3. A Religião da Maldição
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Riva Moutinho
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4. A Religião da Maldição
“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois,
firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.”
(Gálatas 5:1)
Riva Moutinho
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5. A Religião da Maldição
Leia GÁLATAS 3
Maldição:
“Ação ou efeito de amaldiçoar ou maldizer, de expressar, por
meio de palavras solenes, que refletem ódio, cólera, aversão ou
reprovação, o desejo de que algo ruim aconteça a (alguém ou
algo).”¹
“É a ação efetiva de um poder sobrenatural, caracterizada pela
adversidade que traz, sendo geralmente usada para expressar o
azar ou algo ruim na vida de uma pessoa. Antigamente era algo
semelhante a um "Feitiço" ou Encantamento", mas que só causa o
mal à pessoa.”²
Teria Deus entregado ao homem o poder de falar mal a alguém, a fim
de que o mal fosse realizado? Teria Deus criado uma exceção ao sacrifício de
Cristo na cruz, de maneira que as ditas maldições hereditárias continuem a
perpetuar mesmo após o indivíduo reconhecer que Cristo reina na sua vida?
Teria Deus falhado na Graça de maneira que processos chamados de Quebra
de Maldição precisariam ser realizados periodicamente para a obtenção de
uma vida melhor?
Questões como estas e tantas outras preenchem minha mente quando
vejo como o tema MALDIÇÃO é tratado no nosso tempo. Compreender o
significado e os limites da maldição só é possível estudando a Palavra, a fim
de não sermos lançados nos ventos dos desvarios da religião. O resultado da
não compreensão tem levado um incontável número de pessoas à superstição
e, por consequência, a se afastarem do Evangelho. Assim o engano da falsa
compreensão cria seu próprio evangelho, seu próprio deus, suas próprias
verdades, seu próprio caminho errante.
Veja o que diz o missionário R. R. Soares: “A confissão do que cremos
pode ser positiva ou negativa. Ambas são necessárias e úteis. A confissão
negativa é a que abre a porta para que o Senhor entre em uma vida. A pessoa
confessa que é uma pecadora, e que aceita Jesus como Salvador e Senhor de
sua vida.
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A confissão negativa deve ser usada somente no início da caminhada,
em que a pessoa é salva, e depois quando a pessoa escorrega e cai em
transgressão ou pecado. A confissão negativa dá ao Senhor condições de
perdoar e levantar o penitente.”³
É interessante observarmos a utilização das palavras positiva e negativa
e o que o seu emprego, eventualmente, geraria. Note que é necessária esta
atitude nossa, positiva ou negativa, para que Deus execute algo. Até o pecado
que é constante nas nossas vidas torna-se temporão (“... e depois quando a
pessoa escorrega e cai em transgressão ou pecado.”) e assim, até o perdão,
que segundo o Evangelho é gerado mediante a Graça de Cristo, recebe agora
uma condicional ou uma regra (“... dá ao Senhor condições de perdoar.”)
O Pr. Alcione Emerich disse num estudo sobre benção e maldição
publicado na web: “Característica da maldição: REPETIÇÃO DE SINTOMAS
Exemplos:
Prostituição,
Divórcio,
Violência,
Alcoolismo,
Abuso
Sexual...
Na medida em que uma maldição (ou benção) se estabelecem, tendem
a se transferir de geração a geração: Na vida individual, familiar, geográfica
(cidades e nações ) etc.”4
Seria a causa da prostituição uma palavra negativa lançada? Tratarmos
tais problemas com a “simples” ideía de maldição nos remete a uma solução
unicamente espiritual e sabemos que este nem sempre é o caso. Todos os
problemas acima e tantos outros que poderiam ser ditos nos remetem a
causas
emocionais,
psicológicas
e
sociológicas
e,
não,
espirituais
necessariamente. Criar uma relação espiritual culpando uma intervenção
aproveitadora, mediante as palavras negativas pronunciadas por alguém, do
diabo na vida de outro alguém ou da própria é, no mínimo repassar a um
terceiro a responsabilidade de certas decisões tomadas ao longo da vida ou
até mesmo da, digamos, falta de oportunidade que a vida tem dado.
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Cada um precisa aprender a vencer seus medos, traumas, falta de
oportunidades na vida, orgulho, vaidades e tantos outros males que assolam a
humanidade e que compõem a natureza humana. Tratar tais males sem
diabolizá-los, mas na lucidez que só o Evangelho possui é a chave que muitos
líderes religiosos fazem questão de retê-la. Até porque isto aprisiona as
pessoas a eles e os transformam numa espécie de gurus.
Jorge Linhares no seu livro Benção e Maldição escreve na contra capa:
“Muitos hoje são derrotados, improdutivos, complexados, impedidos de
avançar, apenas porque alguém em posição de autoridade lançou-lhes
palavras carregadas de ódio e maldição. Em alguns casos, os conflitos
provocados por estas palavras passam de pai para o filho, atravessando
gerações.”
A expressão utilizada “em posição de autoridade” remete a todos
aqueles que lhe são superiores: pais, chefes, padres, pastores... O
inimaginável ocorre quando pastores afirmam que eles têm “o poder e a
autoridade” para desfazerem todas as maldições. Agora, pare e pense: Quem
possui autoridade maior do que a de Deus? Toda maldição termina em Cristo
porque Ele se fez maldição ao morrer numa cruz. No livro de Gálatas está
escrito: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós;
porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro."
(Gálatas 3:13) Assim toda maldição trazida pela Lei foi destruída diante do
Amor de Cristo ao morrer por cada um de nós.
E este sacrifício foi ÚNICO e é ABSOLUTO. Não é uma lei que precisa de
emendas para consertá-la ou torná-la atual, mas um SACRIFÍCIO de Deus, do
Filho, ao qual não há espaço para rituais, pós-morte e ressurreição, de
quebras de maldições.
Tais rituais, também chamados de cultos de libertação, apenas servem
para que as pessoas não enxerguem que Jesus TUDO fez por elas, caindo
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assim, na teia maliciosa da religião que as prendem por prazo indeterminado,
gerando, assim, o ciclo-de-busca-a-libertação.
A maldição foi a causa que os amigos acreditavam estar sobre Jó
quando este teve sua vida assolada por uma quantidade de males terríveis. A
Bíblia nos mostra, claramente, o quanto estes amigos de Jó estavam
enganados. Em João 16:33, Jesus disse: “No mundo tereis aflição.” E em Mt.
5:45 Ele disse: "Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a
chuva desça sobre justos e injustos."
Caio Fábio, em seu livro O Enigma da Graça diz: “A estratégia do
diabo, quando você é um praticante convicto da Teologia Moral de Causa e
Efeito, é outra: Satanás convence você de ser uma pessoa cheia de “razões”,
“direitos”, “justiças”, “verdades”, “autoridade”, “virtude”, “amor”, e
muitas outras coisas; e, então, depois, faz você transformar tais virtudes em
Lei para a sua própria vida e para a dos outras.”
Mas quando se está em Cristo nenhuma maldição existe, se cria ou
persiste.
Quando se está na Luz nenhuma treva habita e nenhum interior pode
ser invadido tornando-se habitação de demônios, pois neste templo sagradocorporal de cada cristão, há a presença do próprio Espírito de Deus.
Deus não deseja ver seus filhos O servindo mediante o medo de
receberem alguma maldição divina, mas sim, deseja que eles O sirvam em
verdade, com sinceridade e liberdade; não sendo juízes de seu próximo.
Portanto todos os males que em minha natureza habita, já estão
curados em Cristo e Nele torno-me verdadeiramente livre conforme João
8:36. A Lei já não me conduz, mas a Graça que superabundantemente é
derramada sobre mim diariamente e ininterruptamente. Graças a Deus!!!
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Assim, maldições hereditárias, cultos de libertação (onde teria Deus
hora e dia marcado para libertar alguém de alguma coisa ruim), rituais de
quebras de maldições, positivismos e negativismos dentro do conceito
espiritual, não passam de laços criados pela religião e seus doutores da lei, a
fim de estabelecerem um certo domínio sobre o povo que conduzem e
satisfazerem aos delírios mais loucos e variados da mente humana.
Perceba e entenda que o diabo não é o oposto de Deus.
C. S. Lewis escreveu em seu livro “As Cartas do Inferno”: “A mais
comum delas é se eu admito mesmo a existência do Diabo. Ora, se por Diabo
o inquiridor queria dizer a existência de um poder oposto a Deus e, como
Deus, auto-existente desde a eternidade, a resposta é sem dúvida, não!
Nenhum ser não-criado existe além de Deus. Deus não tem nenhum ente que
lhe seja oposto. Nenhum ser poderia jamais alcançar uma tão "perfeita
maldade" que se opusesse à perfeita bondade de Deus.”... “A pergunta mais
cabível é: Se eu admito a existência de diabos. Admito-a, sim. Isto quer dizer
o seguinte: Creio na existência de anjos e admito que alguns destes, pelo
abuso do livre arbítrio, tornaram-se inimigos de Deus e, por decorrência
desse fato, também são nossos inimigos.” ... “Diabo opõe-se a anjo no
sentido em que dizemos que homem mau é o oposto a homem bom. Satanás,
o líder ou ditador dos diabos, não é ente oposto a Deus e,sim ao arcanjo
Miguel.”
Assim, queridos, libertem-se do pode opressor da religiosidade e das
verdades-denorex (parece mais não é), e caminhem na estrada segura e
verdadeira do Evangelho de Cristo, o qual nos desafia diariamente a viver uma
vida livre, porém consciente; com amor por todos indistintamente e convictos
que em Deus sou, estou e permanecerei liberto.
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Notas:
¹ FONTE: Dicionário Eletrônico Houaiss
² FONTE: Wikipédia
³ FONTE: www.ongrace.com/cursofe/licoes.php?id=10
4
FONTE: www.montesiao.pro.br/libertacao/vbmaldicoes.htm
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Na internet acesse:
www.acaoreacao.blogspot.com
www.caiofabio.com
www.caminhobh.com
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