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Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de
operacionalização – Parte II e Conclusão
1
Formanda:
Ana Paula LimaRodrigues
REFLEXÃO SOBRE AS
ACTIVIDADES
DESENVOLVIDAS
Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de
operacionalização – Parte II e Conclusão
2
Dezembro2010
Na linha da sessão anterior, novamente se realizou uma actividade virada para a aplicação do
Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, desta feita a partir da análise dos
instrumentos de avaliação a fim de recolher evidências e a situar a Escola/ Agrupamento face
aos factores críticos.
Por outro lado, permitiu alertar para algumas conclusões que se podem tirar após a
interpretação dos resultados, como apresentá-los de uma forma concisa, eficaz, consistente e
que ultrapasse a mera descrição no relatório de avaliação e como operacionalizar através da
proposta de acção de melhoria que deve conter, embora de forma sintética, objectivos a atingir,
estratégia a assumir, tempo, responsáveis e destinatários.
Actividade muito útil porque permitiu a aplicação efectiva do modelo a um domínio concreto, e
reflectir sobre a nossa própria Escola/ Agrupamento, neste contexto.
O aprofundamento da análise do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares permitiu
cruzá-lo com o Modelo de Avaliação Externa da Inspecção-Geral da Educação. À primeira vista,
tarefa difícil de executar acabou por se tornar aliciante realizar o cruzamento do Quadro de
Referência do IGE, no qual constam domínios e tópicos dos campos em análise com os
diferentes domínios e subdomínios do MAABE e identificar variáveis que estabelecem as
ligações possíveis entre os dois modelos e exemplificar a sua aplicação ao contexto das
Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Loures nº 1, onde eu exerço as minhas
funções.
A surpresa, o pesar e o sentimento de impotência (mas “foi sol de pouca dura”) surgiu quando
analisei nove relatórios de avaliação externa de escolas pertencentes à Direcção Regional do
Norte, à Direcção Regional do Centro e à Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo, em três
anos consecutivos e as menções às Bibliotecas pouco ou nada apresentam em comum com o
trabalho que elaborei com base no cruzamento entre dados do IGE/RBE.
Embora correndo o risco de alongar-me espero que a crise estrutural que o País atravessa, não
tenha repercussões negativas sobre a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, que, lançada em
1996, tem desenvolvido um trabalho continuado em prol da instalação de Bibliotecas Escolares
bem apetrechadas, quer em equipamentos, quer em fundo documental actualizado e adaptado
às necessidades dos seus utilizadores, abrangendo todos os níveis de ensino. Agora, que esta
meta praticamente se encontra atingida, seria desejável que o Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares consiga afirmar-se em todas as Escolas/ Agrupamentos, para que a auto-
avaliação da Biblioteca Escolar transpareça na avaliação global da Escola/ Agrupamento e, tenha
visibilidade a nível dos agentes reguladores externos, que como se verificou, na análise dos
Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de
operacionalização – Parte II e Conclusão
3
relatórios da Inspecção-Geral da Educação entre 2006 e 2009 a biblioteca era encarada como
espaço físico, onde o seu papel de reforçar as aprendizagens, de apoiar as actividades
curriculares e extra-curriculares, de desenvolver as competências de informação, tecnológicas,
de estudo e trabalho raramente foram contempladas e, também, pouco se evidenciou nesses
mesmos relatórios a promoção e desenvolvimento de competências de leitura, em articulação
com Plano Nacional de Leitura e ainda menos a avaliação dos seus resultados.
Será desejável que se mantenha a figura do professor bibliotecário, com disponibilidade para a
realização de um trabalho de excelência onde este não se encontre sobrecarregado com a
coordenação de múltiplas bibliotecas escolares, sem possibilidade de realizar um trabalho
contínuo com os alunos, docentes e restante comunidade educativa e dispensado da
componente lectiva, para que a sua atenção não seja desviada e se (con)centre no trabalho da
Biblioteca Escolar.
Só desta forma será possível implementar verdadeiramente o Modelo de Auto-Avaliação da
Biblioteca Escolar, sem o desvirtuar e poderemos imaginar chegar ao ponto das imagens que
mostram o vídeo que a seguir apresento:
 School Library Advocacy (2010); Film by Sal D’ Angelo, Springfield Township High School,
inspired by John Lennon’s Imagine [Em linha] [Consult. 1-12-2010]. Disponível em WWW:
URL< http://vimeo.com/11807471>
Assim poder-se-á responder à questão:
Afinal para que nos andamos a empenhar tanto, a trabalhar muitas e muitas horas além do
nosso horário, a aceitar um desafio, que embora constitua uma oportunidade leva muitas vezes
“a remar contra a maré” e a enfrentar os “Velhos do Restelo”?

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Reflexão sobre o maabe metodologias de operacionalização ii conclusão

  • 1. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização – Parte II e Conclusão 1 Formanda: Ana Paula LimaRodrigues REFLEXÃO SOBRE AS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS
  • 2. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização – Parte II e Conclusão 2 Dezembro2010 Na linha da sessão anterior, novamente se realizou uma actividade virada para a aplicação do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares, desta feita a partir da análise dos instrumentos de avaliação a fim de recolher evidências e a situar a Escola/ Agrupamento face aos factores críticos. Por outro lado, permitiu alertar para algumas conclusões que se podem tirar após a interpretação dos resultados, como apresentá-los de uma forma concisa, eficaz, consistente e que ultrapasse a mera descrição no relatório de avaliação e como operacionalizar através da proposta de acção de melhoria que deve conter, embora de forma sintética, objectivos a atingir, estratégia a assumir, tempo, responsáveis e destinatários. Actividade muito útil porque permitiu a aplicação efectiva do modelo a um domínio concreto, e reflectir sobre a nossa própria Escola/ Agrupamento, neste contexto. O aprofundamento da análise do Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares permitiu cruzá-lo com o Modelo de Avaliação Externa da Inspecção-Geral da Educação. À primeira vista, tarefa difícil de executar acabou por se tornar aliciante realizar o cruzamento do Quadro de Referência do IGE, no qual constam domínios e tópicos dos campos em análise com os diferentes domínios e subdomínios do MAABE e identificar variáveis que estabelecem as ligações possíveis entre os dois modelos e exemplificar a sua aplicação ao contexto das Bibliotecas Escolares do Agrupamento de Escolas Loures nº 1, onde eu exerço as minhas funções. A surpresa, o pesar e o sentimento de impotência (mas “foi sol de pouca dura”) surgiu quando analisei nove relatórios de avaliação externa de escolas pertencentes à Direcção Regional do Norte, à Direcção Regional do Centro e à Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo, em três anos consecutivos e as menções às Bibliotecas pouco ou nada apresentam em comum com o trabalho que elaborei com base no cruzamento entre dados do IGE/RBE. Embora correndo o risco de alongar-me espero que a crise estrutural que o País atravessa, não tenha repercussões negativas sobre a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares, que, lançada em 1996, tem desenvolvido um trabalho continuado em prol da instalação de Bibliotecas Escolares bem apetrechadas, quer em equipamentos, quer em fundo documental actualizado e adaptado às necessidades dos seus utilizadores, abrangendo todos os níveis de ensino. Agora, que esta meta praticamente se encontra atingida, seria desejável que o Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares consiga afirmar-se em todas as Escolas/ Agrupamentos, para que a auto- avaliação da Biblioteca Escolar transpareça na avaliação global da Escola/ Agrupamento e, tenha visibilidade a nível dos agentes reguladores externos, que como se verificou, na análise dos
  • 3. Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização – Parte II e Conclusão 3 relatórios da Inspecção-Geral da Educação entre 2006 e 2009 a biblioteca era encarada como espaço físico, onde o seu papel de reforçar as aprendizagens, de apoiar as actividades curriculares e extra-curriculares, de desenvolver as competências de informação, tecnológicas, de estudo e trabalho raramente foram contempladas e, também, pouco se evidenciou nesses mesmos relatórios a promoção e desenvolvimento de competências de leitura, em articulação com Plano Nacional de Leitura e ainda menos a avaliação dos seus resultados. Será desejável que se mantenha a figura do professor bibliotecário, com disponibilidade para a realização de um trabalho de excelência onde este não se encontre sobrecarregado com a coordenação de múltiplas bibliotecas escolares, sem possibilidade de realizar um trabalho contínuo com os alunos, docentes e restante comunidade educativa e dispensado da componente lectiva, para que a sua atenção não seja desviada e se (con)centre no trabalho da Biblioteca Escolar. Só desta forma será possível implementar verdadeiramente o Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar, sem o desvirtuar e poderemos imaginar chegar ao ponto das imagens que mostram o vídeo que a seguir apresento:  School Library Advocacy (2010); Film by Sal D’ Angelo, Springfield Township High School, inspired by John Lennon’s Imagine [Em linha] [Consult. 1-12-2010]. Disponível em WWW: URL< http://vimeo.com/11807471> Assim poder-se-á responder à questão: Afinal para que nos andamos a empenhar tanto, a trabalhar muitas e muitas horas além do nosso horário, a aceitar um desafio, que embora constitua uma oportunidade leva muitas vezes “a remar contra a maré” e a enfrentar os “Velhos do Restelo”?