SlideShare a Scribd company logo
1 of 16
Download to read offline
Ministério de Minas e Energia




                                               Concessões de
                                                  Geração,
                                               Transmissão e
                                               Distribuição de
                                                   Energia
                                                   Elétrica:
                                                Perguntas e
                                                 Respostas



Perguntas mais frequentes sobre o marco institucional das Concessões Vincendas de
                                 Energia Elétrica

                                 Setembro 2012
Ministério de Minas e Energia




        Apresentação
        No ano de 2008, o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, presidido pelo
Ministro de Estado de Minas e Energia, Edison Lobão, determinou a criação de Grupo de
Trabalho com o objetivo de elaborar estudos, propor condições e sugerir critérios destinados a
subsidiar definições competentes acerca da situação futura das centrais de geração
hidrelétricas, das instalações de transmissão que compõem a rede básica e das instalações de
distribuição amortizadas ou depreciadas.
        A determinação decorreu do fato de que, a partir de 2015, várias das concessões para
a prestação dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica terão os
seus prazos vencidos.
        O Grupo de Trabalho, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, foi integrado
por representantes da Casa Civil da Presidência da República, da Empresa de Pesquisa
Energética - EPE, da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, do Ministério da Fazenda, do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior.
         No desenvolvimento dos trabalhos e com vistas a conhecer as expectativas dos
agentes do setor elétrico, foram convidadas doze Associações representantes dos agentes
setoriais e dos consumidores de energia elétrica para apresentarem suas contribuições sobre o
assunto, tanto em reuniões presenciais realizadas no Ministério de Minas e Energia como por
escrito.
        Também, foi necessário avaliar o assunto considerando o vencimento dos Contratos de
Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs oriundos dos leilões realizados
em 2004, pois tais contratos vencem a partir de 2012 e boa parte da energia comercializada
por esses instrumentos é gerada por usinas cujas concessões vencem a partir de 2015.
       Desde então, diversas reuniões foram realizadas, com a participação da ANEEL, da EPE,
do Ministério da Fazenda, da Casa Civil da Presidência da República e da Advocacia-Geral da
União. Essas reuniões tiveram por objetivo a apresentação da evolução dos trabalhos
desenvolvidos sobre o futuro das concessões de serviços de energia elétrica vincendas a partir
de 2015.
        No início de setembro de 2012, o Ministro de Estado de Minas e Energia, Edison Lobão,
apresentou à Senhora Presidenta da República, Dilma Rousseff, uma proposta de Medida
Provisória objetivando aperfeiçoar o marco institucional do Setor de Energia Elétrica, instituído
pela Lei nº 10.848, de 2004, estabelecendo medidas para a captura dos benefícios decorrentes
da amortização dos empreendimentos e instalações de energia elétrica, em consonância com
o princípio da modicidade tarifária e a segurança energética, pilares do modelo implantado a
partir de 2004, elaborado por uma equipe de técnicos coordenada pela, então, Ministra de
Estado de Minas e Energia, Dilma Rousseff.
        Além disso, a estabilidade econômica e de equilíbrio fiscal consolidados no Brasil
permitiram ao Governo criar agora as bases de um novo modelo de desenvolvimento, pautado
pelo aumento da competitividade e da produtividade e pela redistribuição de renda.



                                                                                               1
Ministério de Minas e Energia


       Assim, o Governo poderá dispor anualmente de recursos da ordem de R$ 3,3 bilhões
para a manutenção de programas sociais originalmente custeados pelo setor elétrico: o
Programa Luz para Todos – LPT; a Tarifa Social, que é destinada à população de baixa renda; e
o subsídio à geração eficiente de energia elétrica nos Sistemas Isolados. É isso que
convencionou-se chamar de “encargos setoriais”.
        Diante desse aporte de recursos públicos e da consequente redução dos encargos
setoriais, o consumidor de energia elétrica beneficiar-se-á de uma redução média de 7% na
conta de luz. Esse efeito, adicionado à redução da tarifa média de geração e da Receita Anual
Permitida – RAP da transmissão, resultará numa redução média de 20% para o consumidor
final.
        Com o objetivo de esclarecer diversos aspectos da proposta, o Ministério de Minas e
Energia elaborou o presente documento – Concessões de Geração, Transmissão e Distribuição
de Energia Elétrica: Perguntas e Respostas, disponível a todos interessados pelo tema.




2
Ministério de Minas e Energia




Sumário


I.     CONTEXTO .............................................................................................................. 5

II. DA PRORROGAÇÃO DAS CONCESSÕES DE GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................... 7

III. DA INDENIZAÇÃO DE ATIVOS ................................................................................. 9

IV. DOS EFEITOS NA TARIFA DA ENERGIA ELÉTRICA ................................................. 10

V.     DA ANTECIPAÇÃO DA PRORROGAÇÃO E DA LICITAÇÃO ...................................... 13

SIGLAS .......................................................................................................................... 14




                                                                                                                                  3
Ministério de Minas e Energia


I. CONTEXTO

1.   O que é uma concessão de serviço de energia elétrica?
R: É o ato pelo qual a União autoriza uma empresa a exercer uma determinada atividade
econômica do setor de energia elétrica de relevante interesse público, por meio de decreto
condicionado a celebração de um contrato entre as partes.
    No caso das concessões de energia elétrica, ao final dos prazos para sua exploração, os
bens vinculados à prestação do serviço revertem para a União. Esta característica é que
permite a captura dos benefícios dos ativos amortizados ou depreciados, propiciando uma
redução significativa na tarifa do consumidor final de energia elétrica.


2.   A proposta do governo causará mudanças no modelo atual do Setor de Energia Elétrica?
R: Sim. A proposta do Governo Federal consiste em um aprimoramento do marco
institucional do Setor de Energia Elétrica estabelecido em 2004, que concede um tratamento
específico para uma parte da energia elétrica considerada “velha”, ou seja, aquela gerada por
usinas que já tiveram grande parte de seus ativos amortizados ou depreciados.
Adicionalmente, estabelece condições para o tratamento das concessões de transmissão que
formaram, inicialmente, a Rede Básica, cujos ativos também se encontram fortemente
amortizados e depreciados. Todas essas tratativas têm por finalidade intensificar os efeitos da
modicidade tarifária e assegurar a continuidade da prestação do serviço.


3.   Quais concessões são alcançadas pela Medida Provisória?
R: Somente são alcançadas pela Medida Provisória aquelas concessões de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica outorgadas antes da publicação da Lei nº 8.987,
de 1995, e não licitadas, uma vez que, até a promulgação da Constituição Federal de 1988, a
concessão era outorgada quando houvesse requerente idôneo, e quando não houvesse, era
facultado ao Governo Federal realizar concorrências públicas para a exploração de serviços de
energia elétrica.
    Essas concessões terão seus prazos vincendos a partir de 2015, pois a Lei nº 9.074, de
1995, permitiu a prorrogação pelo prazo de até 20 anos, a contar de 8 de julho de 1995, para
aquelas que estavam vencidas. Para aquelas que ainda não estavam vencidas, o prazo seria
contado a partir do término da concessão.


4.   Quais os montantes de capacidade instalada que vencerão entre 2015 e 2017? Isso
     representa quanto do parque gerador existente do país? Quais são as principais
     empresas envolvidas?
R: Para a geração de energia elétrica, 20 contratos de concessão têm seu vencimento entre
2015 e 2017, totalizando 22.341 MW de potência instalada, equivalentes a aproximadamente
20% do atual parque gerador do Brasil.



                                                                                             5
Ministério de Minas e Energia


     Estão abarcadas por essa situação principalmente as grandes empresas geradoras
estaduais (CEEE, -CEMIG, CESP, COPEL, EMAE) e federais (Eletrobras Chesf, Eletrobras
Eletronorte e Eletrobras Furnas).


                               Participação das Concessionárias
                  Concessionárias             Potência      Participação
                                               (MW)               %
                  Grupo Eletrobras             15.022             67,26
                  Estaduais                     6.842             30,62
                  Privadas                       468              2,09
                  Municipais                      9               0,03


    Para a transmissão de energia elétrica, 9 contratos de concessão têm seu vencimento em
2015, totalizando 85.326 km de linhas de transmissão, dos quais 68.789 km são componentes
da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional – SIN, correspondendo a aproximadamente
67% desse sistema.
     Esses contratos são de titularidade das empresas federais Eletrobras Chesf, Eletrobras
Eletronorte, Eletrobras Eletrosul e Eletrobras Furnas, e das empresas estaduais COPEL, CEMIG,
CEEE e CELG, e um de empresa privada, a CTEEP.
    No caso da distribuição de energia elétrica, 44 contratos de concessão terão o seu
término entre 2015 e 2016, representando aproximadamente 35% do mercado atendido.
Entre as concessionárias estaduais nessa situação, destacam-se CEA, CEB, CEEE, CEMIG,
CELESC, CELG, COPEL e CERR, além das 6 empresas de distribuição (AME, BOVESA, CEAL,
CEPISA, CERON e ELETROACRE) que foram federalizadas na década de 90, e, atualmente, são
empresas controladas pela Eletrobras.




6
Ministério de Minas e Energia


II. DA PRORROGAÇÃO DAS CONCESSÕES DE GERAÇÃO,
    TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

5.   Quais as condições e o prazo para prorrogação das concessões alcançadas pela Medida
     Provisória?
R:   Para obter a prorrogação da concessão, o concessionário:
     - de geração hidrelétrica deverá se submeter à remuneração por tarifa calculada pela
ANEEL, à comercialização de energia elétrica em regime de cotas e aos padrões de qualidade
do serviço fixados pela agência reguladora;
     - de transmissão de energia elétrica deverá se submeter à remuneração por receita
calculada pela ANEEL e aos padrões de qualidade do serviço fixados pela agência; e
    - de distribuição de energia elétrica deverá se submeter às condições específicas
estabelecidas no contrato de concessão ou termo aditivo, com a finalidade de aperfeiçoar
ainda mais a prestação do serviço.
     A concessão de geração hidrelétrica destinada à autoprodução que optar pela destinação
de toda a energia ao consumo próprio e tiver potência menor ou igual a 50 MW também
poderá ser prorrogada desde que feita a título oneroso, ou seja, estará sujeita ao pagamento
pelo uso do bem público que será revertido em favor da modicidade tarifária.
      A prorrogação das concessões será decidida pelo Poder Concedente, representado pelo
Ministério de Minas e Energia, e poderá ser feita, uma única vez, pelo prazo máximo de até 30
anos, com vistas a assegurar a continuidade, a eficiência da prestação do serviço, a modicidade
tarifária e o atendimento à racionalidade econômica.
     No caso de usinas termelétricas, a prorrogação poderá ser feita, uma única vez, por até 20
anos, de forma a assegurar a continuidade, a eficiência da prestação do serviço e a segurança
do sistema. Também, a critério do Poder Concedente, elas poderão ser contratadas
diretamente como energia de reserva.


6.   O que é o regime de cotas?
R: O regime de cotas consiste na alocação da energia proveniente das usinas hidrelétricas às
concessionárias de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN. Essas
cotas serão definidas pela ANEEL, conforme regulamento do Poder Concedente.


7.   As concessões de geração hidrelétrica que ainda poderiam ser prorrogadas, a critério do
     Poder Concedente, por mais 20 anos, serão alcançadas pela Medida Provisória?
R: Sim. Segundo a nova legislação que disciplina a prorrogação dessas concessões, elas
poderão ser prorrogadas, uma única vez, a critério do Poder Concedente, pelo prazo de até 30
anos, desde que também aceitem as condições descritas na resposta nº 5.




                                                                                              7
Ministério de Minas e Energia


8.   Quais serão os beneficiados com a energia proveniente das concessões de geração
     hidrelétrica vincendas?
R: Os benefícios serão destinados aos consumidores das classes residencial, industrial,
comercial, rural, poder público e serviço público, desde que atendidos pela distribuidora de
energia elétrica.




8
Ministério de Minas e Energia


III. DA INDENIZAÇÃO DE ATIVOS

 9.   Todos os empreendimentos de geração e instalações de transmissão que poderão ser
      prorrogados estão totalmente amortizados e depreciados?
 R: Não. O fato de tais empreendimentos de geração e instalações de transmissão terem sido
 concedidos há muito tempo não significa, necessariamente, que todos os ativos estejam
 amortizados ou depreciados. Para que isso ocorra, é preciso considerar o tempo de operação
 do empreendimento de geração ou instalação de transmissão, o que nem sempre coincide
 com o prazo da concessão.
      De fato, no modelo anterior, estabelecido em 1934 pelo Código de Águas, as concessões
 de geração de energia hidrelétrica eram outorgadas para o aproveitamento de trechos de rios
 nos quais poderiam ser instalados diversos empreendimentos, progressivamente. As
 concessões vincendas a partir de 2015 foram outorgadas dessa forma. Apenas a partir de
 1995, as outorgas para o aproveitamento de usinas hidrelétricas passaram a ser concedidas
 individualmente, por empreendimento.
     Desta forma, há empreendimentos que foram construídos e instalados muitos anos após
 a concessão inicialmente outorgada e ainda não tiveram seus ativos integralmente
 amortizados ou depreciados.


 10. As empresas que têm ativos não amortizados ou não depreciados serão indenizadas?
 R: Sim. Essa indenização será calculada pela ANEEL utilizando uma metodologia consagrada,
 chamada de Valor Novo de Reposição, que vem sendo utilizada nos processos de revisão
 tarifária das concessões de distribuição e de transmissão de energia elétrica para a definição
 da base de sua remuneração.
      O valor novo de reposição refere-se ao valor do bem novo de um ativo, idêntico ou similar
 ao avaliado, obtido a partir do banco de preços homologado pela agência reguladora. Para
 efeito de apuração dessa base de remuneração são considerados apenas os ativos vinculados à
 concessão.




                                                                                             9
Ministério de Minas e Energia


IV. DOS EFEITOS NA TARIFA DA ENERGIA ELÉTRICA

 11. As reduções tarifárias serão alcançadas somente pelo efeito da prorrogação das
     concessões?
 R: Não. Adicionalmente, o Governo Federal promoverá uma redução de encargos setoriais a
 todos os consumidores de energia elétrica.


 12. O que comporá a nova tarifa de energia das usinas hidrelétricas cujas concessões serão
     prorrogadas?
 R: A nova tarifa será composta pelos custos de operação e manutenção, pelos tributos,
 encargos setoriais reduzidos, e pela remuneração do uso das redes de transmissão e
 distribuição.


 13. Como será possível a redução da tarifa média de geração?
 R: A nova tarifa não precisará remunerar ativos não amortizados e não depreciados que,
 caso ainda existam no momento da prorrogação, serão indenizados.


 14. Como será possível reduzir a Receita Anual Permitida das transmissoras?
 R: Pela mesma lógica, a nova receita das transmissoras não precisará remunerar ativos não
 amortizados e não depreciados que, caso ainda existam, no momento da prorrogação, serão
 indenizados.


 15. Qual é a expectativa de efeito médio para todos os consumidores das distribuidoras de
     energia elétrica?
 R: A expectativa é que haja uma redução de até 16,2% na tarifa dos consumidores
 residenciais e de até 28% na tarifa dos consumidores industriais atendidos pelas distribuidoras,
 já considerando a indenização dos ativos não amortizados ou depreciados e a redução nos
 encargos setoriais.


 16. Como será possível reduzir a tarifa média de distribuição em 20%?
 R: A União aportará anualmente cerca de R$ 3,3 bilhões na Conta de Desenvolvimento
 Energética - CDE, reduzindo em média 7% da tarifa do consumidor final em função da redução
 da cobrança de encargos (Conta de Consumo de Combustíveis - CCC, CDE e Reserva Global de
 Reversão - RGR).
     Os outros 13% decorrem da redução da tarifa média de geração e da Receita Anual
 Permitida da transmissão, visto que essas concessões não terão mais ativos a depreciar ou
 amortizar.




 10
Ministério de Minas e Energia


17. O que contribuiu para a redução de até 28% para a grande indústria?
R: No caso dos consumidores do subgrupo A1 1, o montante que a União aportará resultará
em uma redução média de 10,8% da tarifa do consumidor final em função da redução da
cobrança de encargos (CCC, CDE e RGR).
    Os outros 17,3% decorrem da redução da tarifa média de geração e da Receita Anual
Permitida da transmissão, visto que essas concessões não terão mais ativos a depreciar ou
amortizar.


18. O que contribuiu para a redução de até 16,2% para o consumidor residencial?
R: O montante que a União aportará resultará em uma redução média de 5,3% da tarifa do
consumidor residencial em função da redução da cobrança de encargos (CCC, CDE e RGR).
    Os outros 10,8% decorrem da redução da tarifa média de geração e da Receita Anual
Permitida da transmissão, visto que essas concessões não terão mais ativos a depreciar ou
amortizar.


19. O que contribuiu para a redução de até 20% para os consumidores da classe comercial
    atendidos pelas distribuidoras de energia elétrica?
R: O montante que a União aportará resultará em uma redução média de 7,4% da tarifa do
consumidor da classe comercial em função da redução da cobrança de encargos (CCC, CDE e
RGR).
    Os outros 12,7% decorrem da redução da tarifa média de geração e da Receita Anual
Permitida da transmissão, visto que essas concessões não terão mais ativos a depreciar ou
amortizar.


20. O mercado livre será beneficiado com a redução das tarifas?
R: Sim. A redução dos encargos e das tarifas de uso dos sistemas de distribuição e de
transmissão para o mercado livre será equivalente à do mercado regulado.


21. Como fica a RGR?
R: A cobrança da RGR será extinta para as distribuidoras, para os novos empreendimentos
de transmissão e para as concessões prorrogadas. Ela será mantida apenas para os
empreendimentos de geração e de transmissão em operação e em implantação que
atualmente já pagam esse encargo.


22. O que acontecerá com a CCC e com a CDE?
R: A cobrança da CCC será extinta e suas despesas reduzidas para os níveis eficientes de
perdas. A cobrança da CDE também será reduzida em aproximadamente 75%, em função do
aporte anual de cerca R$ 3,3 bilhões da União.


1
    Subgrupo A1: consumidores com tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV.

                                                                                                  11
Ministério de Minas e Energia


23. Após a redução dos encargos setoriais, os programas sociais do Governo Federal
    custeados por esses encargos serão mantidos?
R: Sim. Serão mantidos o Programa Luz para Todos, a Tarifa Social, que é destinada aos
consumidores de baixa renda, e o subsídio à geração eficiente de energia elétrica nos Sistemas
Isolados.


24. Se o pagamento dos encargos pelo consumidor está sendo reduzido e os programas
    estão sendo mantidos, quem pagará por eles?
R: Para custear o eventual déficit entre a arrecadação e as despesas desses encargos, a
União utilizará os créditos que detém junto a entes do Setor Elétrico. Estima-se que esses
créditos corresponderão a R$ 3,3 bilhões em 2013.


25. Como se dará o aporte da União?
R: A União adquirirá os créditos que a Eletrobras detém junto a Itaipu e pagará a Eletrobras
por meio de títulos da dívida pública. Ela destinará esses créditos e aqueles que ela possui
diretamente junto à Itaipu para a CDE. Esses créditos decorrem da dívida para a construção de
Itaipu.


26. Quando o consumidor verificará a redução da tarifa de energia elétrica na conta de luz?
R:   Já em 2013.


27. O consumidor baixa renda será prejudicado com a alteração da forma de cobrança dos
    encargos?
R: Não, com a nova forma de cobrança, o consumidor baixa renda irá pagar menos encargos
do que paga atualmente.


28. Qual é o efeito da redução da tarifa de energia das usinas hidrelétricas prorrogadas e da
    RAP para as empresas do Grupo Eletrobras?
R: Para as concessões de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão prorrogadas, as
empresas do Grupo Eletrobras auferirão receita suficiente para remunerar os serviços de
operação e de manutenção.
     Adicionalmente, a indenização, em 2013, dos ativos não depreciados e não amortizados
vinculados a essas concessões implicará em uma capitalização dessas empresas, resultando em
disponibilidade de recursos para novos investimentos.




12
Ministério de Minas e Energia


V. DA ANTECIPAÇÃO DA PRORROGAÇÃO E DA LICITAÇÃO

29. Por que antecipar as condições previstas na Medida Provisória em até três anos?
R: A antecipação das condições estabelecidas na Medida Provisória tem como objetivo
permitir ao Poder Concedente a captura do benefício dos ativos amortizados e depreciados e
da redução dos encargos setoriais em favor dos consumidores finais com a maior brevidade.


30. O que ocorrerá com as concessões que não forem prorrogadas pelo Poder Concedente?
R: Essas concessões deverão ser licitadas e o novo concessionário deverá se submeter às
condições estabelecidas na Medida Provisória, descritas na resposta nº 5.


31. Caso o concessionário atual não aceite as condições estabelecidas na Medida Provisória,
    a concessão será licitada imediatamente?
R: Não. O concessionário continuará com o direito de exploração da concessão até o seu
prazo final, que, então, será licitada.


32. E no caso de a licitação não ocorrer até o final do prazo de concessão?
R: O concessionário poderá ficar responsável pela prestação do serviço, observadas as novas
condições descritas na resposta nº 5, até a assunção do serviço por novo concessionário.


33. E se o atual titular da concessão não quiser permanecer responsável pela prestação do
    serviço até a licitação, quem assumirá a concessão?
R: Neste caso, o serviço será prestado temporariamente pelo Poder Concedente, por meio
de órgão ou entidade da administração pública federal, até que novo concessionário seja
contratado por licitação.




                                                                                        13
Ministério de Minas e Energia


SIGLAS

ANEEL                  Agência Nacional de Energia Elétrica
AME                    Amazonas Energia
BOVESA                 Boa Vista Energia
CEA                    Companhia de Eletricidade do Amapá
CEAL                   Companhia Energética de Alagoas
CEB                    Companhia Energética de Brasília
CEPISA                 Companhia Energética do Piauí
CELESC                 Centrais Elétricas de Santa Catarina
CERON                  Centrais Elétricas de Rondônia
CERR                   Companhia Energética de Roraima
CCC                    Conta de Consumo de Combustíveis
CCEARs                 Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado
CEEE                   Companhia Estadual de Energia Elétrica – Rio Grande do Sul
CDE                    Conta de Desenvolvimento Energético
CEMIG                  Companhia Energética de Minas Gerais
CELG                   Companhia Energética de Goiás
CESP                   Companhia Energética de São Paulo
CTEEP                  Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista
CNPE                   Conselho Nacional de Política Energética
COPEL                  Companhia Paranaense de Energia
ELETROACRE             Companhia de Eletricidade do Acre
Eletrobras             Centrais Elétricas Brasileiras
Eletrobras CHESF       Companhia Hidro Elétrica do São Francisco
Eletrobras Eletronorte Centrais Elétricas do Norte do Brasil
Eletrobras Eletrosul   Eletrosul Centrais Elétricas
Eletrobras Furnas      FURNAS Centrais Elétricas
EMAE                   Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.
EPE                    Empresa de Pesquisa Energética


LPT                    Programa Luz para Todos
RAP                    Receita Anual Permitida
RGR                    Reserva Global de Reversão
SIN                    Sistema Interligado Nacional



14

More Related Content

What's hot

Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public AdministrationEnergy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administrationtiaguini
 
XIV CBE - MESA 1 - Antonio Carlos Tovar - 23 out 2012
XIV CBE - MESA 1 - Antonio Carlos Tovar - 23 out 2012XIV CBE - MESA 1 - Antonio Carlos Tovar - 23 out 2012
XIV CBE - MESA 1 - Antonio Carlos Tovar - 23 out 2012CBE2012
 
Artigo Científico - Pós
Artigo Científico - PósArtigo Científico - Pós
Artigo Científico - PósCalebe Santos
 
Workshop - Melhores práticas de Relações com Investidores
Workshop - Melhores práticas de Relações com InvestidoresWorkshop - Melhores práticas de Relações com Investidores
Workshop - Melhores práticas de Relações com InvestidoresCPFL RI
 
Iv Painel Setorial De Energia EléTrica
Iv Painel Setorial De Energia EléTricaIv Painel Setorial De Energia EléTrica
Iv Painel Setorial De Energia EléTricaCPFL RI
 
Reh20121282
Reh20121282Reh20121282
Reh20121282eliasant
 
Diretoria de Planejamento Energético - Conceitos e Práticas
Diretoria de Planejamento Energético - Conceitos e PráticasDiretoria de Planejamento Energético - Conceitos e Práticas
Diretoria de Planejamento Energético - Conceitos e PráticasEDP - Energias do Brasil
 

What's hot (19)

Mercado Brasileiro Fotovoltaico
Mercado Brasileiro FotovoltaicoMercado Brasileiro Fotovoltaico
Mercado Brasileiro Fotovoltaico
 
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public AdministrationEnergy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration
 
Por dentrodacontadeluz 2013
Por dentrodacontadeluz 2013Por dentrodacontadeluz 2013
Por dentrodacontadeluz 2013
 
02 Nuno Batista - Adene
02 Nuno Batista - Adene02 Nuno Batista - Adene
02 Nuno Batista - Adene
 
XIV CBE - MESA 1 - Antonio Carlos Tovar - 23 out 2012
XIV CBE - MESA 1 - Antonio Carlos Tovar - 23 out 2012XIV CBE - MESA 1 - Antonio Carlos Tovar - 23 out 2012
XIV CBE - MESA 1 - Antonio Carlos Tovar - 23 out 2012
 
Relatorio rede-energia-sgasst
Relatorio rede-energia-sgasstRelatorio rede-energia-sgasst
Relatorio rede-energia-sgasst
 
Artigo Científico - Pós
Artigo Científico - PósArtigo Científico - Pós
Artigo Científico - Pós
 
Aires Messias - EDP Inovação
Aires Messias - EDP InovaçãoAires Messias - EDP Inovação
Aires Messias - EDP Inovação
 
Pedro Mateus - ADENE
Pedro Mateus - ADENEPedro Mateus - ADENE
Pedro Mateus - ADENE
 
Workshop - Melhores práticas de Relações com Investidores
Workshop - Melhores práticas de Relações com InvestidoresWorkshop - Melhores práticas de Relações com Investidores
Workshop - Melhores práticas de Relações com Investidores
 
Artigo cilca jim
Artigo cilca jimArtigo cilca jim
Artigo cilca jim
 
Artigo Pro
Artigo ProArtigo Pro
Artigo Pro
 
FORUM PORTUGAL ENERGY POWER: "O Contributo da Electricidade Renovável"
FORUM PORTUGAL ENERGY POWER: "O Contributo da Electricidade Renovável"FORUM PORTUGAL ENERGY POWER: "O Contributo da Electricidade Renovável"
FORUM PORTUGAL ENERGY POWER: "O Contributo da Electricidade Renovável"
 
Iv Painel Setorial De Energia EléTrica
Iv Painel Setorial De Energia EléTricaIv Painel Setorial De Energia EléTrica
Iv Painel Setorial De Energia EléTrica
 
Reh20121282
Reh20121282Reh20121282
Reh20121282
 
A importância do biogás na política energética do brasil
A importância do biogás na política energética do brasilA importância do biogás na política energética do brasil
A importância do biogás na política energética do brasil
 
Diretoria de Planejamento Energético - Conceitos e Práticas
Diretoria de Planejamento Energético - Conceitos e PráticasDiretoria de Planejamento Energético - Conceitos e Práticas
Diretoria de Planejamento Energético - Conceitos e Práticas
 
António Farinha
António FarinhaAntónio Farinha
António Farinha
 
Caderno aneel tarifas
Caderno aneel   tarifasCaderno aneel   tarifas
Caderno aneel tarifas
 

Viewers also liked

Energia renovável 10ºc
Energia renovável 10ºcEnergia renovável 10ºc
Energia renovável 10ºczeopas
 
PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO COM ÊNFASE NO ESTA...
PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO COM ÊNFASE NO ESTA...PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO COM ÊNFASE NO ESTA...
PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO COM ÊNFASE NO ESTA...Rafael Silveira
 
Equipamentos elétricos e telecomunicações - 4 Guerra das correntes e transmi...
Equipamentos elétricos e telecomunicações -  4 Guerra das correntes e transmi...Equipamentos elétricos e telecomunicações -  4 Guerra das correntes e transmi...
Equipamentos elétricos e telecomunicações - 4 Guerra das correntes e transmi...profelder
 
Fontes Alternativas de Energia
Fontes Alternativas de EnergiaFontes Alternativas de Energia
Fontes Alternativas de EnergiaFran Louren
 

Viewers also liked (8)

Energia renovável 10ºc
Energia renovável 10ºcEnergia renovável 10ºc
Energia renovável 10ºc
 
Ondas e Marés - 10º E
Ondas e Marés - 10º EOndas e Marés - 10º E
Ondas e Marés - 10º E
 
Livro gtd
Livro gtdLivro gtd
Livro gtd
 
PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO COM ÊNFASE NO ESTA...
PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO COM ÊNFASE NO ESTA...PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO COM ÊNFASE NO ESTA...
PANORAMA ENERGÉTICO BRASILEIRO: TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO COM ÊNFASE NO ESTA...
 
Equipamentos elétricos e telecomunicações - 4 Guerra das correntes e transmi...
Equipamentos elétricos e telecomunicações -  4 Guerra das correntes e transmi...Equipamentos elétricos e telecomunicações -  4 Guerra das correntes e transmi...
Equipamentos elétricos e telecomunicações - 4 Guerra das correntes e transmi...
 
Fontes Alternativas de Energia
Fontes Alternativas de EnergiaFontes Alternativas de Energia
Fontes Alternativas de Energia
 
Ctc m4 v3_t
Ctc m4 v3_tCtc m4 v3_t
Ctc m4 v3_t
 
Energia Eólica
Energia EólicaEnergia Eólica
Energia Eólica
 

Similar to Perguntas e respostas sobre a redução da tarifa de energia elétrica

RNAE_SeminarioESCO_Guimaraes_14Fev2011_ADENE_AlexandreFernandes_ECOAP.pdf
RNAE_SeminarioESCO_Guimaraes_14Fev2011_ADENE_AlexandreFernandes_ECOAP.pdfRNAE_SeminarioESCO_Guimaraes_14Fev2011_ADENE_AlexandreFernandes_ECOAP.pdf
RNAE_SeminarioESCO_Guimaraes_14Fev2011_ADENE_AlexandreFernandes_ECOAP.pdfJosAzevedo64
 
Aspectos técnicos da inserção de microgeração em sistemas de distribuição de ...
Aspectos técnicos da inserção de microgeração em sistemas de distribuição de ...Aspectos técnicos da inserção de microgeração em sistemas de distribuição de ...
Aspectos técnicos da inserção de microgeração em sistemas de distribuição de ...Pretextus
 
O planejamento numa nova era da energia
O planejamento numa nova era da energiaO planejamento numa nova era da energia
O planejamento numa nova era da energiaGabriel Konzen
 
Geração Distribuída e Redes Inteligentes
Geração Distribuída e Redes InteligentesGeração Distribuída e Redes Inteligentes
Geração Distribuída e Redes InteligentesGiovanni Sandes
 
Estrutura do sistema eletrico brasileiro
Estrutura do sistema eletrico brasileiroEstrutura do sistema eletrico brasileiro
Estrutura do sistema eletrico brasileirotecnicoslg
 
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-CemigNelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-CemigLilianMilena
 
Os próximos passos da geração distribuída
Os próximos passos da geração distribuídaOs próximos passos da geração distribuída
Os próximos passos da geração distribuídaGabriel Konzen
 
ApresentaçãO Dr AntóNio Joyce
ApresentaçãO Dr AntóNio JoyceApresentaçãO Dr AntóNio Joyce
ApresentaçãO Dr AntóNio Joycecideias
 
Lei 13.280/2016. O que muda no Programa de Eficiência Energética?
Lei 13.280/2016. O que muda no Programa de Eficiência Energética?Lei 13.280/2016. O que muda no Programa de Eficiência Energética?
Lei 13.280/2016. O que muda no Programa de Eficiência Energética?slides-mci
 
A DANOSA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA O BRASIL
A DANOSA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA O BRASILA DANOSA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA O BRASIL
A DANOSA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA O BRASILFernando Alcoforado
 
Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior
Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interiorGeração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior
Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interiorAlexandre Blum Weingartner
 
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barataCâmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barataIsrael Cabral
 
Micro geração XII Convibra 2015
Micro geração XII Convibra 2015Micro geração XII Convibra 2015
Micro geração XII Convibra 2015Paulo Jose
 
Um modelo de representação do conhecimento do processo regulatório no segment...
Um modelo de representação do conhecimento do processo regulatório no segment...Um modelo de representação do conhecimento do processo regulatório no segment...
Um modelo de representação do conhecimento do processo regulatório no segment...Helen Günther
 
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icbAnexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icbOgx2011
 

Similar to Perguntas e respostas sobre a redução da tarifa de energia elétrica (20)

RNAE_SeminarioESCO_Guimaraes_14Fev2011_ADENE_AlexandreFernandes_ECOAP.pdf
RNAE_SeminarioESCO_Guimaraes_14Fev2011_ADENE_AlexandreFernandes_ECOAP.pdfRNAE_SeminarioESCO_Guimaraes_14Fev2011_ADENE_AlexandreFernandes_ECOAP.pdf
RNAE_SeminarioESCO_Guimaraes_14Fev2011_ADENE_AlexandreFernandes_ECOAP.pdf
 
Aspectos técnicos da inserção de microgeração em sistemas de distribuição de ...
Aspectos técnicos da inserção de microgeração em sistemas de distribuição de ...Aspectos técnicos da inserção de microgeração em sistemas de distribuição de ...
Aspectos técnicos da inserção de microgeração em sistemas de distribuição de ...
 
O planejamento numa nova era da energia
O planejamento numa nova era da energiaO planejamento numa nova era da energia
O planejamento numa nova era da energia
 
Geração Distribuída e Redes Inteligentes
Geração Distribuída e Redes InteligentesGeração Distribuída e Redes Inteligentes
Geração Distribuída e Redes Inteligentes
 
Estrutura do sistema eletrico brasileiro
Estrutura do sistema eletrico brasileiroEstrutura do sistema eletrico brasileiro
Estrutura do sistema eletrico brasileiro
 
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-CemigNelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
Nelson Hubner - Ex-Diretor-geral da ANEEL no Fórum Brasilianas-Cemig
 
Os próximos passos da geração distribuída
Os próximos passos da geração distribuídaOs próximos passos da geração distribuída
Os próximos passos da geração distribuída
 
Novidades Legislativas Nº86 - 18-12-2012
Novidades Legislativas Nº86 - 18-12-2012Novidades Legislativas Nº86 - 18-12-2012
Novidades Legislativas Nº86 - 18-12-2012
 
ApresentaçãO Dr AntóNio Joyce
ApresentaçãO Dr AntóNio JoyceApresentaçãO Dr AntóNio Joyce
ApresentaçãO Dr AntóNio Joyce
 
Lei 13.280/2016. O que muda no Programa de Eficiência Energética?
Lei 13.280/2016. O que muda no Programa de Eficiência Energética?Lei 13.280/2016. O que muda no Programa de Eficiência Energética?
Lei 13.280/2016. O que muda no Programa de Eficiência Energética?
 
A DANOSA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA O BRASIL
A DANOSA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA O BRASILA DANOSA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA O BRASIL
A DANOSA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS PARA O BRASIL
 
Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior
Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interiorGeração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior
Geração de energia eólica para atender uma pequena cidade de interior
 
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barataCâmara de comercialização de energia elétrica   ccee - luiz eduardo barata
Câmara de comercialização de energia elétrica ccee - luiz eduardo barata
 
Novidades Legislativas 02 | 27/02/2013
Novidades Legislativas 02 | 27/02/2013Novidades Legislativas 02 | 27/02/2013
Novidades Legislativas 02 | 27/02/2013
 
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
Geração Distribuída de Energia Elétrica e Geração Solar - Seminário franco-br...
 
Micro geração XII Convibra 2015
Micro geração XII Convibra 2015Micro geração XII Convibra 2015
Micro geração XII Convibra 2015
 
1019 3558-2-pb
1019 3558-2-pb1019 3558-2-pb
1019 3558-2-pb
 
Um modelo de representação do conhecimento do processo regulatório no segment...
Um modelo de representação do conhecimento do processo regulatório no segment...Um modelo de representação do conhecimento do processo regulatório no segment...
Um modelo de representação do conhecimento do processo regulatório no segment...
 
Gte0011
Gte0011Gte0011
Gte0011
 
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icbAnexo xiv   metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
Anexo xiv metodologia do cálculo do índice de custo benefício - icb
 

More from Palácio do Planalto

Proposta de Política Nacional de Educação em Tempo Integral
Proposta de Política Nacional de Educação em Tempo IntegralProposta de Política Nacional de Educação em Tempo Integral
Proposta de Política Nacional de Educação em Tempo IntegralPalácio do Planalto
 
Novo Ensino Médio - Escolas em Tempo Integral
Novo Ensino Médio -  Escolas em Tempo IntegralNovo Ensino Médio -  Escolas em Tempo Integral
Novo Ensino Médio - Escolas em Tempo IntegralPalácio do Planalto
 
Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17
Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17
Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17Palácio do Planalto
 
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...Palácio do Planalto
 
Manifesto das Defensoras e Defensores Públicos Brasileiros em Defesa do Estad...
Manifesto das Defensoras e Defensores Públicos Brasileiros em Defesa do Estad...Manifesto das Defensoras e Defensores Públicos Brasileiros em Defesa do Estad...
Manifesto das Defensoras e Defensores Públicos Brasileiros em Defesa do Estad...Palácio do Planalto
 
Manifesto da Advocacia Pernambucana pela Democracia
Manifesto da Advocacia Pernambucana pela DemocraciaManifesto da Advocacia Pernambucana pela Democracia
Manifesto da Advocacia Pernambucana pela DemocraciaPalácio do Planalto
 
Manifesto das Advogadas e Advogados Capizabas pela Democracia
Manifesto das Advogadas e Advogados Capizabas pela DemocraciaManifesto das Advogadas e Advogados Capizabas pela Democracia
Manifesto das Advogadas e Advogados Capizabas pela DemocraciaPalácio do Planalto
 
Manifesto das Professoras e Professores, Técnicas e Técnicos e Alunas e Aluno...
Manifesto das Professoras e Professores, Técnicas e Técnicos e Alunas e Aluno...Manifesto das Professoras e Professores, Técnicas e Técnicos e Alunas e Aluno...
Manifesto das Professoras e Professores, Técnicas e Técnicos e Alunas e Aluno...Palácio do Planalto
 
Nota pública da Associação | Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia...
Nota pública da Associação | Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia...Nota pública da Associação | Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia...
Nota pública da Associação | Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia...Palácio do Planalto
 
Manifesto dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC)
Manifesto dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC)Manifesto dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC)
Manifesto dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC)Palácio do Planalto
 
Nota de repúdio a decisão do Conselho Federal da OAB em favor do impeachment ...
Nota de repúdio a decisão do Conselho Federal da OAB em favor do impeachment ...Nota de repúdio a decisão do Conselho Federal da OAB em favor do impeachment ...
Nota de repúdio a decisão do Conselho Federal da OAB em favor do impeachment ...Palácio do Planalto
 
Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares-RENAP e a Artic...
Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares-RENAP e a Artic...Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares-RENAP e a Artic...
Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares-RENAP e a Artic...Palácio do Planalto
 
Manifesto em defesa da ordem jurídica e da democracia
Manifesto em defesa da ordem jurídica e da democraciaManifesto em defesa da ordem jurídica e da democracia
Manifesto em defesa da ordem jurídica e da democraciaPalácio do Planalto
 
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a ConstituiçãoNota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a ConstituiçãoPalácio do Planalto
 

More from Palácio do Planalto (20)

Proposta de Política Nacional de Educação em Tempo Integral
Proposta de Política Nacional de Educação em Tempo IntegralProposta de Política Nacional de Educação em Tempo Integral
Proposta de Política Nacional de Educação em Tempo Integral
 
Novo Ensino Médio - Escolas em Tempo Integral
Novo Ensino Médio -  Escolas em Tempo IntegralNovo Ensino Médio -  Escolas em Tempo Integral
Novo Ensino Médio - Escolas em Tempo Integral
 
30 dias de governo Temer
30 dias de governo Temer30 dias de governo Temer
30 dias de governo Temer
 
Meta Fiscal
Meta FiscalMeta Fiscal
Meta Fiscal
 
Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17
Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17
Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/17
 
Apresentação - Mais Médicos
Apresentação - Mais MédicosApresentação - Mais Médicos
Apresentação - Mais Médicos
 
Hora do Enem
Hora do EnemHora do Enem
Hora do Enem
 
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
Defesa da presidenta Dilma Rousseff apresentada por José Eduardo Cardozo na C...
 
Minha Casa Minha Vida 3
Minha Casa Minha Vida 3Minha Casa Minha Vida 3
Minha Casa Minha Vida 3
 
Manifesto das Defensoras e Defensores Públicos Brasileiros em Defesa do Estad...
Manifesto das Defensoras e Defensores Públicos Brasileiros em Defesa do Estad...Manifesto das Defensoras e Defensores Públicos Brasileiros em Defesa do Estad...
Manifesto das Defensoras e Defensores Públicos Brasileiros em Defesa do Estad...
 
Manifesto da Advocacia Pernambucana pela Democracia
Manifesto da Advocacia Pernambucana pela DemocraciaManifesto da Advocacia Pernambucana pela Democracia
Manifesto da Advocacia Pernambucana pela Democracia
 
Manifesto das Advogadas e Advogados Capizabas pela Democracia
Manifesto das Advogadas e Advogados Capizabas pela DemocraciaManifesto das Advogadas e Advogados Capizabas pela Democracia
Manifesto das Advogadas e Advogados Capizabas pela Democracia
 
Manifesto das Professoras e Professores, Técnicas e Técnicos e Alunas e Aluno...
Manifesto das Professoras e Professores, Técnicas e Técnicos e Alunas e Aluno...Manifesto das Professoras e Professores, Técnicas e Técnicos e Alunas e Aluno...
Manifesto das Professoras e Professores, Técnicas e Técnicos e Alunas e Aluno...
 
Nota pública da Associação | Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia...
Nota pública da Associação | Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia...Nota pública da Associação | Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia...
Nota pública da Associação | Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia...
 
Manifesto dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC)
Manifesto dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC)Manifesto dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC)
Manifesto dos Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC)
 
Nota de repúdio a decisão do Conselho Federal da OAB em favor do impeachment ...
Nota de repúdio a decisão do Conselho Federal da OAB em favor do impeachment ...Nota de repúdio a decisão do Conselho Federal da OAB em favor do impeachment ...
Nota de repúdio a decisão do Conselho Federal da OAB em favor do impeachment ...
 
Manifesto da OAB Federal
Manifesto da OAB FederalManifesto da OAB Federal
Manifesto da OAB Federal
 
Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares-RENAP e a Artic...
Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares-RENAP e a Artic...Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares-RENAP e a Artic...
Manifesto da Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares-RENAP e a Artic...
 
Manifesto em defesa da ordem jurídica e da democracia
Manifesto em defesa da ordem jurídica e da democraciaManifesto em defesa da ordem jurídica e da democracia
Manifesto em defesa da ordem jurídica e da democracia
 
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a ConstituiçãoNota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
 

Perguntas e respostas sobre a redução da tarifa de energia elétrica

  • 1. Ministério de Minas e Energia Concessões de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica: Perguntas e Respostas Perguntas mais frequentes sobre o marco institucional das Concessões Vincendas de Energia Elétrica Setembro 2012
  • 2.
  • 3. Ministério de Minas e Energia Apresentação No ano de 2008, o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE, presidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia, Edison Lobão, determinou a criação de Grupo de Trabalho com o objetivo de elaborar estudos, propor condições e sugerir critérios destinados a subsidiar definições competentes acerca da situação futura das centrais de geração hidrelétricas, das instalações de transmissão que compõem a rede básica e das instalações de distribuição amortizadas ou depreciadas. A determinação decorreu do fato de que, a partir de 2015, várias das concessões para a prestação dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica terão os seus prazos vencidos. O Grupo de Trabalho, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia, foi integrado por representantes da Casa Civil da Presidência da República, da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, do Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. No desenvolvimento dos trabalhos e com vistas a conhecer as expectativas dos agentes do setor elétrico, foram convidadas doze Associações representantes dos agentes setoriais e dos consumidores de energia elétrica para apresentarem suas contribuições sobre o assunto, tanto em reuniões presenciais realizadas no Ministério de Minas e Energia como por escrito. Também, foi necessário avaliar o assunto considerando o vencimento dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado – CCEARs oriundos dos leilões realizados em 2004, pois tais contratos vencem a partir de 2012 e boa parte da energia comercializada por esses instrumentos é gerada por usinas cujas concessões vencem a partir de 2015. Desde então, diversas reuniões foram realizadas, com a participação da ANEEL, da EPE, do Ministério da Fazenda, da Casa Civil da Presidência da República e da Advocacia-Geral da União. Essas reuniões tiveram por objetivo a apresentação da evolução dos trabalhos desenvolvidos sobre o futuro das concessões de serviços de energia elétrica vincendas a partir de 2015. No início de setembro de 2012, o Ministro de Estado de Minas e Energia, Edison Lobão, apresentou à Senhora Presidenta da República, Dilma Rousseff, uma proposta de Medida Provisória objetivando aperfeiçoar o marco institucional do Setor de Energia Elétrica, instituído pela Lei nº 10.848, de 2004, estabelecendo medidas para a captura dos benefícios decorrentes da amortização dos empreendimentos e instalações de energia elétrica, em consonância com o princípio da modicidade tarifária e a segurança energética, pilares do modelo implantado a partir de 2004, elaborado por uma equipe de técnicos coordenada pela, então, Ministra de Estado de Minas e Energia, Dilma Rousseff. Além disso, a estabilidade econômica e de equilíbrio fiscal consolidados no Brasil permitiram ao Governo criar agora as bases de um novo modelo de desenvolvimento, pautado pelo aumento da competitividade e da produtividade e pela redistribuição de renda. 1
  • 4. Ministério de Minas e Energia Assim, o Governo poderá dispor anualmente de recursos da ordem de R$ 3,3 bilhões para a manutenção de programas sociais originalmente custeados pelo setor elétrico: o Programa Luz para Todos – LPT; a Tarifa Social, que é destinada à população de baixa renda; e o subsídio à geração eficiente de energia elétrica nos Sistemas Isolados. É isso que convencionou-se chamar de “encargos setoriais”. Diante desse aporte de recursos públicos e da consequente redução dos encargos setoriais, o consumidor de energia elétrica beneficiar-se-á de uma redução média de 7% na conta de luz. Esse efeito, adicionado à redução da tarifa média de geração e da Receita Anual Permitida – RAP da transmissão, resultará numa redução média de 20% para o consumidor final. Com o objetivo de esclarecer diversos aspectos da proposta, o Ministério de Minas e Energia elaborou o presente documento – Concessões de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica: Perguntas e Respostas, disponível a todos interessados pelo tema. 2
  • 5. Ministério de Minas e Energia Sumário I. CONTEXTO .............................................................................................................. 5 II. DA PRORROGAÇÃO DAS CONCESSÕES DE GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................................... 7 III. DA INDENIZAÇÃO DE ATIVOS ................................................................................. 9 IV. DOS EFEITOS NA TARIFA DA ENERGIA ELÉTRICA ................................................. 10 V. DA ANTECIPAÇÃO DA PRORROGAÇÃO E DA LICITAÇÃO ...................................... 13 SIGLAS .......................................................................................................................... 14 3
  • 6.
  • 7. Ministério de Minas e Energia I. CONTEXTO 1. O que é uma concessão de serviço de energia elétrica? R: É o ato pelo qual a União autoriza uma empresa a exercer uma determinada atividade econômica do setor de energia elétrica de relevante interesse público, por meio de decreto condicionado a celebração de um contrato entre as partes. No caso das concessões de energia elétrica, ao final dos prazos para sua exploração, os bens vinculados à prestação do serviço revertem para a União. Esta característica é que permite a captura dos benefícios dos ativos amortizados ou depreciados, propiciando uma redução significativa na tarifa do consumidor final de energia elétrica. 2. A proposta do governo causará mudanças no modelo atual do Setor de Energia Elétrica? R: Sim. A proposta do Governo Federal consiste em um aprimoramento do marco institucional do Setor de Energia Elétrica estabelecido em 2004, que concede um tratamento específico para uma parte da energia elétrica considerada “velha”, ou seja, aquela gerada por usinas que já tiveram grande parte de seus ativos amortizados ou depreciados. Adicionalmente, estabelece condições para o tratamento das concessões de transmissão que formaram, inicialmente, a Rede Básica, cujos ativos também se encontram fortemente amortizados e depreciados. Todas essas tratativas têm por finalidade intensificar os efeitos da modicidade tarifária e assegurar a continuidade da prestação do serviço. 3. Quais concessões são alcançadas pela Medida Provisória? R: Somente são alcançadas pela Medida Provisória aquelas concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica outorgadas antes da publicação da Lei nº 8.987, de 1995, e não licitadas, uma vez que, até a promulgação da Constituição Federal de 1988, a concessão era outorgada quando houvesse requerente idôneo, e quando não houvesse, era facultado ao Governo Federal realizar concorrências públicas para a exploração de serviços de energia elétrica. Essas concessões terão seus prazos vincendos a partir de 2015, pois a Lei nº 9.074, de 1995, permitiu a prorrogação pelo prazo de até 20 anos, a contar de 8 de julho de 1995, para aquelas que estavam vencidas. Para aquelas que ainda não estavam vencidas, o prazo seria contado a partir do término da concessão. 4. Quais os montantes de capacidade instalada que vencerão entre 2015 e 2017? Isso representa quanto do parque gerador existente do país? Quais são as principais empresas envolvidas? R: Para a geração de energia elétrica, 20 contratos de concessão têm seu vencimento entre 2015 e 2017, totalizando 22.341 MW de potência instalada, equivalentes a aproximadamente 20% do atual parque gerador do Brasil. 5
  • 8. Ministério de Minas e Energia Estão abarcadas por essa situação principalmente as grandes empresas geradoras estaduais (CEEE, -CEMIG, CESP, COPEL, EMAE) e federais (Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte e Eletrobras Furnas). Participação das Concessionárias Concessionárias Potência Participação (MW) % Grupo Eletrobras 15.022 67,26 Estaduais 6.842 30,62 Privadas 468 2,09 Municipais 9 0,03 Para a transmissão de energia elétrica, 9 contratos de concessão têm seu vencimento em 2015, totalizando 85.326 km de linhas de transmissão, dos quais 68.789 km são componentes da Rede Básica do Sistema Interligado Nacional – SIN, correspondendo a aproximadamente 67% desse sistema. Esses contratos são de titularidade das empresas federais Eletrobras Chesf, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras Eletrosul e Eletrobras Furnas, e das empresas estaduais COPEL, CEMIG, CEEE e CELG, e um de empresa privada, a CTEEP. No caso da distribuição de energia elétrica, 44 contratos de concessão terão o seu término entre 2015 e 2016, representando aproximadamente 35% do mercado atendido. Entre as concessionárias estaduais nessa situação, destacam-se CEA, CEB, CEEE, CEMIG, CELESC, CELG, COPEL e CERR, além das 6 empresas de distribuição (AME, BOVESA, CEAL, CEPISA, CERON e ELETROACRE) que foram federalizadas na década de 90, e, atualmente, são empresas controladas pela Eletrobras. 6
  • 9. Ministério de Minas e Energia II. DA PRORROGAÇÃO DAS CONCESSÕES DE GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 5. Quais as condições e o prazo para prorrogação das concessões alcançadas pela Medida Provisória? R: Para obter a prorrogação da concessão, o concessionário: - de geração hidrelétrica deverá se submeter à remuneração por tarifa calculada pela ANEEL, à comercialização de energia elétrica em regime de cotas e aos padrões de qualidade do serviço fixados pela agência reguladora; - de transmissão de energia elétrica deverá se submeter à remuneração por receita calculada pela ANEEL e aos padrões de qualidade do serviço fixados pela agência; e - de distribuição de energia elétrica deverá se submeter às condições específicas estabelecidas no contrato de concessão ou termo aditivo, com a finalidade de aperfeiçoar ainda mais a prestação do serviço. A concessão de geração hidrelétrica destinada à autoprodução que optar pela destinação de toda a energia ao consumo próprio e tiver potência menor ou igual a 50 MW também poderá ser prorrogada desde que feita a título oneroso, ou seja, estará sujeita ao pagamento pelo uso do bem público que será revertido em favor da modicidade tarifária. A prorrogação das concessões será decidida pelo Poder Concedente, representado pelo Ministério de Minas e Energia, e poderá ser feita, uma única vez, pelo prazo máximo de até 30 anos, com vistas a assegurar a continuidade, a eficiência da prestação do serviço, a modicidade tarifária e o atendimento à racionalidade econômica. No caso de usinas termelétricas, a prorrogação poderá ser feita, uma única vez, por até 20 anos, de forma a assegurar a continuidade, a eficiência da prestação do serviço e a segurança do sistema. Também, a critério do Poder Concedente, elas poderão ser contratadas diretamente como energia de reserva. 6. O que é o regime de cotas? R: O regime de cotas consiste na alocação da energia proveniente das usinas hidrelétricas às concessionárias de distribuição de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN. Essas cotas serão definidas pela ANEEL, conforme regulamento do Poder Concedente. 7. As concessões de geração hidrelétrica que ainda poderiam ser prorrogadas, a critério do Poder Concedente, por mais 20 anos, serão alcançadas pela Medida Provisória? R: Sim. Segundo a nova legislação que disciplina a prorrogação dessas concessões, elas poderão ser prorrogadas, uma única vez, a critério do Poder Concedente, pelo prazo de até 30 anos, desde que também aceitem as condições descritas na resposta nº 5. 7
  • 10. Ministério de Minas e Energia 8. Quais serão os beneficiados com a energia proveniente das concessões de geração hidrelétrica vincendas? R: Os benefícios serão destinados aos consumidores das classes residencial, industrial, comercial, rural, poder público e serviço público, desde que atendidos pela distribuidora de energia elétrica. 8
  • 11. Ministério de Minas e Energia III. DA INDENIZAÇÃO DE ATIVOS 9. Todos os empreendimentos de geração e instalações de transmissão que poderão ser prorrogados estão totalmente amortizados e depreciados? R: Não. O fato de tais empreendimentos de geração e instalações de transmissão terem sido concedidos há muito tempo não significa, necessariamente, que todos os ativos estejam amortizados ou depreciados. Para que isso ocorra, é preciso considerar o tempo de operação do empreendimento de geração ou instalação de transmissão, o que nem sempre coincide com o prazo da concessão. De fato, no modelo anterior, estabelecido em 1934 pelo Código de Águas, as concessões de geração de energia hidrelétrica eram outorgadas para o aproveitamento de trechos de rios nos quais poderiam ser instalados diversos empreendimentos, progressivamente. As concessões vincendas a partir de 2015 foram outorgadas dessa forma. Apenas a partir de 1995, as outorgas para o aproveitamento de usinas hidrelétricas passaram a ser concedidas individualmente, por empreendimento. Desta forma, há empreendimentos que foram construídos e instalados muitos anos após a concessão inicialmente outorgada e ainda não tiveram seus ativos integralmente amortizados ou depreciados. 10. As empresas que têm ativos não amortizados ou não depreciados serão indenizadas? R: Sim. Essa indenização será calculada pela ANEEL utilizando uma metodologia consagrada, chamada de Valor Novo de Reposição, que vem sendo utilizada nos processos de revisão tarifária das concessões de distribuição e de transmissão de energia elétrica para a definição da base de sua remuneração. O valor novo de reposição refere-se ao valor do bem novo de um ativo, idêntico ou similar ao avaliado, obtido a partir do banco de preços homologado pela agência reguladora. Para efeito de apuração dessa base de remuneração são considerados apenas os ativos vinculados à concessão. 9
  • 12. Ministério de Minas e Energia IV. DOS EFEITOS NA TARIFA DA ENERGIA ELÉTRICA 11. As reduções tarifárias serão alcançadas somente pelo efeito da prorrogação das concessões? R: Não. Adicionalmente, o Governo Federal promoverá uma redução de encargos setoriais a todos os consumidores de energia elétrica. 12. O que comporá a nova tarifa de energia das usinas hidrelétricas cujas concessões serão prorrogadas? R: A nova tarifa será composta pelos custos de operação e manutenção, pelos tributos, encargos setoriais reduzidos, e pela remuneração do uso das redes de transmissão e distribuição. 13. Como será possível a redução da tarifa média de geração? R: A nova tarifa não precisará remunerar ativos não amortizados e não depreciados que, caso ainda existam no momento da prorrogação, serão indenizados. 14. Como será possível reduzir a Receita Anual Permitida das transmissoras? R: Pela mesma lógica, a nova receita das transmissoras não precisará remunerar ativos não amortizados e não depreciados que, caso ainda existam, no momento da prorrogação, serão indenizados. 15. Qual é a expectativa de efeito médio para todos os consumidores das distribuidoras de energia elétrica? R: A expectativa é que haja uma redução de até 16,2% na tarifa dos consumidores residenciais e de até 28% na tarifa dos consumidores industriais atendidos pelas distribuidoras, já considerando a indenização dos ativos não amortizados ou depreciados e a redução nos encargos setoriais. 16. Como será possível reduzir a tarifa média de distribuição em 20%? R: A União aportará anualmente cerca de R$ 3,3 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energética - CDE, reduzindo em média 7% da tarifa do consumidor final em função da redução da cobrança de encargos (Conta de Consumo de Combustíveis - CCC, CDE e Reserva Global de Reversão - RGR). Os outros 13% decorrem da redução da tarifa média de geração e da Receita Anual Permitida da transmissão, visto que essas concessões não terão mais ativos a depreciar ou amortizar. 10
  • 13. Ministério de Minas e Energia 17. O que contribuiu para a redução de até 28% para a grande indústria? R: No caso dos consumidores do subgrupo A1 1, o montante que a União aportará resultará em uma redução média de 10,8% da tarifa do consumidor final em função da redução da cobrança de encargos (CCC, CDE e RGR). Os outros 17,3% decorrem da redução da tarifa média de geração e da Receita Anual Permitida da transmissão, visto que essas concessões não terão mais ativos a depreciar ou amortizar. 18. O que contribuiu para a redução de até 16,2% para o consumidor residencial? R: O montante que a União aportará resultará em uma redução média de 5,3% da tarifa do consumidor residencial em função da redução da cobrança de encargos (CCC, CDE e RGR). Os outros 10,8% decorrem da redução da tarifa média de geração e da Receita Anual Permitida da transmissão, visto que essas concessões não terão mais ativos a depreciar ou amortizar. 19. O que contribuiu para a redução de até 20% para os consumidores da classe comercial atendidos pelas distribuidoras de energia elétrica? R: O montante que a União aportará resultará em uma redução média de 7,4% da tarifa do consumidor da classe comercial em função da redução da cobrança de encargos (CCC, CDE e RGR). Os outros 12,7% decorrem da redução da tarifa média de geração e da Receita Anual Permitida da transmissão, visto que essas concessões não terão mais ativos a depreciar ou amortizar. 20. O mercado livre será beneficiado com a redução das tarifas? R: Sim. A redução dos encargos e das tarifas de uso dos sistemas de distribuição e de transmissão para o mercado livre será equivalente à do mercado regulado. 21. Como fica a RGR? R: A cobrança da RGR será extinta para as distribuidoras, para os novos empreendimentos de transmissão e para as concessões prorrogadas. Ela será mantida apenas para os empreendimentos de geração e de transmissão em operação e em implantação que atualmente já pagam esse encargo. 22. O que acontecerá com a CCC e com a CDE? R: A cobrança da CCC será extinta e suas despesas reduzidas para os níveis eficientes de perdas. A cobrança da CDE também será reduzida em aproximadamente 75%, em função do aporte anual de cerca R$ 3,3 bilhões da União. 1 Subgrupo A1: consumidores com tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV. 11
  • 14. Ministério de Minas e Energia 23. Após a redução dos encargos setoriais, os programas sociais do Governo Federal custeados por esses encargos serão mantidos? R: Sim. Serão mantidos o Programa Luz para Todos, a Tarifa Social, que é destinada aos consumidores de baixa renda, e o subsídio à geração eficiente de energia elétrica nos Sistemas Isolados. 24. Se o pagamento dos encargos pelo consumidor está sendo reduzido e os programas estão sendo mantidos, quem pagará por eles? R: Para custear o eventual déficit entre a arrecadação e as despesas desses encargos, a União utilizará os créditos que detém junto a entes do Setor Elétrico. Estima-se que esses créditos corresponderão a R$ 3,3 bilhões em 2013. 25. Como se dará o aporte da União? R: A União adquirirá os créditos que a Eletrobras detém junto a Itaipu e pagará a Eletrobras por meio de títulos da dívida pública. Ela destinará esses créditos e aqueles que ela possui diretamente junto à Itaipu para a CDE. Esses créditos decorrem da dívida para a construção de Itaipu. 26. Quando o consumidor verificará a redução da tarifa de energia elétrica na conta de luz? R: Já em 2013. 27. O consumidor baixa renda será prejudicado com a alteração da forma de cobrança dos encargos? R: Não, com a nova forma de cobrança, o consumidor baixa renda irá pagar menos encargos do que paga atualmente. 28. Qual é o efeito da redução da tarifa de energia das usinas hidrelétricas prorrogadas e da RAP para as empresas do Grupo Eletrobras? R: Para as concessões de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão prorrogadas, as empresas do Grupo Eletrobras auferirão receita suficiente para remunerar os serviços de operação e de manutenção. Adicionalmente, a indenização, em 2013, dos ativos não depreciados e não amortizados vinculados a essas concessões implicará em uma capitalização dessas empresas, resultando em disponibilidade de recursos para novos investimentos. 12
  • 15. Ministério de Minas e Energia V. DA ANTECIPAÇÃO DA PRORROGAÇÃO E DA LICITAÇÃO 29. Por que antecipar as condições previstas na Medida Provisória em até três anos? R: A antecipação das condições estabelecidas na Medida Provisória tem como objetivo permitir ao Poder Concedente a captura do benefício dos ativos amortizados e depreciados e da redução dos encargos setoriais em favor dos consumidores finais com a maior brevidade. 30. O que ocorrerá com as concessões que não forem prorrogadas pelo Poder Concedente? R: Essas concessões deverão ser licitadas e o novo concessionário deverá se submeter às condições estabelecidas na Medida Provisória, descritas na resposta nº 5. 31. Caso o concessionário atual não aceite as condições estabelecidas na Medida Provisória, a concessão será licitada imediatamente? R: Não. O concessionário continuará com o direito de exploração da concessão até o seu prazo final, que, então, será licitada. 32. E no caso de a licitação não ocorrer até o final do prazo de concessão? R: O concessionário poderá ficar responsável pela prestação do serviço, observadas as novas condições descritas na resposta nº 5, até a assunção do serviço por novo concessionário. 33. E se o atual titular da concessão não quiser permanecer responsável pela prestação do serviço até a licitação, quem assumirá a concessão? R: Neste caso, o serviço será prestado temporariamente pelo Poder Concedente, por meio de órgão ou entidade da administração pública federal, até que novo concessionário seja contratado por licitação. 13
  • 16. Ministério de Minas e Energia SIGLAS ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica AME Amazonas Energia BOVESA Boa Vista Energia CEA Companhia de Eletricidade do Amapá CEAL Companhia Energética de Alagoas CEB Companhia Energética de Brasília CEPISA Companhia Energética do Piauí CELESC Centrais Elétricas de Santa Catarina CERON Centrais Elétricas de Rondônia CERR Companhia Energética de Roraima CCC Conta de Consumo de Combustíveis CCEARs Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado CEEE Companhia Estadual de Energia Elétrica – Rio Grande do Sul CDE Conta de Desenvolvimento Energético CEMIG Companhia Energética de Minas Gerais CELG Companhia Energética de Goiás CESP Companhia Energética de São Paulo CTEEP Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista CNPE Conselho Nacional de Política Energética COPEL Companhia Paranaense de Energia ELETROACRE Companhia de Eletricidade do Acre Eletrobras Centrais Elétricas Brasileiras Eletrobras CHESF Companhia Hidro Elétrica do São Francisco Eletrobras Eletronorte Centrais Elétricas do Norte do Brasil Eletrobras Eletrosul Eletrosul Centrais Elétricas Eletrobras Furnas FURNAS Centrais Elétricas EMAE Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A. EPE Empresa de Pesquisa Energética LPT Programa Luz para Todos RAP Receita Anual Permitida RGR Reserva Global de Reversão SIN Sistema Interligado Nacional 14