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Cálculo de
Medicação
Conceitos em
Farmacologia
Enfª Andréa Dantas
Especialista em Gestão do Trabalho e
Educação na Saúde e
Enfermagem Pediátrica
Docente Senac
Introdução
 É fundamental que o enfermeiro e sua equipe
tenham bom conhecimento dos princípios básicos
de matemática, uma vez que qualquer erro de
cálculo pode ser extremamente prejudicial;
 Um erro de cálculo da dose máxima (maior
quantidade de medicamento capaz de produzir
ação terapêutica sem causar efeito tóxico) pode
ser letal;
 Saber as fórmulas a serem utilizadas no preparo
das doses medicamentosas é condição prioritária
para que o cliente receba a dosagem certa e se
produza o efeito esperado;
Introdução
 Durante a prática de administrar medicamentos,
o pessoal de enfermagem deve estar atento ao
tempo de infusão, as dosagens adequadas e às
reações esperadas.
 Atualmente, qualquer programa de computador
poderá calcular seguramente o que o cliente
deve receber de acordo com a prescrição
médica. No entanto, nem todas as instituições são
equipadas com essa tecnologia, o que obriga a
enfermagem a fazer as contas para ofertar
corretamente a dosagem que o cliente deve
receber;
Conceitos Importantes
 Dose: quantidade de medicamento introduzido no
organismo a fim de produzir efeito terapêutico.
 Dose máxima: maior quantidade de medicamento
capaz de produzir ação terapêutica sem ser
acompanhada de sintomas tóxicos.
 Dose tóxica: quantidade que ultrapassa a dose
máxima e pode causar conseqüências graves; a
morte é evitada se a pessoa for socorrida a tempo.
 Dose letal: quantidade de medicamento que causa
morte.
 Dose de manutenção: quantidade que mantém o
nível de concentração do medicamento no sangue.
 Devido à variedade de nomenclaturas
utilizadas no estudo do cálculo, preparo
e administração de fármacos, faz-se
necessária a revisão de conceitos
básicos:
 Solução: mistura homogênea composta
de soluto e solvente, sendo o solvente a
porção líquida da solução e o soluto a
porção sólida;
 Concentração: é a relação entre a
quantidade de soluto e solvente, ou seja,
entre a massa do soluto e o volume do
solvente. Ex: g/l, g/cm³;
 Segundo a sua concentração, isto é, sua
osmolaridade (número de partículas do soluto
dissolvidas no solvente) as soluções podem ser
classificadas em :
-Isotônica : é uma solução com concentração igual
ou mais próxima possível à concentração do
sangue. Ex: SF 0,9%, SG 5%, RL ;
-Hipertônica : é uma solução com concentração
maior que a concentração do sangue. Ex: SG 10%,
Manitol 10%;
-Hipotônica: é uma solução com concentração
menor que a concentração do sangue Ex: Nacl
0,45%;
Conceitos Importantes
 Suspensão: formada por dois componentes, mas não é
homogênea e sim heterogênea. Isso quer dizer que
após a centrifugação ou repouso é possível separar os
componentes, o que não ocorre com a solução;
 Proporção: é uma forma de expressar a concentração,
e consiste na relação entre soluto e solvente expressa
em “partes”. Ex: 1:40.000 – 1 g de soluto para 40.000 ml
de solvente;
 Porcentagem: é uma outra forma de expressar a
concentração. O termo por cento (%) significa
centésimos. Um percentual é uma fração cujo
numerador é expresso e o denominador é 100. Ex: 5%-
5g de soluto em 100 ml de solvente
Medidas em Farmacologia
 O sistema métrico decimal é de muita
importância para o cálculo e preparo das
drogas e soluções. Ao preparar a medicação é
necessário confirmar a unidade de medida;
 As unidades de medidas podem ser
representadas de modos diferentes, de acordo
com o fator de mensuração: peso, volume ou
comprimento;
 Unidade básica de peso
-Kg (quilograma) - Mg (miligrama)
-G(grama) -Mcg (micrograma)
1 Kg = 1000 g= 1.000.000 mg
1g= 1000mg 1mg= 1000 mcg
 Unidade básica de volume
L (litro) 1l= 1000ml 1ml= 20 gts
Ml (mililitro) 1gt=3mcgts
EXEMPLOS:
5g= 5000mg 1,5l= 1500ml 5000ml=5l
1500mg=1,5g 200ml=0,2l
Medidas em Farmacologia e
sua Equivalência
 Centímetro cúbico (cc ou cm³)- é similar ao
ml, logo 1cc equivale a 1 ml.
 Medidas caseiras
1 colher (café)- 3 ml
1 colher (chá)- 4 ml
1 colher (sobremesa)- 10 ml
1 colher (sopa)- 15 ml
1 xícara de chá- 180 ml
1 copo americano- 250 ml
REGRA DE TRÊS
 O cálculo da medicação pode ser resolvido, na
maioria das situações, através da utilização da regra
de 3. Essa regra nos ajuda a descobrir o valor de uma
determinada grandeza que está incógnita;
 As grandezas proporcionais de termos devem ser
alinhados e o raciocínio lógico deverá ser
encaminhado para se descobrir uma incógnita por
vez;
 A disposição dos elementos deve ser da seguinte
forma:
1ª linha- colocar a informação
2ª linha- coloca a pergunta
Exemplo 1:
 Em uma ampola de dipirona tenho 2ml
de solução. Quantos ml de solução tenho
em 3 ampolas?
1 amp---------2ml Informação
3amps---------x Pergunta
Multiplique em cruz 1 x x= 2x3
Isole a incógnita x=2x3 x= 6 ml
1
Exemplo 2:
 Se 1 ml contem 20 gts, quantas gotas há
em um frasco de SF 0,9% de 250 ml?
1ml---------20 gts
250ml------x 1 x x= 250 x 20
x= 250 x 20
1
x= 5000 gts num frasco de 250 ml de SF
0,9%
 Para os cálculos com números decimais e
centesimais, sugere-se que trabalhe com
aproximações;
 Se o valor da casa centesimal for menor que 5,
mantem-se o valor decimal. Ex: 3,52= 3,5;
 Se o valor da casa centesimal for igual ou maior
que 5, acrescenta-se uma unidade ao valor
decimal. Ex: 8,47= 8,5.
EXERCÍCIOS
 Prescrita Garamicina 25 mg IM. Tenho ampolas de
2ml com 40 mg/ml. Quanto devo administrar?
 Prescrito Cloridrato de Vancomicina 90 mg. Tenho
frasco-ampola de 500 mg e diluente de 5ml.
Quanto devo administrar?
 Prescrito Sulfato de Amicacina 150 mg. Tenho
frasco-ampola de 500 mg/2ml. Quanto devo
administrar?
 Se tenho frasco ampola de Cloranfenicol com 1 g,
diluente de 10 ml, e foi prescrito 0,75g. Quanto
devo administrar?
Transformando soluções
 A transformação de soluções deve ser efetuada
sempre que a concentração da solução prescrita
for diferente da solução disponível na unidade.
 Para efetuar o processo de transformação de
soluções deve-se considerar:
-a quantidade de soluto prescrito;
-a quantidade de solvente prescrito;
-as opções para se obter o soluto necessário a partir
de diferentes apresentações na unidade (ampolas
disponíveis);
-efetuar o cálculo correto, seguindo o raciocínio
lógico e utilizando os princípios da regra de 3 e da
equivalência entre unidades de medida;
Transformando soluções
 Para as transformações será usado como padrão o frasco de 500
ml de soro.
Temos 500 ml de soro glicosado 5 % e a prescrição foi de 500 ml a
10%.
Primeiro passo – Verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5 %.
100 ml – 5 g
500 ml – x
x = 500 x 5 / 100 = 25g
500 ml de soro glicosado a 5% contem 25g de glicose
Segundo passo – Verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto
contem um frasco a 10%
100ml – 10g
500 ml – x
X = 500 x 10 / 100 = 50g
500 ml de soro glicosado a 10% contem 50g de glicose.
Temos 25g e a prescrição foi de 50g; portanto, faltam 25g.
Transformando soluções
 Terceiro passo – Encontra-se a diferença procurando
supri-la usando ampolas de glicose hipertônica
Temos ampola de glicose de 20 ml a 50%
100 ml – 50g
20 ml – x
X = 20 x 50 / 100 = 10g
Cada ampola de 20 ml a 50 % contem 10g de glicose
20 ml – 10g
X – 25g
X = 20 x 25 / 10 = 50 ml
Será colocado então, 50 ml de glicose a 50%, ou seja, 2 +
½ ampolas de 20 ml no frasco de 500ml a 5%. Ficaremos
com 550 ml de soro glicosado.
Exercícios
 Temos soro glicosado a 5% e ampolas de glicose a
25% 10 ml. Queremos SG a 10%. Transforme essa
solução.
 Temos um SG isotônico a 5%. A prescrição foi de SG
a 15%. Temos ainda ampola de glicose 20 ml a 50%.
Transforme essa solução.
 Foi prescrito SG 10% 500ml. Tenho disponível SG 5%
500ml e ampolas de glicose 50% 10 ml.
 Temos SG 5% 500ml e SF 0,9% 500 ml. Queremos SGF.
Temos ampolas de glicose 10 ml a 25% e Nacl 20%
10 ml;
 Transforme 500 ml de SF 0,9% em 500 ml a 2%. Temos
ampola de solução cloretada de 10 ml em 20%
Outro modo de resolver.......
 Concentração de soluções:
Sempre que não existir no mercado determinada solução
na concentração desejada, caberá ao profissional de
enfermagem prepará-la, recorrendo ao cálculo de
concentração;
CV= C1V1 +C2V2 ( V1= V-V2); (V2= V-V1); (V3= V1
+V2)
C- concentração final desejada;
V- volume final desejado
C1-menor concentração disponível
C2-maior concentração disponível
V1 e V2- correspondem aos valores a serem aspirados das
soluções disponíveis
Cálculo de gotejamento
 Normalmente, os soros são prescritos em tempos
que variam de minutos até 24 horas, e volumes que
variam de mililitros a litros. A infusão é contínua e
controlada através do gotejamento;
 Para o cálculo de gotejamento é necessário
controlar o volume e o tempo. Na prática, o
controle de gotejamento, será feito em gotas/min;
mcgts/min
 Macrogotas: V em ml ou V x 20 em ml
Tx3 em horas T em minutos
Microgotas: V em ml
T em horas
Exemplos
 Calcular o número de gotas na
prescrição de SG 5% 500ml de 8/8 horas
1ml--------20 gts x= 10.000 gts
500ml-----x
1h-----60 min x= 480 minutos 10.000=
21 gts/min
8h-----x 480
Exemplos
 Foi prescrito SG 5% - 500 ml – 10 gts/min. Quantas
horas vão demorar para acabar o soro?
1 ml----20 gts x= 10.000 gts
500 ml---x
1 min----10 gts 10x= 10.000 x= 1000 minutos
x---------10.000 gts
1h------60 min x= 16 horas e 40 min
x------1000 min
Exercícios: Calcular o
gotejamento
 Prescrito SF o,9% 90 ml para correr em 30
min;
 Prescrito SG 5% 100 ml para correr em 1h
e 10 min;
 Prescrito SG 5% 125 ml para correr em 35
min;
 SG 10% 250 ml EV em 24 hs. Nº de
microgotas/min
Cálculo de insulina
 Outra questão de cálculo que exige
redobrada atenção para sua
administração é a Insulina, pois pode
haver incompatibilidade entre a
concentração do frasco e a seringa
disponível;
 Quando houver compatibilidade, não há
necessidade de efetuar cálculos,
bastando apenas aspirar na seringa a
quantidade de unidades prescritas pelo
médico. A formula é:
Insulina = Dose prescrita
Seringa X
Exemplo
 Temos insulina de 80 U e seringa de 40 U
em 1 ml. A dose prescrita foi de 20 U.
Quanto deve-se aspirar?
80 = 20 80 x= 800 x= 10 U
40 X
Antibióticos
 Muitos antibióticos ainda são padronizados em
unidades internacionais, contendo pó liofilizado
(solutos) e deverão ser diluídos;
 Os medicamentos mais comuns que se apresentam
em frasco-ampola tem as seguintes concentrações:
-Penicilina G potássica: 5.000.000 UI; 10.000.000 UI;
-Benzilpenicilina Benzatina: 600.000 UI; 1.200.000 UI
-Benzilpenicilina Procaína: 4.000.000 UI
O soluto da Penicilina G Potássica 5.000.000 equivale
a 2ml de solução após diluído e o de 10.000.000 a 4
ml de solução
EXEMPLOS
 Prescritos 300.000 UI de Benzilpenicilina
Benzatina IM, tenho FA de 600.000. Se diluir
em 4 ml, quanto devo aspirar?
 Prescritos 4.500.000 UI EV de Penicilina G
Potássica. Tenho FA de 5.000.000. Em quantos
ml devo diluir e quanto devo aspirar?
 Prescritos 6.000.000 UI de Penicilina G
Potássica. Tenho FA de 10.000.000 UI. Em
quanto devo diluir e aplicar?
Mais
Cálculos
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
 Fórmulas:
 Nº. de gotas/min. = V/Tx3
 Nº. de microgotas/min. = V/T
Onde, V = volume em ml e T = tempo em
horas
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
1. Quantas gotas deverão correr em um
minuto para administrar 1.000 ml de SG
a 5% de 6/6 horas?
Nº. de gotas/min. = V/Tx3 = 1.000/6x3
1.000/18 = 55,5* = 56 gotas/min.
* Regra para arredondamento
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
2. Quantas microgotas deverão correr em
um minuto para administrar 300ml de SF
0,9% em 4 horas?
Nº. de mgts/min. = V/T = 300/4 =75
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
 Mas o que fazer quando o tempo prescrito
pelo médico vem em minutos? Nova Regra:
Nº. de gotas/min. = V x 20/ nº. de minutos
3.Devemos administrar 100 ml de bicarbonato
de sódio a 10% em 30 minutos. Quantas gotas
deverão correr por minuto?
Nº. de gotas/min. = 100 x 20/30 =2.000/30 = 66,6*
= 67 gotas/min.
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
 Lembrar sempre que 1 gota = 3 microgotas
 Portanto nº. de microgotas/min. = nº. de
gotas x 3
Vamos praticar?
Ex.1 Calcule o nº. de gotas/min. Das
seguintes prescrições:
a) 1.000 ml de SG 5% EV em 24 horas.
b) 500 ml de SG 5% EV de 6/6h.
c) 500 ml de SF 0,9% EV em 1 hora.
d) 500 ml de SF 0,9% EV de 8/8h.
e) 100 ml de SF 0,9% EV em 30 minutos.
CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
Vamos praticar?
Ex.1 Calcule o nº. de microgotas/min.
Das seguintes prescrições:
a)SF 0,9% 500 ml EV de 6/6h.
b) SG 5% 500 ml EV de 8/8h.
c) SGF 1.000 ml EV de 12/12h.
CÁLCULOS PARA ADMINISTRAÇÃO
 Exemplo 1: Foram prescritos 500 mg VO de
Keflex suspensão de 6/6h quantos ml
devemos administrar?
 O primeiro passo é olhar o frasco e verificar
a quantidade do soluto por ml que nesse
caso está descrito: 250 mg/5ml,
significando que cada 5ml eu tenho 250
mg de soluto.
 Agora é só montar a regra de três:
250 mg------- 5 ml 250 x = 2.500
500 mg-------- x x = 2.500/250 x = 10 ml
 Exemplo 2: Devemos administrar 250 mg de
Novamin IM de 12/12 h. Temos na clínica
ampolas de 2 ml com 500 mg. Quantos ml
devo administrar?
500 mg ------- 2 ml 500 x = 500 x = 1 ml
250 mg-------- x x= 500/500
 Exemplo 3:
Devemos administrar 200 mg de Cefalin EV de
6/6h. Temos na clínica fr./amp. de 1g. Como
proceder?
 Primeiro passo, vou diluir o medicamento pois
há somente soluto;
 Nesse caso vamos utilizar 10 ml de AD;
 A quantidade de soluto é de 1g = 1.000 mg;
Agora é só montar a regra de três:
1.000 mg ---- 10 ml 1.000 x = 2.000
200 mg ------- x x = 2.000/1.000
x = 2 ml
 Exemplo 4: Foram prescritos 5 mg de Garamicina EV de
12/12 h. diluídos em 20 ml de SG 5%. Temos na clínica
apenas ampolas de 1ml com 40 mg/ml.
 Como a quantidade prescrita é muito pequena, iremos
rediluir, ou seja aspirar toda ampola e acrescentar mais
AD, nesse caso adicionaremos 7 ml de AD para facilitar
o cálculo.
 Portanto eu tenho 1ml da ampola + 7 ml de AD = 8 ml
com 40 mg.
40 mg ----- 8 ml 40 x = 40 x = 1 ml
5 mg ------ x x = 40/40
Devemos utilizar 1 ml da solução, colocando-a em 20 ml
de SG5% EV.
 Exemplo 5: Foram prescritos 7 mg de Novamin EV de 12/12 h.
Temos na clínica ampolas de 2 ml com 100mg/2ml. Quantos
ml devemos administrar?
 Observe que aqui também a quantidade prescrita é muito
pequena, precisaremos rediluir, nesse caso em 8 ml de AD
para facilitar o cálculo.
 Portanto, terei 2 ml da ampola + 8 ml de AD = 10 ml com 100
mg.
100 mg ----- 10 ml 100 x = 70 x = 0,7 ml
7 mg ------ x x = 70/100
Devemos aspirar 0,7 ml da medicação e rediluir para aplicação
pois a mesma não pode ser administrada diretamente na
veia.
 Exemplo 6: Foi prescrito 1/3 da ampola de Plasil EV
se necessário. Temos na clínica ampolas de 2 ml.
Quantos ml devemos administrar?
 A prescrição me pede para dividir a ampola em 3
partes e pegar 1 = 0,66 ml;
 Então devemos rediluir aspirando toda ampola +
1ml de AD assim teremos números inteiros.
Então 2ml da ampola + 1ml de AD = 3 ml /3
= 1 ml
 Exemplo 7: Foram prescritos 120 mg de Targocid uma
vez ao dia EV. Temos na clínica frascos de 200 mg.
Quantos ml devemos administrar?
 Precisamos diluir o medicamento e nesse caso
utilizaremos 5 ml de AD;
200 mg ----- 5 ml 200 x = 600
120 mg ----- x x = 600/200
X = 3 ml
 Exemplo 8: Foi prescrito Vancomicina 16 mg em 10 ml de
SG 5% de 6/6 horas.Temos na clínica frascos de 500 mg.
Como devemos proceder?
 Precisaremos diluir o medicamento (soluto) nesse caso
vamos utilizar 5 ml de AD.
500 mg ----- 5 ml 500 x = 500 x = 1 ml
100 mg ----- x x = 500/500
Descobrimos que em 1ml temos 100 mg
Pegaremos esse 1ml + 9 ml de AD = 10ml
100 mg ----- 10 ml 100 x = 160 x = 1,6 ml
16 mg ------ x x = 160/100
Devemos então utilizar 1,6 ml da solução colocar em 10 ml de
SG 5% e administrar
1. Calcule quantos ml do medicamento
deveremos administrar ao paciente nas
seguintes prescrições:
a) Tienam 250 mg EV de 6/6h. Temos fr./amp. 500 mg (diluir
em 20 ml).
b) Cefrom 2g EV de 12/12h. Temos fr./amp. de 1g. (diluir
em 10 ml).
c) Targocid 80 mg EV de 12/12h. Temos fr./amp. De 400 mg.
(diluir em 10 ml).
d) Calciferol ¼ de ampola IM. Temos ampolas de 1 ml
(15mg/ml). (Rediluir em 1 ml).
e) Dramim ¼ de ampola EV. Temos ampolas de 1ml.
(rediluir em 3 ml).
CÁLCULO COM PENICILINA CRISTALINA
 Nos cálculos anteriores a quantidade de soluto
contida em uma solução é indicada em gramas
ou miligramas. A penicilina cristalina virá
apresentada em unidades podendo ser:
 Frasco/amp. com 5.000.000 UI
 Frasco/amp. com 10.000.000
Vem em pó e precisa ser diluída.
CÁLCULO COM PENICILINA CRISTALINA
 Exemplo 1: Temos que administrar 2.000.000 UI de
penicilina cristalina EV de 4/4 h. Temos na clínica
somente frascos de 5.000.000 UI Quantos ml devemos
administrar?
 Na diluição da penicilina sempre que injetar-mos o
solvente teremos um volume de 2 ml a mais.
5.000.000 UI ------ 8 ml de AD + 2 ml do pó = 10 ml
2.000.000 UI ------- x
5.000.000 x = 20.000.000 UI X = 20.000.000/5.000.000
X = 4 ml
 Exemplo 2: Temos que administrar 100.000 UI de
penicilina cristalina EV de 4/4h. Temos na clínica
somente frascos de 5.000.000 UI. Quantos ml devemos
administrar?
(diluir com 8 ml de AD)
5.000.000 UI ------ 10 ml 5.000.000 X = 10.000.000
1.000.000 UI ------ x x = 10.000.000/5.000.000
X = 2 ml
Descobrimos que em 2 ml temos 1.000.000 e precisamos
de 100.000, teremos que rediluir em + 8 ml de AD, assim:
1.000.000 ------- 10 ml (2 ml de medicamento + 8 ml de
AD)
100.000 -------- x
1.000.000 x = 1.000.000 x = 1.000.000/1.000.000 x = 1
ml
1. Foi prescrito Penicilina cristalina
2.000.000 UI EV de 6/6h. Temos
frasco/amp. De 5.000.000 UI. Em
quantos ml devo diluir e quantos
devo administrar?
2. Temos que administrar 2.000.000
UI de Penicilina cristalina EV de
4/4h. Temos frascos de 5.000.000
UI. Em quantos ml devo diluir e
quantos devo administrar?
CÁLCULOS DE INSULINA/HEPARINA
 Exemplo 1: Foram prescritos 50 UI de insulina NPH
por via SC e não temos seringa própria só de 3
ml. Como devemos proceder?
100 UI ------ 1 ml 100 x = 50 x = 0,5 ml
50 UI ------- x x = 50/100
 Exemplo 2: Temos que administrar 2.500 UI de
heparina SC de 12/12h. Temos frasco de 5.000 UI
em 1ml. Como devemos proceder?
5.000 UI ------ 1 ml 5.000 x = 2.500 x = 0,5 ml
2.500 UI ------ x x = 2.500/5.000
1. Temos que administrar
insulina SC e não temos
seringa própria só de 3 ml.
Então calcule o ml de cada
valor prescrito:
a) 60 UI de insulina
b) 80 UI de insulina
c) 50 UI de insulina
CÁLCULOS DE DIFERENTES
PORCENTAGENS
 Exemplo 1: Temos na clínica ampolas de glicose a
50% com 20 ml. Quantas gramas de glicose temos
nesta ampola?
50 g ------- 100 ml 100 x = 1.000 x = 10 g
x -------- 20 ml x = 1.000/100
 Exemplo 2: Temos disponíveis ampolas de Vit. C a 10% com 5
ml. Quantos mg de Vit. C temos na ampola?
10 g ------ 100 ml 100 x = 50 x = 0,5 g
x ----- 5 ml x = 50/100
Mas queremos saber em mg
1 g ----- 1.000 mg 1 x = 500 x = 500 mg
0,5 g ---- x x = 500/1
1. Quanto de soluto encontramos nas
seguintes soluções:
a) 1 ampola de 20 ml de glicose a 25%
b) 1 ampola de 20 ml de NaCl a 30%
c) 1 frasco de 500 ml de SG a 5%
d) 1 frasco de 1.000 ml de SG a 5%
TRANSFORMANDO O SORO
Exemplo 1: Foi prescrito S.G. de 1.000 ml a
10%, temos somente SG de 1.000 ml a 5% e
ampolas de glicose 50 % com 10 ml. Como
devo proceder para transformar o soro de 5
para 10%?
 PASSO 1: descobrir quantas gramas de glicose
tem no soro que eu tenho.
5 g ------ 100 ml 100 x = 5.000
X ------- 1.000 ml x = 5.000/100
x = 50 g de glicose
 PASSO 2: descobrir quantas gramas de glicose contém no
soro prescrito.
10 g ------- 100 ml 100 x = 10.000 x = 100 g
x ------ 1.000 ml x = 10.000/100
 Descobri que devo acrescentar 50 gramas de glicose no
SG 5% de 1.000 ml.
 Tenho ampola de glicose 50%
50 g ---- 100 ml 100 x = 500 x = 5 g
X -------- 10 ml x = 500/100
 Portanto cada ampola de 10 ml contém 5 g de glicose,
assim devo colocar 10 ampolas no frasco de soro = 100 ml.
 Entretanto não cabe no frasco, devo então desprezar 100
ml do frasco onde estarei perdendo 5 g de glicose e
acrescento + 1 ampola de glicose.
 Assim utilizaremos 11 ampolas de glicose 50% para
transformar o soro.
1. Foi prescrito um frasco de SG 10%
de 500 ml. Temos frascos de SG 5%
500 ml e ampolas de glicose de 20
ml a 50%. Como devemos proceder
para transformar o soro?
Obrigada

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Calculo de medicação

  • 1. Cálculo de Medicação Conceitos em Farmacologia Enfª Andréa Dantas Especialista em Gestão do Trabalho e Educação na Saúde e Enfermagem Pediátrica Docente Senac
  • 2. Introdução  É fundamental que o enfermeiro e sua equipe tenham bom conhecimento dos princípios básicos de matemática, uma vez que qualquer erro de cálculo pode ser extremamente prejudicial;  Um erro de cálculo da dose máxima (maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação terapêutica sem causar efeito tóxico) pode ser letal;  Saber as fórmulas a serem utilizadas no preparo das doses medicamentosas é condição prioritária para que o cliente receba a dosagem certa e se produza o efeito esperado;
  • 3. Introdução  Durante a prática de administrar medicamentos, o pessoal de enfermagem deve estar atento ao tempo de infusão, as dosagens adequadas e às reações esperadas.  Atualmente, qualquer programa de computador poderá calcular seguramente o que o cliente deve receber de acordo com a prescrição médica. No entanto, nem todas as instituições são equipadas com essa tecnologia, o que obriga a enfermagem a fazer as contas para ofertar corretamente a dosagem que o cliente deve receber;
  • 4. Conceitos Importantes  Dose: quantidade de medicamento introduzido no organismo a fim de produzir efeito terapêutico.  Dose máxima: maior quantidade de medicamento capaz de produzir ação terapêutica sem ser acompanhada de sintomas tóxicos.  Dose tóxica: quantidade que ultrapassa a dose máxima e pode causar conseqüências graves; a morte é evitada se a pessoa for socorrida a tempo.  Dose letal: quantidade de medicamento que causa morte.  Dose de manutenção: quantidade que mantém o nível de concentração do medicamento no sangue.
  • 5.  Devido à variedade de nomenclaturas utilizadas no estudo do cálculo, preparo e administração de fármacos, faz-se necessária a revisão de conceitos básicos:  Solução: mistura homogênea composta de soluto e solvente, sendo o solvente a porção líquida da solução e o soluto a porção sólida;  Concentração: é a relação entre a quantidade de soluto e solvente, ou seja, entre a massa do soluto e o volume do solvente. Ex: g/l, g/cm³;
  • 6.  Segundo a sua concentração, isto é, sua osmolaridade (número de partículas do soluto dissolvidas no solvente) as soluções podem ser classificadas em : -Isotônica : é uma solução com concentração igual ou mais próxima possível à concentração do sangue. Ex: SF 0,9%, SG 5%, RL ; -Hipertônica : é uma solução com concentração maior que a concentração do sangue. Ex: SG 10%, Manitol 10%; -Hipotônica: é uma solução com concentração menor que a concentração do sangue Ex: Nacl 0,45%;
  • 7. Conceitos Importantes  Suspensão: formada por dois componentes, mas não é homogênea e sim heterogênea. Isso quer dizer que após a centrifugação ou repouso é possível separar os componentes, o que não ocorre com a solução;  Proporção: é uma forma de expressar a concentração, e consiste na relação entre soluto e solvente expressa em “partes”. Ex: 1:40.000 – 1 g de soluto para 40.000 ml de solvente;  Porcentagem: é uma outra forma de expressar a concentração. O termo por cento (%) significa centésimos. Um percentual é uma fração cujo numerador é expresso e o denominador é 100. Ex: 5%- 5g de soluto em 100 ml de solvente
  • 8. Medidas em Farmacologia  O sistema métrico decimal é de muita importância para o cálculo e preparo das drogas e soluções. Ao preparar a medicação é necessário confirmar a unidade de medida;  As unidades de medidas podem ser representadas de modos diferentes, de acordo com o fator de mensuração: peso, volume ou comprimento;  Unidade básica de peso -Kg (quilograma) - Mg (miligrama) -G(grama) -Mcg (micrograma)
  • 9. 1 Kg = 1000 g= 1.000.000 mg 1g= 1000mg 1mg= 1000 mcg  Unidade básica de volume L (litro) 1l= 1000ml 1ml= 20 gts Ml (mililitro) 1gt=3mcgts EXEMPLOS: 5g= 5000mg 1,5l= 1500ml 5000ml=5l 1500mg=1,5g 200ml=0,2l
  • 10. Medidas em Farmacologia e sua Equivalência  Centímetro cúbico (cc ou cm³)- é similar ao ml, logo 1cc equivale a 1 ml.  Medidas caseiras 1 colher (café)- 3 ml 1 colher (chá)- 4 ml 1 colher (sobremesa)- 10 ml 1 colher (sopa)- 15 ml 1 xícara de chá- 180 ml 1 copo americano- 250 ml
  • 11. REGRA DE TRÊS  O cálculo da medicação pode ser resolvido, na maioria das situações, através da utilização da regra de 3. Essa regra nos ajuda a descobrir o valor de uma determinada grandeza que está incógnita;  As grandezas proporcionais de termos devem ser alinhados e o raciocínio lógico deverá ser encaminhado para se descobrir uma incógnita por vez;  A disposição dos elementos deve ser da seguinte forma: 1ª linha- colocar a informação 2ª linha- coloca a pergunta
  • 12. Exemplo 1:  Em uma ampola de dipirona tenho 2ml de solução. Quantos ml de solução tenho em 3 ampolas? 1 amp---------2ml Informação 3amps---------x Pergunta Multiplique em cruz 1 x x= 2x3 Isole a incógnita x=2x3 x= 6 ml 1
  • 13. Exemplo 2:  Se 1 ml contem 20 gts, quantas gotas há em um frasco de SF 0,9% de 250 ml? 1ml---------20 gts 250ml------x 1 x x= 250 x 20 x= 250 x 20 1 x= 5000 gts num frasco de 250 ml de SF 0,9%
  • 14.  Para os cálculos com números decimais e centesimais, sugere-se que trabalhe com aproximações;  Se o valor da casa centesimal for menor que 5, mantem-se o valor decimal. Ex: 3,52= 3,5;  Se o valor da casa centesimal for igual ou maior que 5, acrescenta-se uma unidade ao valor decimal. Ex: 8,47= 8,5.
  • 15. EXERCÍCIOS  Prescrita Garamicina 25 mg IM. Tenho ampolas de 2ml com 40 mg/ml. Quanto devo administrar?  Prescrito Cloridrato de Vancomicina 90 mg. Tenho frasco-ampola de 500 mg e diluente de 5ml. Quanto devo administrar?  Prescrito Sulfato de Amicacina 150 mg. Tenho frasco-ampola de 500 mg/2ml. Quanto devo administrar?  Se tenho frasco ampola de Cloranfenicol com 1 g, diluente de 10 ml, e foi prescrito 0,75g. Quanto devo administrar?
  • 16. Transformando soluções  A transformação de soluções deve ser efetuada sempre que a concentração da solução prescrita for diferente da solução disponível na unidade.  Para efetuar o processo de transformação de soluções deve-se considerar: -a quantidade de soluto prescrito; -a quantidade de solvente prescrito; -as opções para se obter o soluto necessário a partir de diferentes apresentações na unidade (ampolas disponíveis); -efetuar o cálculo correto, seguindo o raciocínio lógico e utilizando os princípios da regra de 3 e da equivalência entre unidades de medida;
  • 17. Transformando soluções  Para as transformações será usado como padrão o frasco de 500 ml de soro. Temos 500 ml de soro glicosado 5 % e a prescrição foi de 500 ml a 10%. Primeiro passo – Verifica-se quanto de glicose há no frasco a 5 %. 100 ml – 5 g 500 ml – x x = 500 x 5 / 100 = 25g 500 ml de soro glicosado a 5% contem 25g de glicose Segundo passo – Verifica-se quanto foi prescrito, isto é, quanto contem um frasco a 10% 100ml – 10g 500 ml – x X = 500 x 10 / 100 = 50g 500 ml de soro glicosado a 10% contem 50g de glicose. Temos 25g e a prescrição foi de 50g; portanto, faltam 25g.
  • 18. Transformando soluções  Terceiro passo – Encontra-se a diferença procurando supri-la usando ampolas de glicose hipertônica Temos ampola de glicose de 20 ml a 50% 100 ml – 50g 20 ml – x X = 20 x 50 / 100 = 10g Cada ampola de 20 ml a 50 % contem 10g de glicose 20 ml – 10g X – 25g X = 20 x 25 / 10 = 50 ml Será colocado então, 50 ml de glicose a 50%, ou seja, 2 + ½ ampolas de 20 ml no frasco de 500ml a 5%. Ficaremos com 550 ml de soro glicosado.
  • 19. Exercícios  Temos soro glicosado a 5% e ampolas de glicose a 25% 10 ml. Queremos SG a 10%. Transforme essa solução.  Temos um SG isotônico a 5%. A prescrição foi de SG a 15%. Temos ainda ampola de glicose 20 ml a 50%. Transforme essa solução.  Foi prescrito SG 10% 500ml. Tenho disponível SG 5% 500ml e ampolas de glicose 50% 10 ml.  Temos SG 5% 500ml e SF 0,9% 500 ml. Queremos SGF. Temos ampolas de glicose 10 ml a 25% e Nacl 20% 10 ml;  Transforme 500 ml de SF 0,9% em 500 ml a 2%. Temos ampola de solução cloretada de 10 ml em 20%
  • 20. Outro modo de resolver.......  Concentração de soluções: Sempre que não existir no mercado determinada solução na concentração desejada, caberá ao profissional de enfermagem prepará-la, recorrendo ao cálculo de concentração; CV= C1V1 +C2V2 ( V1= V-V2); (V2= V-V1); (V3= V1 +V2) C- concentração final desejada; V- volume final desejado C1-menor concentração disponível C2-maior concentração disponível V1 e V2- correspondem aos valores a serem aspirados das soluções disponíveis
  • 21. Cálculo de gotejamento  Normalmente, os soros são prescritos em tempos que variam de minutos até 24 horas, e volumes que variam de mililitros a litros. A infusão é contínua e controlada através do gotejamento;  Para o cálculo de gotejamento é necessário controlar o volume e o tempo. Na prática, o controle de gotejamento, será feito em gotas/min; mcgts/min  Macrogotas: V em ml ou V x 20 em ml Tx3 em horas T em minutos Microgotas: V em ml T em horas
  • 22. Exemplos  Calcular o número de gotas na prescrição de SG 5% 500ml de 8/8 horas 1ml--------20 gts x= 10.000 gts 500ml-----x 1h-----60 min x= 480 minutos 10.000= 21 gts/min 8h-----x 480
  • 23. Exemplos  Foi prescrito SG 5% - 500 ml – 10 gts/min. Quantas horas vão demorar para acabar o soro? 1 ml----20 gts x= 10.000 gts 500 ml---x 1 min----10 gts 10x= 10.000 x= 1000 minutos x---------10.000 gts 1h------60 min x= 16 horas e 40 min x------1000 min
  • 24. Exercícios: Calcular o gotejamento  Prescrito SF o,9% 90 ml para correr em 30 min;  Prescrito SG 5% 100 ml para correr em 1h e 10 min;  Prescrito SG 5% 125 ml para correr em 35 min;  SG 10% 250 ml EV em 24 hs. Nº de microgotas/min
  • 25. Cálculo de insulina  Outra questão de cálculo que exige redobrada atenção para sua administração é a Insulina, pois pode haver incompatibilidade entre a concentração do frasco e a seringa disponível;  Quando houver compatibilidade, não há necessidade de efetuar cálculos, bastando apenas aspirar na seringa a quantidade de unidades prescritas pelo médico. A formula é: Insulina = Dose prescrita Seringa X
  • 26. Exemplo  Temos insulina de 80 U e seringa de 40 U em 1 ml. A dose prescrita foi de 20 U. Quanto deve-se aspirar? 80 = 20 80 x= 800 x= 10 U 40 X
  • 27. Antibióticos  Muitos antibióticos ainda são padronizados em unidades internacionais, contendo pó liofilizado (solutos) e deverão ser diluídos;  Os medicamentos mais comuns que se apresentam em frasco-ampola tem as seguintes concentrações: -Penicilina G potássica: 5.000.000 UI; 10.000.000 UI; -Benzilpenicilina Benzatina: 600.000 UI; 1.200.000 UI -Benzilpenicilina Procaína: 4.000.000 UI O soluto da Penicilina G Potássica 5.000.000 equivale a 2ml de solução após diluído e o de 10.000.000 a 4 ml de solução
  • 28. EXEMPLOS  Prescritos 300.000 UI de Benzilpenicilina Benzatina IM, tenho FA de 600.000. Se diluir em 4 ml, quanto devo aspirar?  Prescritos 4.500.000 UI EV de Penicilina G Potássica. Tenho FA de 5.000.000. Em quantos ml devo diluir e quanto devo aspirar?  Prescritos 6.000.000 UI de Penicilina G Potássica. Tenho FA de 10.000.000 UI. Em quanto devo diluir e aplicar?
  • 30. CÁLCULO DE GOTEJAMENTO  Fórmulas:  Nº. de gotas/min. = V/Tx3  Nº. de microgotas/min. = V/T Onde, V = volume em ml e T = tempo em horas
  • 31. CÁLCULO DE GOTEJAMENTO 1. Quantas gotas deverão correr em um minuto para administrar 1.000 ml de SG a 5% de 6/6 horas? Nº. de gotas/min. = V/Tx3 = 1.000/6x3 1.000/18 = 55,5* = 56 gotas/min. * Regra para arredondamento
  • 32. CÁLCULO DE GOTEJAMENTO 2. Quantas microgotas deverão correr em um minuto para administrar 300ml de SF 0,9% em 4 horas? Nº. de mgts/min. = V/T = 300/4 =75
  • 33. CÁLCULO DE GOTEJAMENTO  Mas o que fazer quando o tempo prescrito pelo médico vem em minutos? Nova Regra: Nº. de gotas/min. = V x 20/ nº. de minutos 3.Devemos administrar 100 ml de bicarbonato de sódio a 10% em 30 minutos. Quantas gotas deverão correr por minuto? Nº. de gotas/min. = 100 x 20/30 =2.000/30 = 66,6* = 67 gotas/min.
  • 34. CÁLCULO DE GOTEJAMENTO  Lembrar sempre que 1 gota = 3 microgotas  Portanto nº. de microgotas/min. = nº. de gotas x 3 Vamos praticar? Ex.1 Calcule o nº. de gotas/min. Das seguintes prescrições: a) 1.000 ml de SG 5% EV em 24 horas. b) 500 ml de SG 5% EV de 6/6h. c) 500 ml de SF 0,9% EV em 1 hora. d) 500 ml de SF 0,9% EV de 8/8h. e) 100 ml de SF 0,9% EV em 30 minutos.
  • 35. CÁLCULO DE GOTEJAMENTO Vamos praticar? Ex.1 Calcule o nº. de microgotas/min. Das seguintes prescrições: a)SF 0,9% 500 ml EV de 6/6h. b) SG 5% 500 ml EV de 8/8h. c) SGF 1.000 ml EV de 12/12h.
  • 36. CÁLCULOS PARA ADMINISTRAÇÃO  Exemplo 1: Foram prescritos 500 mg VO de Keflex suspensão de 6/6h quantos ml devemos administrar?  O primeiro passo é olhar o frasco e verificar a quantidade do soluto por ml que nesse caso está descrito: 250 mg/5ml, significando que cada 5ml eu tenho 250 mg de soluto.  Agora é só montar a regra de três: 250 mg------- 5 ml 250 x = 2.500 500 mg-------- x x = 2.500/250 x = 10 ml
  • 37.  Exemplo 2: Devemos administrar 250 mg de Novamin IM de 12/12 h. Temos na clínica ampolas de 2 ml com 500 mg. Quantos ml devo administrar? 500 mg ------- 2 ml 500 x = 500 x = 1 ml 250 mg-------- x x= 500/500
  • 38.  Exemplo 3: Devemos administrar 200 mg de Cefalin EV de 6/6h. Temos na clínica fr./amp. de 1g. Como proceder?  Primeiro passo, vou diluir o medicamento pois há somente soluto;  Nesse caso vamos utilizar 10 ml de AD;  A quantidade de soluto é de 1g = 1.000 mg; Agora é só montar a regra de três: 1.000 mg ---- 10 ml 1.000 x = 2.000 200 mg ------- x x = 2.000/1.000 x = 2 ml
  • 39.  Exemplo 4: Foram prescritos 5 mg de Garamicina EV de 12/12 h. diluídos em 20 ml de SG 5%. Temos na clínica apenas ampolas de 1ml com 40 mg/ml.  Como a quantidade prescrita é muito pequena, iremos rediluir, ou seja aspirar toda ampola e acrescentar mais AD, nesse caso adicionaremos 7 ml de AD para facilitar o cálculo.  Portanto eu tenho 1ml da ampola + 7 ml de AD = 8 ml com 40 mg. 40 mg ----- 8 ml 40 x = 40 x = 1 ml 5 mg ------ x x = 40/40 Devemos utilizar 1 ml da solução, colocando-a em 20 ml de SG5% EV.
  • 40.  Exemplo 5: Foram prescritos 7 mg de Novamin EV de 12/12 h. Temos na clínica ampolas de 2 ml com 100mg/2ml. Quantos ml devemos administrar?  Observe que aqui também a quantidade prescrita é muito pequena, precisaremos rediluir, nesse caso em 8 ml de AD para facilitar o cálculo.  Portanto, terei 2 ml da ampola + 8 ml de AD = 10 ml com 100 mg. 100 mg ----- 10 ml 100 x = 70 x = 0,7 ml 7 mg ------ x x = 70/100 Devemos aspirar 0,7 ml da medicação e rediluir para aplicação pois a mesma não pode ser administrada diretamente na veia.
  • 41.  Exemplo 6: Foi prescrito 1/3 da ampola de Plasil EV se necessário. Temos na clínica ampolas de 2 ml. Quantos ml devemos administrar?  A prescrição me pede para dividir a ampola em 3 partes e pegar 1 = 0,66 ml;  Então devemos rediluir aspirando toda ampola + 1ml de AD assim teremos números inteiros. Então 2ml da ampola + 1ml de AD = 3 ml /3 = 1 ml
  • 42.  Exemplo 7: Foram prescritos 120 mg de Targocid uma vez ao dia EV. Temos na clínica frascos de 200 mg. Quantos ml devemos administrar?  Precisamos diluir o medicamento e nesse caso utilizaremos 5 ml de AD; 200 mg ----- 5 ml 200 x = 600 120 mg ----- x x = 600/200 X = 3 ml
  • 43.  Exemplo 8: Foi prescrito Vancomicina 16 mg em 10 ml de SG 5% de 6/6 horas.Temos na clínica frascos de 500 mg. Como devemos proceder?  Precisaremos diluir o medicamento (soluto) nesse caso vamos utilizar 5 ml de AD. 500 mg ----- 5 ml 500 x = 500 x = 1 ml 100 mg ----- x x = 500/500 Descobrimos que em 1ml temos 100 mg Pegaremos esse 1ml + 9 ml de AD = 10ml 100 mg ----- 10 ml 100 x = 160 x = 1,6 ml 16 mg ------ x x = 160/100 Devemos então utilizar 1,6 ml da solução colocar em 10 ml de SG 5% e administrar
  • 44. 1. Calcule quantos ml do medicamento deveremos administrar ao paciente nas seguintes prescrições: a) Tienam 250 mg EV de 6/6h. Temos fr./amp. 500 mg (diluir em 20 ml). b) Cefrom 2g EV de 12/12h. Temos fr./amp. de 1g. (diluir em 10 ml). c) Targocid 80 mg EV de 12/12h. Temos fr./amp. De 400 mg. (diluir em 10 ml). d) Calciferol ¼ de ampola IM. Temos ampolas de 1 ml (15mg/ml). (Rediluir em 1 ml). e) Dramim ¼ de ampola EV. Temos ampolas de 1ml. (rediluir em 3 ml).
  • 45. CÁLCULO COM PENICILINA CRISTALINA  Nos cálculos anteriores a quantidade de soluto contida em uma solução é indicada em gramas ou miligramas. A penicilina cristalina virá apresentada em unidades podendo ser:  Frasco/amp. com 5.000.000 UI  Frasco/amp. com 10.000.000 Vem em pó e precisa ser diluída.
  • 46. CÁLCULO COM PENICILINA CRISTALINA  Exemplo 1: Temos que administrar 2.000.000 UI de penicilina cristalina EV de 4/4 h. Temos na clínica somente frascos de 5.000.000 UI Quantos ml devemos administrar?  Na diluição da penicilina sempre que injetar-mos o solvente teremos um volume de 2 ml a mais. 5.000.000 UI ------ 8 ml de AD + 2 ml do pó = 10 ml 2.000.000 UI ------- x 5.000.000 x = 20.000.000 UI X = 20.000.000/5.000.000 X = 4 ml
  • 47.  Exemplo 2: Temos que administrar 100.000 UI de penicilina cristalina EV de 4/4h. Temos na clínica somente frascos de 5.000.000 UI. Quantos ml devemos administrar? (diluir com 8 ml de AD) 5.000.000 UI ------ 10 ml 5.000.000 X = 10.000.000 1.000.000 UI ------ x x = 10.000.000/5.000.000 X = 2 ml Descobrimos que em 2 ml temos 1.000.000 e precisamos de 100.000, teremos que rediluir em + 8 ml de AD, assim: 1.000.000 ------- 10 ml (2 ml de medicamento + 8 ml de AD) 100.000 -------- x 1.000.000 x = 1.000.000 x = 1.000.000/1.000.000 x = 1 ml
  • 48. 1. Foi prescrito Penicilina cristalina 2.000.000 UI EV de 6/6h. Temos frasco/amp. De 5.000.000 UI. Em quantos ml devo diluir e quantos devo administrar? 2. Temos que administrar 2.000.000 UI de Penicilina cristalina EV de 4/4h. Temos frascos de 5.000.000 UI. Em quantos ml devo diluir e quantos devo administrar?
  • 49. CÁLCULOS DE INSULINA/HEPARINA  Exemplo 1: Foram prescritos 50 UI de insulina NPH por via SC e não temos seringa própria só de 3 ml. Como devemos proceder? 100 UI ------ 1 ml 100 x = 50 x = 0,5 ml 50 UI ------- x x = 50/100  Exemplo 2: Temos que administrar 2.500 UI de heparina SC de 12/12h. Temos frasco de 5.000 UI em 1ml. Como devemos proceder? 5.000 UI ------ 1 ml 5.000 x = 2.500 x = 0,5 ml 2.500 UI ------ x x = 2.500/5.000
  • 50. 1. Temos que administrar insulina SC e não temos seringa própria só de 3 ml. Então calcule o ml de cada valor prescrito: a) 60 UI de insulina b) 80 UI de insulina c) 50 UI de insulina
  • 51. CÁLCULOS DE DIFERENTES PORCENTAGENS  Exemplo 1: Temos na clínica ampolas de glicose a 50% com 20 ml. Quantas gramas de glicose temos nesta ampola? 50 g ------- 100 ml 100 x = 1.000 x = 10 g x -------- 20 ml x = 1.000/100
  • 52.  Exemplo 2: Temos disponíveis ampolas de Vit. C a 10% com 5 ml. Quantos mg de Vit. C temos na ampola? 10 g ------ 100 ml 100 x = 50 x = 0,5 g x ----- 5 ml x = 50/100 Mas queremos saber em mg 1 g ----- 1.000 mg 1 x = 500 x = 500 mg 0,5 g ---- x x = 500/1
  • 53. 1. Quanto de soluto encontramos nas seguintes soluções: a) 1 ampola de 20 ml de glicose a 25% b) 1 ampola de 20 ml de NaCl a 30% c) 1 frasco de 500 ml de SG a 5% d) 1 frasco de 1.000 ml de SG a 5%
  • 54. TRANSFORMANDO O SORO Exemplo 1: Foi prescrito S.G. de 1.000 ml a 10%, temos somente SG de 1.000 ml a 5% e ampolas de glicose 50 % com 10 ml. Como devo proceder para transformar o soro de 5 para 10%?  PASSO 1: descobrir quantas gramas de glicose tem no soro que eu tenho. 5 g ------ 100 ml 100 x = 5.000 X ------- 1.000 ml x = 5.000/100 x = 50 g de glicose
  • 55.  PASSO 2: descobrir quantas gramas de glicose contém no soro prescrito. 10 g ------- 100 ml 100 x = 10.000 x = 100 g x ------ 1.000 ml x = 10.000/100  Descobri que devo acrescentar 50 gramas de glicose no SG 5% de 1.000 ml.  Tenho ampola de glicose 50% 50 g ---- 100 ml 100 x = 500 x = 5 g X -------- 10 ml x = 500/100  Portanto cada ampola de 10 ml contém 5 g de glicose, assim devo colocar 10 ampolas no frasco de soro = 100 ml.  Entretanto não cabe no frasco, devo então desprezar 100 ml do frasco onde estarei perdendo 5 g de glicose e acrescento + 1 ampola de glicose.  Assim utilizaremos 11 ampolas de glicose 50% para transformar o soro.
  • 56. 1. Foi prescrito um frasco de SG 10% de 500 ml. Temos frascos de SG 5% 500 ml e ampolas de glicose de 20 ml a 50%. Como devemos proceder para transformar o soro?