto intervalo de tempo. Um carro
      em velocidade constante é um referencial inercial, mas quando faz uma curva,
      deixa de ser, pois se torna um referencial acelerado.
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

2.1 Simultaneidade

    No exemplo do menino que observa o trem, concluímos que todos os observadores
são simultâneos. Se formos analisar um trem que se move com uma velocidade muito
alta (por exemplo, 3/5 da velocidade da luz), será que os observadores continuam
simultâneos? Einstein mostrou que não !!

Existe uma excelente simulação no site:
http://pion.sbfisica.org.br/pdc/index.php/por/Multimidia/Simulacoes/Fisica-Moderna-e-
Contemporanea/Simultaneidade

Nele é apresentado um exemplo bem prático (proposto por Einstein na época) que

                  Dois eventos que são simultâneos para um observador
                   em certo referencial inercial, não serão simultâneos
                   em nenhum outro referencial que esteja se movendo
                                 em relação ao primeiro.
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

2.2 Conceito de espaço-tempo

 Nosso senso comum é baseado na mecânica clássica, isto é, espaço e tempo são
grandezas independentes, sendo o tempo absoluto para qualquer referencial:




                                                                    Commons Attribution-Share
                  y




                                                                    Imagem: Wouterhagens


                                                                    Alike 3.0 Unported.
                                                                    / Creative
                               x
                                                         tempo
           z

    Nosso mundo é “tridimensional” (3d)
                                                    Existe um „‟relógio
                                                      universal‟‟ que
  Tudo o que você vê, faz, movimenta etc,         cronometra todos os
      é limitado nessas 3 dimensões.                eventos em todos
                  espaciais                       referenciais inerciais.
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

 Entretanto, para objetos que se movem com velocidades altíssimas (frações da
velocidade da luz, por exemplo) o tempo não é mais absoluto, segundo a relatividade
especial:


            y




                                                    Commons Attribution-Share
                                                    Imagem: Wouterhagens
                               +                                                =     4 dimensões




                                                    Alike 3.0 Unported.
                                                    / Creative
                           x

    z                                                                                   Na relatividade
                (3d)                         (1d)
                                                                                      especial, não existe
                                                                                        espaço e tempo
         Agora, cada referencial tem uma                                            separados, eles agora
         medida de tempo (“um relógio”), e                                                formam uma
        assim o tempo é tratado como uma                                             “entidade”: o espaço-
        nova dimensão, ou seja, o tempo é                                             tempo de Minkowski
                    relativo !!                                                     (ou quadridimensional)
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

2.3 Transformações de Lorentz

    Como seria a forma das transformações de Galileu, no contexto da relatividade
     especial?

    Isto é, se o tempo é relativo como vimos, como relacionar intervalos de tempo
     medidos em diferentes referenciais inerciais? E as posições?
     A resposta está nas transformações de Lorentz:
                                                        transformações de Lorentz
                     y        y‟
                                                                       x vt
                                   v                        x‟ =
                                                                     1 v2 / c2

                                                            y‟ = y

                                                            z‟ = z
                                               x‟
                                       x
                                                                   t (v / c 2 ) x
                                                            t‟ =
         z               z‟                                          1 v2 / c2
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

    É bom salientar que, para demonstrar tais transformações, usam-se argumentos
     matemáticos mais sofisticados que estão disponíveis em livros de nível universitário.

    Nota-se que, para baixas velocidades (v<<c), o termo v / c é desprezado das
     equações, e assim as transformações de Lorentz coincidem com as transformações
     de Galileu !! Isso significa que, em baixas velocidades, a mecânica newtoniana é
     suficiente para explicar eventos, mas falha em altas velocidades !

    Há duas consequências imediatas das transformações de Lorentz: contração de
     comprimentos e a dilatação do tempo.

2.4 Contração de comprimentos
                                             y‟
                                                     v
                               y

                                                                            x‟
                                                         x1‟       x2‟
                                                                                     x
                                                         x1         x2
                                    z‟
          z
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

Considere uma régua que se move juntamente com o referencial em verde.
Das transformações de Lorentz, tiramos que
                           x1 vt1                                     x2 vt2
               x1‟ =                                          x2‟ =
                           1 v2 / c2                                  1 v2 / c2

    Fazendo x2‟ - x1‟ e considerando t1= t2 (pois no sistema em preto, x1 e x2 foram
     medidos no mesmo instante de tempo), teremos:
                                                      ( x2   x1 )
                                       x2‟ - x1‟ =
                                                      1 v2 / c2

    E ainda, chamando x2‟ - x1‟ = L‟ (comprimento da régua no referencial em verde ou
     comprimento próprio) e x2 - x1 = L (comprimento da régua no referencial em preto),
     teremos:

      L‟ =
                L                                         v2
                 2     2                    L        L' 1 2            contração de comprimento
             1 v /c                                       c

Note que para v≠0, L é sempre menor que L’ !!
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

Desta expressão, concluímos que:


                   “ O comprimento de um corpo é máximo, quando medido em
                  repouso em relação ao observador. Quando ele se move com
                    uma velocidade v relativa ao observador, seu comprimento
                     medido contrai-se na direção do seu movimento pelo fator

                                           1 v2 / c2
                     enquanto as dimensões perpendiculares à direção do
                               movimento não são afetadas.‟‟



  É importante ressaltar que não há uma contração real do comprimento (física),
 ele continua o mesmo, o que muda é sua medida quando feita de referenciais
 diferentes.

      Para facilitar a compreensão sobre contração de comprimentos, uma animação
 bem descontraída está disponível no site:
 http://www.youtube.com/watch?v=DvwtT6EHVs0&noredirect=1
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

Exemplo 1

     Suponha que uma nave alienígena passe paralelamente à plataforma de uma
estação orbital de 100 m de comprimento com velocidade 2,0 . 108 m/s. Durante a
passagem, em determinado instante, um observador O, na plataforma, verifica que as
extremidades dianteira e traseira da nave coincidem exatamente com as extremidades
da plataforma (1). Determine:

A) O tempo gasto, a partir desse instante, medido pelo observador O, para a nave
abandonar toda a plataforma;

B) O comprimento de repouso da nave;

C) O comprimento da plataforma para um alienígena O’, viajando na nave.

Resolução

A) Este é um problema de cinemática, logo para L=100m e v = 2,0 . 108 m/s teremos:
                         L     100 m         10 2
                     t                              s   0,5.10 6 s   5.10 7 s
                         v   2.10 8 m / s   2.10  8
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

B) O comprimento de repouso da nave será o comprimento próprio (L‟), pois o
observador O está medindo o comprimento L já contraído pelo efeito relativístico. Como
sabemos:
                                 v2                     L
                        L   L' 1 2            L'
                                 c                   1 v2 / c2
assim
                    100            100        100      100    100
        L'                                                          134m
                   (2.108 ) 2      4.1016        4       5   0,7453
                 1               1            1
                   (3.108 ) 2      9.1016        9       9

Que é um comprimento maior, como se esperava.

C) Neste caso, o alienígena O’ verá a plataforma contraída do comprimento de repouso
L‟=100m. Assim:

                       v2              (2.108 ) 2
             L    L' 1 2        100. 1               100.(0,7453)   75m
                       c               (3.108 ) 2
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

2.5 Dilatação do tempo

     Considere o mesmo exemplo da nave alienígena. Se o alienígena O‟ quisesse
medir o tempo que a nave gasta para passar pelo observador O que está na plataforma,
ele mediria:                            L'
                                     t
                                          v
onde L’ , neste caso, vale 134m (comprimento próprio) e v é a velocidade da nave. Por
outro lado, se o observador O quisesse fazer esta mesma medida, o valor obtido por ele
seria:
                                          L
                                     t'
                                          v
 t ' é chamado de tempo próprio, porque tal observador pode obtê-lo com um único
cronômetro. L , neste caso, é o comprimento contraído do trem (100m). Destas duas
equações, tiramos que:

     t'   L            L       v2                        t'
             , como          1 2 , então:       t
     t    L'           L'      c                        v2        Dilatação do tempo
                                                      1 2
                                                        c
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

Note que para v≠0, Δt é sempre maior que Δt’ !!



              “Um relógio avança com a máxima velocidade quando está em
              repouso em relação ao observador. Quando se move com uma
                 velocidade v relativa ao observador, a sua velocidade de
                        avanço é diminuída pelo fator 1 v 2 / c 2 ‟‟




Exemplo 2 : Paradoxo dos Gêmeos

    Suponha que um homem tem um irmão gêmeo que é astronauta, ambos têm 40
anos de idade. Tal astronauta é convidado para uma missão da NASA (agência
espacial americana), na qual irá explorar um novo planeta descoberto. Tal viagem é
realizada numa nave que se move a uma velocidade de 2.108 m/s. O tempo gasto na
viagem cronometrado pela NASA foi de 10 anos. A pergunta é: quando o astronauta
voltar, a sua idade será a mesma que a do seu irmão?
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

Resolução

Como vimos na dilatação do tempo, o tempo próprio sempre é menor. Assim, o tempo
passará mais lento para o astronauta do que para seu irmão. Chamando Δt‟ o tempo de
viagem cronometrado pelo astronauta e Δt = 10 anos o tempo da viagem cronometrado
pela NASA (referencial da terra) temos que:

                                          t'
                                  t
                                          v2
                                        1 2
                                          c

              v2           (2,4.108 ) 2              5,76
   t'     t 1 2      10. 1                     10. 1          10. 0,36      6anos
              c             (3.108 ) 2                 9

Logo ,concluímos que o astronauta estará com 46 anos após a viagem, enquanto seu
irmão terá 50 anos, ou seja, o astronauta estará mais novo que seu irmão gêmeo !!
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

3. Quantidade de movimento e massa relativística

    Sabemos que um corpo de massa m e módulo de velocidade v tem a seguinte
quantidade de movimento (p):
                                     p     mv

Para que esse princípio seja válido também na relatividade, devemos corrigir o termo de
massa, e a expressão da quantidade de movimento relativística será:

                                          m0 v
                                 p
                                              v2
                                         1
                                              c2

Onde m0 é a massa de repouso deste corpo, isto é, sua massa medida por um
referencial que está em repouso em relação ao mesmo. Note que para velocidades
muito menores que a da luz (c), a expressão da quantidade de movimento se reduz à
forma clássica: p   m0 v .
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

     Assim como a medida do comprimento se reduz e a do tempo se amplia, a massa
      de um corpo aumenta com a velocidade em relação a determinado referencial.

     A expressão relativística da massa m de um corpo, observando a expressão da
      quantidade de movimento relativística, será:
                                           m0
                                 m                          Massa relativística
                                                2
                                              v
                                         1
                                              c2

     É de se notar desta expressão, que, se formos aumentando a velocidade da
      partícula de tal forma que v = c, o denominador será zero e, assim, sua massa
      tenderia a infinito, algo sem sentido físico. Isso reforça de uma forma mais
      concreta a ideia:


                     A velocidade da luz no vácuo (c) é a maior velocidade
                                   possível para um corpo.
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

     Abaixo temos um gráfico da razão m / m0 em função da velocidade do corpo (em
      múltiplos de c). Note que, à medida que o corpo vai atingindo a velocidade da luz,
      sua massa aumenta até o limiar de massa infinita v=1,0c (situação em que a
      função diverge para infinito):

                                m/mº
                        7

                        6

                        5

                        4

                        3

                        2

                        1
                                                                 Velocidade
                            0   0,20c 0,40c 0,60c 0,80c   1,0c
FÍSICA, 30 ano
    Relatividade

Exemplo 3

     Uma partícula cuja massa de repouso é m0 = 2.10-6 kg tem velocidade de módulo v
= 2,4 . 108 m/s em relação a determinado referencial. Qual é, em relação a esse
referencial:

A) O módulo da quantidade de movimento dessa partícula?
B) A massa dessa partícula?
C) A massa dessa partícula quando a sua velocidade for 2,9.108m/s?

Resolução

A) Basta aplicar a equação do momento relativístico:

                m0 v       2.10 6.2,4.108         4,8.102
       p                                                      800kg.m / s
                     v 2
                               ( 2,4.10 )8   2     (0,6)
                1          1
                     c2        (3,0.108 ) 2

•    Note que, pela física clássica, esta resposta seria apenas o numerador (480
     kg.m/s), ou seja, 60% do valor relativístico.
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

B) Basta aplicar a expressão da massa relativística:
                                           6
                  m0                2.10                       2.10 6                6
     m                                                                  3,3.10           kg
                   v   2
                                    ( 2,4.10 ) 8   2            (0,6)
              1                 1
                   c2               (3,0.108 ) 2


C) Aplicando novamente a expressão da massa relativística para v = 2,9.108m/s:
                                                       6
                           m0              2.10                             5
             m                                                     1,4.10       kg
                                2                          8   2
                            v              ( 2,9.10 )
                       1              1
                            c2             (3,0.108 ) 2

Os resultados dos itens B e C mostram a tendência para o infinito da massa da
partícula. No item B, a massa da partícula é 1,7 vezes sua massa de repouso,
enquanto no item C, com um pequeno acréscimo na velocidade, sua massa se tornou
15 vezes maior que sua massa de repouso!
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

4. Energia relativística

   Einstein demonstrou que massa e energia são duas quantidades equivalentes e
podem ser relacionadas pela famosa expressão:

                                   E    mc2
em que m é sua massa, c a velocidade da Luz e E sua energia total. Por uma
substituição direta, temos as conversões:
                              1,0kg 9,0.1016 joules
                              1,0 joule 1,1.10 17 kg

Para a massa de repouso m0, existe uma energia de repouso associada que vale:
                                   E0   m0 c 2
Se esse corpo se movimenta, ele adquire também uma energia cinética Ec, que pode
ser expressa levando em conta o acréscimo de massa Δm = m - m0 decorrente da sua
velocidade v, isto é:
                   EC      m.c 2    (m m0 ).c 2        mc 2   m0 c 2
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade


Como: m m0 / 1 v 2 / c 2 , podemos, então, obter uma expressão para energia
cinética relativística desse corpo:

                                         m0c 2
                                EC                  m0c 2
                                           v2
                                         1 2
                                           c
                                                      Energia de repouso (E0)

                  Energia total relativística (E)


Pode-se demonstrar que a energia expressa em termos da quantidade de movimento
relativística é dada por:

                                 E       ( pc) 2 (m0c 2 ) 2
FÍSICA, 30 ano
 Relatividade

5. Neutrinos mais rápidos que a luz?

     O experimento OPERA (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus) está
localizado a 1.400 metros de profundidade, no Laboratório Gran Sasso, na Itália. Um
detector ultra-sensível recebe um feixe de neutrinos disparado do laboratório CERN, na
Suíça - onde está o famoso LHC (Large Hadron Collider) - que está localizado a mais
de 730 quilômetros de distância.

     O que os pesquisadores concluíram em 2011 é que os neutrinos estão chegando
60 nanossegundos antes do que deveriam. E isso só pode ser possível se eles
estiverem viajando a uma velocidade maior do que a da luz !! Seguem aí alguns links de
portais de notícias relatando tal acontecimento:

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=neutrinos-viajar-
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3266089
FÍSICA, 30 ano
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     Esse acontecimento deixou uma pergunta na sociedade científica que não quer
      calar: A relatividade especial precisa ser corrigida ou os Neutrinos são uma
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                                                         Imagem: Professor Albert Einstein, University of Berlin /

                                                         Effect," The Scientific Monthly 10:4 (1920), 418-422, on
                                                         The Solar Eclipse of May 29, 1919, and the Einstein
              FIM
                                                         p. 418 /Public Domain
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 3a (a) Sir Godfrey Kneller / Retrato de Sir Isaac     http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sir_Isaa 26/03/2012
    Newton / Public Domain.                            c_Newton_by_Sir_Godfrey_Kneller,_Bt.jpg
 3b (b) Fotografia de Albet Eintein / Doris Ulmann /                                                   26/03/2012
    Library of Congress, Prints & Photographs
    Division, [reproduction number LC-USZC4-4940]         http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Albert_
    / Public Domain.                                      Einstein,_by_Doris_Ulmann.jpg
  5 Mia5793 / Public Domain.                              http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Taking_ 26/03/2012
                                                          the_train,_transit,_subway_or_underground..jpg
 7a     (a) FL0 at de.wikipedia / Creative                http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aufbau 26/03/2012
        Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported -Michelson-Interferometer.jpg
 7b     (b) Alex-engraver / Public Domain.                http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Michel 26/03/2012
                                                          son_stellar_interferometer.svg
 9      Fotografia de Albet Eintein / Doris Ulmann /                                                     26/03/2012
        Library of Congress, Prints & Photographs
        Division, [reproduction number LC-USZC4-4940] http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Albert_
        / Public Domain.                                  Einstein,_by_Doris_Ulmann.jpg
 12     Wouterhagens / Creative Commons Attribution- http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Stopwa 26/03/2012
        Share Alike 3.0 Unported.                         tch_A.jpg
 13     Wouterhagens / Creative Commons Attribution- http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Stopwa 26/03/2012
        Share Alike 3.0 Unported.                         tch_A.jpg
 31     Professor Albert Einstein, University of Berlin /                                                26/03/2012
        The Solar Eclipse of May 29, 1919, and the
        Einstein Effect," The Scientific Monthly 10:4     http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Albert_
        (1920), 418-422, on p. 418 /Public Domain         Einstein_photo_1920.jpg

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Física Relatividade Teoria Einstein

  • 1. Ciências da Natureza e suas Tecnologias - Física Ensino Médio, 3ª Série RELATIVIDADE
  • 2. FÍSICA, 30 ano Relatividade Sumário 1. Introdução: Motivações para uma nova teoria 2. Cinemática relativística 2.1 Simultaneidade 2.2 Conceito de espaço-tempo 2.3 Transformações de Lorentz 2.4 Contração de comprimentos 2.5 Dilatação do tempo 3. Quantidade de movimento e massa relativística 4. Energia relativística 5. Neutrinos mais rápidos que a luz?
  • 3. FÍSICA, 30 ano Relatividade 1. Introdução: Motivações para uma nova teoria 1905 ... surge então a necessidade de ver A mecânica de Isaac Newton estava a mecânica de uma nova forma, e bem estabelecida nas suas três leis Albert Einstein cria a Teoria da e, juntamente com a eletrodinâmica Relatividade Especial (ou restrita) e a termodinâmica, a física parecia em 1905, propondo assim novos completa. Entretanto, existiam conceitos sobre espaço e problemas que tal mecânica não tempo, sendo este último tratado conseguia explicar... agora como uma nova dimensão. Imagens: (a) Sir Godfrey Kneller / Retrato de Sir Isaac Newton / Public Domain e (b) Fotografia de Albet Eintein / Doris Ulmann / Library of Congress, Prints & Photographs Division, [reproduction number LC-USZC4-4940] / Public Domain.
  • 4. FÍSICA, 30 ano Relatividade  Uma famosa inconsistência da mecânica clássica (newtoniana) mostrou-se no eletromagnetismo, pois tais equações não eram invariantes, mediante às transformações de Galileu: Transformações de Galileu y y‟ x‟ = x – vt v y‟ = y z‟ = z t‟ = t (tempo) x‟ x O referencial em verde se move com z z‟ velocidade v, na direção-x, em relação ao referencial em preto.
  • 5. FÍSICA, 30 ano Relatividade  A transformação de Galileu nos mostra que o tempo transcorrido de um evento arbitrário é o mesmo para qualquer referencial, isto é, na mecânica newtoniana todos os observadores são simultâneos. Exemplo: Suponha que o relógio do menino que observa o trem esteja sincronizado com o do v seu amigo que viaja no mesmo. Ambos decidem cronometrar a duração de uma „‟bozinada‟‟ do trem. O que se observa é que no relógio de ambos serão registrados os mesmos valores !! Imagem: Mia5793 / Public Domain.
  • 6. FÍSICA, 30 ano Relatividade  Voltando ao problema clássico, como as leis físicas devem valer em qualquer referencial inercial, tal como o eletromagnetismo, uma alternativa usada para explicar essa inconsistência foi o fato de que as ondas eletromagnéticas (a luz, por exemplo) propagavam-se num referencial privilegiado, um meio que preenchia todo universo denominado éter.  Um meio material que se move com velocidade v em relação ao éter seria capaz de arrastar o mesmo. Assim, o problema do eletromagnetismo estaria resolvido, pois não depende mais de referencial, já que se propaga em um privilegiado.  Porém, em 1887, os físicos A. A. Michelson e E. W. Morley questionaram a existência do éter, realizando um experimento que ficou conhecido como a Experiência de Michelson – Morley.  Essa experiência tratava-se de medir a velocidade da terra em relação ao éter, usando um aparelho inventado por Michelson, denominado Interferômetro ótico.
  • 7. FÍSICA, 30 ano Relatividade Uma versão atual do interferômetro de Michelson Imagens: (a) FL0 at de.wikipedia / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported e(b) Alex-engraver / Public Domain.
  • 8. FÍSICA, 30 ano Relatividade  De uma maneira bem sucinta, temos uma fonte que emite um feixe de luz concentrado, no qual é dividido em dois, no divisor de feixe. Eles seguem direções perpendiculares, onde são refletidos por espelhos, chegando ao detector.  No Youtube, existem vários vídeos que reproduzem a experiência de Michelson – Morley, dentre eles: http://www.youtube.com/watch?v=r_EdsNf-ljM http://www.youtube.com/watch?v=4KFMeKJySwA&feature=related  Se existisse o éter, haveria uma diferença no tempo de percurso dos feixes. Entretanto, observou-se que não! A partir disso desprezou-se a ideia da existência do éter.  Outra inconsistência da mecânica newtoniana é o fato dela não prever respostas corretas quando é aplicada a partículas muito rápidas, com velocidades próximas a da luz. O que se mostra experimentalmente é que a velocidade de tais partículas nunca ultrapassa a velocidade da luz, enquanto na mecânica newtoniana não existe esse limite.  Diante de tudo isso, surge a necessidade de uma nova teoria, e é Albert Einstein que propõe, em 1905, a famosa Teoria da Relatividade Especial.
  • 9. FÍSICA, 30 ano Relatividade 2. Cinemática relativística Einstein inicia seu desenvolvimento da teoria da relatividade enunciando os dois famosos postulados da relatividade especial: “ As leis da física são as “ A velocidade da luz tem o mesmas em qualquer mesmo valor em qualquer referencial inercial.’’ referencial inercial.” Imagem: Fotografia de Albet Eintein / Doris Ulmann / Library of Congress, [reproduction number LC-USZC4- Prints & Photographs Division, 4940] / Public Domain.
  • 10. FÍSICA, 30 ano Relatividade  A velocidade da luz foi medida experimentalmente, no vácuo, obtendo o valor c = 3.108 m/s.  Como diz o segundo postulado, o valor c é o mesmo para qualquer referencial inercial. Isso quer dizer que se você pudesse viajar com metade da velocidade de um pulso de luz (c/2), no mesmo sentido, esse ainda iria se mover com velocidade c em relação a você, e não c/2, como diz a mecânica clássica !!  Um referencial inercial é aquele que está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (MRU) em relação a um dado observador. Por exemplo, a terra é um referencial inercial para eventos locais e com curto intervalo de tempo. Um carro em velocidade constante é um referencial inercial, mas quando faz uma curva, deixa de ser, pois se torna um referencial acelerado.
  • 11. FÍSICA, 30 ano Relatividade 2.1 Simultaneidade No exemplo do menino que observa o trem, concluímos que todos os observadores são simultâneos. Se formos analisar um trem que se move com uma velocidade muito alta (por exemplo, 3/5 da velocidade da luz), será que os observadores continuam simultâneos? Einstein mostrou que não !! Existe uma excelente simulação no site: http://pion.sbfisica.org.br/pdc/index.php/por/Multimidia/Simulacoes/Fisica-Moderna-e- Contemporanea/Simultaneidade Nele é apresentado um exemplo bem prático (proposto por Einstein na época) que Dois eventos que são simultâneos para um observador em certo referencial inercial, não serão simultâneos em nenhum outro referencial que esteja se movendo em relação ao primeiro.
  • 12. FÍSICA, 30 ano Relatividade 2.2 Conceito de espaço-tempo  Nosso senso comum é baseado na mecânica clássica, isto é, espaço e tempo são grandezas independentes, sendo o tempo absoluto para qualquer referencial: Commons Attribution-Share y Imagem: Wouterhagens Alike 3.0 Unported. / Creative x tempo z Nosso mundo é “tridimensional” (3d) Existe um „‟relógio universal‟‟ que Tudo o que você vê, faz, movimenta etc, cronometra todos os é limitado nessas 3 dimensões. eventos em todos espaciais referenciais inerciais.
  • 13. FÍSICA, 30 ano Relatividade  Entretanto, para objetos que se movem com velocidades altíssimas (frações da velocidade da luz, por exemplo) o tempo não é mais absoluto, segundo a relatividade especial: y Commons Attribution-Share Imagem: Wouterhagens + = 4 dimensões Alike 3.0 Unported. / Creative x z Na relatividade (3d) (1d) especial, não existe espaço e tempo Agora, cada referencial tem uma separados, eles agora medida de tempo (“um relógio”), e formam uma assim o tempo é tratado como uma “entidade”: o espaço- nova dimensão, ou seja, o tempo é tempo de Minkowski relativo !! (ou quadridimensional)
  • 14. FÍSICA, 30 ano Relatividade 2.3 Transformações de Lorentz  Como seria a forma das transformações de Galileu, no contexto da relatividade especial?  Isto é, se o tempo é relativo como vimos, como relacionar intervalos de tempo medidos em diferentes referenciais inerciais? E as posições? A resposta está nas transformações de Lorentz: transformações de Lorentz y y‟ x vt v x‟ = 1 v2 / c2 y‟ = y z‟ = z x‟ x t (v / c 2 ) x t‟ = z z‟ 1 v2 / c2
  • 15. FÍSICA, 30 ano Relatividade  É bom salientar que, para demonstrar tais transformações, usam-se argumentos matemáticos mais sofisticados que estão disponíveis em livros de nível universitário.  Nota-se que, para baixas velocidades (v<<c), o termo v / c é desprezado das equações, e assim as transformações de Lorentz coincidem com as transformações de Galileu !! Isso significa que, em baixas velocidades, a mecânica newtoniana é suficiente para explicar eventos, mas falha em altas velocidades !  Há duas consequências imediatas das transformações de Lorentz: contração de comprimentos e a dilatação do tempo. 2.4 Contração de comprimentos y‟ v y x‟ x1‟ x2‟ x x1 x2 z‟ z
  • 16. FÍSICA, 30 ano Relatividade Considere uma régua que se move juntamente com o referencial em verde. Das transformações de Lorentz, tiramos que x1 vt1 x2 vt2 x1‟ = x2‟ = 1 v2 / c2 1 v2 / c2  Fazendo x2‟ - x1‟ e considerando t1= t2 (pois no sistema em preto, x1 e x2 foram medidos no mesmo instante de tempo), teremos: ( x2 x1 ) x2‟ - x1‟ = 1 v2 / c2  E ainda, chamando x2‟ - x1‟ = L‟ (comprimento da régua no referencial em verde ou comprimento próprio) e x2 - x1 = L (comprimento da régua no referencial em preto), teremos: L‟ = L v2 2 2 L L' 1 2 contração de comprimento 1 v /c c Note que para v≠0, L é sempre menor que L’ !!
  • 17. FÍSICA, 30 ano Relatividade Desta expressão, concluímos que: “ O comprimento de um corpo é máximo, quando medido em repouso em relação ao observador. Quando ele se move com uma velocidade v relativa ao observador, seu comprimento medido contrai-se na direção do seu movimento pelo fator 1 v2 / c2 enquanto as dimensões perpendiculares à direção do movimento não são afetadas.‟‟  É importante ressaltar que não há uma contração real do comprimento (física), ele continua o mesmo, o que muda é sua medida quando feita de referenciais diferentes.  Para facilitar a compreensão sobre contração de comprimentos, uma animação bem descontraída está disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=DvwtT6EHVs0&noredirect=1
  • 18. FÍSICA, 30 ano Relatividade Exemplo 1 Suponha que uma nave alienígena passe paralelamente à plataforma de uma estação orbital de 100 m de comprimento com velocidade 2,0 . 108 m/s. Durante a passagem, em determinado instante, um observador O, na plataforma, verifica que as extremidades dianteira e traseira da nave coincidem exatamente com as extremidades da plataforma (1). Determine: A) O tempo gasto, a partir desse instante, medido pelo observador O, para a nave abandonar toda a plataforma; B) O comprimento de repouso da nave; C) O comprimento da plataforma para um alienígena O’, viajando na nave. Resolução A) Este é um problema de cinemática, logo para L=100m e v = 2,0 . 108 m/s teremos: L 100 m 10 2 t s 0,5.10 6 s 5.10 7 s v 2.10 8 m / s 2.10 8
  • 19. FÍSICA, 30 ano Relatividade B) O comprimento de repouso da nave será o comprimento próprio (L‟), pois o observador O está medindo o comprimento L já contraído pelo efeito relativístico. Como sabemos: v2 L L L' 1 2 L' c 1 v2 / c2 assim 100 100 100 100 100 L' 134m (2.108 ) 2 4.1016 4 5 0,7453 1 1 1 (3.108 ) 2 9.1016 9 9 Que é um comprimento maior, como se esperava. C) Neste caso, o alienígena O’ verá a plataforma contraída do comprimento de repouso L‟=100m. Assim: v2 (2.108 ) 2 L L' 1 2 100. 1 100.(0,7453) 75m c (3.108 ) 2
  • 20. FÍSICA, 30 ano Relatividade 2.5 Dilatação do tempo Considere o mesmo exemplo da nave alienígena. Se o alienígena O‟ quisesse medir o tempo que a nave gasta para passar pelo observador O que está na plataforma, ele mediria: L' t v onde L’ , neste caso, vale 134m (comprimento próprio) e v é a velocidade da nave. Por outro lado, se o observador O quisesse fazer esta mesma medida, o valor obtido por ele seria: L t' v t ' é chamado de tempo próprio, porque tal observador pode obtê-lo com um único cronômetro. L , neste caso, é o comprimento contraído do trem (100m). Destas duas equações, tiramos que: t' L L v2 t' , como 1 2 , então: t t L' L' c v2 Dilatação do tempo 1 2 c
  • 21. FÍSICA, 30 ano Relatividade Note que para v≠0, Δt é sempre maior que Δt’ !! “Um relógio avança com a máxima velocidade quando está em repouso em relação ao observador. Quando se move com uma velocidade v relativa ao observador, a sua velocidade de avanço é diminuída pelo fator 1 v 2 / c 2 ‟‟ Exemplo 2 : Paradoxo dos Gêmeos Suponha que um homem tem um irmão gêmeo que é astronauta, ambos têm 40 anos de idade. Tal astronauta é convidado para uma missão da NASA (agência espacial americana), na qual irá explorar um novo planeta descoberto. Tal viagem é realizada numa nave que se move a uma velocidade de 2.108 m/s. O tempo gasto na viagem cronometrado pela NASA foi de 10 anos. A pergunta é: quando o astronauta voltar, a sua idade será a mesma que a do seu irmão?
  • 22. FÍSICA, 30 ano Relatividade Resolução Como vimos na dilatação do tempo, o tempo próprio sempre é menor. Assim, o tempo passará mais lento para o astronauta do que para seu irmão. Chamando Δt‟ o tempo de viagem cronometrado pelo astronauta e Δt = 10 anos o tempo da viagem cronometrado pela NASA (referencial da terra) temos que: t' t v2 1 2 c v2 (2,4.108 ) 2 5,76 t' t 1 2 10. 1 10. 1 10. 0,36 6anos c (3.108 ) 2 9 Logo ,concluímos que o astronauta estará com 46 anos após a viagem, enquanto seu irmão terá 50 anos, ou seja, o astronauta estará mais novo que seu irmão gêmeo !!
  • 23. FÍSICA, 30 ano Relatividade 3. Quantidade de movimento e massa relativística Sabemos que um corpo de massa m e módulo de velocidade v tem a seguinte quantidade de movimento (p): p mv Para que esse princípio seja válido também na relatividade, devemos corrigir o termo de massa, e a expressão da quantidade de movimento relativística será: m0 v p v2 1 c2 Onde m0 é a massa de repouso deste corpo, isto é, sua massa medida por um referencial que está em repouso em relação ao mesmo. Note que para velocidades muito menores que a da luz (c), a expressão da quantidade de movimento se reduz à forma clássica: p m0 v .
  • 24. FÍSICA, 30 ano Relatividade  Assim como a medida do comprimento se reduz e a do tempo se amplia, a massa de um corpo aumenta com a velocidade em relação a determinado referencial.  A expressão relativística da massa m de um corpo, observando a expressão da quantidade de movimento relativística, será: m0 m Massa relativística 2 v 1 c2  É de se notar desta expressão, que, se formos aumentando a velocidade da partícula de tal forma que v = c, o denominador será zero e, assim, sua massa tenderia a infinito, algo sem sentido físico. Isso reforça de uma forma mais concreta a ideia: A velocidade da luz no vácuo (c) é a maior velocidade possível para um corpo.
  • 25. FÍSICA, 30 ano Relatividade  Abaixo temos um gráfico da razão m / m0 em função da velocidade do corpo (em múltiplos de c). Note que, à medida que o corpo vai atingindo a velocidade da luz, sua massa aumenta até o limiar de massa infinita v=1,0c (situação em que a função diverge para infinito): m/mº 7 6 5 4 3 2 1 Velocidade 0 0,20c 0,40c 0,60c 0,80c 1,0c
  • 26. FÍSICA, 30 ano Relatividade Exemplo 3 Uma partícula cuja massa de repouso é m0 = 2.10-6 kg tem velocidade de módulo v = 2,4 . 108 m/s em relação a determinado referencial. Qual é, em relação a esse referencial: A) O módulo da quantidade de movimento dessa partícula? B) A massa dessa partícula? C) A massa dessa partícula quando a sua velocidade for 2,9.108m/s? Resolução A) Basta aplicar a equação do momento relativístico: m0 v 2.10 6.2,4.108 4,8.102 p 800kg.m / s v 2 ( 2,4.10 )8 2 (0,6) 1 1 c2 (3,0.108 ) 2 • Note que, pela física clássica, esta resposta seria apenas o numerador (480 kg.m/s), ou seja, 60% do valor relativístico.
  • 27. FÍSICA, 30 ano Relatividade B) Basta aplicar a expressão da massa relativística: 6 m0 2.10 2.10 6 6 m 3,3.10 kg v 2 ( 2,4.10 ) 8 2 (0,6) 1 1 c2 (3,0.108 ) 2 C) Aplicando novamente a expressão da massa relativística para v = 2,9.108m/s: 6 m0 2.10 5 m 1,4.10 kg 2 8 2 v ( 2,9.10 ) 1 1 c2 (3,0.108 ) 2 Os resultados dos itens B e C mostram a tendência para o infinito da massa da partícula. No item B, a massa da partícula é 1,7 vezes sua massa de repouso, enquanto no item C, com um pequeno acréscimo na velocidade, sua massa se tornou 15 vezes maior que sua massa de repouso!
  • 28. FÍSICA, 30 ano Relatividade 4. Energia relativística Einstein demonstrou que massa e energia são duas quantidades equivalentes e podem ser relacionadas pela famosa expressão: E mc2 em que m é sua massa, c a velocidade da Luz e E sua energia total. Por uma substituição direta, temos as conversões: 1,0kg 9,0.1016 joules 1,0 joule 1,1.10 17 kg Para a massa de repouso m0, existe uma energia de repouso associada que vale: E0 m0 c 2 Se esse corpo se movimenta, ele adquire também uma energia cinética Ec, que pode ser expressa levando em conta o acréscimo de massa Δm = m - m0 decorrente da sua velocidade v, isto é: EC m.c 2 (m m0 ).c 2 mc 2 m0 c 2
  • 29. FÍSICA, 30 ano Relatividade Como: m m0 / 1 v 2 / c 2 , podemos, então, obter uma expressão para energia cinética relativística desse corpo: m0c 2 EC m0c 2 v2 1 2 c Energia de repouso (E0) Energia total relativística (E) Pode-se demonstrar que a energia expressa em termos da quantidade de movimento relativística é dada por: E ( pc) 2 (m0c 2 ) 2
  • 30. FÍSICA, 30 ano Relatividade 5. Neutrinos mais rápidos que a luz? O experimento OPERA (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus) está localizado a 1.400 metros de profundidade, no Laboratório Gran Sasso, na Itália. Um detector ultra-sensível recebe um feixe de neutrinos disparado do laboratório CERN, na Suíça - onde está o famoso LHC (Large Hadron Collider) - que está localizado a mais de 730 quilômetros de distância. O que os pesquisadores concluíram em 2011 é que os neutrinos estão chegando 60 nanossegundos antes do que deveriam. E isso só pode ser possível se eles estiverem viajando a uma velocidade maior do que a da luz !! Seguem aí alguns links de portais de notícias relatando tal acontecimento: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=neutrinos-viajar- mais-rapido-luz&id=010130110923 http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/neutrinos-voltam-a-superar-velocidade-da-luz http://oglobo.globo.com/ciencia/neutrinos-mais-rapidos-que-luz-ainda-desafiam-einstein- 3266089
  • 31. FÍSICA, 30 ano Relatividade  Quem tiver mais curiosidade e um pouco de habilidade em inglês pode observar o trabalho original publicado: http://arxiv.org/ftp/arxiv/papers/1109/1109.4897.pdf  Esse acontecimento deixou uma pergunta na sociedade científica que não quer calar: A relatividade especial precisa ser corrigida ou os Neutrinos são uma exceção na natureza? Imagem: Professor Albert Einstein, University of Berlin / Effect," The Scientific Monthly 10:4 (1920), 418-422, on The Solar Eclipse of May 29, 1919, and the Einstein FIM p. 418 /Public Domain
  • 32. Tabela de Imagens Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso 3a (a) Sir Godfrey Kneller / Retrato de Sir Isaac http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sir_Isaa 26/03/2012 Newton / Public Domain. c_Newton_by_Sir_Godfrey_Kneller,_Bt.jpg 3b (b) Fotografia de Albet Eintein / Doris Ulmann / 26/03/2012 Library of Congress, Prints & Photographs Division, [reproduction number LC-USZC4-4940] http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Albert_ / Public Domain. Einstein,_by_Doris_Ulmann.jpg 5 Mia5793 / Public Domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Taking_ 26/03/2012 the_train,_transit,_subway_or_underground..jpg 7a (a) FL0 at de.wikipedia / Creative http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aufbau 26/03/2012 Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported -Michelson-Interferometer.jpg 7b (b) Alex-engraver / Public Domain. http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Michel 26/03/2012 son_stellar_interferometer.svg 9 Fotografia de Albet Eintein / Doris Ulmann / 26/03/2012 Library of Congress, Prints & Photographs Division, [reproduction number LC-USZC4-4940] http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Albert_ / Public Domain. Einstein,_by_Doris_Ulmann.jpg 12 Wouterhagens / Creative Commons Attribution- http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Stopwa 26/03/2012 Share Alike 3.0 Unported. tch_A.jpg 13 Wouterhagens / Creative Commons Attribution- http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Stopwa 26/03/2012 Share Alike 3.0 Unported. tch_A.jpg 31 Professor Albert Einstein, University of Berlin / 26/03/2012 The Solar Eclipse of May 29, 1919, and the Einstein Effect," The Scientific Monthly 10:4 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Albert_ (1920), 418-422, on p. 418 /Public Domain Einstein_photo_1920.jpg