Esta edição da Revista Espírito Livre apresenta as seguintes informações principais:
1) Uma entrevista com Flávio de Oliveira sobre a distribuição Linux GoblinX e suas vantagens leves.
2) Um artigo sobre o projeto TCOS para montar thin clients em Linux.
3) Uma matéria sobre o projeto SACIX que visa criar terminais leves para telecentros.
1. SACIX
Terminais leves com Linux
http://revista.espiritolivre.org | #002 | Maio 2009
TCOS PROJECT
Montando Thin Clients no
Linux
LEVEZA, DÚVIDA CRUEL...
Qual a melhor
distribuição Linux?
ESTABILIDADE E
PERFORMANCE
As distribuições Linux dão um
show quando o assunto é isso!
ENTREVISTA ISCA ANZOL REDE DOTPROJECT
Robert Shingledecker Cuidado, muito cuidado Gerenciamento de
fala sobre o Tiny Core, com "certos" pescadores... projetos com Software
seu novo projeto Livre
3. EDITORIAL / EXPEDIENTE
Chegamos para ficar! EXPEDIENTE
Diretor Geral
João Fernando Costa Júnior
Aqui estamos nós, depois do turbilhão e euforia quanto ao lançamento
da edição número um, retornamos com uma edição ainda mais recheada de
Editor
muita informação para você, leitor. Até o presente momento a primeira edição
João Fernando Costa Júnior
teve 8173 downloads, uma marca que a meu ver, para uma publicação com
foco específico, merece menção. E tudo isso graças a você, que está a nos ler
Revisão
neste momento e que possivelmente teve de posse da edição de número um.
Marcelo Tonieto
Se ainda não leu, corra atrás da sua!
Nesta edição, você encontrará um assunto que rende muito pano pra Arte e Diagramação
manga: distribuições leves e com propósitos específicos, trazendo uma João Fernando Costa Júnior
novidade: 2 entrevistas, a internacional, com Robert Shingledecker, criador do
Damn Small Linux e mais recentemente o Tiny Core, ambas distribuições bem Capa
focadas no objetivo de ter uma distribuição leve, funcional e de alta Nilton Pessanha
performance em computadores com baixos requisitos de hardware. A
entrevista nacional é com Flávio de Oliveira, responsável pela distribuição
Contribuiram nesta edição
GoblinX Linux, uma distro bacana e descolada, que traz um visual bem
Aécio Pires
moderno e igualmente leve. Outras duas matérias acompanham o assunto
Alexandre Oliva
principal: Um review sobre o Sacix, a distribuição Linux utilizada nos
Anderson Goulart
telecentros do Projeto Casa Brasil e uma matéria super interessante sobre o
Andressa Martins
TCOS - Thin Client Operating System, um projeto de porte e que merece toda
Cárlisson Galdino
nossa atenção.
Célio Maioli
Contamos novamente com a participação de nosso brilhante time de Cezar Taurion
colunistas e colaboradores, porém a partir desta edição com novas adições. David Ferreira
Isto mesmo! Assim que a edição de número um caiu na rede, pipocaram de Edgard Costa
pessoas de todo o Brasil (e de fora também) querendo colaborar, participar da Evaldo Junior
equipe, ajudar na parte gráfica e escrevendo matérias. Enfim, foram tantos os Filipe Saraiva
pedidos que esperamos poder corresponder a todos da melhor forma possível. Flávio de Oliveira
Já nesta edição, os leitores poderão conferir novas seções, novos rostos e
Guilherme Chaves
novas perspectivas, trazidas por estes e tantos outros que estão aguardando
Jomar Silva
seus materiais serem publicados.
Lázaro Reinã
Estamos a partir desta edição publicando uma seção extra de emails, Luiz Paulo
onde publicaremos alguns dos emails mais legais que chegaram a nossa Marcello Duarte
redação. Quer ver teu email ali publicado, então envie sugestões, opine, Orlando Lopes
mande seu recado! Paulino Michelazzo
Continuem ligados no site da revista [http://revista.espiritolivre.org], onde Robert Shingledecker
além de encontrar a atual e as edições anteriores, sempre vão rolar Roberto Salomon
novidades. Aproveitamos para avisar que buscamos parceiros em divulgação, Sinara Duarte
entre outros. Sendo assim, se seu site estiver divulgando a revista através do
nosso banner, avise-nos para que o incluamos em nossa seção de páginas
amigas. Contato
revista@espiritolivre.org
E continuamos aqui com o nosso contínuo pedido de materiais e
colaboradores: você que quiser participar de alguma forma da Revista Espírito
O conteúdo assinado e as imagens que o
Livre, não se acanhe, entre em contato e faça parte deste time que integram, são de inteira responsabilidade
está trabalhando duro pra montar uma publicação de de seus respectivos autores, não
qualidade para você, nosso leitor. representando necessariamente a
opinião da Revista Espírito Livre e de
Chegamos para ficar e contamos com você! seus responsáveis. Todos os direitos
sobre as imagens são reservados a seus
João Fernando Costa Júnior respectivos proprietários.
Editor
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |03
4. EDIÇÃO 002
SUMÁRIO
CAPA
33 Entrevista Nacional
Flávio de Oliveira mostra a todos o
PÁG. 25
GoblinX Linux e suas vantagens
37 TCOS Project
Montando thin clients em Linux
41 Sacix
Os desenvolvedores do SACIX mostram
o projeto que visa criar terminais leves
44 Leveza+Versatilidade=
Portabilidade+usabilidade
Uma fórmula e tanto...
Entrevista com Robert
COLUNAS Shingledecker
Robert fala sobre sua vida, superações,
11 Isca Anzol Rede
Cuidado com "certos" pescadores
Damn Small Linux e sobre o Tiny Core, seu
novo projeto
13 Fica no Trem!
Mantenham todos a calma
15 Prontuário eletrônico de
pacientes
É o ODF ajudando a salvar vidas
17 Cordel do GNU/Linux
E o Linux vira poesia...
20 Distribuições: Qual a
melhor?
Eis aí uma questão complicada... 87 AGENDA 06 NOTÍCIAS
22 Open source e a Academia
Como o modelo open source poderia ser
adotado na academia?
5. DESENVOLVIMENTO
46 Virado pra Lua - Parte 2 TECNOLOGIA
Que tal se tornar um "lunático"?
ODF - OpenDocument Format
49 Aerotarget
Desenvolvendo games com software
65 Uma apresentação formal para os que
livre ainda não o conhecem
54 Scrum
Uma aproximação ágil ao
desenvolvimento de software FÓRUM
ADMINISTRAÇÃO 70 Panóptico na Rede
A vigilância está crescendo e se
fortalecendo...
57 Controlador de versões
Existem vários. Escolha já o seu!
EDUCAÇÃO
59 Ocomon
Gestão de Incidentes com software livre
74 Bicho-papão
A Matemática e o Software Livre
62 dotProject
Primeiras impressões sobre o software
EVENTOS
79 FLISOL 2009 no ES
Fique sabendo o que aconteceu FLISOL
2009 em Vitória/ES
82 FLISOL 2009 em Goiás
Sucesso de público em diversas
palestras marcaram o FLISOL 2009 em
Goiânia/GO
84 DIA LIVRE no Ceará
Idéias simples e ações práticas
09 LEITOR
6. NOTÍCIAS
NOTÍCIAS
Por João Fernando Costa Júnior
Lançado NetBSD 5.0 Abertas inscrições para Encontro de Conhe-
O responsáveis pelo cimentos Livres da Bahia
projeto NetBSD lança- Estão abertas as ins-
ram a versão 5.0 des- crições para o Encon-
te sistema. O NetBSD tro de Conhecimentos
é um sistema operacio- Livres da Bahia, que
nal altamente portá- acontece de 11 a 14
vel e é conhecido de maio, no Junta Da-
ainda por ser a segun- dos, Pontão de Cultu-
da implementação open-source do BSD, depois ra Digital da Bahia, situado no Pólo Universitário
do 386BSD. Esta versão vem com grande núme- Santo Amaro de Ipitanga (Pusai/UNEB), em Lau-
ro de melhorias em performance e escalabilida- ro de Freitas. Durante o evento, a equipe do
de em multiprocessadores modernos e sistemas Centro de Desenvolvimento em Tecnologias Li-
de múltiplos núcleos. Houve ainda outras melhori- vres (CDTL), Pontão de Cultura Digital de Per-
as como o alocador de memória "jemalloc", nambuco, ministra oficinas de Áudio, Vídeo,
Xorg ao invés de XFree86 em alguns ports, o fra- Introdução ao Software e Cultura Livres e Meta-
mework de gerenciamento de energia, ACPI sus- reciclagem, além de um workshop sobre Gera-
pend/resume, e muito mais. Para fazer o ção de Renda e Sustentabilidade. Clique aqui
download desta versão a equipe prefere que se- para preencher o Formulário de Inscrição ou
ja feito a partir de bittorrent, porém existem ain- acesse http://www.tecnologiaslivres.org para ou-
da os espelhos. tras informações.
Open3G: Discador 3G para Linux Lançado OpenBSD 4.5
Lançado o primeiro relea- O time de desenvolvedores do OpenBSD lançou
se público do discador pa- a versão 4.5 do siste-
ra redes 3G da Open-Br ma. Entre as novida-
para o GNU/Linux: o des, estão um melhor
Open3G. Possui regras suporte para a arquite-
gerais para reconhecer tura Sparc64 e supor-
os mais variados tipos de te a uma nova
modems e tem as configu- arquitetura, a
rações de conexão das se- ARM/OpenMoko, ain-
guintes operadoras: da várias melhorias
Claro, Vivo, Tim, Oi e Giro. É um beta público, de suporte à hardware e diversas funcionalida-
com suporte nativo ao modem Sony Ericsson des novas, além de melhorias e limpeza de códi-
MD300 e ao Huawei E220, também testado nas go fonte. O download pode ser feito na página
operadoras Claro e Vivo. Ficou curioso? Então vi- de download.
site o site oficial.
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |06
7. NOTÍCIAS
Lançados oficialmente os GUFs - Grupos de Lançado FreeBSD 7.2
Usuários Fedora O time de engenheiros do
O Projeto Fedora Brasil infor- FreeBSD lançou a versão
ma a todos os interessados 7.2 deste sistema tão popu-
em contribuir com o Fedora lar. Ele vem repleto de novi-
que já estão criados para to- dades, incluindo suporte a
dos os estados Brasileiros uso completamente trans-
os GUFs - Grupos de Usuári- parente de superpages pa-
os Fedora. Os GUFs serão ra memória de aplicação,
organizados e coordenados suporte para múltiplos endereços IPv4 e IPv6
pelos embaixadores e representantes do Fedora para jails, csup agora suporta CVSMode para
no Brasil. Esta iniciativa tem como como objeti- baixar um repositório CVS completo, Gnome atu-
vo a representacão do Projeto Fedora em todos alizado para versão 2.26 e KDE para versão
os estados brasileiros através da participacão 4.2.2, sparc64 agora suporta processadores Ul-
em eventos, distribuição de mídias, recrutamen- traSparc-III, entre outros. Para o download, cli-
to de novos colaboradores e colaboracão com que aqui, por meio de torrent. Ufa, esta última
os sub-projetos do Projeto Fedora Brasil. Confi- semana foi a semana BSD. O DragonFlyBSD
ra os links das listas de discussão e comunida- 2.2.1 também foi lançado!
des em http://www.projetofedora.org/guf_
grupos_usuarios_fedora.
Concurso para imagem nova versão 0.47 do
Inkscape
InProprietário: o mundo do software livre O time do Inkscape e a co-
E o software livre vai às te- munidade a preparar o lan-
las! Este documentário de çamento do Inkscape 0.47
cerca de 30 minutos sobre e como já é de costume, foi
o Software Livre é o resulta- solicitado que artistas aju-
do do trabalho de conclu- dem na nova tela "Sobre"
são do Curso de para esta versão. Todos os
Comunicação Social do Cen- artistas estão convidados.
tro Universitário FIEO, produ- Para saber das regras, visite este link.
zido pelo Daniel Bianchi e
Johnata Rodrigo. Contém vá-
rias entrevistas, de algumas personalidades Mark Shuttleworth diz que Ubuntu não pode
bem conhecidas do mundo do SL, visando expli- ser um Windows
car o que é o Software Livre, sua história, no Segundo Mark, "o Windows e o Linux rodam
que ele se diferencia do software não-livre como ambos aplicações importantes. O universo do
é o software proprietário ou o software grátis, Software Livre precisa desenvolver regras
qual a sua filosofia e o porquê de ele já ser um próprias. É um universo diferente do software
sucesso. O arquivo para download tem aproxima- proprietário. Nós precisamos alcançar o
damente 300MB e está sendo distribuído livre- sucesso na nossa própria plataforma e nas
mente. Assistam, copiem, divulguem e nossas próprias regras. Se o Linux rodar
distribuam este pequeno filme, é o que os seus apenas aplicações Windows, nos não
autores pedem. O download pode ser feito via bit- poderemos vencer."
torrent.
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |07
8. NOTÍCIAS
A Fundação GNOME pede ajuda SourceForge.net: Participe do Community
A crise econômica mundial que Choice Awards
anda assolando o mercado O SourceForge.net, um dos
também atingiu o GNOME. Para maiores repositórios (senão
os que desconhecem, a GNOME o maior) de aplicações de
Foundation serve como base código aberto no mundo,
para promover o GNOME organiza a cada ano uma
Desktop. É ela que faz a ponte votação para que a
entre os patrocinadores (empresas e pessoas) e comunidade eleja os
os desenvolvedores. Durante alguns anos a melhores projetos em
fundação teve um saldo positivo nas doações, o código aberto. O prêmio
que permitiu a expansão das atividades chama-se SourceForge.net
relacionadas ao GNOME em eventos mundo Community Choice Awards e a indicação de
afora. Só que agora a coisa anda mal. Para projetos para concorrer ao prêmio começou no
ajudar, visite o site oficial do Gnome e na página dia 6 de maio, indo até o dia 29 deste mês. Os
Amigos do GNOME: http://www.gnome.org/ finalistas serão conhecidos em junho, sendo
friends, e escolha a forma que deseja contribuir. que a lista de ganhadores deverá sair no final
Outra forma de colaborar é comprar camisetas e de julho no evento OSCON. Participe você
outros "apetrechos" oficiais. Saiba mais sobre a também! Visite o site Sourceforge.net e vote.
Fundação em http://foundation.gnome.org/.
Lançado BrOffice.org 3.1.0
Novos conceitos: Menu circular no Gnome Após o lançamento
Eis que aparece uma nova e interessante propos- do OpenOffice.org
ta para o menu do Gnome, o Circular Applicati- 3.1 (internacional),
on Menu. Este menu abre-se em círculos e dele chegou a vez da ver-
saem outros submenus circulares, e complemen- são nacional. O
ta-se com o Gnome-Do. Realmente uma propos- BrOffice.org 3.1.0 já
ta inteligente e com um design bastante pode ser baixado nos mirrors do projeto. Para
futurista. O novo menu pode ser facilmente insta- baixar sua cópia em versões para Windows, Li-
lado a partir do Getdeb. Atenção que é necessá- nux, MacOS ou Solaris acesse: http://ftp.uni-
rio o Compiz ou similar para funcionar. Para camp.br/pub/broffice/stable/3.1.0/. BrOffice.org é
maiores informações, visite o site do projeto. uma suíte de programas de escritório totalmente
Será que a era das barrinhas (verticais e gratuita utilizada por milhões de brasileiros. Pa-
horizontais) acabou?! Só o tempo dirá... ra mais informações, visite o site oficial do
BrOffice.org.
Quer comentar sobre algo desta edição? O
que gostou? O que não gostou? Participe!
Envie seu comentário e/ou notícia para
revista@espiritolivre.org.
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |08
9. COLUNA DO LEITOR
EMAILS,
SUGESTÕES
E COMENTÁRIOS Maxime Perron Caissy - sxc.hu
Esta seção foi criada para dividirmos com você Em nossa rede municipal de ensino, o Linux
leitor o que andam falando da gente por aí... veio para ficar e a cada dia, em cada escola,
Foram tantos emails e comentários no site da com cada educador nos deparamos com a
revista que ficou até difícil selecionar o que Síndrome do Peter Pan Digital e me sinto como
apareceria e o que não apareceria aqui. Muitos a Sininho, tentando espalhar o pozinho por
comentários dando uma força para nós da onde passo e muitas vezes, tendo que voltar
revista, realmente algo que dá um sentido todo várias vezes para lançar novamente e tentar
especial ao trabalho desempenhado pela "contaminar" estes novos usários. Mas como diz
equipe. Ah! Continuem enviando suas João Fernando: Vamo que vamo! Parabéns
sugestões e comentários! pela iniciativa e pela qualidade dos artigos.
Karla Capucho - Vitória/ES
Gostaria de dar os parabéns pela iniciativa, é a
1a vez que leio uma revista sobre opensource Gostaria de parabenizá-los pela iniciativa. O
de tão alta qualidade. Temas modernos e bem conteúdo da revista está muito bom. Meu
abordados, a diagramação também está ótima. comentário é sobre o projeto de lei contra o
Faço questão de prestigiar aquilo é bem feito. A cibercrime. Na minha opinião tal proposta
Revista Espírito Livre já está no meu agride diretamente o ideal da colaboração. É
bookmarks. uma alternativa tão utópica que chega a ser
Benjamim Góis - Belo Horizonte/MG absurda, muito distante da nossa realidade.
Nossos políticos deveriam estar mais
Nesta manhã de segunda-feira em Vitória, pós preocupados, por exemplo, com o projeto de lei
feriado, trânsito enlouquecido pela paralisação PL-7109/2006, que fala sobre a regulamentação
do transporte coletivo e chegada tumultuada ao das profissões em Tecnologia da Informação.
trabalho... recebo um email sobre a publicação Fica como sugestão para um próximo artigo.
digital da revista. Pensei em ler num intervalo Douglas Lima - Volta Redonda/RJ
de tempo durante o trabalho, resolvi abrir
apenas o sumário, pronto! .....fui contaminada, Só gostaria de comentar que achei fantástica a
como parar de ler artigos criativos como do revista! Parabéns a equipe.
Alexandre Oliva? A abordagem atual da colega Helton Eduardo Ritter - Três de Maio/RS
Sinara Duarte sobre o Linux nas escolas, etc..
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |09
10. COLUNA DO LEITOR
Gostei muito da iniciativa de criar a Revista Nossa!!! Muito boa a revista. Sou um estudante
Espírito Livre. É bom saber que a cada dia mais de informática e estou começando agora no
usuários e entusiastas de softwares livres se mundo open source. As matérias sobre a LPI e
reunem e promovem uma grande iniciativa as dicas pra quem quer desenvolver software
como esta, contribuindo muito com a livre não poderiam ter vindo em melhor hora.
abrangência do tema, que a todo momento Parabéns pela revista, além de ter um ótimo
ganha mais espaço no mundo inteiro. conteúdo, me deu bastante estímulo.
Marllus de Melo Lustosa - Teresina/PI Régis F. Brilhante - Mauriti/CE
Conheci a Revista Espírito Livre hoje e gostei A revista Espírito Livre em sua primeira edição
muito do estilo e das matérias. É um trabalho é uma ótima fonte de conhecimento e
realmente bem feito, certamente com emprego divulgação, traz material que atende desde o
de muito empenho. publico iniciante ao avançado e de forma livre.
André Nunes - Salvador/BA Espero que continuem fazendo esse excelente
papel, e que a comunidade ajude a divulgar o
Quero parabenizá-los pela revista. As matérias conhecimento. Agradeço a todos os
estão super atuais e abriram a revista com contribuintes pelo trabalho. Estou ansioso para
chave de ouro. A diagramação deixou o texto ler a proxima edição.
bem claro e não cansativo, ponto pra vocês. Franzvitor Fiorim - Serra/ES
Sucesso!
Tarcísio Cavalcante - Curitiba/PR Ótima conquista para o mundo do software
livre.
Gostaria de parabenizá-los pela revista, linda, Ricardo Martiniano - João Pessoa/PB
bem elaborada, leitura altamente dinâmica,
show! Meus parabéns pela iniciativa, não tenho
Andrea Talarico - Ribeirão Preto/SP dúvidas que esta revista vai estourar em todo
Brasil.
Gostei muito da revista se voltar para o software Carlos Henrique - Brasília/DF
livre. Sou professor de informática e leciono
para cursos técnicos e educacionais. Sempre Saudações! Gostaria de expressar minha total
busco utilizar softwares livres e propagar esta satisfação pelos temas que a revista "Espírito
filosofia. Livre" aborda. Realmente o conteúdo visa fazer
Jefferson Marinho - São Paulo/SP com que o leitor compreenda o texto sem que
este seja um profissional do ramo. Empolgante
Uma revista com assuntos diversos referentes a também é o fato dela ser livre, sendo livres
software livre. Inovando com assuntos jamais podemos ir mais adiante e isto é muito
explorados em outras revistas online. Excelente estimulante. Que a força esteja com vocês,
publicação que está chegando com todo gás. sucesso!
Alan Messias - Camaçari/BA Caiocesar Bayerl Fornaciari - Iconha/ES
Gostaria de parabenizar a todos pela Já baixei e já li, sensacional. Parabéns pela
publicação da Revista Espírito Livre. iniciativa e desejo muita sorte na nova
Precisamos cada vez mais de iniciativas como empreitada.
essa para o bem da comunidade e para Ariovaldo Carmona - São Paulo/SP
crescimento do SL.
Corintho Fernandes Neto - Manaus/AM
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |10
11. COLUNA · ALEXANDRE OLIVA
Isca Anzol Rede
Por Alexandre Oliva
Asif Akbar - sxc.hu
Os usuários de software diversas). voltar a nos alimentar, com
de maior consciência social já Mesmo quem entende e tranquilidade e segurança, de
notaram que, ao morderem a is- valoriza a liberdade, e portanto bits de camarão e de informa-
ca, incentivam os pescadores faz o possível para evitar os an- ção.
de usuários a continuarem se zóis, é às vezes vitimado por Pescadores do software,
valendo de anzóis escondidos esses dispositivos feitos para anti-éticos que são, já encon-
para capturá-los. Não por aca- enganar e aprisionar. A diferen- traram outra estratégia para lu-
so, pescadores têm recorrido à ça é que, uma vez fisgados, al- dibriar suas presas, inclusive
Grande Rede como mecanis- guns concluem que o melhor se beneficiando do movimento
mo alternativo para aprisiona- que lhes resta a fazer é sabore- solidário dos usuários, o Movi-
mento. Que fazer para evitar ar a isca, relaxar e gozar a via- mento Software Livre, contra a
esses perigos? gem, enquanto os mais captura imediata por meio de
conscientes batalhamos para anzóis.
Hora da bóia! nos libertar até o fim das for-
A história começa com ças, mesmo sacrificando recur-
sos importantes e Lança-se a Grande Rede
um apetitoso pedaço de cama- Os espertinhos começa-
rão, minhoca ou qualquer ou- convenientes, tais como partes
da boca, do computador ou de ram a semear as iscas no éter
tra funcionalidade que possa digital, usando a Grande Rede
atrair usuários. No mesmo pa- sítios.
para envolver os cardumes de
cote, cuidadosamente projeta- Muito mais inteligente é usuários atraídos por elas, con-
do para ludibriar a presa, vem não mordermos a isca: além duzindo-os, desprevenidos,
o anzol, característica malicio- de não corrermos o risco de até a captura definitiva.
sa destinada a restringir e apri- captura, ainda desanimamos o
sionar o usuário, de forma pescador. Quanto menos usuá- Curioso e preocupante é
técnica (negação de código fon- rios cairmos na armadilha, mai- que a Grande Rede pode apri-
te, DRM, Tivoização) ou jurídi- or a chance de os pescadores sionar o usuário de duas ma-
ca (contratos restritivos, abandonarem essa estratégia, neiras: tanto no micro-
licenças limitantes, ameaças de modo que todos possamos ambiente do próprio usuário
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |11
12. COLUNA · ALEXANDRE OLIVA
quanto pelo acesso ao sítio do so às crias, podendo utilizá-las É verdade que o futuro
pescador. para fins indesejados ou até do usuário capturado pela
Na primeira, a isca não fi- oferecê-las a terceiros. Sem Grande Rede ainda tem chan-
ca presa a um anzol, nem ao controle, o usuário fica à mer- ce de não ser, digamos, nebu-
ambiente do usuário: o pesca- cê do pescador, mesmo que loso. Afinal, há pescadores
dor envia-lhe as iscas goela possa obter receitas e especifi- que devolvem suas presas à li-
abaixo diretamente de seu sí- cações do ambiente (como re- berdade, ainda que às vezes
tio. São iscas com tecnologias quer a GNU Affero GPL) e com sequelas. Mas há os que
AJAX, Flash e Java, entre ou- configurar seu próprio ambien- capturam prisioneiros para que
tras. O usuário as processa te adaptado em sítio alternati- vivam em cativeiro. Uma vez
nas próprias entranhas, sem vo. no aquário, pular fora é difícil e
muita chance de adequá-las Até no caso de uma aplica- perigoso, possivelmente fatal,
às suas preferências e ção colaborativa como, diga- especialmente para as crias
necessidades. Distraído pelas mos, a fecundação dos ovos, é deixadas para trás. É melhor
iscas, nem percebe que a rede essencial para os usuários que evitar! E que faz um usuário
vai ocupando cada vez mais eles, e não um pescador, pos- consciente para evitar os peri-
espaço ao seu redor. Pior que sam controlar o acesso aos gos das iscas, dos sítios e das
é o pescador quem decide o ovos e o ambiente em que são redes dos pescadores? Nada!
que a vítima consumirá, a mantidos. Não bastam as espe- Nada para bem longe deles!
cada visita. Nessas condições, cificações do ambiente do sítio
as iscas são um perigo mesmo mantido pelo pescador. Se os Copyright 2009 Alexandre Oliva
que suas receitas sejam usuários não puderem levar su-
originalmente Livres. Pior as crias para outro sítio, elas Cópia literal, distribuição e publica-
ainda com as descaradamente se tornarão reféns, usadas pa- ção da íntegra deste artigo são permi-
tidas em qualquer meio, em todo o
não-Livres, que usam Ofuscript ra controlá-los. mundo, desde que sejam preserva-
às centenas de toneladas. das a nota de copyright, a URL oficial
do documento e esta nota de permis-
Na segunda maneira, o são.
Nada é perfeito?
pescador estende a rede entre Os pescadores têm muitís-
http://www.fsfla.org/blogs/lxo/pub/is-
usuários e um sítio convidativo simo interesse em controlar as
ca-anzol-rede
para depositarem e manterem gerações atuais, mas não lhes
seus ovos e informações pesso- basta. Esperam imbuir nas ge- ALEXANDRE
ais. Mesmo que não sejam cap- rações que nascem e crescem OLIVA é engenheiro
turados, usuários correm o sob sua influência a aceitação
de Computação e
Mestre em Ciências
risco de que, mais tarde, a pas- desse desrespeito à liberdade. da Computação.
sagem não esteja mais livre; Inocentes usuários, por sua Usuário,
de que suas crias nasçam em desenvolvedor,
vez, parecem não perceber o evangelizador de
cativeiro. risco para si mesmos e suas cri- Software Livre e
contribuidor do
Antes do advento da re- as. E que faz um usuário desa- projeto GNU desde a
de, o usuário podia defender visado para evitar os perigos década de 90.
Engenheiro de
pessoalmente suas crias de das iscas, dos sítios e das re- Compiladores na
ameaças externas, mantendo- des dos pescadores? Nada! Fi- Red Hat desde
fevereiro de 2000.
as sob seu controle em seu pró- ca por ali mesmo, crédulo e Co-fundador e
prio micro-ambiente isolado. Já crente no conforto e na segu- conselheiro da
FSFLA - Fundação
no sítio, é o pescador quem rança do ambiente controlado Software Livre
controla o ambiente e o aces- pelo pescador. América Latina.
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |12
13. COLUNA · PAULINO MICHELAZZO
Fica no trem!*
Por Paulino Michelazzo
Ali Taylor - www.sxc.hu
Estava frio, um frio de las- bombas de gás. Um palco ar-
car. Daqueles que dói nos os- mado com boa dose de adre-
sos e as mãos ficam azuis. nalina correndo nas veias por
Tudo bem, era por uma boa estarmos no meio do confron-
causa afinal não é sempre que to.
pode-se conhecer uma cidade Passam os minutos e na-
de uma civilização secular per- da daquele que ia nos levar pa-
dida no meio do nada incrusta- ra a cidade sagrada aparecer.
da entre montanhas das mais Alguns, diziam, o trem estava
altas e vegetação grandiosa. parado na cidade aguardando
Mas existia algo que sus- o desfecho do evento. Outros
surrava a possibilidade de me- acreditando que não iria apare-
lar a oportunidade única. A luta cer trem nenhum e outros ain-
pela liberdade se formava dian- da pensando estar cometendo
te de nós e corria o boato de o maior erro de suas vidas. O
acabar com o passeio de to- sol começa a aparecer e apro-
dos. De um lado, manifestan- veita-se para esquentar a pele
tes reivindicando não sei o que e respirar um pouco de ar fres-
e, de outro, o símbolo máximo co fora do ônibus que mais pa-
da ordem social; a polícia com recia lotação paulistana em
seus escudos, capacetes e manhãs de chuva. Neste meio
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |13
14. COLUNA · PAULINO MICHELAZZO
tempo não somente o sol es- seu caminho e depois de hora Curioso para saber como
quenta, mas também os âni- e meia, faz uma pequena para- fez para voltar a nos acompa-
mos de ambos os lados e da numa antiga estação para nhar, descubro que o velho
começa, do nada, a chuva. que subam alguns outros pas- GNU foi resgatado da platafor-
E a chuva era diferente, sageiros. Neste momento para ma de trem por um grupo de
feita de pedras e bombas de a surpresa de todos (ou de qua- nacionais que vinham na com-
gás. De um lado, nativos man- se todos), o mesmo estranho re- posição seguinte e viram aque-
dando ver bem ao estilo clássi- solve descer do trem para uma la inconfundível figura a
co de futebol e de outro, men “rápida esticada nas pernas”. caminhar feito gato em dia de
in black com suas bazucas fla- - Não desça, protestam al- mudança se questionando: o
mejantes. No meio, quem? Os guns. O trem irá partir e não po- que vou fazer da vida?
maiores defensores da liberda- derá voltar Pelo menos a história te-
de do software mundial enfurna- - Mas eu quero descer... ve uma vantagem; em todo o
dos na já comentada lotação, trajeto de retorno não tivemos
esperando por aquele projétil - Não desça! nenhuma surpresa. Parece
que iria entrar pelo vidro. E quem disse que deu cer- que a síndrome do “esquece-
No meio da baderna um to? Lá vai ele caminhando pelo ram de mim” deixou-o cabisbai-
“gênio” tem a iluminada idéia: vagão e desce à plataforma pa- xo.
ra seu tranqüilo caminhar no * A história é verídica e
- Quero sair! meio do fim do mundo. Como passa-se em Cusco/Machu Pic-
- Mas porque quer sair no verdadeiros videntes, o trem lo- chu no Peru em 2003
meio desta loucura toda? go depois começa seu chacoa-
- Quero sair! Nunca senti lhar sem nosso insólito e
cheiro de gás lacrimogênio na teimoso passageiro que fica
vida. Quero sair! perdido há milhares de quilôme-
tros de casa sem falar o idioma
Sob protestos de todos, local e somente do notas de dó-
lá desce o mais estranho de to- lar. PAULINO
dos para, numa fungada de MICHELAZZO é
dar inveja a qualquer baleia, Seguimos viagem e duas diretor da Fábrica
respirar um pouco da fumaça horas após chega aquele que, Livre
já tão famoso pelos seus feitos (www.fabricalivre.
que estava ao redor do ônibus com.br), empresa
e voltar em menos de um minu- no software livre, agora era fa- especializada em
to com os olhos vermelhos san- moso pela sua excentricidade soluções para
Internet com
gue e a garganta queimando em terras latinas. Avistando-o ferramentas de
como o inferno. Dizem que ao longe comento com meu gestão livres. Foi
diretor mundial da
quem avisa amigo é mas tam- amigo e compadre: veja lá Mambo Foundation,
bém cachorro velho não apren- quem saiu da tumba! E este, System Develop
mais que depressa e com seu Specialist da ONU
de truque novo... no Timor Leste. É
humor afiado, retruca: que sor- instrutor de CMS's
Passada a pancadaria, te, seria o primeiro GNU perdi- (Drupal, Joomla e
chega o trem e todos embar- Magento). Escreve
do nestas bandas do planeta. regularmente para
cam rapidamente para quem sa- No mínimo daria uma pesquisa diversos canais na
be não se tornarem alvos Internet e
da National Geographic dentro publicações técnicas
ambulantes. Minutos depois, a de alguns anos. no Brasil e em
velha máquina diesel começa Portugal.
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |14
15. COLUNA · EDGARD COSTA
Padrão ODF
e o Prontuário
Eletrônico de
Pacientes
Por Edgard Costa
Lemos e ouvimos no ra- da, que exibir em seus logoti- dando condições para o Minis-
dio e televisão, todos os dias, pos esta imagem padrão no tério da Saúde realocar os re-
o desafio que é, para o cida- cooperativismo. cursos, tanto humanos como
dão brasileiro, conseguir obter A Agência Nacional de em espécie, para áreas em
uma vaga em uma unidade de Saúde, recentemente, lançou que, realmente, são necessári-
saúde ou mesmo uma consul- a primeira iniciativa governa- as, melhorando sua aplicação
ta médica. mental para implementação fu- e fiscalização, o que certamen-
Planos de Saúde, junta- tura do Prontuário Eletrônico te fará com que o atendimento
mente com as operadoras de te- de Pacientes, o T.I.S (Troca de ao cidadão brasileiro se torne,
lefonia móvel ou fixa, são Informação na Saúde Suple- minimamente, civilizado.
campeões de reclamações no mentar), que tem como princi- A adoção de um Prontuá-
PROCON. O governo brasilei- pal finalidade fazer as rio Eletrônico de Pacientes não
ro vem tomando algumas inicia- Operadoras de Planos de Saú- se dará de forma pacífica. En-
tivas, ainda tímidas, para de informem, em tempo real, tre os problemas que deverão
racionalizar e equacionar estes os procedimentos médicos a ser enfrentados podemos des-
problemas, criando a Agência que estão se submetendo tacar os seguintes:
Nacional de Saúde (ANS ) pa- seus associados. a) Regionalismos Lingüísticos;
ra fiscalizar as operadoras de Estudos conduzidos por b) Facilidades na manipulação
Planos de Saúde que, em tem- Universidades Brasileiras mos- de arquivos de papel;
pos remotos, eram monitora- tram que, se adotado um Pron- c) Personalização da codifica-
das por uma diretoria do tuário Eletrônico de Pacientes ção do Prontuário;
Banco Central especializada Universal, o governo brasileiro d) Pouco gasto em treinamen-
em seguros. Imagine, leitor, poderá economizar algumas to de pessoal auxiliar;
que Cooperativas Médicas ( ex- centenas de milhares de reais e) Validade Jurídica, comprova-
emplo Unimed ), quando cria- em procedimentos desnecessá- da, dos arquivos de papel;
das, eram registradas no rios ou solicitados sem ne- f) Gastos imensos com imple-
Ministério da Agricultura, por- nhum critério específico. mentação de plataformas de
que só este órgão público regu- Hardware e Software;
lava a criação de empresas A adoção do PEP gerará
um imenso banco de dados, g) Gastos imensos com imple-
cooperativas. Por isto tem, ain-
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |15
16. COLUNA · EDGARD COSTA
mentação de Redes de Compu- hospitalar; mas para gerar e gerenciar o
tadores. Tanto locais como ex- 3.PKCS-12 – padrão para certi- Prontuário Eletrônico de Paci-
ternas; ficação digital. entes. Ela poderá gerar este
h) Falta de cultura na utiliza- PEP utilizando uma ferramenta
ção do computador, tanto pelo Não seria plausível imagi- já muito conhecida, em várias
profissional de saúde bem co- nar que softwares para PEP instâncias do governo, que é o
mo do pessoal auxiliar; usassem padrão de documen- BrOffice.org que se integra,
i) Preço do certificado digital e tos proprietário por razões clás- perfeitamente, com várias pla-
hardware para a sua utilização; sicas. Vou citar apenas uma. taformas de banco de dados,
j) Segurança e privacidade na Imagine não se conseguir abrir gera formulários com extrema
manipulação das informações um determinado laudo radiológi- rapidez e com forma visual
médicas. co determinante para um ato ci- agradável para o usuário, pode
rúrgico porque não se tem a ser instalado e atualizado por
Os argumentos contrários mais nova versão do software demanda, se integra muito
aos da resistência são: editor como aconteceu quando bem com python, via Macros
houve a tragédia no continente ou APIS para manipulação de
a) Redução de custos; Asiático motivada por um terre- imagens médicas.
b) Redução na redundância de moto, em que países não pude-
Exames; Enfim, outros tempos pa-
ram enviar ajuda humanitária ra a saúde estão por vir. Claro
c) Reconstrução da história do para a região atingida porque
Paciente de forma completa; que os desafios para imple-
não conseguiram abrir, em mentação de um projeto auspi-
d) Facilidade Organização; seus computadores, os ofícios
e) Racionalidade de Espaço; cioso, que determine um
encaminhados por não terem a tratamento digno para o cida-
f) Interoperabilidade; versão atualizada deixando cen-
g) Intercâmbio de layout de da- dão brasileiro, são incomensu-
tenas de pessoas com sede, fo- ráveis. Como já diziam os
dos; me e sem remédios.
h) Processamento contínuo sábios chineses: “ Para uma
dos dados; Outra razão é que o pa- longa jornada temos que dar o
i) Integração com outros siste- drão ODF já está pronto para primeiro passo”. Estamos co-
mas de informação; usar certificados digitais. meçando a andar. E andar na
j) Dados atualizados. Como todos sabem, o direção certa.
ODF é largamente programá- Maiores informações:
E o ODF em que lugar en- vel, facilitando em muito a gera-
tra nesta história complexa? ção de grandes quantidades Site Prontuário Eletrônico:
de relatórios, da automação do www.prontuarioeletronico.odo.br
O ODF (Formato aberto
de documentos) já é um pa- envio de documentos por
drão ISO oficializado e conheci- email, de imagens, criação da Site ODF Alliance Brasil:
versão final do PEP que deve- http://br.odfalliance.org
do mundialmente como os
demais que compõe o PEP rá ser em PDF- A, e interoperá-
vel. EDGARD COSTA é
que são: membro do Grupo
Além disto tudo, há a ra- de Usuários
1.DICOM – para imagens médi- BrOffice.org do
cas; zão maior. A financeira. A rede Estado de S.Paulo,
pública tem que, obrigatoria- Assurer Cacert –
2.HL7 (Health Level seven) pa- Certificação Digital e
ra comunicação entre os módu- mente, aplicar os escassos re- autor do Livro
los que compõe o sistema cursos na atividade fim e não BrOffice da Teoria à
Pratica.
comprando sofisticados siste-
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |16
17. COLUNA · CÁRLISSON GALDINO
Cordel do
GNU/Linux
Por Carlisson Galdino
Lynne Lancaster - sxc.hu
Literatura de cordel é Cordel do GNU/Linux
um tipo de poesia Para funcionar
Tem gente que pensa Precisa programas
popular especialmente Que computador E o programador
no Nordeste brasileiro. É calculadora Vivia um drama
Tradição de Portugal, os Mal lhe dá valor Sem poder dormir
livretos deste tipo de Mas ele é bem mais Tranquilo na cama
Que pode supor
poesia eram vendidos
O computador
em feiras, pendurados Tem gente que pensa E um bicho danado
em barbante (ou cordel). E pensa saber Dentro tanta coisa
O que é o negócio Fora outro bocado
Chamado PC Monitor de vídeo
O Cordel do GNU/Linux Pensando que é só E mouse e teclado
Máquina de escrever
é escrito em sextilhas
E aqueles lugares
em rima x-A-y-A-z-A, Mas computador De botar disquete
usando redondilhas É bem mais que isso CD ou outra coisa
menores (versos de É um equipamento É coisa pra peste!
Robusto e preciso Memória e circuitos
cinco sílabas poéticas). Que é diferente Bios, chipset
De tudo que é visto
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |17
18. COLUNA · CÁRLISSON GALDINO
Cada fabricante No computador Havia um sistema
Já que é seu direito Cada placa ou peça Que se utilizava
Cada componente Na Universidade
Fará do seu jeito E os outros programas E se apreciava
Eis o pesadelo Conversam com ele Era S. O. Unix
Que já estava feito De um jeito padrão Como se chamava
Sem muito enfeite
Pois antigamente E o Operacional Uma confusão
Cada programinha Faz o papel dele Num tempo confuso
Tinha que saber Mudou o cenário
A história todinha Assim um programa E impediu seu uso
E usar do PC Pra grande espanto Pelo copyright
Tudo o que ele tinha Não era como antes Ou foi seu abuso
Pois com grande encanto
Um programa feito Feito só uma vez Para resolver
Rodava somente Roda em qualquer canto Tão triste questão
Num computador Um novo projeto
Pra outro diferente Pra ter um Sistema Surgiu logo então
Teria que ser Operacional O Software Livre
Feito novamente Chamado S. O. Teve uma Fundação
Temos afinal
Como um instrumento Umas opções GNU Não é Unix
Feito por medida Como é normal Era este o projeto
Que não funcionava Criar um S. O.
Em outra guarida O mais conhecido Unix aberto
E isso complicava Se chama Windows Era o objetivo,
De todos a vida Mas diversidade Perfeito e completo
É um negócio lindo
Foi quando alguém E não tem só ele Assim foi nascendo
Teve uma sacada E há outros surgindo Foi bem natural
Fazer uma coisa Surgiu um Sistema
No centro instalada Inclusive um Operacional
Pra cada programa O melhor que tive Dando liberdade
Não precisar nada Falaremos dele Ao usuário final
Que ouça quem vive!
Essa coisa estranha E o melhor de tudo Free Software Foundation
No canto central É software livre Ou FSF
Chamou-se Sistema Criou o GNU
Operacional Sobre soft livre Embora tivesse
Ou Operativo Falei outro dia Faltado uma coisa
Lá em Portugal Do nosso sistema Que ela fizesse
Fala esta poesia
É esse programa Para quem não sabe Ainda não disse
Que quebra a cabeça Ou pouco sabia Pra não confundir
Pra saber usar Se você entendeu
Tudo o que apareça Tudo até aqui
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |18
19. COLUNA · CÁRLISSON GALDINO
Vamos com cuidado Um dia encontrou O famoso Debian
Então prosseguir Num golpe certeiro Que uso desde antes
O S. O. GNU O Ubuntu, que é bom
Pois é que um Sistema Se uniu por inteiro Para iniciantes
Operacional Fedora, Mandriva
Tem dentro de si Feitos um pro outro E muitos restantes...
Pra ser funcional Corpo e coração
Muitos programinhas GNU e Linux Espero que tenha
E uma parte central Fizeram união Entendido o recado
Assim se tornaram Sobre esse Sistema
A parte central Úteis desde então Que já é comentado
De todo S. O. Mas o assunto é um pouco
É chamada kernel O tempo passou Mesmo complicado
Não funciona só Do norte ao sul
Mas é necessária Ele é utilizado Adeus a quem leu
Senão, tenha dó... Sob o céu azul Com isso se importe
Mesmo que esqueçam Se quiser tentar
Claro que a FSF O nome GNU Esse S. O. forte
Disso bem sabia Desejo a você
Então planejou Pois chamam Linux Boas vindas, boa sorte!
Uma engenharia O Sistema inteiro
Bem sofisticada Esquecem GNU
Pro que ela queria Que veio primeiro
O Linux que é
Mas esse tal kernel Dele um parceiro
Nunca ficou pronto CARLISSON
GAUDINO é
E longe do States Mas o importante Bacharel em Ciência
De um outro canto É a qualidade da Computação e
pós-graduado em
No país Finlândia Que o sistema traz Produção de
Veio um novo espanto E a liberade Software com
Ênfase em Software
E sem falar que Livre. Já manteve
Um kernel foi feito Vírus não o invade projetos como
Por prazer, não dor IaraJS, Enciclopédia
Omega e Losango.
Aberto e robusto Há muita opção Hoje mantém
Como se sonhou Pra quem quer usar pequenos projetos
em seu blog
Chamado Linux GNU com Linux Cyaneus. Membro
Devido ao autor Pra então se livrar da Academia
Arapiraquense de
Do S. O. fechado Letras e Artes, é
O kernel Linux Pra se libertar autor do Cordel do
Software Livre e do
Cresceu bem ligeiro Cordel do BrOffice.
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |19
20. COLUNA · ROBERTO SALOMON
Distribuições:
Qual a melhor?
Svilen Mushkatov - sxc.hu
Por Roberto Salomon
Não sei se acontece com Longe de mim pretender
todos mas inevitavelmente, em esclarecer este ponto mas não
uma conversa com alguém no posso perder a chance de dar
trabalho, surge a dúvida: qual a minha opinião sobre o assun-
a melhor distribuição? Respon- to. Como ex-usuário de SuSE
der o inevitável "depende" pare- (do jeito que se escrevia na
ce apenas reforçar a dúvida e época) e atual usuário de
acabo puxando uma cadeira Ubuntu (pronto, acabei de es-
pois acaba sendo uma conver- clarecer, logo de cara, qual a
sa para dois barris de chope. distribuição que uso) e já ten-
Cada um de nós tem uma do trabalhado com Conectiva,
distribuição do coração. Quan- Mandrake, Mandriva e Red
do duas pessoas começam a Hat, acho que posso comentar
discutir "distros", parece até dis- um pouco sobre distribuições
cussão de time de futebol. Nin- sem correr muitos riscos.
guém concorda. E, quando Vamos começar pelo que
concordam em uma, não conse- é, formalmente, uma distribui-
guem concordar no porquê. ção. Uma distro é uma coleção
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |20
21. COLUNA · ROBERTO SALOMON
na, segundo um conhecido
meu. O que estas pessoas não
entendem é que a existência
de tantas distribuições diferen-
tes apenas comprova a força
... a melhor da comunidade e do próprio
distribuição é aquela que atende conceito do Software Livre.
Não apenas sou livre para es-
a sua necessidade. colher os softwares que quero
usar como também sou livre
Roberto Salomon
para escolher como quero em-
pacotá-los.
Acho que acabei divagan-
do um pouco e deixei no ar a
nharam o volume que as “duas principal dúvida: qual a melhor
de software mantida por um gru- grandes” conseguiram). Os ar- distribuição? A resposta? Eu
po com interesses mais ou me- gumentos de pacotes existiam, não sei. Para mim é a que es-
nos comuns. Digo mais ou mas logo o argumento da tecno- tou usando no momento. Para
menos porque não importa logia usada para distribuir apli- uma empresa, deve ser aquela
qual distribuição adotada, tem cativos ganhou o palco na que oferece o suporte mais
sempre aquele aplicativo que comunidade mais técnica. Pas- confiável. Para outros, aquela
não está disponível. Apenas es- samos a discutir qual o melhor: que empacota o maior número
sas diferenças de conteúdo cos- RPM ou DEB. de jogos ou a que roda naque-
tumam suscitar discussões le modelo de telefone celular.
muito interessantes sobre qual E o mundo continuou a an-
a melhor distribuição e já ouvi dar. E as comunidades a discu- No final da história, a me-
argumentos de todos os tipos tir. lhor distribuição é a que aten-
sobre o por que da distro “A” Hoje temos as distribui- de à sua necessidade.
ser melhor que a distro “B” só ções especializadas nos mais
porque tem este ou aquele pa- diversos nichos. Tenho estuda-
cote. do algumas distribuições como
Quando o universo das o DSL (Damn Small Linux) que Maiores informações:
distribuições começou a se con- se propõe a montar um ambien-
solidar, elas logo se dividiram te completo em menos de Blog do Roberto Salomon:
em dois grandes grupos: as ba- 50MB ou o Coyote que monta http://rfsalomon.blogspot.com
seadas na Red Hat e as basea- um kernel com pilha de rede e
das em Debian. E as firewall para cargas de até 200
discussões começaram para va- usuários em um ambiente míni-
ler. (Antes que me joguem pe- mo. Isso sem falar da nova ma- ROBERTO
dras, não me esqueci do Slack nia nacional: as distribuições SALOMON é
“remixadas” para os netbooks. arquiteto de software
nem do Knoppix ou mesmo do na IBM e voluntário
Gentoo, todas distribuições ex- Quem vê de fora não en- do projeto
BrOffice.org.
tremamente competentes mas tende como conseguimos convi-
que, apesar de contar com ver com tantas distribuições.
usuários apaixonados, não ga- Uma para cada dia da sema-
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |21
22. COLUNA · CÉZAR TAURION
.hu
- sxc
kas
s Ce
Justa
OPEN
SOURCE E A
ACADEMIA
Por Cézar Taurion
Outro dia fiquei imaginan- pensado! orgânicas ou sejam, auto orga-
do como o modelo Open Sour- Mas, não é só. Existe ou- nizadas, e incentivam proces-
ce poderia ser adotado na tro grande desafio no ensino sos informais de aprendizado
academia. Na minha opinião, o de disciplinas de computação. em grupo. Podemos classificá-
modelo de ensino tradicional A evolução tecnológica e a de- las como “learner-centric”. Na
adotado hoje por muitas univer- manda de conhecimento evolui minha opinião, os projetos
sidades ainda assume um pro- muito rapidamente. Imaginem Open Source são um belo ex-
cesso de aprendizado formal, um curso de graduação de qua- emplo de ecossistemas de
geralmente individualizado e tro anos em ciência da computa- aprendizado, pois as comunida-
centrado no professor (teacher- ção. Excetuando-se as des Open Source conseguem
centric). Os alunos são medi- disciplinas básicas, metade do prover e distribuir, de forma
dos por testes e fazem, ao fim que o aluno aprende nos primei- sustentável, o conhecimento
do ano o famoso TCC (traba- ros anos estará obsoleto lá pe- necessário para a produção de
lho de conclusão do curso) de lo terceiro ou quarto anos. Os software de boa qualidade.
forma individual. Colaboração mecanismos de atualização Alem disso, do ponto de vista
e team-work não são valoriza- dos cursos atuais ainda estão, do aprendizado, o compartilha-
dos nestes testes! São chama- em sua maioria, adaptados mento de informações trans-
dos de cola e combatidos...E aos tempos pré-Internet e não cende os skills de
na maioria das vezes os testes conseguem acompanhar na ve- programação, havendo exten-
não colocam o problema no locidade adequada a evolução sa troca de idéias entre os
contexto, tendem a ser teóri- tecnológica. membros das comunidades
cos e fora da realidade do dia em assuntos diversos como pa-
a dia do futuro profissional. Pa- Olhemos agora as comuni- tentes, licenças, habilidades
ra mim este modelo deve ser re- dades Open Source. Elas são gerenciais e principalmente tra-
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |22
23. COLUNA · CÉZAR TAURION
balho em equipe.
Se analisarmos suas prin-
cipais carateristicas, veremos
que muitas delas são muito de- Participar ativamente de uma
sejáveis para um processo de
ensino mais prático em compu- comunidade Open Source significa
tação.
usar tecnologias intensamente, que
Querem alguns
exemplos? variam de wikis, listas de discussão e
a) Conteúdo gerado pelo
usuário. Porque os estudantes
chat, até ferramentas de geração e
não podem contribuir pró-ativa- gerenciamento de código.
mente para a criação e evolu-
ção do material do curso, Cézar Taurion
através de wikis, código fonte,
blogs, etc? O engajamento ati-
vo dos estudantes aumenta c) Uso intenso de tecnolo- ticos devem ser focados em
sua motivação e abre pespecti- gias. Participar ativamente de casos reais e não puramente
vas inovadoras para o conteú- uma comunidade Open Source hipotéticos.
do do curso. significa usar tecnologias inten- Mas como adotar o mode-
b) Atividade real. Faze- samente, que variam de wikis, lo Open Source no ensino da
rem os alunos contribuirem listas de discussão e chats, até computação? Talvez o primei-
com código real para uma co- ferramentas de geração e ge- ro passo seja fazer com que al-
munidade Open Source existen- renciamento de código. Uso gumas disciplinas passem a
te ou a ser criada pelos prático e real. Aliás, muitos alu- demandar contato direto com
próprios alunos, é um trabalho nos tem blogs e usam redes so- projetos Open Source. Estas
útil e uma experiência profissio- ciais. Seria usar estes mesmos disciplinas, e aí podemos falar
nal sem preço. Eles passam a mecanismos nas salas de aula. em inúmeras atividades, como
ter contato com outros profissio- desenvolvimento de progra-
nais e estudantes (do mundo in- mas, aprendizado em banco
Um aspecto importante
teiro) e aumentam sua de dados, sistemas operacio-
que faço questão de enfatizar
percepção e prática do que é nais, etc, exigirão que os alu-
é o potencial de aprendizado
desenvolver software de forma nos contribuam, de forma
prático que se tem quando se
colaborativa. O compartilhamen- colaborativa, para comunida-
trabalha em projetos reais
to de informações com outros des Open Source. E nem preci-
Open Source. Pelo que vejo e
estudantes e profissionais é al- sam ser atividades de geração
ouço, existe uma defasagem
tamente benéfico. Aqui enfati- de código. Podem ser contribui-
grande entre o aprendizado na
zo o ponto que alunos de ções para os wikis das comuni-
maioria dos cursos de computa-
graduação tem condição técni- dades e mesmo até
ção e a necessidade do merca-
ca de colaborarem com códi- contribuições para o Wikipe-
do. Muito do que o aluno
go. Este código não dia. Os mecanismos atuais de
aprende nas escolas não é críti-
necessariamente será aceito ensino estão defasados diante
co ao dia a dia nas empresas,
pela comunidade, mas será desta nova demanda. Muita
faltando a eles um maior experi-
um esforço que valerá pena. gente ainda se assusta com o
ência prática. Os exemplos prá-
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |23
24. COLUNA · CÉZAR TAURION
fato de trabalhos em grupo per- de licenças para as universida-
mitirem a alguns se esconde- des. O resultado para o aprendi- Maiores informações:
rem e não trabalharem. Mas as zado dos alunos será
ODF Alliance:
ferramentas de colaboração co- altamente positiva e a experiên-
http://www.odfalliance.org
mo wikis podem apontar quem cia que eles obterão nestas dis-
colabora e quem não colabora. ciplinas será bastante útil para
Site do OpenOffice.org:
Bem, as condições bási- sua vida profissional. Portanto,
http://www.openoffice.org
cas para se implementar o mo- o que falta para isto acontecer?
delo Open Source na Dificl responder. Mas, a Site do BrOffice.org:
academia já existem. Temos mi- primeira barreira é a quebra de http://www.broffice.org
lhares de projetos Open Sour- paradigmas. Conversei com al-
ce que necessitam de maior guns professores e vi alguma
colaboração para evoluirem. resistência. Uns acham que é
Identificar os projetos em que utópico pensar em trabalhos co-
vale a pena investir tempo e de- laborativos. Outros não conside-
dicação, já é por si, um proces- ram que os alunos de
CEZAR TAURION é
so de aprendizado. graduação estarão aptos a de- Gerente de Novas
senvolverem código. Mas, por- Tecnologias da IBM
As tecnologias adotadas Brasil.
pelos projetos Open Source que não experimentar? Seguir Seu blog está
são, obviamente, Open Sour- os caminhos que outros já trilha- diponível em
www.ibm.com/develo
ce, o que significa que não exis- ram só vai nos levar aonde os perworks/blogs/page/
te custo adicional de compra outros chegaram. Não além. ctaurion
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |24
25. CAPA · ENTREVISTA COM ROBERT SHINGLEDECKER
Mega-entrevista
c o m R o b e rt
Shingledecker,
criador do
Tiny Core Linux
Por João Fernando Costa Júnior
Robert Shingledecker fala Hall, Chris Negus Linux Series
com a Revista Espírito Livre , "The Official Damn Small
sobre seu novo projeto, o Tiny Linux Book". Meu mais novo
Core, uma distro de apenas 10 projeto é o Tiny Core Linux. Es-
MB. Robert é conhecido por tou com 60 anos, aposentado,
ter sido um dos principais e resido em Fullerton, Califór-
desenvolvedores do famoso nia. Possuo mestrado em ma-
Damn Small Linux. Durante a temática pela Universidade
entrevista, ele fala de seu novo Estadual da Califórnia. Sofro
projeto, vivências, fatos de uma deficiência de último
relevantes que ocorreram no estágio nos olhos (Distrofia
passado, mas principalmente o Muscular Oculofaríngea).
que ainda está por vir. Quando posso, gosto de escre-
ver e compartilhar códigos
com os outros. Isso mantêm
Revista Espírito Livre: minha mente afiada e longe de
Apresente-se aos nossos lei- tornar-se deprimida com pen-
tores! samentos sobre meus proble-
Robert Shingledecker: mas de saúde. Entretanto,
Me chamo Robert Shingle- durante toda minha carreira,
decker. Vocês devem conhe- por 36 anos, eu sempre promo-
cer o meu trabalho, porque eu vi o compartilhamento de co-
fui o maior colaborador do nhecimento sobre
Damn Small Linux. Fui tam- computadores, linguagens e
bém o co-autor da Prentice software.
Revista Espírito Livre | Maio 2009 | http://revista.espiritolivre.org |25