O documento discute quatro projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos pelo GEFOPI que visam a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão: 1) A Revista Pedagógica, que envolve estudantes desde a pesquisa até a publicação de artigos; 2) O cinema e educação, que resultou em um livro sobre o uso de filmes em sala de aula; 3) A identidade do pedagogo, com pesquisas e discussões sobre o papel do professor; 4) A aprendizagem significativa, com um manual didático sobre
2. RESUMO: O tema dessa discussão será a
indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão
enquanto uma reflexão das práticas efetivadas por
esta pesquisadora e o grupo de estudos da qual é
componente. O GEFOPI – Grupo de Estudos em
Formação de Professores e Interdisciplinaridade
tem como objetivo estudar temáticas na área de
formação de professores e apresentar projetos de
pesquisa e extensão. Como a pesquisa é o sistema
nervoso das universidades, parte-se dos resultados
dos projetos de pesquisa para a produção
científica e efetivação de projetos de extensão e
práticas de ensino. Eis o norte dessa reflexão.
3. A discussão sobre a indissociabilidade ensino,
pesquisa e extensão é antiga e paira nos ares dos
ambientes das instituições de ensino superior e,
principalmente nas universidades. Na visão de
Demo (2006) é nas universidades que a pesquisa
se estabelece e precede o ensino, bem como a
extensão, pois de nada serve uma pesquisa se não
for para estar a serviço das práticas educacionais e
das transformações societárias.
4. Assim como a pesquisa, o ensino e a extensão,
devem ter como premissa a elaboração científica.
Nessa concepção o objetivo da reflexão que ora se
apresenta é de socializar as possibilidades de
elaboração científica com base na indissociabilidade
ensino, pesquisa e extensão das atividades
realizadas pelos componentes do GEFOPI. O grupo
de estudos é coordenado pela Prof. Ms. Andréa
Kochhann, docente efetiva em regime de dedicação
exclusiva da Universidade Estadual de Goiás, da
Unidade Universitária de São Luís de Montes Belos.
5. A produção científica pode ser uma tarefa da
Pós-Graduação, seja Lato Senso ou Stricto Sensu.
É tarefa dos cursos de graduação possibilitar a
formação dos acadêmicos para a elaboração com
as próprias mãos, como salienta Demo (2006).
Independente do curso ser bacharel ou
licenciatura, a pesquisa é ponto inerente da
formação dos referidos profissionais.
6. Apresenta-se muitas dificuldades para um trabalho
acadêmico voltado para a indissociabilidade
ensino, pesquisa e extensão e principalmente que
possibilite a elaboração própria. Contudo, existem
possibilidades e realizações. Quatro possibilidades
foram vivenciadas pelos componentes do
GEFOPI: “Revista Pedagógica”, “O cinema e
educação”, “A identidade do pedagogo” e “A
aprendizagem significativa”. As ações se
efetivam por palestras, mesas redondas, mini
cursos, oficinas, conversas informais em escolas e
Instituições de Ensino Superior e participações em
eventos científicos.
7. No tocante ao processo de elaboração científica da
“Revista Pedagógica” infere-se que seus primeiros
ensaios surgiram como uma atividade vinculada a
uma disciplina do curso de Pedagogia.
No ano de 2012, a Revista Pedagógica passa a ser
um projeto de extensão. No primeiro semestre é
elaborada a revista com o aparato das disciplinas do
curso. No segundo semestre ela se efetiva como
ação extensionista no momento em que são
realizados encontros com palestras, mini cursos,
rodas de conversa e outras modalidades em escolas
da região.
8. A elaboração da revista é a produção acadêmica
científica. Para a composição da revista, geralmente
elaborada com 20 páginas, são escritos artigos
científicos, artigos de opinião, entrevistas, dicas e
curiosidades, indicação de filmes e livros. Além de
cruzadinha, jogos dos sete erros, caça-palavras e
outras ludicidades.
9. A elaboração de uma revista dessa natureza possibilita
aos acadêmicos o conhecimento das diferentes formas
de produção, bem como o planejamento estético de
uma revista. A elaboração parte dos conhecimentos do
ensino, embrenham-se na pesquisa e finalizam-se com
a extensão. Os assuntos analisados demandam de um
conhecimento interdisciplinar.
10. Em 2013 a Revista Pedagógica conseguiu o registro na
biblioteca da UEG – CDU 37, apresentado quatro
números: “Planeta Bola” que discutiu temáticas
inerentes à Copa do Mundo em 2014, “Saúde e Beleza”
que apresentou as questões relativas ao padrão de beleza
e as consequências para a saúde, “O som da liberdade”
que apresentou a decadência da música brasileira ao
longo de cem anos e, “As faces da violência” que
discutiu sobre os tipos de violência e suas
conseqüências.
11. O trabalho foi tão relevante que ganhamos o registro na
biblioteca nacional e temos o ISSN 23586133.
Aguardamos a liberação para lançarmos em grande
quantidade as revistas, com o intuito de entregar para
cada Unidade Universitária da UEG e nos locais em que
apresentarmos o projeto de extensão.
Em 2014 foi lançado mais quatro números: “Somos
todos iguais na diferença” que trata da inclusão de
modo geral. “Face Oculta” aborda a questão do
preconceito social”. “Saber Mais” esclarece pontos
importantes sobre a depressão infantil.
“Sustentabilidade” que discute a questão da preservação
do meio ambiente.
12. Para 2015 já estão em fase de correção quatro
revistas no curso de Pedagogia e uma edição
especial “Consciência” em elaboração pelo curso
de Matemática no Câmpus Jussara.
Além da elaboração da revista o grupo participa
de eventos científicos com comunicação oral,
banner, mesa redonda e para cada participação
escreve novos textos. Participamos do 6º CBEU-
Congresso Brasileiro de Extensão Universitária,
que ocorreu em Belém no Pará, para o qual
submetemos um artigo científico.
13. Também produzimos e divulgamos na internet. Atualmente
temos o banner do projeto no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/banner-revista-
pedaggica, temos os slides da Revista As faces da
violência no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/revista-as-faces-da-
violncia, temos os slides da Revista Planeta Bola no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/revista-planeta-
bola, temos os slides da Revista Saúde e Beleza publicado
no link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/revista-
sade-e-beleza e temos os slides da Revista O Som da
Liberdade no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/revista-o-som-da-
liberdade.
14. Quanto ao movimento de elaboração com as
próprias mãos do “Cinema e Educação” surgiu
como parceria entre as Unidades Universitárias de
São Luís de Montes Belos e Pires do Rio, entre os
cursos de Pedagogia e História. O projeto de
extensão discute como utilizar da metodologia de
filmes na sala de aula enquanto uma análise crítica
e teórica. Para possibilitar as discussões foi
elaborado pelo grupo das duas UnUs um manual
informativo contendo resenhas indicativas de filmes
na área de história e da educação, que hoje se
transformou em livro e está em fase final de
correção.
15. Para a abertura do manual foram escritos dois ensaios
teóricos, um de cada UnU. O manual informativo
“Cinema e Educação: uma experiência crítica em sala
de aula”, tinha 72 páginas e foi corrigido por um corpo
editorial de quatro doutores do Câmpus de Inhumas.
Como se transformou em livro, novos artigos foram
inseridos e consta hoje de quase 200 páginas. Assim
que estiver finalizado será encaminhado para
novamente para o corpo editorial e depois para o
departamento da Editora da UEG juntamente a PrP –
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UEG
para fins de validação com o seu registro – CDU e
solicitação de ISBN. Com os registros adquiridos,
encaminhar-se-á para as impressões e distribuição.
16. O grupo do projeto também participa de eventos científicos e para tal
precisa escrever resumos simples, resumos expandidos, artigos
completos. Para o 6º CBEU enviamos um artigo completo e um resumo
simples. Para a Revista ELO enviamos um artigo completo. Também
temos as publicações na site. Temos o folder do I Encontro de Cinema e
Educação no link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/folder-l-
encontro-de-cinema-e-educao, temos o banner do projeto no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/logo-cinema-e-educao, temos os
slides do I Encontro de Cinema e Educação no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/i-encontro-de-cinema-e-educao,
temos um ensaio sobre Teoria Crítica e a Arte do Real no
link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/o-real-e-a-teoria-crtica-
algumas-consideraes, temos um ensaio sobre as Tendências
Paradigmáticas no link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/tendncias-
paradigmticas e um ensaio sobre Aprendizagem Significativa no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/aprendizagem-significativa-de-
ausubel. As vivências com o projeto possibilitou a elaboração de um
projeto de pesquisa que foi finalizado em agosto sobre o uso de filmes na
sala de aula como uma metodologia para aprendizagem significativa. Os
resultados dessa pesquisa gerou várias produções em eventos., como
Inhumas, agora no CEPE, no SEREX.
17. O processo de construção do conhecimento
científico sobre “A identidade do pedagogo”
partiu de projetos de pesquisas realizados
desde 2011. A coordenadora do GEFOPI desde
2004 desenvolvia projetos de pesquisa com seu
grupo sobre a temática da formação de
professores e a prática interdisciplinar. A cada
evento científico que participavam foi
percebendo que as discussões sobre a
formação do pedagogo e suas práticas, se
tornavam objeto de estudo mais preponderante
principalmente após a homologação da
Resolução CNE/CP n. 01/2006.
18. Dessa forma foi efetivado um projeto de pesquisa
pela UEG, em 2011 e 2012 que investigava a
formação do pedagogo. Os resultados dessa pesquisa
foram socializados em vários eventos do Estado de
Goiás e se possibilitaram a elaboração do trabalho
final de curso. Em 2012 e 2013 nova pesquisa foi
lançada, agora financiada pela FAPEG - Fundação
de Apoio a Pesquisa do Estado de Goiás, sobre a
identidade do pedagogo, que finalizou-se em
dissertação de mestrado em educação pela PUC. Com
os resultados das pesquisas foi concluída a
necessidade de discutir sobre a identidade do
pedagogo perante a Resolução CNE/CP n. 01/2006.
19. Assim, elaborou-se o projeto de extensão
“Conhecendo a identidade do pedagogo:
professor, gestor e pesquisador”. Para
nortear as discussões desse projeto foi
elaborado um manual didático-informativo,
que em suas 50 páginas apresenta pontos
importantes sobre a identidade do pedagogo
e seus espaços de atuação. O manual
passará por quatro pareceristas para
análise. Caso seja aprovado, será
encaminhado para a validação e
reconhecimento com CDU e ISBN, para
então ser publicado.
20. Além do manual, os projetos de pesquisa e de
extensão, possibilitaram a elaboração de um
novo projeto de pesquisa que foi aprovado para
ser efetivado entre 2014 e 2015, no MIELT –
Mestrado Interdisciplinar em Educação,
Linguagem e Tecnologias. O grupo que estuda
essa temática tem participado de vários eventos.
Também escreveu um artigo que foi publicado no
6º CBEU, um artigo completo para o Congresso
de Extensão na Argentina, um artigo completo no
Congresso Internacional Latino Americano em
Goiânia e um artigo completo no Congreso
Latino America de Extension Universitaria em
Havana.
21. O grupo também publica suas elaborações no site. Temos o banner
do projeto no link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/banner-
projeto-pedagogo, temos o Bloco do projeto no
link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/bloco-do-pedagogo,
temos o folder de divulgação do projeto que pode ser visualizado no
link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/folder-do-pedagogo,
temos o folder que discute quem é o pedagogo no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/quem-o-pedagogo, temos o
folder que apresenta a identidade do pedagogo no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/a-identidade-do-pedagogo,
temos os slides da identidade do pedagogo usado nos cafés com
prosa no link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/slides-da-
identidade-do-pedagogo, temos os slides do primeiro café com prosa
no link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/slides-caf-com-
prosa. Infere-se que este projeto não é apenas de extensão, mas
também de pesquisa e ensino, num processo contínuo de produção
científica.
22. A construção científica sobre “A aprendizagem
significativa” também percorre os caminhos do ensino,
da pesquisa e da extensão. Em 2011 durante
orientações de estágio surgiu uma problemática que era
embasar o relatório do estágio na aprendizagem
significativa. A partir de um estado da arte foi constatado
que pouco se discutia teoricamente sobre essa temática.
Eis o começo de um projeto de pesquisa realizado entre
os anos de 2011 e 2012. Os resultados desse projeto de
pesquisa possibilitaram a elaboração de uma
monografia como trabalho final de curso e também
suscitou a necessidade de discussão sobre a temática,
pois as considerações dos trabalhos efetivados,
constataram o escasso conhecimento da teoria. Assim
em 2013 lançou-se o projeto de extensão sobre o tema.
23. Para possibilitar as discussões elaborou-se,
com base nos resultados das pesquisas, um
manual didático-pedagógico com perguntas e
respostas sobre a aprendizagem significativa na
perspectiva de David Ausubel, com o CDU
37.015-3 e teve sua primeira tiragem com 700
cópias, pela Gráfica da UEG. Pensamos por um
momento no manual ser avaliado para ganhar o
ISBN e ser editado pela segunda vez. Mas, nos
questionaram sobre a possibilidade de
transformá-lo em livro.
24. Aceitamos o desafio. Como as produções
científicas no estado de Goiás são escassas
sobre o assunto, organizamos um livro que foi
lançado na Argentina e depois no I CEPE em
Pirenópolis. Desde 2011 essa temática é
apresentada pelo grupo em eventos científicos e
para cada eventos é necessário uma produção.
No 6º CBEU foi apresentado um artigo. Um
artigo completo para o Congresso de Extensão
na Argentina, um artigo completo no Congresso
Internacional Latino Americano em Goiânia e um
artigo completo no Congreso Latino America de
Extension Universitaria em Havana.
25. Também produzimos e divulgamos na internet. Temos o banner do
projeto no link: http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/banner-da-
aprendizagem-significativa, temos o bloco do projeto no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/bloco-da-aprendizagem-
significativa, temos o folder de divulgação do projeto no link:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/folder-do-projeto, temos os
slides sobre a teoria da aprendizagem significativa no link:
www.pt.slideshare.net/AndraKochhann/slide-do-manual-
didticopedaggico/ueg, temos um resumo expandido que escrevemos
para uma palestra no mestrado profissional em Ensino de Ciências da
UEG, disponível no link :
www.pt.slideshare.net/AndraKochhann/resumo-expandido-sobre-
aprendizagem-significativa-ueg, temos o manual didático-pedagógico
disponível no link: www.pt.slideshare.net/AndraKochhann/manual-
didtico-pedaggico, com quase mil acessos em apenas cinco meses de
lançamento, temos ainda os slides das atividades de 2013:
http://pt.slideshare.net/AndraKochhann/slide-final-projeto-de-extenso-
aprendizagem-significativa-de-david-ausubel e também um
moviemaker das atividades de 2013 no
link:http://www.youtube.com/watch?v=QhSB6Tzuowo.
26. Essa temática suscita muitos estudos e curiosidades
epistemológica. Por este motivo, o grupo tem projetos
de pesquisa sobre as metodologias para a
aprendizagem significativa no ensino superior, sobre
a filosofia como possibilidade de aprendizagem
significativa para a autonomia do pensamento, sobre
a aplicabilidade das metodologias da aprendizagem
significativa com crianças autistas, sobre o uso de
filmes como metodologia da aprendizagem
significativa, sobre a releitura de Emílio de Rousseau
relacionando com a aprendizagem significativa. Este
é mais um projeto que não se caracteriza meramente
por ser extensão ou pesquisa ou ensino. São os três
ao mesmo tempo e com a mesma intensidade
teórica.
27. CONSIDERAÇÕES
As considerações que audaciosamente apresentamos é
que a produção científica pode e deve ser possibilitada
pela indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão. O
processo de indissociabilidade pode ser efetivado pela
prática interdisciplinar de discussões, estudos e produção
do conhecimento.
Esse diálogo entre o tripé universitário: pesquisa,
ensino e extensão pela interdisciplinaridade dos
conhecimentos, demonstra a unidade universitária – a
produção científica. Dessa forma concordamos com
Demo (2005) ao afirmar que a pesquisa precede o ensino
e a extensão.
28. Concordamos também com os escritos do
Manifesto dos Pioneiros da Educação (1932) quando
apresentaram que a pesquisa é o sistema nervoso da
universidade.
Concordamos ainda com Demo (2005) ao asseverar
que só tem o que ensinar quem pesquisa e de nada
serve o resultado de uma pesquisa se não for pela e
para a transformação de uma realidade social. Para
encerrar nossa reflexão salientamos que não há como
dissociar a pesquisa do ensino e da extensão e que por
si só, já é uma produção científica. Na teoria é fácil e
na prática é possível. Mãos à obra.