Cindy Sherman é uma fotógrafa norte-americana conhecida por seus auto-retratos conceituais que exploram temas como identidade, representação feminina e papéis sociais. Ela se veste como diferentes personagens e usa maquiagem, perucas e adereços para se transformar em suas próprias fotos. Sherman influenciou a fotografia contemporânea ao questionar estereótipos e desafiar noções tradicionais de beleza.
3. • Cynthia “Cindy” Morris Sherman nasceu a
19 de janeiro de 1954, em Glen Ridge- EUA.
É um dos grandes nomes da arte do século
20. Fotógrafa e diretora de cinema norte-
americana,se tornou mais conhecida por
seus auto-retratos conceituais.
• Camaleoa, ela se traveste para ser
personagem de sou as próprias fotos, cada
uma contando uma história diferente,
sempre com uma linguagem que é própria
da artista. Através de um número diverso
de trabalhos, levantou questões
importantes e desafiadoras sobre o papel e
a representação das mulheres na
sociedade, a mídia e a natureza da criação
de arte.
4. • Cindy Sherman tornou-se famosa pelas
imagens que faz de si mesma. Embora seja a
protagonista de todas elas, essas fotografias
não cabem na definição autorretrato:
mostram, ao invés de sua verdadeira face,
personagens construídos e incorporados por
ela que suscitam uma série de reflexões.
• Ao longo de sua carreira, explorou de forma
eloquente e provocadora a construção da
identidade contemporânea na arte através de
representações elaboradas a partir de uma
ilimitada oferta de imagens (em revistas,
programas de televisão, filmes, internet e
imagens clássicas).
5. • Com imagens ambíguas e ecléticas, Sherman
desenvolveu um estilo único. Não é
responsável apenas pela fotografia, mas pelo
conceito e pela construção de todas essas
imagens, da produção ao figurino, da
maquiagem às locações, da idealização à
performance. Por esse aspecto de sua obra, o
professor do Centro de Fotografia da ESPM-
Sul Raul Krebs a utilizou como referência em
uma aula de Projeto.
• Ao elaborarem seus trabalhos de conclusão,
os estudantes podem muitas vezes se deparar
com a dificuldade de, além de toda a
responsabilidade dos cliques, terem de
assumir múltiplas funções. Além disso,
defende Raul, Sherman pode servir de
inspiração pelo fato de que transformou o
olhar fotográfico. “Ela fotografou a vida
cotidiana e fez autorretratos sob lentes
‘femininamente distorcidas’, produzindo
imagens por vezes grotescas e delicadas ao
mesmo tempo”, desvenda.
6. • Ao escolher sua própria figura como foco de suas
imagens, Sherman utiliza-se como meio para enviar
uma mensagem, tecendo comentários sobre uma
série de questões do mundo moderno, como a visão
estereotipada do sexo feminino e o papel do artista.
• Estudou artes na State University College at Buffalo.
Desiludida com as limitações da pintura, migrou para
a fotografia no final do curso. Foi após a graduação
que mudou-se para Nova Iorque, no final dos anos
1970, e começou a tirar fotos de si mesma em um loft
alugado, dando vazão à veia camaleônica que a
tornaria conhecida.
• A inspiração para as personagens foram atrizes de
filmes B, arquétipos da mulher, dona de casa,
prostituta, professora, dançarina. Intituladas Untitled
Film Stills, foram consideradas grotescas e
perturbadoras por muita gente. Mostravam, com um
misto de imaginação e ficção, aquela que se tornaria
uma de suas prerrogativas: a arte na fotografia não
precisa ser esteticamente agradável.
7. • Para muitos, também, trata-se de um trabalho
que critica a sociedade contemporânea por
obrigar seus membros a escolherem personas e
estereótipos a serem vividos diariamente ao invés
de estimulá-los na busca por sua verdadeira
identidade.
• Com um arsenal de perucas, roupas, próteses e
adereços, Sherman altera seu físico de forma
hábil, criando uma infinidade de quadros vivos e
personagens intrigantes, por vezes com doses de
humor.
• Para Raul, vale a pena conferir seu trabalho por se
tratar de algo altamente relevante pra fotografia
no mundo: “Ela influenciou e influencia muito a
fotografia de hoje. Mantém-se atual e pode
inspirar tanto sonhos quanto fotografias. Talvez as
duas coisas juntas”.
8. • Em 1977, ela começou a
série que lhe traria fama,
produziu imagens em preto
e branco intituladas
“Untitled Film Still”, que
parecem ter sido tiradas de
filmes, como cenas
congeladas, e a partir daí
seus projetos passaram a ser
acompanhados pelas
galerias e revistas
especializadas.
9. • Mais tarde, seus trabalhos
começaram a assumir
características violentas e
mórbidas, inspirados em filmes
de terror. A destruição e a
decomposição passam a ser a
sua imagem de marca.
10. • Em 2011,
virou garota-
propaganda
do inverno da
M.A.C,
travestida em
3 versões,
incluindo a de
um palhaço.
11. • Seus trabalhos encontram-se em
exibição em vários museus de
todo o Mundo e recentemente
foi-lhe atribuída uma bolsa pela
MacArthur Foundation.
• Agora ela volta à programação
cultural de Manhattan com a
maior retrospectiva já montada
com sua obra. No MoMA a
exposição conta com 170 fotos,
incluindo um painel enorme até
hoje inédito nos EUA.