SlideShare a Scribd company logo
1 of 9
PLURALIDADE E DIVERSIDADE DO
SUJEITO.
.
Existem determinadas características que nós, sujeitos, possuímos e que
raramente passam por uma consciência crítica. São aspectos encrustados
nos atravessamentos sociais, e que fazem parte do processo conhecido
como “subjetividade”, onde aquilo que somos/acreditamos ser é construído.
Assim, raramente nos perguntamos por que sentimos isso ou aquilo, ou
mesmo acreditamos serem fatores naturais, até mesmo biológicos os
responsáveis por algumas de nossas formas de ser.Raramente
questionamos as formas com que a sociedade se organiza em relação ao
binarismo masculino/feminino. Nos parece algo muito normal que uma
mulher aja de determinada maneira, o homem sinta determinados
sentimentos. Inclusive questionar essa organização parece algo como ir
contra a natureza. O fato é que na construção de gênero existe muito pouco
ou nada de natural. odas as leis que determinam as formas com que um
sujeito se comporta estão amarradas a construções sociais. Não existe nada
em nossa biologia que determine que uma mulher tenda a gostar mais de
rosa, ou um homem de azul. Nossos comportamentos são definidos de
acordo com o que a sociedade construiu ao longo do tempo, e todo esse
aprendizado é dado desde muito cedo. Talvez daí venha essa falsa
compreensão natural do gênero. Afinal, não tenho consciência de em que
momento foi nos ensinado que mulher deve cruzar as pernas e homem deve
cortar o cabelo curto. São ensinamentos passados através de experiência,
raramente por lições.
“Espera-se que uma pessoa que nasceu com um pênis tenha identidade
de gênero masculina e orientação sexual voltada para o sexo oposto
apenas (heterossexual). Da mesma forma, espera-se que a pessoa
nascida com uma vulva se entenda em uma identidade de gênero
feminina e sinta atração por homens. O que vemos hoje é que estas
“caixinhas” não são suficientes para abranger toda a pluralidade social.
Ainda assim, aqueles que fogem a um desses quesitos são
marginalizados.
“Raramente vemos um negro bonito”
De onde nossos
padrões vem?
Nas revistas,
existe um
modelo de
beleza sendo
veiculado, e é
esse modelo que
nos acompanha,
que constitui
nossos gostos.
Temos um
referencial de
beleza negra?
Claro que temos
alguns.
Mas são ainda
exceções.
Um caso que ilustra esse nosso racismo é o do “mendigo gato”. Nada
mais que um mendigo loiro de olhos azuis. Quantos moradores de rua
existem no Brasil? Milhares, sem dúvida.Por que de repente uma
dessas pessoas chama a atenção de todo um país, que fica abismado
com o fato dele morar na rua? Por que ele era branco, loiro e tinha
olhos azuis. Simples. As pessoas ficaram chocadas: como pode um
homem tão bonito ser mendigo? Todos os outros são esquecidos,
todos os mendigos “feios” são postos de lado. Mas essa maioria de
mendigos feios é branca ou negra?
Enfim, nossos padrões de beleza são racistas. E temos que levar
isso à consciência crítica para estar atento e não reproduzir esse
tipo de pensamento. Se hoje alguém diz que raramente vemos
uma pessoa negra bonita, é porque nossa sociedade
estabeleceu que o padrão de beleza é o da pessoa branca. E nós
vamos levando a vida achando que o fato de acharmos
geralmente pessoas brancas mais bonitas do que negras se
deve a um fator natural. É gosto, e gosto não se discute.
Importante falar que isso é algo que faz parte da construção de
todas as pessoas, negras ou brancas
.
.
Componentes:
Pluralidade e diversidade do sujeito

More Related Content

Viewers also liked

Asp 2015 cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Asp 2015   cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-modernaAsp 2015   cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Asp 2015 cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-modernaVagner Gavioli
 
Requer outorga de moção de aplausos ao deputado estadual e empresário alair c...
Requer outorga de moção de aplausos ao deputado estadual e empresário alair c...Requer outorga de moção de aplausos ao deputado estadual e empresário alair c...
Requer outorga de moção de aplausos ao deputado estadual e empresário alair c...drtaylorjr
 
Hfc aula 002
Hfc aula 002Hfc aula 002
Hfc aula 002Luiz
 
Trabalho filosofia pós-modernismo ana paula, bruna, caroline, emanuelle, fer...
Trabalho filosofia  pós-modernismo ana paula, bruna, caroline, emanuelle, fer...Trabalho filosofia  pós-modernismo ana paula, bruna, caroline, emanuelle, fer...
Trabalho filosofia pós-modernismo ana paula, bruna, caroline, emanuelle, fer...alemisturini
 
Filosofia pós moderna 31mp bianca
Filosofia pós moderna 31mp biancaFilosofia pós moderna 31mp bianca
Filosofia pós moderna 31mp biancaAlexandre Misturini
 
Indústria cultural - theodor adorno
Indústria cultural - theodor adornoIndústria cultural - theodor adorno
Indústria cultural - theodor adornoLucas Costa
 
o que é indústria cultural
o que é indústria culturalo que é indústria cultural
o que é indústria culturalJorge Miklos
 

Viewers also liked (19)

Estudar Filosofia a partir da Ficção Científica
Estudar Filosofia a partir da Ficção CientíficaEstudar Filosofia a partir da Ficção Científica
Estudar Filosofia a partir da Ficção Científica
 
Asp 2015 cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Asp 2015   cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-modernaAsp 2015   cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
Asp 2015 cfo i - filosofia - trabalho - 20140606 - filosofia pós-moderna
 
Requer outorga de moção de aplausos ao deputado estadual e empresário alair c...
Requer outorga de moção de aplausos ao deputado estadual e empresário alair c...Requer outorga de moção de aplausos ao deputado estadual e empresário alair c...
Requer outorga de moção de aplausos ao deputado estadual e empresário alair c...
 
Filosofia pós moderna 31mp 31
Filosofia pós moderna 31mp 31Filosofia pós moderna 31mp 31
Filosofia pós moderna 31mp 31
 
Pós modernismo slide ok 34 mp
Pós modernismo slide ok 34 mpPós modernismo slide ok 34 mp
Pós modernismo slide ok 34 mp
 
Filosofia Moderna (2)
Filosofia Moderna (2) Filosofia Moderna (2)
Filosofia Moderna (2)
 
Hfc aula 002
Hfc aula 002Hfc aula 002
Hfc aula 002
 
Trabalho filosofia pós-modernismo ana paula, bruna, caroline, emanuelle, fer...
Trabalho filosofia  pós-modernismo ana paula, bruna, caroline, emanuelle, fer...Trabalho filosofia  pós-modernismo ana paula, bruna, caroline, emanuelle, fer...
Trabalho filosofia pós-modernismo ana paula, bruna, caroline, emanuelle, fer...
 
Filosofia pós moderna 31mp bianca
Filosofia pós moderna 31mp biancaFilosofia pós moderna 31mp bianca
Filosofia pós moderna 31mp bianca
 
Filosofia pós moderna 31 mp
Filosofia pós moderna 31 mpFilosofia pós moderna 31 mp
Filosofia pós moderna 31 mp
 
Aula Marca Pós-Moderna
Aula Marca Pós-ModernaAula Marca Pós-Moderna
Aula Marca Pós-Moderna
 
Indústria cultural - theodor adorno
Indústria cultural - theodor adornoIndústria cultural - theodor adorno
Indústria cultural - theodor adorno
 
A Psicologia da Aprendizagem
A Psicologia da AprendizagemA Psicologia da Aprendizagem
A Psicologia da Aprendizagem
 
o que é indústria cultural
o que é indústria culturalo que é indústria cultural
o que é indústria cultural
 
Etica
EticaEtica
Etica
 
Filosofia
Filosofia Filosofia
Filosofia
 
ETICA
ETICAETICA
ETICA
 
Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e ética
 
Ética Moral e Valores.
Ética Moral e Valores.Ética Moral e Valores.
Ética Moral e Valores.
 

Similar to Pluralidade e Diversidade do Sujeito

Aula 2 Diferentes ou desiguais - Sociologia - 1º ano EM - Prof. Noe Assunção
Aula 2  Diferentes ou desiguais - Sociologia - 1º ano EM - Prof. Noe AssunçãoAula 2  Diferentes ou desiguais - Sociologia - 1º ano EM - Prof. Noe Assunção
Aula 2 Diferentes ou desiguais - Sociologia - 1º ano EM - Prof. Noe AssunçãoProf. Noe Assunção
 
Sobre Piriguetes e Feminismo
Sobre  Piriguetes e FeminismoSobre  Piriguetes e Feminismo
Sobre Piriguetes e FeminismoNatália Barros
 
7º ano - Socialização e cultura
7º ano - Socialização e cultura7º ano - Socialização e cultura
7º ano - Socialização e culturaJosé Amaral
 
Por um olhar sociológico
Por um olhar sociológicoPor um olhar sociológico
Por um olhar sociológicoEvandro Batista
 
Os contrates da realidade brasileira grupo
Os contrates da realidade brasileira   grupoOs contrates da realidade brasileira   grupo
Os contrates da realidade brasileira grupoPolly Pinto
 
A sociologia e o olhar sociológico
A sociologia e o olhar sociológicoA sociologia e o olhar sociológico
A sociologia e o olhar sociológicoAriella Araujo
 
Cultura e tribos urbanas - ppt
Cultura e tribos urbanas - pptCultura e tribos urbanas - ppt
Cultura e tribos urbanas - pptMara Godinho
 
Valores do jesse
Valores do jesseValores do jesse
Valores do jesseJhess00
 

Similar to Pluralidade e Diversidade do Sujeito (20)

Aulas de sociologia ensino médio para 1 anos
Aulas de sociologia ensino médio para 1 anosAulas de sociologia ensino médio para 1 anos
Aulas de sociologia ensino médio para 1 anos
 
Preconceito
PreconceitoPreconceito
Preconceito
 
Aula 2 Diferentes ou desiguais - Sociologia - 1º ano EM - Prof. Noe Assunção
Aula 2  Diferentes ou desiguais - Sociologia - 1º ano EM - Prof. Noe AssunçãoAula 2  Diferentes ou desiguais - Sociologia - 1º ano EM - Prof. Noe Assunção
Aula 2 Diferentes ou desiguais - Sociologia - 1º ano EM - Prof. Noe Assunção
 
516 an 24_março_2015.ok (1)
516 an 24_março_2015.ok (1)516 an 24_março_2015.ok (1)
516 an 24_março_2015.ok (1)
 
Geografia 6 anos
Geografia 6 anosGeografia 6 anos
Geografia 6 anos
 
Manipulação.
Manipulação.Manipulação.
Manipulação.
 
Sobre Piriguetes e Feminismo
Sobre  Piriguetes e FeminismoSobre  Piriguetes e Feminismo
Sobre Piriguetes e Feminismo
 
Reforço
ReforçoReforço
Reforço
 
7º ano - Socialização e cultura
7º ano - Socialização e cultura7º ano - Socialização e cultura
7º ano - Socialização e cultura
 
O agir moral
O agir moralO agir moral
O agir moral
 
Por um olhar sociológico
Por um olhar sociológicoPor um olhar sociológico
Por um olhar sociológico
 
Os contrates da realidade brasileira grupo
Os contrates da realidade brasileira   grupoOs contrates da realidade brasileira   grupo
Os contrates da realidade brasileira grupo
 
Curso didatico
Curso didaticoCurso didatico
Curso didatico
 
Atividade 2 curso sociologia urbana
Atividade 2 curso sociologia urbanaAtividade 2 curso sociologia urbana
Atividade 2 curso sociologia urbana
 
Segredos da vida
Segredos da vidaSegredos da vida
Segredos da vida
 
A sociologia e o olhar sociológico
A sociologia e o olhar sociológicoA sociologia e o olhar sociológico
A sociologia e o olhar sociológico
 
Cultura e tribos urbanas - ppt
Cultura e tribos urbanas - pptCultura e tribos urbanas - ppt
Cultura e tribos urbanas - ppt
 
Corrupção
CorrupçãoCorrupção
Corrupção
 
Uma droga social chamada preconceito
Uma droga social chamada preconceitoUma droga social chamada preconceito
Uma droga social chamada preconceito
 
Valores do jesse
Valores do jesseValores do jesse
Valores do jesse
 

Recently uploaded

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasSocorro Machado
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 

Recently uploaded (20)

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para criançasJogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 

Pluralidade e Diversidade do Sujeito

  • 2. Existem determinadas características que nós, sujeitos, possuímos e que raramente passam por uma consciência crítica. São aspectos encrustados nos atravessamentos sociais, e que fazem parte do processo conhecido como “subjetividade”, onde aquilo que somos/acreditamos ser é construído. Assim, raramente nos perguntamos por que sentimos isso ou aquilo, ou mesmo acreditamos serem fatores naturais, até mesmo biológicos os responsáveis por algumas de nossas formas de ser.Raramente questionamos as formas com que a sociedade se organiza em relação ao binarismo masculino/feminino. Nos parece algo muito normal que uma mulher aja de determinada maneira, o homem sinta determinados sentimentos. Inclusive questionar essa organização parece algo como ir contra a natureza. O fato é que na construção de gênero existe muito pouco ou nada de natural. odas as leis que determinam as formas com que um sujeito se comporta estão amarradas a construções sociais. Não existe nada em nossa biologia que determine que uma mulher tenda a gostar mais de rosa, ou um homem de azul. Nossos comportamentos são definidos de acordo com o que a sociedade construiu ao longo do tempo, e todo esse aprendizado é dado desde muito cedo. Talvez daí venha essa falsa compreensão natural do gênero. Afinal, não tenho consciência de em que momento foi nos ensinado que mulher deve cruzar as pernas e homem deve cortar o cabelo curto. São ensinamentos passados através de experiência, raramente por lições.
  • 3. “Espera-se que uma pessoa que nasceu com um pênis tenha identidade de gênero masculina e orientação sexual voltada para o sexo oposto apenas (heterossexual). Da mesma forma, espera-se que a pessoa nascida com uma vulva se entenda em uma identidade de gênero feminina e sinta atração por homens. O que vemos hoje é que estas “caixinhas” não são suficientes para abranger toda a pluralidade social. Ainda assim, aqueles que fogem a um desses quesitos são marginalizados.
  • 4.
  • 5.
  • 6. “Raramente vemos um negro bonito” De onde nossos padrões vem? Nas revistas, existe um modelo de beleza sendo veiculado, e é esse modelo que nos acompanha, que constitui nossos gostos. Temos um referencial de beleza negra? Claro que temos alguns. Mas são ainda exceções.
  • 7. Um caso que ilustra esse nosso racismo é o do “mendigo gato”. Nada mais que um mendigo loiro de olhos azuis. Quantos moradores de rua existem no Brasil? Milhares, sem dúvida.Por que de repente uma dessas pessoas chama a atenção de todo um país, que fica abismado com o fato dele morar na rua? Por que ele era branco, loiro e tinha olhos azuis. Simples. As pessoas ficaram chocadas: como pode um homem tão bonito ser mendigo? Todos os outros são esquecidos, todos os mendigos “feios” são postos de lado. Mas essa maioria de mendigos feios é branca ou negra?
  • 8. Enfim, nossos padrões de beleza são racistas. E temos que levar isso à consciência crítica para estar atento e não reproduzir esse tipo de pensamento. Se hoje alguém diz que raramente vemos uma pessoa negra bonita, é porque nossa sociedade estabeleceu que o padrão de beleza é o da pessoa branca. E nós vamos levando a vida achando que o fato de acharmos geralmente pessoas brancas mais bonitas do que negras se deve a um fator natural. É gosto, e gosto não se discute. Importante falar que isso é algo que faz parte da construção de todas as pessoas, negras ou brancas