2. "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Ao vencedor darei um prêmio: o maná escolhido.
Darei também uma pedrinha branca a cada um.
Nela está escrito um nome novo, que ninguém conhece.
Só quem recebeu."
Apocalipse de São João, Capítulo 2 Versículo 17
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Título: Criptografia e Segurança na Informática
Todos os direitos reservados.
Autor: Pedro Antonio Dourado de Rezende
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Editora: CopyMarket.com, 2000
Reproduzida sem a autorização da Editora.
Índice
Pedro Antonio Dourado de Rezende
Introdução..........................................................................................................................ix
1: Fundamentos..............................................................................................................1
2: Elementos de Protocolos....................................................................................... 21
3: Protocolos Importantes ......................................................................................... 34
4: Técnicas Criptográficas.......................................................................................... 59
5: Algoritmos Criptográficos Importantes .............................................................. 79
6: Enfoques para Implementação........................................................................... 123
7: Exemplos de Aplicações...................................................................................... 155
Apêndices....................................................................................................................... 161
Índice alfabético de traduções de termos técnicos ............................................... 161
Tabela para comparação de grandes números ...................................................... 162
Exemplo de execução do protocolo Diffie & Hellman ....................................... 163
Exemplo de execução da primitiva Exponeciação Modular ................................ 164
Exemplo de propriedades da aritmética finita ...................................................... 165
Exemplo de geração de chaves para o RSA ......................................................... 166
Exemplo de implementação de curva elíptica ..................................................... 167
Exemplo de execução de protocolo de conhecimento zero ................................ 168
Lista de exercícios ................................................................................................. 170
Notação
Conceito: Negrito
Explicação; Termo a definir; Anglicismo: Itálico
Descrição de algoritmo: Font Arial
Objeto matemático; Código fonte em C: Font Courier
Canal previamente seguro (sigilo e/ou integridade):
Canal de comunicação digital inseguro:
Agente ou objeto de confiança:
iii
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4. Índice alfabético de tópicos
Algoritmos criptográficos de chave pública.............................................................. 114
Algumas topologias para segurança ........................................................................... 154
Análise de risco na internet ......................................................................................... 142
Análise do DES............................................................................................................... 83
Análise do RSA ............................................................................................................. 116
Aplicações de fatoração e logaritmo discreto à assinatura digital ............................ 47
Aposta Encoberta (comprometimento de bits).......................................................... 51
Application gateways ......................................................................................................... 151
Arquitetura de firewalls .................................................................................................. 147
Assinaturas digitais para autenticação .......................................................................... 27
Ataque de número sequencial ao TCP....................................................................... 141
Ataques a sistemas computacionais.................................................................................3
Ataques ao DES por texto pleno adaptativo .............................................................. 85
Atualização e informações sobre segurança na internet.......................................... 161
Autenticação e Distribuição de chaves via sistemas assimétricos............................ 41
Autenticação e Distribuição de chaves via sistemas simétricos ............................... 38
Autoridades de Certificação na Internet.................................................................... 137
Cara ou Coroa ................................................................................................................. 52
Cenário atual da criptografia (1998) ........................................................................... 123
Cenário inicial da padronização em criptografia ........................................................ 79
Cifras Encadeadas........................................................................................................... 98
Cifras para sigilo.............................................................................................................. 14
Construção de funções de hash .................................................................................. 104
Construção de geradores pseudo-randômicos e cifras encadeadas ......................... 70
Controle de acesso.......................................................................................................... 11
Controles de segurança para a Internet ..................................................................... 143
Criptoanálise diferencial................................................................................................. 84
Criptografia na transmissão de dados .......................................................................... 76
Criptografia para armazenamento de dados ............................................................... 77
Criptografia Pré-computacional.................................................................................... 15
Critérios de projeto para cifras de bloco ..................................................................... 96
Critérios para escolha de chaves ................................................................................... 60
Derivação de chaves via funções unidirecionais com segredo................................. 44
Descrição do algoritmo padrão DES........................................................................... 80
Descrição resumida do SET........................................................................................ 157
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5. Digital Signature Algorithm......................................................................................... 129
Distribuição de freqüência de letras ............................................................................. 20
Elementos de Protocolos............................................................................................... 21
Elementos de um modelo de segurança interna......................................................... 10
ElGamal ......................................................................................................................... 121
Entropia em Criptoanálise............................................................................................. 19
Escolha de algoritmos criptográficos........................................................................... 75
Escolhas de plataforma .................................................................................................. 78
Escritura de Chaves (key escrow)..................................................................................... 53
Especificação de políticas de segurança..........................................................................7
Esquema de autenticação de Feige-Fiat-Shamir....................................................... 131
Esquema Meta-ElGamal.............................................................................................. 130
Estimativas para comprimento seguro de chaves ...................................................... 59
Estrutura básica de protocolos criptográficos ............................................................ 25
Exemplo de um algoritmo criptográfico ..................................................................... 16
Exemplos de configuração de filtragem .................................................................... 148
Exemplos de protocolo baseado em conhecimento zero......................................... 57
Fatoração e logaritmo discreto aplicadosà esteganografia ........................................ 49
Ferramentas e utilitários de segurança ....................................................................... 159
Funções de Hash........................................................................................................... 103
Funções Unidirecionais (one-way functions).................................................................... 29
Futuro da criptografia assimétrica .............................................................................. 127
Geração de primos para criptografia assimétrica ....................................................... 64
Hash usando algoritmos para cifra de bloco............................................................. 109
Histórico da criptografia na internet .......................................................................... 155
Implementação de serviços de assinatura digital...................................................... 128
Implementação de serviços de chave pública ........................................................... 124
Infra-estrutura para controle de tráfego .................................................................... 144
Jurisdição da informação em meio eletrônico ...............................................................1
LFSRs de período máximo............................................................................................ 71
Limitações dos firewalls ................................................................................................. 153
Login................................................................................................................................. 35
MACs: Códigos de autenticação de mensagens ....................................................... 113
MD5................................................................................................................................ 105
Mecanismos de autenticação ......................................................................................... 30
Mecanismos e modos para construção de cifras ........................................................ 65
Mecanismos para uso de certificados em redes públicas ........................................ 136
Modelos de segurança interna..........................................................................................9
Modo CBC....................................................................................................................... 67
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6. Modo CFB ....................................................................................................................... 68
Modo ECB....................................................................................................................... 66
Modo OFB....................................................................................................................... 69
Necessidade de protocolos criptográficos................................................................... 34
Operações de filtragem ................................................................................................ 146
Outros algoritmos assimétricos................................................................................... 122
Outros Algoritmos Simétricos ...................................................................................... 87
Outros esquemas de autenticação .............................................................................. 132
Padrões para assinatura digital e gerenciamento de chaves .................................... 133
Padrões para certificados digitais................................................................................ 135
Polinômios primitivos módulo 2 .................................................................................. 72
Primitivas de algoritmos assimétricos .......................................................................... 61
Principais padrões de protocolos criptográficos ...................................................... 134
Projeto e análise de cifras encadeadas.......................................................................... 73
Protocolos criptográficos............................................................................................... 24
Protocolos em modelos de segurança externa............................................................ 22
Protocolos esotéricos ..................................................................................................... 58
Provas com conhecimento zero (0-knowledge)............................................................. 55
Questões éticas sobre escrituração de chaves............................................................. 54
Rabin............................................................................................................................... 120
Riscos à segurança externa .......................................................................................... 139
RSA ................................................................................................................................. 115
Segurança de Algoritmos Criptográficos..................................................................... 17
Seqüências randômicas................................................................................................... 33
Serviços básicos de segurança computacional ...............................................................8
Serviços de validação de selo temporal........................................................................ 50
SHA................................................................................................................................. 107
Sistemas de chave pública usando curvas elípticas .................................................. 125
Sistemas de segurança de dados.......................................................................................2
Técnicas de filtragem.................................................................................................... 145
Técnicas de robustecimento do DES .......................................................................... 86
Teoria da informação ..................................................................................................... 18
Tipos de Ataque ao TCP/IP ............................................................................................5
Transferência de confiança através de protocolos ..................................................... 23
Uso de Tokens em segurança externa ......................................................................... 138
Vulnerabilidade na ausência de segredos na autenticação......................................... 32
Vulnerabilidades e pontos de ataque...............................................................................4
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7. Índice alfabético de protocolos
Assinatura Digital (arbitrado) ........................................................................................ 28
Assinatura Digital (auto-verificável)............................................................................. 27
Assinatura Digital parcialmente irrefutável de Chaum............................................. 47
Assinatura Digital sobre digesto e selo temporais...................................................... 31
Autenticação Fiat-Shamir............................................................................................. 129
Autenticação por protocolos de conhecimento zero iterativos ............................... 55
Autenticação por protocolos de conhecimento zero não iterativos........................ 57
Autenticação via conhecimento zero baseado em isomorfismo de grafo .............. 56
Cara ou coroa usando chaves assimétricas comutativas............................................ 52
Cara ou coroa usando hash ........................................................................................... 52
Cifragem de mensagem assinada .................................................................................. 28
Comprometimento de bits............................................................................................. 51
Derivação de chaves de Bellovin-Merrit (A-EKE).................................................... 46
Derivação de chaves de Diffie-Hellman fortificado .................................................. 45
Derivação de chaves de Diffie-Hellman...................................................................... 44
Distribuição de chaves certificadas para envelopes digitais...................................... 31
Distribuição de chaves DASS (DEC) .......................................................................... 41
Distribuição de chaves de Denning-Sacco.................................................................. 42
Distribuição de chaves Kerberos.................................................................................. 39
Distribuição de chaves de Needham-Schroeder ........................................................ 38
Distribuição de chaves de Neuman-Stubblebine ....................................................... 40
Distribuição de chaves de Woo-Lam........................................................................... 42
Distribuição interlock de chaves Rivest-Shamir......................................................... 43
Envelope Digital ............................................................................................................. 25
Exemplo de protocolo não computacional arbitrado................................................ 23
Handshake para abertura de sessão TCP .................................................................. 141
Login: autenticação mútua usando desafios................................................................ 37
Login: autenticação usando hash com salt .................................................................. 36
Login: autenticação usando hash.................................................................................. 35
Login: autenticação usando senhas ocasionais ........................................................... 37
Privacidade usando algoritmo assimétrico ................................................................ 142
Privacidade usando algoritmo simétrico...................................................................... 25
Secure Eletronic Transactions (SET)......................................................................... 157
Selo temporal arbitrado.................................................................................................. 50
Sistema criptográfico justo de Micali (key escrow) ........................................................ 53
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8. Índice alfabético de algoritmos
A5 .................................................................................................................................... 100
Algoritmo de Leeman para teste de Monte Carlo sobre primalidade ..................... 63
Algoritmo probabilístico para geração de números primos extensos ..................... 64
Blowfish............................................................................................................................ 90
CAST .............................................................................................................................. 95
Cifra de César .................................................................................................................. 15
Cifra de Vigenère ............................................................................................................ 16
Cript(1) ........................................................................................................................... 102
Data Encription Standard (DES)...................................................................................... 80
Digital Signature Algorithm (DSA) ................................................................................. 129
ElGamal ......................................................................................................................... 121
Encadeamento Davies-Meier ...................................................................................... 111
Exponenciação modular ................................................................................................ 61
FEAL .............................................................................................................................. 95
Filtro de pacotes básico................................................................................................ 146
Gerador de sequência usando Linear Feedback register................................................. 71
Gerador stop-and-go de sequência usando Linear Feedback registers ............................. 74
Gosudarstvenyi Standard (GOST) ..................................................................................... 91
International Data Encription Algorithm (IDEA) ............................................................. 89
Khafre .............................................................................................................................. 88
Khufu .............................................................................................................................. 88
LOKI .............................................................................................................................. 95
MDC-2............................................................................................................................ 111
MDC-4............................................................................................................................ 112
Message Digest 5 (MD5).................................................................................................. 105
NewDES .......................................................................................................................... 87
PKZip ............................................................................................................................ 101
Rabin............................................................................................................................... 120
RC2 ................................................................................................................................... 88
RC4 ................................................................................................................................... 98
RC5 ................................................................................................................................... 94
Rivest, Shamir & Adleman (RSA) .............................................................................. 116
SEAL ................................................................................................................................ 99
Secure Hash Algorithm (SHA)......................................................................................... 107
Skipjack............................................................................................................................. 95
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10. Porque a criptografia é mais difícil do que parece
“Do correio eletrônico à telefonia celular, do acesso seguro a servidores WEB à moeda eletrônica, a
criptografia é parte essencial dos sistemas de informação de hoje. A criptografia ajuda a imputar
responsabilidade, promover a justiça, prover acurácia e privacidade. Pode prevenir fraudes em comércio
eletrônico e garantir a validade de transações financeiras. Usada apropriadamente, protege a
anonimidade e fornece provas de identidade de pessoas. Pode impedir vândalos de alterarem sua página
na internet e competidores industriais de lerem seus documentos confidenciais. Com o comércio
seguindo sua marcha pelas redes de computadores, a criptografia se tornará cada vez mais vital.
Mas a criptografia hoje existente no mercado não fornece a segurança que apregoa seu marketing. A
maioria desses sistemas são projetados e implementados não por criptógrafos, mas por engenheiros que
pensam que a criptografia é como qualquer outra tecnologia de computadores. Não é. Você não pode
tornar um sistema seguro simplesmente acrescentando criptografia como uma medida adicional. Você
precisa saber o que está fazendo a cada passo do caminho, da concepção até a implementação do
sistema.
Bilhões de dólares são gastos em segurança de computadores, e quase todo este dinheiro é
desperdiçado em produtos inseguros. Afinal, criptografia fraca parece idêntica à criptografia forte na
vitrine de software. Dois produtos de encriptação de correio eletrônico no mercado têm interface de
usuário praticamente idênticas, enquanto um deles é seguro e o outro permite bisbilhotagem. Uma
tabela contendo comparações entre recursos pode sugerir que dois produtos tenham funcionalidade
similar, embora um possa ter furos comprometedores de segurança e o outro não. Um criptógrafo
experiente pode reconhecer a diferença. Determinados tipos de criminosos também poderão.
A segurança de computadores hoje em dia é um castelo de cartas; pode se manter de pé por agora, mas
não vai durar. Muitos produtos inseguros ainda não foram quebrados porque ainda estão em sua
infância, mas à medida em que se tornem mais e mais usados, tornar-se-ão alvos atraentes para
criminosos. A imprensa divulgará os ataques, minando a confiança do público nesses sistemas. No
final, produtos sobreviverão no mercado de acordo com a robustez de sua segurança.
Os ataques a sistemas de informação são dos mais variados tipos. Toda forma de comércio já inventado
tem sido alvo de fraudes, desde as balanças propositadamente descalibradas, o dinheiro falso, as faturas
frias, etc. O comércio eletrônico também sofrerá fraudes, personificação, bloqueio de serviço, e
falsificações. Não se pode caminhar pelas ruas usando uma máscara que imita o rosto de outra pessoa
sem ser percebido, mas no mundo digital é muito fácil personificar outrem. Ocorre que a
informatização torna os riscos maiores ainda, permitindo ataques automatizados, impossíveis de serem
conduzidos contra sistemas não automatizados. Um ladrão pode se sustentar retirando um centavo por
mês de cada dono de cartão de crédito Visa. Apenas com a criptografia forte pode-se proteger tais
sistemas contra estes tipos de ataques.
Violações contra a privacidade constituem outro tipo de ataque. Alguns ataques contra a privacidade
são direcionados: alguém da imprensa pode tentar ler a correspondência eletrônica de uma figura
pública, ou uma companhia pode tentar interceptar as comunicações de um competidor. Pode-se
também tentar ataques de colheita, buscando informações interessantes num mar de dados: viúvas
ricas, usuários de AZT, pessoas que visitam determinada página na internet, etc.
O vandalismo eletrônico é um problema cada vez mais sério. Já foram pichadas as páginas digitais da
agência de serviço secreto dos EUA, enviadas cartas-bomba digitais a provedores da internet, e
cancelados centenas de listas de discussão eletrônicas, além de ataques que bloqueiam o acesso a
computadores que se comunicam por meio de determinados protocolos. E como divulgado, ladrões e
vândalos rotineiramente invadem redes de computadores. Quando as salvaguardas de segurança não
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11. são adequadas, os invasores correm poucos riscos de serem flagrados. Os atacantes não seguem regras,
podendo atacar sistemas usando técnicas não antecipadas pelos projetistas e analistas de sistemas, como
no exemplo de arrombadores que entram numa casa abrindo um buraco na parede, evitando os
alarmes e trancas das portas e janelas.
Vândalos cibernéticos também abrem buracos em paredes de bits. Roubam dados técnicos, subornam
agentes, modificam programas e mancomunam. Tiram vantagens de tecnologias mais avançadas que a
dos sistemas que querem atacar, e até descobrem novos métodos matemáticos para atacá-los.
Geralmente dispõem de mais tempo do que alguém honesto normalmente teria para desmontar e
examinar um sistema. O SecurID foi usado durante anos até que alguém olhou mais atentamente
dentro de seu gerenciador de chaves: seus códigos binários ainda continham rótulos!. As chances
favorecem os atacantes, que só precisa encontrar um ponto vulnerável no sistema, enquanto os
defensores precisam proteger seu sistema de toda vulnerabilidade possível.
O que a criptografia pode e não pode fazer
A garantia de 100% de segurança é uma falácia, mas podemos trabalhar em direção a 100% de aceitação
de riscos. Fraudes existem nas formas usuais de comércio: dinheiro pode ser falsificado, cheques
adulterados ou roubados, números de cartão de crédito copiados. Mesmo assim esses sistemas ainda
têm sucesso porque seus benefícios e conveniências compensam as perdas. Cofres, fechaduras e
cortinas – mecanismos de privacidade – não são perfeitos mas com freqüência são bons o suficiente.
Um bom sistema criptográfico atinge o equilíbrio entre o que é possível e o que é aceitável.
A criptografia forte pode resistir com sucesso a ataques que lhe são direcionados até um certo ponto –
o ponto onde se torna mais fácil obter, de alguma outra maneira, a informação que ele protege. Um
sistema criptográfico, não importa quão seguro, não irá impedir que alguém vasculhe seu lixo. Mas
pode perfeitamente prevenir ataques de colheita de dados: ninguém conseguirá vasculhar suficientes
latas de lixo para montar a lista de todos os usuários de AZT do país.
A boa notícia sobre criptografia é que já temos os algoritmos e protocolos para proteger nossos
sistemas. A má notícia é que esta foi a parte mais fácil: implementações bem sucedidas requerem
especialização considerável. As áreas de segurança na informática que interagem com pessoas –
gerência de chaves, segurança da interface homem/máquina e controle de acesso – freqüentemente
desafiam análise. As disciplinas de infra-estrutura de chaves públicas, segurança do software, segurança
de computadores, segurança de redes e projeto de hardware inviolável são também pouco
compreendidas.
Companhias muitas vezes fazem mal a parte fácil e implementam algoritmos e protocolos inseguros.
Mas mesmo assim, na prática raramente a criptografia é quebrada por causa, ou através, de sua
matemática; outras peças do sistema são mais fáceis de serem quebradas. O protocolo mais seguro já
inventado poderá facilmente sucumbir a um ataque simples se não for dado atenção a detalhes mais
complexos e sutis sobre sua implementação. A segurança do browser Netscape 1.0 caiu devido a uma
falha no seu gerador de números randômicos. As falhas podem estar em qualquer lugar: no modelo de
ameaças, no projeto do sistema, na implementação do software ou do hardware, ou na gerência do
sistema. Segurança é uma cadeia, onde um único elo fraco pode quebrar todo o sistema. Bugs fatais à
segurança podem estar em partes do software distantes dos módulos que implementam serviços de
segurança, e uma decisão de projeto que não tenha nada a ver com segurança poderá criar uma falha de
segurança.
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12. Uma vez encontrada uma falha de segurança, pode-se consertá-la. Mas encontrar as falhas, para início
de conversa, pode ser extremamente difícil. Segurança é diferente de qualquer outro requisito de
projeto, porque nele funcionalidade não é igual a qualidade: se um editor de texto imprime
corretamente, sabe-se que a função de impressão funciona. Segurança é diferente: só porque um cofre
reconhece a combinação correta para abri-lo, não significa que seu conteúdo está seguro contra um
chaveiro ou arrombador. Nenhuma quantidade de testes beta revelará todas as falhas de segurança de
um sistema, e não haverá nenhum teste possível que prove a ausência destas falhas.
Modelos de ameaças
Um bom projeto começa por um modelo de ameaças. O que o sistema está sendo concebido para
proteger, de quem e durante quanto tempo? O modelo de ameaças deve levar em consideração todo o
sistema, não apenas os dados que está sendo projetado para proteger, mas também e principalmente as
pessoas que irão usá-lo e como irão usá-lo. O que motivará os atacantes? Que tipo de abusos podem
ser tolerados? Deve um tipo de ataque ser prevenido ou basta que seja detectado? Se o pior acontecer e
alguma hipótese fundamental sobre a segurança do sistema for violada, que tipo de salvamento pós-
desastre pode ser conduzido? Respostas a estas questões não podem ser padronizadas, como os
algoritmos e protocolos. São diferentes para cada sistema, e com freqüência, projetistas não dedicam
tempo a construir um modelo realista das ameaças ou a analisar os riscos.
Modelos de ameaças permitem a desenvolvedores de produtos e consumidores determinar quais
medidas de segurança são necessárias: terá sentido encriptar todo seu disco rígido se você não guarda
seus documentos de papel num cofre? Como pode alguém de dentro da companhia fraudar o sistema
de comércio? Qual é exatamente o custo para se neutralizar a inviolabilidade de um cartão inteligente?
Não se pode especificar um sistema seguro sem conhecimento sobre contra o que, e de quem, se deseja
protegê-lo.
Projeto de sistemas
O projeto de um sistema criptográfico seguro deve ser feito somente após o modelo de ameaças ter
sido compreendido. Este trabalho é o tema central da criptologia, e é muito especializado. A
criptografia mescla várias áreas da matemática: teoria dos números, teoria da complexidade, teoria da
informação, teoria da probabilidade, álgebra abstrata, análise formal, dentre outros. Poucos podem
contribuir apropriadamente para esta ciência, onde um pouco de conhecimento é muito perigoso:
criptógrafos inexperientes quase sempre projetam sistemas falhos. Bons criptógrafos sabem que nada
substitui a revisão extensiva feita por colegas e anos de análise. Sistemas de qualidade usam algoritmos e
protocolos publicados e bem compreendidos: usar elementos não provados em um projeto é no
mínimo arriscado.
O projeto de sistemas criptográficos é também uma arte. O projetista precisa atingir um equilíbrio entre
segurança e acessibilidade, anonimidade e responsabilização, privacidade e disponibilidade. A ciência
sozinha não garante segurança: somente a experiência e a intuição nascida da experiência podem guiar o
criptógrafo no projeto de sistemas criptográficos e na busca de falhas em sistemas existentes.
Bons sistemas de segurança são feitos de pequenos módulos independentemente verificáveis (e que
tenham sido verificados!), cada um provendo algum serviço que claramente se resuma a uma primitiva.
Existem vários sistemas no mercado que são muito grandes para serem verificados em tempo razoável.
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13. Implementação
Existe uma distância enorme entre um algoritmo matemático e sua implementação concreta em
hardware ou em software. Projetos de sistemas criptográficos são muito frágeis. Só porque um
protocolo é logicamente seguro, não significa que permanecerá seguro quando o implementador
começar a definir estrutura de dados e a descrever a passagem de bits de um lado para outro.
“Fechado” nunca será totalmente fechado: esses sistemas têm que ser perfeitamente implementados,
senão irão falhar. Uma interface mal projetada pode tornar um encriptador de arquivos de disco
completamente inseguro. Uma interface de sincronização mal projetada pode deixar um furo num
sistema para comunicações seguras. Confiança excessiva na inviolabilidade de hardware, tais como os
chips de cartões selados, pode tornar inútil um sistema de comércio eletrônico. Como estes problemas
não aparecem em testes, por vezes aparecem em produtos já lançados no mercado.
Implementadores estão sempre sob pressão de orçamentos e prazos. Cometem os mesmos erros vezes
a fio, em muitos produtos diferentes. Usam geradores de seqüências randômicas ruins, não checam
condições de erro apropriadamente, e deixam informações secretas em arquivos de swap. Muitas destas
falhas não podem ser estudadas em livros acadêmicos porque não são tecnicamente interessantes. A
única maneira de aprender sobre estas falhas é fazendo e quebrando sistemas de segurança, um após o
outro, numa corrida sem fim.
Procedimentos e Gerência
No final da estória, muitos sistemas de segurança são quebrados por pessoas que os usam, e a maioria
das fraudes contra sistemas de comércio são praticadas por quem os opera. Usuários honestos também
causam problemas, porque geralmente não ligam para segurança. Eles querem simplicidade,
conveniência, e compatibilidade com sistemas legados (inseguros) e em uso. Eles escolhem senhas
fracas, anotam-nas, passam-nas para parentes e amigos, largam computadores com sessões abertas, etc.
Ë muito difícil vender fechaduras para pessoas que não querem ser molestadas pela responsabilidade de
carregar chaves. Sistemas bem projetados têm que levar em conta as pessoas, e as pessoas são os
elementos mais difíceis de serem abstraídos no projeto.
Aí é onde está realmente o custo com segurança. Não está nos algoritmos. A criptografia forte não é
mais cara que a fraca. O grosso do custo também não está em projeto e implementação: sai bem mais
barato projetar e implementar um bom sistema do que cobrir as perdas com um sistema inseguro. A
maior parte de seu custo está em fazer com que as pessoas o utilizem. Ë difícil convencer o consumidor
sobre a importância de sua privacidade financeira, quando o mesmo está disposto a trocar um
detalhado registro de suas compras por um milésimo de uma viagem ao Havaí. Ë difícil construir um
sistema de autenticação robusto sobre um outro sistema que permite ser penetrado por meio do
conhecimento do nome de solteira da mãe de alguém. A segurança é rotineiramente ultrapassada por
vendedores, gerentes, executivos e qualquer um que esteja querendo “apenas tocar o serviço”.
Mesmo quando o usuário compreende a necessidade de um sistema de segurança robusto, não terá
meios de comparar dois sistemas. Revistas de computação comparam produtos de segurança listando
seus recursos e funcionalidade, e não avaliando sua segurança. Propagandas de produtos fazem
asserções que simplesmente não se sustentam. Um produto mais robusto, isto é, melhor testado (e
portanto mais caro), estará nestas condições em desvantagem para a comercialização. As pessoas
confiam no governo para zelar pela sua segurança e bem estar, em coisas para as quais não detém
conhecimento suficiente para fazerem sua própria avaliação – industrialização de alimentos, aviação,
medicamentos, medicina, etc. Com a criptografia entretanto, os governos fazem geralmente o contrário.
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14. Problemas no futuro
Quando cai um avião, são abertos inquéritos, feitas análises e laudos técnicos. Informação sobre o
acidente é amplamente divulgada, e muitos aprendem algo com o acidente. Pode-se obter das
autoridades, laudos sobre acidentes aéreos desde o início da história da aviação. Mas quando o sistema
eletrônico de transações financeiras de um banco é penetrado e fraudado, quase sempre o episódio é
acobertado. Se alguma informação chega até os jornais, os detalhes são omitidos. Ninguém analisa o
ataque, e ninguém aprende nada com os erros. O banco tenta remendar o problema em segredo, na
esperança de que a clientela não perca a confiança num sistema que não merece esta confiança.
Remendar sistemas de segurança para tapar furos em resposta a ataques bem sucedidos não é
suficiente. A informação move muito depressa. Uma falha em algum sistema, descrita na internet, pode
ser explorada por milhares em um dia. Os sistemas para hoje precisam antecipar futuros ataques.
Qualquer sistema de grande porte – seja para comunicações autenticadas, armazenamento seguro de
dados ou comércio eletrônico – deveria ter vida útil de cinco anos ou mais. Para permanecer seguro,
precisa ser capaz de resistir ao futuro: ataques mais inteligentes, com maior capacidade computacional e
motivações crescentes para se subverter um sistema que está consolidado por longo uso. Não haverá
tempo para se fazer upgrades enquanto este estiver em uso.
A história tem nos ensinado: nunca subestime a quantidade de recursos em dinheiro, tempo e esforço
que alguém esteja disposto a gastar para subverter um sistema. Use sistemas de defesa ortogonais, com
várias maneiras de se fazer a mesma coisa. Autenticação segura pode significar assinaturas digitais pelo
usuário via teclado, SSL para proteger a transmissão, IPSec pelo firewall para o destino, junto com
pontos de auditoria múltiplos ao longo do caminho para gerar rastros e produzir evidências. A quebra
de alguma parte dará ao atacante uma alavanca, mas não causará o colapso de todo o sistema.
Ë sempre melhor assumir o pior. Assuma que seus adversários são melhores do que realmente são.
Assuma que a ciência e a tecnologia poderão em breve fazer coisas que hoje ainda não podem. Dê a si
mesmo um margem de erro. Dê a si mesmo mais segurança do que hoje precisa. Quando o inesperado
acontecer, você estará contente por ter agido assim”. (Bruce Schneier)
Creio ser a busca de segurança para a informática semelhante à busca metafísica do homem pelo
significado da vida. Um movimento de impulso difuso entre o compreensível e o desejável, no
horizonte cambiante do possível. Terei atingido meu objetivo se ao final pudermos reconhecer o
contexto onde as ferramentas criptográficas podem ser úteis. Este contexto é formado pelas esferas de
atitude, motivação e compreensão dos riscos por parte de quem usa a informática, para dela se obter
confiabilidade. Poderemos então conviver, e convencer outros da necessidade de convivência, com o
dilema que há na versão digital da segunda lei da termodinâmica, expressa pela equação de Nemeth
Segurança = 1 / Conveniência
A sabedoria de cada um será enriquecida na medida em que puder discernir a dose certa com que uma
outra força humana relacionada à segurança – a paranóia – pode contribuir ao delicado equilíbrio desta
lei.
xiv
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15. CopyMarket.com
Título: Criptografia e Segurança na Informática
Todos os direitos reservados.
Autor: Pedro Antonio Dourado de Rezende
Nenhuma parte desta publicação poderá ser
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reproduzida sem a autorização da Editora.
1. Fundamentos
Pedro Antonio Dourado de Rezende
• Jurisdição da informação em meio eletrônico -
Classificada Sensível
Governos Comércio, Indústria
Organizações militares Comunidades
Interna Externa
Sistemas operacionais Redes de computadores
Bancos de dados Telecomunicações
• Necessidades sociais surgidas na era da informática -
1 - Padronização de mecanismos e protocolos nas áreas com interesse
comum em segurança de dados:
• Instituições financeiras...Transações eletrônicas.
• Corporações .........Gerência, Comércio eletrônico, etc.
• Telecomunicações Provimento de serviços.
• Comunidades........Internet, Redes proprietárias, etc.
• Governo................Administração, Militar, Espionagem, etc.
2 - Mudança na cultura da impunidade em crimes por computador:
(Estudo por Securicor Consult. Ltd, Londres, 1993)
• Crimes rastreados dentre ocorridos............ ~ 1% ;
• Crimes denunciados dentre rastreados....... ~15% ;
• Crimes denunciados com suspeito(s)......... ~61% ;
• Suspeitos julgados e condenados ............... ~ 3% ;
Crimes punidos com prisão.................................................... ~0,0003%
(habilidade do cracker, publicidade negativa, legislação omissa, etc.)
1
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16. Sistemas de segurança de dados
• Demanda básica de segurança em sistemas computacionais:
Tipo de proteção Ameaça básica Ação
Privacidade ou sigilo Vazamento ou desvalorização (Read)
Integridade Fraude, adulteração ou perda (Write)
Legitimidade Acesso indevido à execução (eXec)
Disponibilidade Bloqueio indevido de serviço ¬(eXec)
• Componentes principais de um sistema de segurança:
1 - Política de segurança de dados
• Planejamento - Avaliação e análise de riscos e custos.
• Especificação para implementação de salvaguardas e serviços.
• Atribuição documentada de autorizações e responsabilidades.
2 - Serviços básicos de segurança computacional
• Controle de acesso...................identificação e autorização.
• Cifragem ..................................codificação para sigilo.
• Autenticação ............................validação de origem ou integridade.
• Certificação .............................autenticação recursiva com verificação
aberta.
3 - Controle e Auditoria
• Monitoramento ..........gerenciadores (rede, backup) logs, ids, etc.
• Rastreamento .............vacinas, firewalls, wrappers, proxies, etc.
• Avaliação...................análise estatística, relatórios, revisão de
políticas de segurança, etc.
2
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17. Ataques a sistemas computacionais
• Classificação hierárquica de ataques (Warwick Ford):
Subjacentes Þ Primários Þ Ameaças básicas
Por penetração Por Implantação
1- Ataques primários por penetração -
• Personificação: .................... invasão no perímetro de login
• Desvio de controle:.............. exploração de falhas no sistema
• Violação de autoridade:....... uso indevido de privilégios
2- Ataques primários por implantação -
• Gancho: (backdoor).....uso de recurso não documentado
• Infecção: ......................exploit, verme, vírus.
• Embuste:......................programa troiano, spoof
Quadro-resumo (Warwick Ford)
Ameaças: Vazamento Fraude Bloqueio Uso indevido
Ataques
Primários:
Penetração Personificação, Gancho, Implantação
Desvio, Virus, Spoof,
Violação. Troiano, etc.
Ataques
Subjacentes:
Escuta passiva, Escuta ativa, Sobrecarga Furto de sessão,
Análise de tráfego, Refutação. intencional, Replay,
Descuido, Grampo, Fraude. Espelhamento,
Varredura. Fraude.
3
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18. Vulnerabilidades e pontos de ataque
• Ataques mais freqüentes a sistemas computacionais em 89-
(em ~3000 casos; Computer Security Conference, ordem decrescente)
1º - Violação de autoridade:..........abuso de usuário legítimo.
2º - Personificação: .......................uso de senha vazada.
3º - Desvio de Controle:................hacking.
4º - Gancho ou Embuste: ..............mascaramento de funcionalidade.
5º - Grampo, Escuta, Varredura:...garimpagem no tráfego de dados.
• Meios externos de ataque (Counterintelligence DoD, 94) -
• via Internet: ............................................................ 80% dos casos
• outros meios: .......................................................... 20% dos casos
• Riscos de invasão de redes (NCSA, 95) -
• Redes de companhias conectadas à Internet: ......... 24% invadidas
• Redes privadas não conectadas à Internet:............. 3% invadidas
• Recursos que demandam proteção específica -
• Cabeamento
• Dispositivos de interconexão (gateways, routers, bridges, etc).
• Estações.
• Servidores (de autenticação, de terminais, de aplicativos, etc).
• Software de rede e aplicativos
• Arquivos de configuração e de Banco de Dados.
4
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19. Tipos de Ataque ao TCP/IP
• Hierarquia de serviços e protocolos hoje usados na Internet-
Camada NFS PMAP NIS
arquiv portas
Aplic XDR
TEL- FTP SMTP HTTP Gopher DNS NTP TFTP RIP RPC
NET transf. e-mail www dire- nome sincro- transf. rotea- procedimento remoto
login arquivo tório domino nização arquivo mento
Transp TCP UDP
Rede IP
ISO 8802-2
HDLC: LAP-B: LAP-D: ATM:
Enlace Ethernet ISO ISO ISO
ISO ITU
ITU
ITU
SLIP PPP:
ITU
8802-3 8802-5 9314 Q.921/2 rfc 1331
3309 X.25 Q.921 I.361
Token .8885 Frame
CSMA/CD Ring FDDI Relay ISDN Assíncrona
.
• Riscos de segurança nos protocolos de enlace -
• Escuta passiva (sniffers) ............ via interfaces em modo promíscuo
• Sobrecarga (denial of service) .... via escuta ativa (broadcast storm)
• Riscos de segurança nos protocolos de rede -
• Spoofing de endereço IP:....identificação falsa da origem do pacote
• Ataques ao ICMP: ..............uso malicioso de mensagens de controle do IP
(Redirect, Destination Unreachable,Source Quench, etc)
• Ataques de fragmentação: .subversão dos filtros de firewall em redes cuja
implementação TCP pode reconstruir pacotes fragmentados.
5
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20. • Riscos de segurança nos protocolos de rede (continua) -
• Ataques de roteamento (source routing): .... uso de opções do IP para
habilitar ataques de escuta ativa, espelhamento ou roubo de sessão.
• Riscos de segurança nos protocolos de transporte -
• Ataques de número sequencial:... simulação do handshake para abertura
de sessão TCP, conjugado ao spoofing de endereço IP.
• Spoofing de UDP: .........................simulação de datagramas para abertura
ou roubo de sessão (sequestro) em aplicativos que usam UDP e que não
implementam autenticação e criptografia .
• Riscos de segurança nos protocolos de aplicação -
• Ataques a login remoto: .escuta passiva de sessões TELNET ou "serviços
r-" vazam senhas que podem habilitar ataques de personificação
• Ataques ao DNS:.....................modificações fraudulentas de tabelas
in-addr.arpa, podem habilitar ataques via serviços remotos "r-".
• Ataques ao RIP ou EGP: roteadores com filtragem deficiente podem
sofrer spoofings que habilitam espelhamento e escuta ativa nas redes.
• Ataques via SMTP, HTTP: falta de autenticação habilita mensagens
forjadas. Extensões habilitam ataques por implantação contra cliente.
• FTP, TFTP: .....................configuração e filtragem seguras são complexas.
Protocolo usado em quase todo ataque externo via IP.
• NIS, NFS, NTP: ..............fraudes no NTP podem habilitar ataques de
replay na rede. Serviços baseados em RPC podem ser alvo de sniffers.
• X-Windows, Finger, Whois: aplicativos que facilitam outros ataques se
mal configurados ou indevidamente habilitados.
6
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21. Especificação de políticas de segurança
• Roteiro Típico de planejamento de segurança -
• Quais recursos devem ser protegidos?
• De quem e de que se quer proteger tais recursos?
• Qual a chance ou probabilidade de ameaças?
• Quão importante são os recursos?
• Quais medidas podem proteger ativos com custo/benefício aceitável?
• Quais planos de contingência e roteiros de reavaliação decorrem?
• Salvaguardas não computacionais -
1 - Segurança física: ................portas, fechaduras, controles, etc.
2 - Segurança funcional: ..........recrutamento e treinamento, motivação
3 - Segurança administrativa: ..auditoria, fiscalização, contingência
4 - Segurança de mídia: ...........backup, destruição de material, etc.
5 - Radiação ou engenharia reversa: blindagem no encapsulamento
6 - Controle de ciclos:..............reavaliação da política de segurança
• Serviços de segurança computacional são implementados através
de mecanismos que usam serviços básicos -
1 - Controle de acesso:.....................serviço básico para legitimidade.
2 - Cifragem:....................................serviço básico para sigilo.
3 - Autenticação:..............................serviço básico para integridade.
4 - Certificação: ...............................serviço integrador de segurança.
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22. Serviços básicos de segurança computacional
• Controle de acesso: (segurança interna)
Agente Objeto
Processo Função bloqueadora Recurso
usuário, programa, etc. Função decisória mídia, dado, serviço, etc.
• Cifragem: (transferência de sigilo ou integridade)
Origem A chave d
Alvo B
chave e
Texto pleno criptograma Texto pleno original
Função Função
encriptadora decriptadora
m e(m) = c d(c) = d(e(m)) = m
• Autenticação: (confiança em sigilo para identificação)
Autenticador Verificador
senha/contra-senha
identificação Função identificação
Função
da transaçào autenticadora de origem
verificadora
da transação
token/ticket
• Certificação: (autenticação recursiva)
Autoridade Participante
certificado Função Chave de assinatura Função certificado
de origem certificadora Chave de verificação verificadora
público
registro
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23. Modelos de segurança interna
• Sistemas de controle de acesso discricionários -
Baseados no modelo de matriz de acesso de Lampson, vêem o sistema
como um conjunto de estados formados por sujeitos, objetos e autorizações.
As propriedades de segurança são definidas como transições de estado
permitidas. Inclui a abordagem do problema do armazenamento de
autorizações. (Lampson, B.: "Protection". Operating System Riview, Jan 1974 ).
• Sistemas de controle de acesso mandatórios -
Baseados no modelo de classificação sujeito-objeto de Bell e LaPadula,
vêem o sistema como um conjunto de estados onde as transições possíveis são
determinadas por axiomas e regras. Facilita a abordagem do problema do fluxo
seguro de informações. (Bell, D. & LaPadula, J.: Lampson: "Security Computer
Systems. Mathematical Foundation". MITRE Corp., Bedford, 1974
• Possíveis elementos em um modelo de segurança interna -
• Sujeitos: ........ agentes ativos do sistema computacional, que poderão
requerer acesso a objetos e que representam ameaças potenciais;
• Objetos:......... agentes passivos, contem informação a ser protegida;
• Modos de acesso: tipos de acesso que sujeitos podem exercer, causando
fluxo de informação entre objeto e sujeito ou vice-versa.
• Políticas: ....... regras para o estabelecimento de controle de acesso;
• Autorizações: conjuntos de acessos que o sujeito pode exercer;
• Direitos administrativos: privilégios p/ modificação de autorizações
• Axiomas:. propriedades da transição de estados embutidas no sistema
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24. Elementos de um modelo de segurança interna
Quadro-resumo (Castano, Fugino, Martela, Samarati)
Sujeitos: Usuários Administradores de segurança
Requisição de acesso Requisição para operação administrativa
Cotrole sobre
Processos
operações
administrativas
Acesso
Acesso negado
autorizado
Controle de acesso
Autorizações
(Função decisória)
e políticas
Acesso
autorizado
Axiomas
Objetos:
• Modelos de segurança específicos (C.,F.,M.& S.: "Database Security") -
Modelos para bancos de dados podem exigir adequações, como para tratar
múltiplas instâncias de um objeto com distintos requisitos de proteção. Várias
extensões dos modelos básicos estão descritos na literatura
• Harrison-Ruzzo-Ullman: modelo de matriz dependente de contexto.
• Take-Grant: generaliza o modelo de matriz usando grafos, com enfoque
no controle da propagação de autorizações e privilégios;
• Wood et al.: orientado para a gerência do controle de acesso em BDs
multi-camadas que seguem a arquitetura ANSI/SPARC.
• Biba, Dion e outros: estendem o modelo mandatório para BDs
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25. Controle de acesso
• Mecanismos para implementação de controle de acesso:
1- Listas de controle de acesso: banco de dados associado a objetos do
sistema, descrevendo relações de acesso com sujeitos.
2- Capacidades: ......................... banco de dados associado a objetos,
descrevendo as relações de outros objetos consigo.
3- Rótulos de segurança: ..........atributo associado ao objeto que restringe
seu acesso segundo classificação de segurança.
• Funções do controle de acesso discricionário -
1 - Alocação de autorizações (critério de necessidade de conhecimento).
2 - Autorização e gerência de direitos administrativos (privilégios).
3 - Identificação e autenticação de agentes.
4 - Monitoramento de acesso.
5 - Prevenção contra acesso não autorizado.
• Mecanismos para identificação: (ordem crescente de segurança)
1- O que o usuário sabe: .............senha, chave criptográfica, passphrase;
2- O que o usuário possui: ..........cartão magnético, cartão inteligente,
token (elemento gerador de senhas ocasionais);
3- O que o usuário “é” ................atributo biométrico inconfundível e
mensurável (impressão digital, padrão de retina, etc);
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26. Classificação de sistemas quanto a segurança
• “Arco-íris” (publicações do National Computer Security Center) -Definem
padrões de segurança computacional de sistemas para o Department of
Defense dos EUA (DoD):
1- "Orange book" .........DoD 5200.28 STD,.
2- "Red Book"...............NCSC-TG-005, interpreta o orange book no
contexto de redes de computadores.
• Trusted Computer Standards Evaluation Criteria:
O orange book classifica sistemas em classes e níveis de segurança.
• Classe D - Untrusted
Nenhuma proteção para o hardware ou para o sistema operacional (Ex.
MS DOS, Win95, MacOS, etc)
• Nível C1 - Discrecionary Security Protection
Identifica usuários por login e senha, com permissões de acesso a recursos
e dados. Login único "root" para administração (Ex.Unix)
• Nível C2- Discrecionary Access Controls
C1 com controles adicionais: de acesso por níveis de autorização, de
auditoria, e de direitos administrativos. (Ex.Unix comerciais, WinNT)
• Nível B1- Labeled Security Protection
Objetos sob controle de acesso mandatório tem suas permissões pré-
codificadas no sistema. (Ex: AT&T V/LMS, UNISYS 1100, HP UX )
• Nível B2- Structured Protection
Todos os objetos acessáveis são rotulados para controle mandatório.
Modelo formal de segurança documentado (Ex: Honeywell Multics).
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27. • Trusted Computer Standards Evaluation Criteria (cont)
• Nível B3- Security Domains Level
Mecanismos de segurança devem ser modularmente testáveis. Controle e
gerenciamento de memória por hardware.
Mecanismo de restauração e canais de comunicação confiáveis.
• Classe A - Verified Design Level
B3 com especificação formal do projeto de software e consistência do
modelo de segurança formalmente verificável. Controle na fabricação e
transporte do hardware (Ex: Honeywell SCOMP)
• O nível de segurança C2 -
Esta classe, que se tornou critério aceitável para padrão de segurança na
maioria das aplicações comerciais, tem como característica principal as
seguintes propriedades:
1- Domínio: ..........................sistema operacional auto-protegido através de
compartimentação de memória.
2- Kernel do sistema: ..........protegido contra adulterações em disco.
3- Política de segurança: ....parâmetros configuráveis dos níveis de
segurança, globalmente aplicáveis no controle de acesso.
4- Controle de acesso: .........implementa listas de permissões, com registro
configurável de acessos em arquivo de log
5- Autenticação: ..................com granularidade a nível de objeto, por
módulo protegido, com suas operações rastreáveis via log .
6- Log: ................................acesso restrito a níveis de administração e
protegido de adulterações em disco.
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28. Cifras para sigilo
• Criptografia + Criptoanálise = Criptologia
1- Cifra: é uma coleção E de funções inversíveis e: M → C, onde pares (e,e-
1
), e ∈ E são indexados por pares de chaves (e, d) ∈ K, (K=espaço de
chaves, M = mensagens e C = criptogramas) e onde
• E é grande, M* contém todos os textos de uma linguagem;
• ∀m∈M,∀e∈E[e-1(e(m))= m onde c = e(m) despista m ]
(c esconde o conteúdo linguístico veiculado em m);
2- Algoritmo criptográfico: implementação de um serviço básico por meio de
máquina ou programa. Ex: uma cifra executa encriptação [dado (e,m)
calcula e(m)] ou decriptação [dado (d,c) calcula e-1(c)]
3- Criptografia: é a arte de construir algoritmos criptográficos seguros.
4- Criptoanálise: é a arte de atacar e quebrar algoritmos criptográficos.
• Classificação de algoritmos criptográficos quanto às premissas
sobre sigilo -
1 - Restrito: Algoritmo não divulgado. Segurança da cifra deriva da
ocultação do algoritmo e das chaves.
2 - Simétrico (cifra de chave secreta): Algoritmo descrito por f:K×M→C
onde f é divulgado e d = e ou facilmente derivável (notação: e=k)
Segurança da cifra deriva de propriedades de f e ocultação de k.
3 - Assimétrico (cifra de chave pública): Algoritmo descrito por f:K×M→C
onde f, e são divulgados e d = g(e). Segurança da cifra deriva de
propriedades de f, g e ocultação de d.
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29. Criptografia Pré-computacional
• Cifras de substituição -
1 - Monoalfabética:......M=Σ= alfabeto da linguagem [Σ = { ,A,B,...,Z}].
Ex: rotação de k posições em Σ. (cifra do imperador César)
2 - Homofônica:............monoalfabética contendo escolhas.
(parecida com códigos de recuperação de erros)
n
3 - Poligrâmica: ............M=C=Σ onde Σ é o alfabeto da linguagem.
Ex.: código de compactação de Huffman, onde Σ = ASCII.
4 - Polialfabética: .........composta por n substituições monoalfabéticas, onde
n é chamado período da cifra. Usadas a partir de 1538.
n
Ex: Caso especial da cifra de Vigenère onde M=C=K=Σ , f=⊕
(f = soma bit a bit módulo 2 = “ou” exclusivo = XOR).
5 - One-time pad: .........polialfabética onde n é limite para o tamanho das
mensagens m, e cada chave k é usada apenas uma vez.
• Cifras de transposição (usadas na 1ª guerra mundial) -
n n
M=C=Σ ; E ⊆ σ(Σ ): cifra onde a encriptação e é uma permutação de n
caracteres de m, e d sua inversa.
• Cifras calculadas com rotores eletromecânicos -
(Usadas de 1920 até o final da 2ª guerra mundial)
Máquinas inspiradas no odômetro, implementam substituições
polialfabéticas de períodos extremamente longos.
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30. Exemplo de um algoritmo criptográfico
• Implementação em C da cifra de Vigenère onde
f(k,m) = k XOR m
/* uso:cripto chave arquivo_entrada arquivo_saida */
void main (int argc, char *argv[])
{
FILE *entrada, *saida;
char *key;
int c;
/*programa*/
if ((key = argv[1]) && *key!=’0’) {
if ((entrada = fopen(argv[2],”rb”))!=NULL) {
if ((saida = fopen(argv[3],”wb”))!=NULL) {
while((c = getc(entrada))!=EOF) {
if (!*key) key = argv[1];
c ^= *(key++); /*XOR*/
putc(c,saida);
}
fclose(saida);
}
fclose(entrada);
}
}
}
Considerada segura até 1920, quando foi descoberto método de ataque
estatísticobaseado na frequência de coincidências em deslocamentos sucessivos.
16
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31. Segurança de Algoritmos Criptográficos
• Ameaças da Criptoanálise:
Neutralização do despiste lingüístico ou da ocultação de chaves que
constituem a segurança de uma cifra.
• Tipos de ataques a cifras (em ordem cresceste de severidade) -
1 - Criptograma conhecido: acesso a instâncias e(mi) [i = 1,2,3...]
2 - Texto pleno conhecido: ..acesso a instâncias de pares mi, e(mi)
3 - Texto pleno escolhido:....acesso a escolhas de mi em e(mi)
4 - Texto pleno adaptativo: .escolhas iterativas de mi em e(mi)
5 - Chave comparada:..........acesso a instâncias mi, e1(mi), e2(mi),...
6 - Chave comprometida:....suborno, extorsão, roubo, vazamento de d.
• Tipos de ameaça a algoritmos criptográficos -
(em ordem crescente de severidade)
1 - Dedução de informação: ..analista ganha informação sobre bits de uma
chave, formato ou estatística de um texto encriptado.
2 - Dedução local:...................analista descobre o texto pleno de um
criptograma c interceptado.
3 - Dedução global: ................analista descobre algoritmo alternativo que
calcula e-1(c), sem conhecimento de d.
4 - Quebra total:.....................analista descobre método eficiente para obter
as chaves de decriptação d
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32. Teoria da informação
• Estruturas de linguagens naturais num alfabeto Σ:
LexL = Léxica Σ* = sequências de
Cadeias de palavras de L
letras do alfabeto Σ
SinL = Sintática
Subconjunto de LexL L SemL = Semântica
Relação de
equivalência em SinL
Código: ................representação de um subconjunto de SemL.
Cifra:....................representação de um superconjunto de LexL.
• Entropia (incerteza) lingüística - (Shannon, 1949)
Definições de "Medida de informação" H(m):
1- Dada uma mensagem m ∈ Σ*, H(m) = mínimo de bits necessários para
distinguir os possíveis significados na sintaxe de m em L.
Contexto da Árvore de derivação
mensagem Sintática de L
Conteúdo
semântico de m
Mensagem m Exemplo:
H(m) H("sexta-feira") =log2(7)
2- Medida logarítmica ponderada do inverso da probabilidade dos possíveis
conteúdos de m: (si = significado possível de m).
j
1
H(m) = − å p(si ) log( )
i =1 p(si )
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33. Entropia em Criptoanálise
• Taxa r de uma linguagem natural:
r = H(m)/|m|
Razão média entre entropia e comprimento de sentenças m na linguagem.
• Redundância DL de uma linguagem L:
DL = log2( |Σ| )-rL
A redundância relativa dL = DL/log2(|Σ|) é proporcional ao desvio
padrão na distribuição de freqüência de letras em sentenças, e à densidade de
sentenças de L em Σ*.
• Estimativas de taxa e redundância da lingua inglesa (Schneier)
rENG ≅ 1.3 bits / letra [Σ = { ,A,B,...,Z}]
DENG ≅ 3.4 bits / letra [ Σ = { ,A,B,...,Z}]; 6.7 bits / caracter [ Σ = ASCII]
• Distância de Unicidade UK de um sistema criptográfico
O quantidade de possíveis significados de um criptograma gerado por uma
chave de K e uma mensagem de comprimento n é dado pela formula
(H(K)- dLn)
2 +1.
UK é o valor estimado para n aproximar de 1 esta quantidade:
UK = H(K)/dL
Cifragens de comprimento menor que UK não podem ser deduzidas.
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34. Distribuição de freqüência de letras
Frequências do Português (arquivo genérico de 64KB)
0,18
0,16
0,14
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
a A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
0,18
0,16
0,14
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
ascii E S R D M U L G B H J K Y
32
frequência do inglês
0,18
0,16
0,14
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
ascii T I O R D U F W P G K J Z
32
20
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35. CopyMarket.com
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2. Elementos de Protocolos
Pedro Antonio Dourado de Rezende
• O que é um Protocolo?
É um algoritmo distribuído, onde a execução dos passos é alternada entre dois
ou mais agentes executores.
Algoritmo Protocolo com 2 agentes
INÍCIO
INÍCIO
Tempo
FIM FIM
Seqüência de passos do agente executor Agente A Agente B
• Premissas implícitas em um protocolo:
0 - Há um propósito especificado que motiva a execução do protocolo;
1 - Os agentes envolvidos devem conhecer completamente o protocolo,
2 - e devem também concordar em seguir (executar) o protocolo;
3 - O protocolo deve ser isento de ambigüidades, sem margem para mal
entendidos, e
4 - completo, com uma ação especificada para cada situação possível;
Agentes: 1-COMPLETOS
Especificação:
3-DETERMINANTE Propósito 4-FECHADA
2-DETERMINADOS Premissas do protocolo
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36. Protocolos em modelos de segurança externa
• Especificação de protocolo:
Uma especificação abstrai o processo, que consuma o propósito do
protocolo, dos mecanismos pelos quais este propósito é consumado.
(descrição do protocolo em nível independe de implementações)
• Protocolos criptográficos -
São protocolos que se servem da criptografia, e cujo propósito envolve o
conceito de confiança, visando atingir um ou mais dos seguintes objetivos:
1- Transferir sigilo ou verificar integridade: ...... relativo ao propósito.
2- Prevenir vazamentos: ..................................... relativo à execução.
3- Prevenir ou detectar trapaças e desavenças: .. relativo aos agentes.
4- Prevenir inferências ou conluios: ................... relativo às premissas.
• Alocação de confiança -
Conforme seu propósito e premissas, um protocolo pode prever a ação de um
agente auxiliar (i.e., desinteressado em seu propósito) para resolver impasses
entre agentes principais. ( i.e., interessados em seu propósito)
1- Protocolo arbitrado: .............usa agente auxiliar para prevenção,
durante a execução, de trapaça entre agentes principais.
2- Protocolo ajuizável:...............usa agente auxiliar para detecção, após
sua execução, de trapaça entre agentes principais.
3- Protocolo auto-verificável: ...na sua construção já há eliminação das
possibilidades de trapaças e desavenças na execução.
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37. Transferência de confiança através de protocolos
• Resolução de impasses -
Quando não possibilita a um agente deduzir, ao longo da execução, a lisura dos
outros participantes, um agente auxiliar cumpre, no protocolo, papel
semelhante a alguma instituição de fé pública (cartório, tribunal, etc.)
1- Arbitragem:.............decisões quanto à lisura dos agentes principais em
transações não confiáveis, aceitas por estes como condição de
continuidade na execução do protocolo arbitrado.
2- Mediação: ................julgamentos de disputas que possam surgir após a
execução do protocolo ajuizável, baseados em evidências invioláveis
e irrefutáveis produzidas na execução.
• Exemplo de protocolo não computacional arbitrado -
Compra de Automóvel
6- Novo DUT 7-Crédito
Detran 4- DUT, Vistoria 5- Deposito cheque Banco
8- Veículo, Árbitro 8- Transferência do
Novo DUT (Agência) crédito menos taxa
3- Cheque 3- Veículo, DUT
2- Resposta
Comprador A Vendedor B
1- Proposta
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38. Protocolos criptográficos
• Dificuldades na implementação de arbitragem em protocolos
criptográficos -
1- Impessoalidade:........programas-árbitro executando em algum ponto na
rede dificilmente inspiram a confiança necessária.
2- Custo: ......................à rede de computadores recai o custo de criação e
manutenção de um serviço de arbitragem.
3- Tempo de execução........a arbitragem consome tempo considerável, um
fator crucial para sistemas computacionais.
4- Gargalo ...........................a arbitragem trata toda transação, formando
grandes gargalos em implementações de larga escala.
5- Vulnerabilidade ......................ponto fraco para ataques ao sistema
computacional onde é implementado.
• Dificuldades na mediação em protocolos criptográficos -
Em menor escala, os itens 1, 2 e 5 descritos acima.
• Dificuldades na construção de auto-verificação em protocolos
criptográficos -
1- Natureza do problema: ...........nem todos os problemas de segurança tem
solução em protocolos auto-verificáveis.
2- Análise exaustiva: ............a auto-verifição só existe enquanto formas de
ataque ao protocolo forem desconhecidas.
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